O tempo estava ensolarado, os patos nadavam no lago, as aguias voavem audaciosamente no céu e Marriah estava em seu quarto sentada no pequeno divã de seu quarto que ficava encostado na janela, proporcionando a quem sentasse nele, uma vista surreal da paisagem.

 O tempo passava devagar, fluido e tenso. Ela não sabia o que fazer, não queria se casar com um duque velho e mal intencionado. 

 _Não acredito que o papai fez isso contigo Marriah _ disse Jenney indgnada, atrapalhando os pensamentos de sua irmã, dando voltas no quarto.

 _Vamos tentar esquecer esse Duque por pelo menos uns dez minutos, estou exausta disso.

 Jenney se sentou no divã de couro marrom ao lado da irmã e a fitou os olhos.

 _Bem, mas quem sabe, no fim de tudo, ele pode ser um homem atraente. Nunca se sabe, tente pensar pelo lado positivo. _ disse a caçula, tentando trazer alguma esperança.

 Marriah se levantou do pequeno sofá indignada. Seu vestido azul claro brilhava ao seu andar, que era realçado pelos seus lindo cabelos.

 _Atraente? Está brincando comigo não é? Ele tem 45 anos, como quer que seja atraente _ ela lamentou profundamente. _ Deve ser um homem cheio de rugas e com uma verruga no rosto.

 _Você anda lendo muitos livros, o Duque é um homem com uma belissima pose _ disse a Sra. Dashmouth entrando pela porta e se sentando na beira da cama de Jenney.

 Marriah deu as costas para a mae, não podia acreditar que ela havia aceitado a proposta do pai.

 _Converse comigo meu doce, não quero que se chateie comigo. 

 _Mãe _ disse a filha com um leve tom arrogante _ não me peça para aceitar isso. É o cúmulo, um ultraje. Sabe que não estou pronta para me casar, ainda mais com um homem que não amo.

 _O amor vem com o tempo querida _ disse Diane, tentando conformar a filha.

 _ Não acredito que está me dizendo isso.. Você sabe que eu sonho com o meu amor de verdade, quero me casar explodindo de amor, não pensando que o amor pode vir a surgir. Serei infeliz para sempre.

 Diane se levantou, com a expressão severa

 _Chega, você sonha demais, caia na realidade. Nada é tão surreal como você sonha. Sua família depende de você, e não irá nos decepcionar.

 Marriah saiu do quarto com os olhos cheios de lagrimas, não queria passar por aquilo. Precisava de um tempo para acreditar no que estava acontecendo, era o seu destino, se casar com o Duque Launchier. 

 Ela sentia que precisava de um dia livre, fora da mansão, fora de obrigações e pressoes. Saiu pela porta da casa, foi até o estabulo, e viu o cocheiro, Rodolph penteando a crina de um dos cavalos. Se aproximou.

 _Olá. _ Disse vagamente.

 O moço olhou para ela e se assustou de ve-la no estabulo.

 _Srta. Dashmouth, o que posso fazer por ti? _ disse meio atrapalhado.

 _Preciso que leve à cidade, preciso ficar fora por umas horas, mas gostaria que não falasse com ninguem. 

 Ele se pos surpreso.

 _Ham, claro, mas isso pode causar problemas para mim. Acho melhor avisarmos para o patrao.

 _Não se preocupe, eu me responsabilizo. A carruagem está pronta?

 Ele afirmou com a cabeça. Limpou a sujeira da calça e abriu a porta da carruagem para a Srta. Ela entrou, com classe e beleza que ele nunca havia visto antes. Depois de fechar a porta, tomou seu lugar na cochia e tomou velocidade, saindo do estabulo e pegando o caminho da estrada de pedras para a cidade. Marriah se sentiu livre, por não ter q ir para a cidade por algum motivo obrigatorio, e sim por que quer. Isso a revigorou e deu a ela vontade de ser livre para sempre.