Invasão Extra-terrestre escrita por Leah Montgomery


Capítulo 11
Que medinho


Notas iniciais do capítulo

Sustos no próximo também... hahaah estou me baseando em uma música que adoro do Nightwish, Scaretale



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- Ai, meu estomago!

VAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAP.

- Para de reclamar!

TEC-TEC-TEC-TEC-TE-TEC-TEC VAAAAAAAAAAAAAAAAP.

- Esse sobe e desce não para não?

- Isso é um Kabom!

TEC-TEC-TEC-TEC-TE-TEC-TEC VAAAAAAAAAAAAAAAAP.

- “AHAHAHAHA, ESPERO QUE TENHAM TIDO ARREPIOS NA ESPINHA, MEDROSOS! AHAHAHA!” – Uma voz de bruxa sinistra sai das caixas de som do brinquedo, soltando a gente das cadeiras, e um Rafael verde saiu correndo para a lixeira mais próxima.

- Que estomago sensível... – Comenta Bruna, ao vê-lo vomitar.

- Eca! – Diz Alice também ficando verde.

- Alice, tem outra lixeira ali. – Digo apontando para a esquerda.

- Não, to bem!

- Onde vamos agora? – Pergunta Rafael voltando em nossa direção.

- Trem fantasma? – Pergunta Carol.

- Bora!

- Ai meus deuses! Pra que eu fui perguntar!

Fomos todos para o trem fantasma, não vou mentir, ele era assustador, aparentava um castelo medieval, com suas paredes pretas de onde era possível ver sangue escorrendo dos espaços entre as pedras, na frente haviam quadros que mexiam os  olhos, todos retratando histórias que eram usadas para afastar crianças das florestas, tais como João e Maria e Chapeuzinho Vermelho, mas não as histórias que estamos acostumados, e sim as originais, escritas há muitos anos pelos irmãos Grimm, que não pareciam ter piedade de quem quer que as ouvisse.

Além dos quadros haviam algumas armaduras que faziam barulhos altos, como se tivesse alguém preso em seu interior. Sentamos nos carrinhos, que aparentavam uma mesa nobre medieval, com castiçais de velas pretas e como prato principal a cabeça decepada de algum animal que eu não consegui decifrar.

- Ain. – Gemeu Alice.

- Com medo? – Bruna provoca.

- Muito!

Colocamos propositalmente Alice e Rafael sentados a nossa frente e nos esprememos no banco de trás, o carrinho começou a se mexer e a soltar aqueles típicos barulhos de madeira antigos.

- AAAAAAAAAAAAH MEU DEUS! NÃO QUERO VER!

- NEM EU! ALICE! ME ABRAÇA!

Nós três riamos, entramos no “castelo” e fomos tomados pelo breu, estava frio lá dentro e cheirando a mofo, o carrinho estava parado e era possível ouvir barulho de vento, como se ele estivesse passando pelo corredor.

Começamos a ouvir correntes sendo arrastadas e um coro infantil começou a cantar com uma voz assustadora:

“ De um mundo para o outro caminhamos, trazemos seus piores medos e vocês se perguntam, isso é verdade? Sim, vocês todos vão morrer!”

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH SOCORO! QUERO SAIR! QUERO SAIR!

- Agora não dá mais, Alice!

Ela tapou os olhos, Rafa já o tinha feito há muito tempo, o carrinho recomeçou a andar e em menos de cinco segundos senti algo segurando em meu braço, segurei para não berrar e quando eu vi que era apenas a Bruna me chamando atenção para os dois tive vontade de rir.

Viramos e entramos no que parecia ser uma cabana, pelo fogo que queimava na lareira e pelos moveis, o carrinho parou, estava tudo quieto.

- Se prepara. – Ouço Carol sussurrar em meu ouvindo e abro um sorriso leve. Os dois da frente haviam descoberto os olhos e já estavam rindo porque estavam se assustando à toa.

Então ouvimos um trovão e toda a sala foi tomada pela escuridão da tempestade, gemidos eram emitidos das paredes e uma garotinha mecânica veio em nossa direção.

- Aqui é o fim da linha do carrinho, precisam descer. – O som tinha sido emitido em um canto alto na parede que não consegui identificar, mas fez Alice estufar as narinas.    

Descemos sem falar nada e a acompanhamos, Alice e Rafa novamente agarrados tremendo, continuamos as três atrás, e assim que a menininha se virou de costas caímos em um buraco fundo, era uma piscina de bolas escura, fantasmas apareciam nas paredes, não conseguíamos nos ver. Fui me andando até achar uma porta, quando a achei berrei mandando que me acompanhassem.

Assim que eu entrei senti alguém segurando o cós do meu short, era Rafa, e atrás dele Bruna.

- Cadê as outras? – Pergunto.

- Lerdas... – Resmunga Bruna, que foi até a porta berrá-las, mas essa se encontrava fechada.

Estávamos presos.  


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