Um Necromante No Meu Quintal escrita por Mel Devas
Notas iniciais do capítulo
AIMEUGODDOCÉUACHOQUEVOUMORRER!!! PELA PRIMEIRA VEZ DA MINHA VIDA GIGANTE DE 14 ANOS FUI RECOMENDADA!!! Ç.Ç JKLASHFJKGASJDKGASKLJGKLAGDKÇASDKSHFKLSHDLKASFKHDSÇLASKHDLAS ~TENDO UM TRECO DOS GRANDES. MUUUUUUUUUUUUUUUUUITO OBRIGADA, MUITO MESMO!!!! Então, eu quero agradecer a todos que deram reviews, favoritaram, leram... (PARA, MELISSA, VC NÃO TÁ GANHANDO UM OSCAR!!!!) Então, enfim, mais um capítulos dorgas aí e espero continuar tendo o apoio de vcs e conseguir continuar bem a história o/
- Não podem se separar? – Laz repetiu.
- É. – Adrian concordou enquanto eu tentava por essa minha mísera cachola para funcionar e inventar uma boa desculpa.
- Ah, é mesmo. – Concordei, com a voz meio rápida e esganiçada demais. Mas não acho que isso deixou Laz desconfiado, ele sabia que eu era tudo menos normal. – A gente é vizinho, né? As nossas mães meio que fizeram um “Pacto-maternal-de-fidelidade-mútua” e, no fim, elas decidiram que temos que andar juntos sempre, né, Adrian?
- O que? – Ele perguntou como se não tivesse entendido nada. Arg! Mas é claro que esse cabeça oca não entendeu!!
- Né, Adriaaaaaaaaan? – Me agarrei forte no braço dele. Era para doer, mas ele não demonstrou nenhuma reação. Desisti dele. – Né, Teddy?
- Auuuuuuuuuu!! – O tartachorro concordou.
- Enfim, agora você sabe qual é a de estar presa nesse esquisitão. – Expliquei pra Laz.
- Não chame o Teddy de esquisitão!! – Adrian reclamou.
- Não é óbvio que o esquisitão é você, sua aberração quase-humana!!??
- Quase... Humano? – O Moleque do Cabelo Azul repetiu.
- Não dá pra acreditar que esse esquisitão é humano, né? – Emendei nervosa. – Ele tá mais pra alien.
- Alien? – O moreno perguntou.
- É. Alien. Uns bichos majoritariamente verdes, zoiudos, feiosos e assustadores vindos do espaço num disco voador.
- O que aliens fazem?
- Abduzem pessoas, usam elas de cobaias pra experimentos, jogam amarelinha nos tempo vagos... Ah, não sei!!
- Uaaau!! Quero me tornar um alien!!
- Você já é um!
- Posso te abduzir e usar de cobaia para experimentos? – Ele perguntou, com os olhos (coisa rara, já que não se trata do Teddy ) brilhosos.
- Francamente, prefiro jogar amarelinha.
- Como se joga isso?
- Vamos primeiro desenhar o treco no chão. – Suspirei. – Laz, você tem um giz aí?
Ele nos encarava como se tivesse visto um fantasma vestido de panda dançando “It’s Raining Man”.
- Vocês dois são aliens. – Ele concluiu.
- Enfim, quer passar pro lado alien? – Indiquei o desenho da amarelinha, que eu fiz com uma pedra que achei caída no parque.
Ele deu de ombros.
--x—
Como sou legal, poupo vocês de relatos sobre as aulas, – Talvez por eu não ter entendido bulhufas também – a única coisa notável foi Boyolóvsky ter aparecido na aula, espantando tanto o professor quanto o resto da turma. Ele olhou Adrian e Teddy – sim, no fim, o professor aceitou o tartachorro, não me pergunte como – com medo e sentou quietinho pelo resto da aula, fazendo o professor – Tom, o nome dele, bom homem, aguenta Boyolóvsky, eu, Adrian e Teddy agora – chorar de alegria e manchar todos os seus óculos com lágrimas e escrevendo a matéria errado.
Na saída da escola, Laz esperou comigo – e, automaticamente com Adrian e Teddy – minha mãe aparecer derrapando e estacionando o carro “like a fuck yea” e, ao sair do carro, tirando os óculos de sol como se fosse uma atriz de Hollywood. Mas ela era muito mais do que isso. Era minha mãe – lê-se: mulher maluca que gosta de ter comportamentos “Shuéun”, sim, isso é uma onomatopeia para algo brilhoso. Ou tipo isso.
Ela usava um blazer azul neon, com uma saia rosa neon, camisa verde neon e sapatos laranjas fluorescente. Você pode imaginar a beleza da criatura, né? Nem tento imaginar onde minha mãe trabalha, ou como deixam ela entrar assim, mas a bizarrice da roupa era fato e sinto que toda a escola encarou aquela alegoria-cegadora.
- Ah, Valente, segura isso pra mim? – Ela me entregou dois chocalhos mexicanos, um sombreiro e colou um bigode falso em mim. Acostumada, me virei pra Laz.
- Até amanhã. – Disse num tom de tédio. Adrian já havia desaparecido. Pelo menos com isso ele sabia lidar.
- Ah... Até amanhã. – Ele respondeu automaticamente, acenando com a mão.
Entrei no carro – caso queira saber, é um fusca rosa, tipo o da Penélope Charmosa mesmo – acompanhada da minha mãe, mas o sombreiro entalou na porta então tive que dobrar ele um pouco.
- Então você já arranjou amigos? – Perguntou minha mãe.
- Pelo menos pessoas que não tem total medo de mim.
- Quem teria medo de você? Você é uma das garotas mais medrosas que já vi na minha vida!
- Também te amo , mãe.
Minha mãe saiu da escola e quase atropelou uns 7 estudantes. Acho que três deles eram da minha sala. Sem comentários. O resto da viagem transcorreu sem problemas nem atropelamentos – afinal, minha mãe só não gosta de atropelar guaxinins, não tem problema com humanos, que, felizmente, não haviam naquela área isolada.
Chegando em casa, mal reconheci meu castelo mal assombrado.
- Gostou? – Minha mãe perguntou, feliz.
- Está bem... ér... gay. – Elogiei a pintura que minha mãe havia feito. Cada bloco de pedra cinzento havia sido pintado com uma cor diferente e o resultado deixaria qualquer arco-íris que se preze com inveja. – Estou indo pro meu quarto.
- Ah, amanhã eu decoro a parte de dentro da casa, tá, Valente? Cubra seus móveis com jornal antes de sair!
- Pode deixar do jeito que está. – Eu observei uma gárgula pintada de lilás, batom e uma guirlanda de flores rodeando a cabeça.
- Mas...
- Confie em mim.
--x—
Adrian já estava no meu quarto, mais precisamente dormindo.
- Adrian, acorda! – Sacudi ele.
Ele resmungou algo incompreensível e segurou meu braço, me puxando pra ele.
- Ei, o que você está fazendo?? – Resmunguei, irritada e com vergonha, apoiando as mãos no peito dele para nos afastar.
- Shhh... – Ele tampou minha boca e calmamente abriu os olhos. – É a primeira vez que participo de um mundo de luz, estou cansado.
- Quer dizer que você nunca foi a um lugar de dia? – Tentei desvendar o que ele quis dizer. Ele assentiu.
- Na verdade, nunca saí daqui. – Sua voz era mais macia que o normal, na verdade, ao contrário das outras vezes, parecia que ele falava com algum sentimento. – Mas só fazia as coisas de noite...
Ele se encolheu, ainda segurando minha mão e caiu no sono.
Bem, que mal faria? Me aconcheguei melhor e também dormi.
--x—
Quando acordei já estava escuro e tive a amarga sensação de ter perdido meu dia inteiro. Adrian já havia acordado e me mirava.
- O que está olhando? – Perguntei.
- Nós dormimos igual, por quê somos tão diferentes? – Ele se virou de barriga para cima e encarou o teto pensativamente.
Não respondi. Não tinha o que responder.
- Já é de noite, o que fazemos agora?
- Você queria que eu pesquisasse como desfazer o contrato, certo? – Adrian se levantou.
- Não tem problema pra você?
- Eu te prometi, não foi? – Ele olhou nos meus olhos, sério.
- Ah, sim, claro. – Me levantei também.
Adrian abriu a janela e saiu, indo pro cemitério que nos encontramos pela primeira vez, segui ele.
- Pra onde a gente tá indo? – Eu encarava o cenário funesto com medo, mesmo minha mãe tendo pintado tudo com cores alegres, alegres demais.
- Para minha casa.
Teddy apareceu de lugar nenhum latindo. Adrian inclinou a cruz de um túmulo e uma sepultura abriu pro lado, revelando uma escada sinuosa rodeada por terra.
- Entre. – O moreno desceu primeiro.
- Espera, Adrian!! – Eu gritei. Ele me olhou com sua expressão levemente confusa. – Estou com medo. – Expliquei.
- Medo? – Ele tombou a cabeça pra lado.
- É uma sensação ruim. – Tentei explicar.
- É só minha casa, não precisa ficar com medo.
Eu desci parte da escada, até ficar logo atrás dele e agarrei sua mão.
- Vamos.
O necromante continuou a descer até dar numa sala simples, toda revestida de madeira, com uma mesa e cadeiras no centro, várias prateleiras velhas cheias de livros e um armário.
Ele se dirigiu até o armário e tirou a blusa do uniforme da escola.
- O-o-o quê você está fazendo?
- Me trocando. Não estou acostumado a usar branco. – Ele respondeu como se fosse óbvio. A pele branca e macia brilhava na escassa luz que vinha da entrada, contrastando com seus cabelos negros. Virei para o lado enquanto ele terminava de mudar de roupa.
Com suas usuais roupas pretas ele pegou um livro e se sentou-se, apoiando-o na mesa. Sentei ao seu lado.
Ao abrir o livro, uma fumaça espessa saiu, me sufocando.
Eu tossia, mas não conseguia respirar mais. E, apesar de ver nada além de fumaça, vi o mundo girando. Apaguei.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Ahh, acho que a formatação ficou estranha x.x Maldito Nyah!! Bem, espero que vocês tenham gostado desse capítulo >.> Qualquer sugestão ou crítica também e bem vinda!!! Até o próximo capítulo!! ~sai rebolando ao som da rainha pop Edineia Macedo