Invasão Extra-terrestre escrita por Leah Montgomery


Capítulo 13
Algodão doce e canudinhos bizarros




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– Ah, é você! Está vivo! – Digo abraçando um vulto que estava na nossa frente.

– Poxa, Anna, eu ia assustar vocês! Como você sabia que era eu?

– Seu cabelo! – Digo, passando a mão por cachos volumosos, tentando embolá-los.

– FILLIPI! – Berra Bruna depois de se tocar.

– Eu mesmo! Ahahaha, tu tomou mó susto! Se fodeu! – Disse rindo.

– Tomei nada! Só não esperava!

– Sei... – Digo com um tom sarcástico.

– E ai, cara?

– Ahn.. Ah, oi! – Responde Rafa, que estava muito ocupado olhando para o vitral da janela que formava uma caçadora com um arco e flecha.

– Que animo! – Resmungo.

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! SOCORRO! – Um grito alto e apavorado ecoa pela sala, parecia a Alice, bem, parecia não, né, um grito desses só podia vir dela.

– Ah, a Alice tá viva! – Diz Fillipi dando pulinhos.

– E a Carol também. – Bruna responde. – Vamos, depois a gente conversa, temos de achá-la.

Corremos até o final da sala, dando de cara com uma porta toda colorida, Bruna foi na frente, entrando e saindo correndo, aos prantos.

– Meus deuses! Que, que houve, Bruh?

– Ah, se ELA saiu de lá assim eu não entro de maneira nenhuma! – Diz Rafa, dando dois passos para trás.

– Que houve, Bruh? – Pergunto novamente, abraçando um pequeno cotoco de gente que estava tacado no chão, todo encolhido, aos prantos. Ela simplesmente agarrou meu braço e enfiou a cara nele, e então me veio um estalo.

– Fih, vem comigo!

– Eu não!

– Vem logo, já sei que, que é!

Assim que entramos demos de cara com várias bolas de algodão doce cor de rosa, com braços e pernas saindo delas, e, mais no fundo, um grupo de palhaços felizes. Então eu entendi, aquela sala era dedicada ao filme Killer Klowns from Outer Space, e a sala representava sua nave espacial que era um circo voador onde eles armazenavam corpos humanos e se alimentavam deles com canudinhos bizarros, definitivamente o filme de terror mais cômico que já vi na vida, mas Bruna tem pavor a palhaço, ela foge até do Patatí e do Patatá.

– Não creio. – Diz Fillipi com cara de idiota.

Começo a rir, acertei no palpite. – Vamos Fih, vamos virar esses carinhas ou contrário.

Depois de um pouco de força conseguimos por os palhaços no canto, olhando para parede como se estivessem de castigo.

– Cara, será que dá pra comer essa algodão doce?

– É espuma, Fih.

– Eca, percebi já!

– Tua anta! Até parece que algodão doce ia durar muito tempo, sue besta!

– Ah, eu to com fome, Anna!

– Quando a gente chagar no Puteiro Móvel você come alguma coisa!

– A onde?

– Nada não, vamos buscá-los.

De volta a sala anterior, encontro uma Bruna ainda tacada no chão, se balançando para frente e para trás, e um Rafael mexendo onde não devia.

– Rafa, cuidado, você vai acabar... Derrubando tudo. – Dito e feito, lá se foi a armadura medieval pro chão.

– Clara, Clara! – Bruna chama quando me vê.

– Calma, eles foram embora!

– A tá. – Ela ergue a mão na minha direção.

– Quem foi embora? – Pergunta Rafael.

– Os palhaços.

– Palhaços? – Ele pergunta branco. – Não gosto de palhaços!

– Já foram! Agora vamos, é a única saída!

– EU NÃO ENTRO NESSA SALA MAIS NEM QUE ME PAGUEM! NÃO ADINATA INSISTIR! A ALICE QUE MORRA LÁ! EU VOU FICAR AQUI! AI TITICA DE GALINHA! TITICA DE ANNACLARA, MELHOR!

– Fih... – Ele entendeu o meu olhar e acertou uma parte da armadura derrubada na cabeça de Rafa, que caiu no chão desmaiado, Fillipi o pôs sentado em uma cadeira.

– Sei andar por toda a casa, depois o buscamos.

– NÃO! EU VOU! - Disse, dando um pulo da cadeira.

– Você não estava desmaiado?

– OUVI QUE VOCÊS IAM ME DEIXAR SOZINHO E ACORDEI!

– Ah, vamos!


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