Um Necromante No Meu Quintal escrita por Mel Devas


Capítulo 4
Escola à la Castelo Encantado Polly Pocket


Notas iniciais do capítulo

Oiii, pessoal!!! Sim, estou empolgada com essa fic e estou conseguindo postar ela sem nenhum problema de criatividade!! Enfim, espero que gostem!! XDD BOA LEITURA!!!



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Eu gostaria de dizer/escrever/psicografar (o que é que seja isto que estou fazendo agora) que acordei com o revigorante sol da manhã, ouvindo os sons dos passarinhos e a Branca de Neve desafinando e tropeçando num alce, mas como nada é do jeito que a gente quer (maldito seja o karma), eu acordei com um sol dos infernos na minha cara e minha mãe berrando.

– ÔÔÔÔÔÔ VALEEEEEEEEEEEEEENTE!!! POR QUE ESTÁ DORMINDO ATÉ AGORA? TÁ ACHANDO QUE AQUI É UM CENTRO DE TELETRANSPORTE?? VAI SE ATRASAR PRO COLÉGIO.

Não vou negar, a última palavra me fez tremer.

– QUEM MANDOU VOCÊ ME ARRASTAR PRA ESSA CASA ONDE JUDAS PERDEU A UNHA ENCRAVADA???

– TÁ ME RESPONDENDO???

– NÃO, ESTOU ENSINANDO ESQUILOS A CANTAREM "I WILL SURVIVE"!!! (nota da autora: Momento Alvin e os Esquilos das dorgas HSUASHAHSUA)

– ONDE ESTÃO OS PRECIPÍCIOS QUANDO PRECISO DELES??

Sem me dar ao trabalho de responder me virei pro outro lado na cama e observei ao meu redor. Nada. Aliviada, concluí que aquele tinha sido um sonho muito estranho da minha parte, só um sonho...

Interrompendo meus doces devaneios, ouvi um grunhido baixo, meio como se fosse um gemido. E vinha debaixo da minha cama. Que ótimo. Passei de necromante pra bicho papão, essa evolução dos meus sonhos não para de surpreender. Me debrucei na cama e olhei debaixo dela. Arg.

Adrian.

– Auuu.

E Teddy. Complementei em pensamento.

– Você é bem agressiva dormindo. - O moreno comentou. - Acho que nem o tubarão voador teria chances contra você. - Ele rolou pra fora da cama e se levantou, deitando de novo na minha cama.

– EI, EI, EI!!! DE NOVO???

– Você sabe onde vai dar essa discussão. Vamos adiantar isso. - Ele se encolheu, agarrando o travesseiro. Da onde essa criatura tinha tirado aquela faísca de personalidade?

BAAAM

– JÁ NÃO TE DISSE PRA ACORDAR??

As únicas coisas que se passaram no mashmallow rosa que chamo de cérebro foram: FODEO-SE, MANOLO. Pulei em cima de Adrian e puxei os cobertores por cima.

– A-ai... - Ele reclamou baixinho. Dei um chute leve nele para sinalizar que ele se calasse.

– Já estou levantando mãe, pode deixar!! - Falei no que parecia ser um tom convincente.

– Como se eu acreditasse! - Ela aproximou, movimentando as mãos ameaçadoramente. Ela ia fazer AQUILO.

*Pausa pra explicação!!!! TUNT TUNT TUNT

Como a nossa ilustríssima heroína gosta de brincar de "sou uma múmia" com seu cobertor, sua ilustríssima mãe desenvolveu a ilustríssima técnica "Tirando uma toalha da mesa sem derrubar os pratos com uma pessoa humana!!", inspirada naqueles vídeos que não deram certo de otários puxando a toalha e derrubando tudo e um pouco mais.

* Fim da explicação!!

– N-N-NÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!! - Gritei pra minha mãe. Não é como se ter um garoto que parecia um gótico e um tartachorro na sua cama fosse uma coisa fácil de se explicar pra mães.

– Qual a seu problema garota?? - Ela arrancou meu cobertor e cerrei os olhos com força. - O que está fazendo? Sai logo dessa cama!

Olhei pra baixo. Adrian continuava ali, então por quê minha mãe...?

– E, só uma dica, se for fazer flexão, faça no chão.

Saí da cama com cuidado e minha mãe me entregou o uniforme da nova escola.

– Eu, hein... Me pergunto de quem você tirou esse lado estranho. Com certeza deve ter puxado da família do pai, aquele bando de despirocado. - Ela saiu do meu quarto. - Estou indo preparar o café, desça logo.

Vou frisar que a família do meu pai era bem normal e a da minha mãe tem várias gerações que viviam no hospício. Sabe, só a nível de informação.

Encarei Adrian.

– Minha mãe não consegue te enxergar?

– Não se eu não quero que enxerguem.

– Então desenvolveu senso comum o suficiente pra descobrir que eu ia me lascar se ela te visse?

– Imaginei que tinha algo errado quando você pulou em cima de mim.

Afaguei os cabelos dele.

– Bom menino!! Quer um biscoitinho? - Falei como se fosse com um cachorro.

– Quero que você pare com essa voz retardada. É assustador.

– Assustador é como você consegue falar todas essas coisas sem ter nem expressão facial!!!

Ele me encarou com a cara de jaca (não, também não sei o que é uma cara de jaca, mas finge que sabemos) de sempre. Dei de costas.

– Eu preciso me trocar, faça um favor e entre debaixo da cama de novo e encare a parede.

Ele obedeceu sem falar nada, me agachei e chequei que ele tinha feito tudo certinho. Enquanto eu tirava a blusa do meu pijama ele perguntou com a voz abafada:

– O que é a escola?

– É o inferno.

– Tem fogo lá?

– Não estou falando no sentido literal, estou falando que é ruim.

– Hm... Então como é mesmo a escola?

– Lá você tem professores, que são servos do capiroto designados a nos fazer lavagem cerebral. Eles também chamam isso de aprender. Com um pouco de sorte você acha alguns legais. Lá você tem mesas, livros, e mais um monte de gente da sua idade ou um pouco mais velho ou mais novo, a maioria tão de saco cheio quanto eu.

– Parece legal, tirando o fato de ter várias pessoas como você.

– Ei!!! - Exclamei, aborrecida, e me surpreendi quando ele deu usa leve risada. - Mas e a parte dos servos do capiroto?

– Você disse que eles ensinam, certo? Aprender parece legal.

– Você realmente é estranho.

– Não tenho nada "normal" para usar de parâmetro.

Terminei de me vestir e encarei o espelho. Era uma saia xadrez de vários tons de azul com pregas, uma blusa social de manga, gravata azul e um suéter bege sem mangas por cima. Meias pretas altas e um sapato preto fechado. Vestida, agachei perto da minha cama de novo.

– Sabe, Adrian... - Ele se virou e pousou seus olhos em mim. - Na verdade, nunca conheci alguém normal. Nem uma única pessoa...

Ele continuou me mirando por algum tempo, corei e acrescentei apressada.

– Você já pode sair daí. Enfim, estou descendo pra tomar café e ir pra escola, seja um bom garoto.

– Espe - Eu fechei a porta antes que ele concluísse o que ia falar.


Simplificando uma parte. Tomei café da manhã com minha mãe fazendo comentários ocasionais sobre minha esquisitisse, entrei no carro e depois de uma eternidade cheguei na escola.

Sobre a escola...

UAU.

Se eu não soubesse que ia ter que estudar naquele lugar eu teria ficado feliz.

Para simplificar, ela era uma imponente construção em forma de U. Dos meus dois lados ficavam os lados paralelos, que eram conectados por uma passarela. Era de vidro, pedras polidas e do que parecia um madeira muito bem polida, cor de caramelo - mas que provavelmente não era madeira. Na minha frente tinha um extenso jardim florido com um chafariz no meio e banquinhos, que mais pra frente davam no prédio que estava na perpendicular dos outros dois, juntando-os. Parecia ser - e era - o coração do colégio. Fechei a boca pra não entrar nenhum mosquito - e ouçam os sábios que te aconselham isso.

Encurtando as coisas, não consigo descrever uma escola tão maneira tão rápida, fomos pra secretaria confirmar minha matrícula, minha mãe foi embora e um garoto que parecia da minha idade, não sei, com os cabelos pintados de azul - que ficou muito legal, sério - me levou até a minha sala. Quando viu minha hesitação pra entrar nela sorriu.

– Não fique assim, sei que primeiro dia de aula te deixa mais nervosa do que bichas loucas de TPM, mas, acredite, essa sala é bem legal, você vai gostar. Ah, me chamo Yahto. Mas me chame de Laz, até de Moleque de Cabelo Azul pode chamar. Yahto não. - Ele agitou o dedo, como se tivesse dando bronca, me fazendo rir.

– Laz?

– Meu segundo nome é Lazúli. Não, não sei que chá de cogumelo meus pais ingeriram.

– É um belo nome.

– E o seu?

– Valente. Não muito melhor que o seu.

– Faça jus ao seu nome e entre na sala então, bem vinda à Academia Sagrody.


Simplificando, me apresentei pra sala, que realmente parecia muito legal, e fui colocada para sentar ao lado de Laz. Eu estava pegando meu livro de ciências quando o professor deu um aviso de última hora.

– Érr... - Começou ele, que não parecia ter mais de 25 anos, com o cabelo cuidadosamente jogado pra trás com gel, óculos finos de aro preto e o uniforme padrão dos professores - camisa social branca, calça azul e gravata da mesma cor pra combinar com o uniforme dos alunos. - Parece que temos mais um aluno transferido hoje. Seu nome é... - Ele ajeitou os óculos e leu novamente, intrigado.

A porta da sala se abriu e um garoto alto e esguio entro.

– Bem, turma, deem boas vindas à Adrian Não Tenho Sobrenome, Moça.


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Notas finais do capítulo

Desculpem fazer o cabelo do Laz azul, quando eu percebi que tinha azul demais na história eu já tinha escolhido os dois nomes dele baseados na cor do cabelo -_- Enfim, sobre esse desenho shittoso aí, deixa eu me explicar. Eu JURO que não pinto faz anos, não sei a louca que me deu, mas quis pintar a ilustração que eu fiz pra fic. Próximo capítulo eu posto outro (com o traço diferente, sim, sempre fico mudando traços doidamente x.x) monocromático, ou seja, menos pior. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKk Espero que tenham gostado desse capítulo e queria agradecer todo o apoio que vocês têm me dado lendo, comentando e favoritando, eu tenho muitos ataques de felicidade aqui >www< Então, isso ficou comprido demais, até a próxima o/ Espero que não se incomodem com o cap comprido KKKKKKKKKKK Qualquer crítica ou conselho, já sabem XDD