Immortal Love escrita por Azumi, Vincent Phillips


Capítulo 8
Sixth Act: Pain


Notas iniciais do capítulo

E vamos pra mais um



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C. Taylor

            Eu vi quando ele chegou na fazenda, um chapéu e uma calça de cowboy, uma camisa social com um colete xadrez, botar grandes com esporas e aquele charuto cubano que pelo cheiro era um dos legítimos com certeza… O que podia fazer, conheci tanta gente vivendo naquele lugar, não era novidade aquele coronel ali na minha frente. Ele andava procurando sua filha, mas tudo que viu fui eu, tentei disfarçar minha surpresa ao lhe ver, afinal ela estava sozinho com Vincent e se ele visse isso... A coisa ia ficar feia pro lado do Vincent.

            - Olá Senhor, quer ajuda em alguma coisa? – o olhar dele era para os lados, não olhou uma vez sequer para mim –

            - Pode ajudar sim... Saindo da minha frente e voltando ao seu trabalho e só fale comigo quando for requisitado, pois eu sou seu Senhor! Sir Crysin da Quarta geração da família Crysin e o mais forte de todos, nunca se esqueça disso! – ele dizia com orgulho no olhar, mas ainda assim não olhava para mim – Onde está minha filha? – agora eu estava em apuros-

            - Eles estão por perto do canavial, não sei bem onde, mas logo retornam não quer ficar e esperar com uma boa xícara de chá? – eu disse tentando despistá-lo, mas era inútil –

            - Vou vê-la, algo me cheira mal... Além da sua imundície, é claro!

            Então ele foi como eu disse por perto do canavial e ele andava com passos de formiga, talvez eu conseguisse chegar lá antes dele e avisá-los do perigo, mas eu esqueci um pequeno detalhe... Ele era um Ser Imortal! E então o vejo sumir na minha frente.

L. Crysin

            Eu estava tão feliz, me sentia tão viva quanto nunca, há anos eu não me sentia assim, era tão bom, tão quente, tão maravilhoso tudo aquilo. Eu o amava eu o queria pra sempre, quem não iria querer, ele era belo, inteligente, tinha atitude e o beijo dele era fora de serie. Ele era perfeito! Aquele beijo, nós dois lábio com lábios eu me apoiando em seu peito, ele me apertando contra seu corpo era um momento inesquecível. Pena que as coisas perfeitas assim não duram muito tempo, eu senti uma energia tremer o chão, já sabia o que era. Eu me virei assustada para o portão do galpão quando o vi parado... Era meu pai, o dono da fazenda Crysin, Sr. Crysin, ele era forte, veloz, impaciente e perigosamente instável, ele estava com uma veia saltada no meio da testa, sua cara estava vermelha de raiva e ele mordeu seu charuto ate cortá-lo ao meio dentro de sua boca e cuspir as duas partes fora. Eu estava morrendo de medo.

            - Sai daqui Vincent! Vamos logo suma daqui! – eu dizia desesperada tentando o empurrar pra fora, mas estava tão nervosa que não tinha forças nem para movê-lo –

            - Não Lorraine, eu não vou sem você! Eu ficarei ao seu lado não importa a situação! – ele insistia e isso me deixava mais nervosa –

            - Não foi um pedido foi uma ordem, se manda garoto! – eu estava sendo rude com ele, mas era a única maneira –

            - Já te falei só te obedeço quando eu quiser, não vou sair sem você! – ele não me ouvia, não importava o que eu dissesse –

            - Mas que droga eu falei pra sair Vincent! Eu não vou pedir de novo! – eu o dei um tapa no rosto, estava desesperada eu sussurrei implorando perdão, mas o vi sair com uma lagrima no rosto agora o que restavam eram dois corações partidos pelo meu tapa –

            V. Phillips

            Ela se desesperou perdeu a calma, mas me bater era mesmo necessário? Acho que fui teimoso, ela estava certa ele é o pai dela não iria fazer nada de mal para ela, já comigo poderia fazer o que quisesse afinal ele era meu dono! Preferia assim... Ele pode me matar, mas se ele encostar um dedo nela eu juro que não irei me segurar! Eu estava totalmente errado. Ele gritava com ela, ela apenas tentava conversar, mas sua voz sumia dentre os berros daquele  desgraçado, ele era um monstro insensível, não respeitava os sentimentos da filha... A Lorraine era tão boa, tão linda e tão inteligente, sempre tentava o melhor, sempre tentava fazer eu e o Kree obedecê-la, mas nós nunca a ouvimos, deve ter sido por isso o tapa. Eu ouvi um estalo vindo do galão, era um tapa. Mas era tão forte, não poderia ser da Lorraine ainda porque foi seguido de um grito dela e então se fez um silêncio. Não! Ele não fez isso com ela, eu corri para ver se ela estava bem, se aquilo foi mesmo o que pensei... Infelizmente eu estava certo, pior é que ela estava desacordada, o tapa foi tão forte que ela desmaiou. Mas que desgraçado eu estava prestes a ir para cima dele quando algo me puxou para a lateral do galpão e me jogou contra parede. Era Kree novamente estava frente a frente, mas dessa vez não estava com o olhar assustado de medo e sim olhar fechado de raiva, eu não estava entendendo sua atitude e tentei largá-lo, sai fácil de seus braços mas ele insistia em me impedir de continuar.

            - O que quer garoto!? – eu o questionei –

            - Impedir você de fazer besteira, por mais que esteja com raiva dele pelo que ele fez a Lorraine ele continua sendo bem mais forte que nós e se provocá-lo estamos numa fria, então se acalma ta legal? – era ridículo o seu pedido e sua voz me irritava –

            - Só pode estar de brincadeira né? Você vai me impedir? – eu debochei dele, ele era bem mais fraco que eu-

            - Vou se for preciso, mas não devia ser assim, afinal você sabe que ele é mais forte que você também tremeu ao sentir a presença de seu símbolo imortal não é? – ele me irritava mais a cada palavra, mas tinha razão em algumas coisas –

            - Não me importo! O que ele fez com a Lorraine é imperdoável! Ele não tem esse direito! – eu gritava –

            - Também não gostei do que ele fez, mas apanhar dele não vai melhorar nada! – ele continuava a me irritar e então o joguei para o lado com o meu fogo, mas ele levantou e parou na minha frente novamente – Não vou deixá-lo passar... Enquanto estiver batendo em mim, não vai estar apanhando dele!

            O que ele disse me assustou um pouco, mas era honrável sua atitude mesmo sem um motivo, apanhar de mim para me proteger de outro se ele sabia bem que eu não gostava dele, qual o objetivo? A cada dia ele ficava mais estranho e menos compreensível.

            - Então como vai ser? – ele perguntou sorrindo –

             - Você fica e eu vou falar com ele! – dizendo isso eu usei a parede do galpão de impulso e saltei por cima dele, ele tentou correr para aparecer na minha frente, mas caiu, parecia machucado, como se tivesse apanhado – Está bem?

            - Estou e você está errado! Se você vai eu vou também. Assim se você apanhar eu pelo menos divido a surra! – a idéia era idiota, mas eu não ia convencê-lo do contrario, se há uma coisa que entendi sobre ele é que ele é muito teimoso –

            Chegamos na casa e ele estava na varanda numa velha cadeira de balanço fumando mais um de seus charutos horríveis e olhando para o céu com um olhar distante e perdido, ele parecia mesmo totalmente perdido, mas mudou sua expressão quando nós viu se aproximando dele.

            - Já terminaram suas tarefas? – ele nós questionou –

            - Não e não vou voltar até terminar de falar o que eu vim dizer! – eu disse apontado o dedo na cara dele –

            - Ora seu! Tudo bem fale rápido, tem que ter muita coragem pra apontar o dedo na minha cara! – ele berrava até conversando –

            - Como pode fazer isso com ela!? – eu o pressionei –

            - Como? Vou dizer como... Eu sou o pai dela e tenho o direito de educá-la como bem entender! – ele dizia como se fosse bonito o que fez, mas seu olhar mentia suas palavras –

            - Educá-la? Batendo nela, que tipo de educação isso dá?

            - Eu disse a ela é proibido qualquer tipo de relação extra profissional com os escravos, ela sabia eu tinha que puni-la por descumprir tal ordem! Senão eles a matariam!

             - Ninguém a mataria porque eu não ia deixar!

            - Não seja tão idiota garoto se eles a quisessem morta você não teria a mínima chance!

            - Pelo menos eu tentaria protegê-la e você que só bateu nela...

            - Eu a fiz entender uma coisa!

            - Falasse com ela!

            - Eu falei! Disse mil vezes para não se meter com tipos como você!

            - Tipos como eu? Ela não se meteu com nenhum tipo perigoso ou cruel senhor, ela me conheceu e decidiu com a própria cabeça se eu era desse tipo que o senhor diz!

            - Muleque você é ousado!

            - Idai!?

- Você não sabe como é cuidar dela sozinho dia após dia sem ter tido um bom exemplo paterno e muito menos uma mulher para me ajudar, você não vive num lugar onde sempre colocam bandidos perigosos e nem sempre estar aqui pra proteger sua única filha! Você não viveu a minha vida! – ele dizia aos prantos –

- Nem você viveu a minha, mas não importa isso... O que importa mesmo é que não precisa agredi-la para ensiná-la e se precisa de ajuda eu estarei aqui para isso, porque eu juro com todas as minhas forças que daria a minha vida por aquela garota! – e com isso ele abriu um sorriso em meio aquele rio de lagrimas –

- Garoto se você fizer algum mal a minha filha eu te mato!

- Senhor, se eu o fizer eu mesmo me mato! 

“Os seus aliados são aqueles que estão com você nas horas difíceis, os que estão nas horas fáceis são o que eu chamo de aproveitadores!”


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Notas finais do capítulo

até o proximo