Superficial escrita por Karen M


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Hello Mishamigos
Mais um capítulo gatíssimo pra vocês, onde nosso anjo favorito dá as caras o/
Obrigada Camila Cardoso pela recomendação amei ela *--*
Boa leitura pessoinhas



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Depois de um tempo acho que todos os enfermeiros foram embora então saio daquele armário velho cheio de cupim.

Desço as escadas devagar pra ter certeza de que não tem mais ninguém lá. Vou em direção a cozinha e abro a geladeira pra ver se milagrosamente aparece alguma coisa descente pra comer, mas obviamente isso não acontece.

Pego o pedaço de queijo que acho atrás do jarro de leite e duas fatias e pão e faço um sanduiche só com queijo mesmo, é que tem. De repente um vulto passa pela porta da cozinha. Logo depois um barulho de passos. Apanho a faca que usei para cortar o queijo e sigo o som. Paro abruptamente quando lembro que estou sem meus poderes. Não posso seguir o perigo sem meus poderes, eu tenho apenas uma faca e pode ser um demônio. Sal. Ponho a faca na minha cintura, corro para o armário e alcanço um saco de sal grosso. Deve ter uns 3 kg aqui, mas não importa com a adrenalina que estou sentindo ele pesa menos que pena. Agora vou em direção a sala mais confiante, mas mesmo assim minhas pernas tremem. Não tem ninguém pra me defender agora, é apenas eu e um saco de sal. Isso tudo está me deixando um pouco neurótica, pode ser um ladrão ou pode ter algum enfermeiro aqui ainda. Confirmo minha tese de enfermeiro quando viro para a porta da frente.

- O que faz aqui mocinha? - Ele fala com um sorriso muito aberto e seus olhos ficam pretos de repente.

Tento não parecer assustada mas é quase impossível. Esse é o enfermeiro que foi atrás de mim. Dou um passo pra trás q ele vem em minha direção. Ele é um demônio, só pode ser. Não me lembro de ter lido que demônios tem olhos pretos, os que eu vi não tinham, talvez haja alguma diferença entre eles ou sei lá, o fato é que esse tem e está prestes a acabar comigo. O que eu mais temia aconteceu: estou sozinha com um demônio.

-Fiquei te procurando, onde você estava? – Ele vai se aproximando cada vez mais de mim.

Ele olha pra minhas mãos e eu sigo seu olhar. Tenho vontade de bater em mim mesma por ter esquecido disso. Encho a mão e toco sal nele. Li em um dos livros que sal, cruz e água benta repelem um demônio. Hipótese do sal confirmada. E tem o exorcismo que manda o demônio de volta para o inferno. Bobby havia dito que geralmente o demônio não resiste logo a primeira parte, porém enquanto o exorcismo está sendo executado o demônio fica mais forte, portanto isso fica para o último caso.

Fico jogando sal em todos os lugares que ele aparece, até perceber que quando ele pisa no sal que estava no chão ele também ‘’queima’’ e automaticamente me vem a imagem do dia que Bobby, Dean e Sam estavam fazendo testes comigo, logo quando descobriram que sou mutante. Havia um círculo de sal por cima de um símbolo que acho que é o de prender demônios. Não sei se o símbolo é preciso, mas posso tentar fazer o círculo com sal. Depois de mais 3 punhados de sal na fuça o demônio não aparecer mais.

Corro para a cozinha e pego mais um saco de sal. Começo a fazer o círculo mas ele volta antes que eu termine. Sou jogada contra o armário, o que dói muito, e logo ele está com suas mãos em meu pescoço.

-Minhas ordens eram te levar viva, mas estou vendo que isso não vai ser possível.

Tento o chutar mas isso não é possível pois não tenho força nem pra mover a perna. Olho em volta mas não tem nada que eu possa usar, meus pulmões lutam pelo mínimo de oxigênio e estou desesperada. Ele me prensa mais sobre o armário e sinto a faca na minha cintura. Tento alcança-la mas estou muito fraca, estou quase perdendo a consciência. Ele me solta e eu caio no chão. Ele pega a faca e a crava devagar no meu estômago. Logo que faz isso ele cai no chão também e com a visão borrada vejo Dean e digo com a pouca força que consigo:

- Me leva... pra fora – e apago.


***


Acordo em um pulo. Minha cabeça dói e me sinto tonta, mas estou viva. Isso é incrível, eu levei uma facada no estômago mas estou viva graças a eu organismo geneticamente perfeito que fez o corte cicatrizar e sumir. Olho pra minha barriga e ela está normal. Quando abaixo a camiseta vejo que não é a mesma de quando fui esfaqueada, alguém trocou minha roupa.

Olho em volta e vejo que estou dentro de um carro. O carro do Dean. Não sei se é dele exclusivamente, mas só vejo ele dirigir então deve ser.

Olho para a janela e vejo a bunda do Sam prensada contra o vidro, dou socos no vidro e ele sai de lá. Abro a porta e saio cambaleando. Fecho e me escoro no Impala.

-Como você esta? – Sam me pergunta.

-Só um pouco tonta mas já vai passar – Vejo Dean do meu lado – obrigada por ter me tirado da casa.

-O que aconteceu? A casa estava enfeitiçada não é? – Ele diz.

-É, tinha um demônio e uma bruxa... a bruxa – um estalo veio na minha cabeça – o corpo da bruxa, os enfermeiros devem ter visto...

-Tudo bem nosso amigo já cuidou disso – Ele fala apontando para um cara de roupa social com as mãos no bolço do sobretudo cáqui que usava. Nem havia percebido a presença dele.

- Como um simples ser humano pode fazer uma equipe de enfermeiros esquecerem o que viram?

- Castiel tem seus truques.

Olho pra ele de novo. Como esse ser que está ali parado feito uma estátua com cara de abobado pode fazer alguma coisa? E Castiel? Que tipo de nome e esse?

-Tá, mas como que ele pode ter feito isso? Matou todos?

-Isso não importa, está tudo resolvido. Chega de enrolação e vamos logo. – Dean dá a volta no carro e senta no banco do motorista. Sam senta no banco da frente e Castiel no banco de trás.

-Entra – Sam me fala.

Olho pra minha roupa de novo pra ter certeza que não estou com alguma mancha de sangue mas não estou, então sento no banco de trás ao lado de Castiel.

Quando eu entrei ele foi mais pro lado, se afastando de mim, e fiou olhando sempre pra frente, nunca desviava o olhar, como se não quisesse me ver.

O cara é meio estranho, até mesmo engraçado. Okay eu não posso falar muito sobre estranheza porque quando eu passo na rua todos ficam me olhando. Não por ser linda e loira mas pela minha maquiagem pesada, roupas rasgadas (geralmente pretas) e colares com diversos símbolos, mas o cara é... sei lá, ele tem aquela expressão serena, usa aquele sobretudo mesmo estando o maior calor e fica olhando pra frente só pra não cruzar o olhar comigo. Ele nunca viu uma garota antes?

Ele percebe que eu estou o observando, olha de canto e voltou a olhar pra frente. Não vou aguentar, tenho que zoar ele.

Me aproximo mais dele, ele olha de canto novamente e sua expressão calma agora parece nervosa. Ele vai mais pro canto, mais um pouco ele cai pra fora do carro, e eu me aproximo mais um pouco. Quando paro vejo que ele está totalmente vermelho. Não estou brincando, o cara está muito vermelho. Seguro o riso e escorrego minha mão pelo banco até chegar perto dele, quando ele percebe se remexe e pigarreia.

Coloco minha mão ao meu lado e com a outra mexo no cabelo. Sam olha pra Castiel, ele faz um olhar de ‘’socorro’’ e eu tenho que segurar muito pra não rir. Sam volta a cabeça pra frente e eu volto pro meu lugar, ou seja, cinco centímetros pro lado oposto de Castiel, e olho em direção a janela torcendo pra não escutarem minha risada. Quando me recupero pergunto:

-Pra onde estamos indo?

-Pro hospital, vamos ver Bobby – Sam responde.

Me sinto culpada pelo Bobby, mas sem meu poder não poderia ter feito nada mesmo, quase morri sem tentar ajuda-lo se eu tentasse já estaria morta, ou pior, trabalhando pra demônios. Eu nem faria isso na real, quer dizer, trabalhar para os demônios, eles podem arrancar minha pele mas eu não iria os ajudar. Isso me lembra o que meu irmão deve estar passando. Meu irmão é a única coisa que posso ter da minha antiga vida, mas é quase impossível eu o ter de volta, ainda mais agora que tenho que me preocupar em me manter viva e longe de demônios, o que não vai acontecer se eu continuar com Bobby, já que eles descobriram meu esconderijo eu tenho que ir pra outro lugar mas onde? Onde eu estaria segura? Será que existe algum lugar seguro? O quarto do pânico é seguro, mas não posso ficar morando lá, se tendo a casa toda do Bobby eu já quase morria de tédio, imagina ficar só naquele quarto. Tenho falta da minha tv á cabo, dos meus livros e do meu Xbox 360 que tive que deixar na minha antiga casa, e que provavelmente não terei de volta assim como tudo o que eu tinha lá.




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Notas finais do capítulo

Eu tive que refazer todo o capítulo porque essa porcaria desse note travo e nada fazia ele voltar, o capítulo tava demais se´rio mesmo, nunca vou conseguir usar as palavras como eu tinha usado, mas tá ae eu refiz do melhor jeito que pude. Agora vou escrevendo e salvando cada palavra kkk
Comentem! Podem escrever qualquer merda, mas escrevam alguma coisa isso faz qualquer autora feliz e depois de ter quase quebrado saporra de notebook eu mereço ser animada com reviwes :D