Tentando Amar escrita por HellAngel


Capítulo 3
Nada é tão perfeito assim




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/306955/chapter/3

 No dia seguinte, o clima na grande casa estava diferente. O sr. Dashmouth estava vagando pelos corredores, pois sabia que teria que dar satisfações para sua esposa. A Sra. Dasmouth estava apenas esperando o momento ideal, quando as filhas sairiam para a cidade, para procurarem um novo professor de Francês, já o que delas, o Sr. Kelsew, havia se aposentado.

 Marriah e Jenney estava descendo a grande escada da casa, enquanto Diane estava no sofá, com uma chicara de chá repousada sobre a mão.

 _Mamãe estamos indo. Paul, avise Rodolph que estamos prontas. _ disse Marriah, à mãe e em seguida desviando sua fala ao mordomo, que se retirou para avisar o chocheiro da família.

 _Queridas, não se demorem, o tempo não está muito agradável. Ah, a Srta. Hugens, que mora do outro lado do lago e sempre vem nos visitar, me disse há umas semanas atrás que há um otimo professor de Francês na cidade, que mora próximo a feira de Camaroes. _ disse a mãe com um ar delicado e um sorrido leve no rosto.

 _Sim, vamos procurá-lo. Rodolph pode nos orientar, ele conhece bem a cidade. _ Disse Jenney, pegando a irmã pelo braço e saindo pela porta. _ Até mais tarde, mamãe.

 A Sra. Dashmouth acenou para as filhas e foi até a janela, que dava vista para a porta principal. Pôs-se a observar suas duas filhas, entrando na carruagem e indo para Cotswolds. Ela sabia que essa era a oportunidade de confrontar seu marido e entender o que se passou com ele no jantar da noite passada.

 Saiu da sala, o silencio era total, so se ouvia seu sapato de salto médio batendo no marmore do chão da mansão. Foi para a varanda principal, que ficava na parte de trás da casa, sabia que Sebastian estaria por lá, olhando o lago e pensando em suas vidas. Quando ela chegou na porta que a separava da varanda, lá estava ele, sentado em uma cadeira velha, imóvel.

 _Bom dia, mal nos vimos hoje. Precisamos conversar _ disse Diane, pegando-o de surpresa. Ela se sentou em uma cadeira vazia que estava ao lado e fitou o marido que estava serio.

 _Onde as meninas estão? _ disse ele, quase suspirando.

 _Foram à cidade, procurar outro professor de Francês. Não devem se demorar, porque eu disse para almoçarem em casa. Então temos pouco tempo para conversar.

 O homem suspirou e começou a falar, quase com medo.

 _Estamos com problemas. Sérios problemas minha querida.

 Diane arregalou os olhos e tentou se acalmar.

 _Não pode ser tão grave que não possamos resolver Sebastian.

 _Estou falido.

 E ele disse apenas essas duas palavras, duas palavras que são capazes de desestruturar uma familia, negocios, uma vida. Diane quase sofreu um desmaio, procurou se recompor para se manter forte e firme diante da noticia que recebera.

 _Como isso é possivel? Não disse ontem mesmo que está expandindo seus negocios para outros horizontes, que a queda na safra de uva nã nos afeta em nada? _ ela estava incredula.

 _Eu menti. Por que acha que eu não posso me ingressar no negocio da Companhia das Indias Orientais? Não tenho capital para isso. Eu menti quando disse que iria expandir meus negocios. Só havia dito aquilo para não ficar por baixo. _ Ele estava com medo, nervoso e muito preocupado. _ Estou com vergonha. Até ontem eu era o maior aristocrata de Cotswolds, quizá com influencia no país. _ ele pôs as mãos na face, cobrindo-a.

 _Mas problemas financeiros não acontecem de um dia para o outro. Como ficamos assim, o que ainda temos?

 Ele olhou para o céu, talvez o ceú fosse a unica esperança.

 _Temos pouco. Eu tinha dez lotes grandes, enormes. Perdi cinco, agora so nos restam quatro.

 Ela não precisava de fazer contas para saber que na verdade deveria restar cinco para eles.

 _Cinco? Mas não tinha dez e perdeu a metade? Por que só temos quatro?

 _Dei um de presente para o meu primo Gerald a mais tempo, só não te contei nada. Ele estava com probemas financeiros e precisava de uma fonte de renda, e tinhamos muitos lotes. _ disse ele, quase arrependido.

 Ela se pos nervosa, colocou a mão sobre a boca e estava assustada com o que viria.

 _Espera um estante, você da um de nossos lotes sem avisar a mim? E agora, acha que ele ira devolver? Não. Ele não irá. Gerald está com uma vida estabilizada e agora somos nós que estamos falidos, pobres. Ele não se importa com nossa situação, e mesmo se se importasse, não tem como nos ajudar. _ ela ja estava quase berrando.

 _Eu sei Diane, eu sei. Quero que parem de encomendar vestidos, e as meninas não poderam fazer aulas de FRancês, temos que economizar.

 _Ah é? Mas a pergunta principal você ainda não me respondeu Sebastian. Como perdeu quase tudo que temos? Jogos? Apostas? Fale e não minta para mim, ou poderá ser muito pior.

 Ele suspirou, deu uma pausa de cinco segundos e continuou:

 _Eu queria ser o sócio dos negocios da Companhia das Indias Orientais. Fiz contratos com o diretor da expansão comercial que nos levaria às especiarias. Mas eu não tinha o capital suficiente, e coloquei cinco de meus lotes no jogo. Ele havia me dito que se ninguem desse mais do que eu dei, eu seria o socio, mas o Grunh deu mais, ele conseguiu um emprestimo, e se tornou o socio. _ seus olhos estavam cheios de lagrimas. _ O que eu não havia lido com atenção, é que em letras miudas no contrato dizia que quem desse mais ganharia a posição e o outro, nesse caso eu, ficaria sem o que investiu. Tudo que eu tenho está retido e eu não posso recuperar, a não ser que eu dê o dobro do que perdi.

 A Sra estava realmente procupada. Não havia saida.

 _Eu fiquei com as terras mais improdutivas, coloquei as mais produtivas no investimento porque elas valiam mais. Agora a nossa renda sera bem, bem menor do que estamos acostumados. _ disse Sebastian.

 _Apesar de você ter feito coisas pelas minhas costas, e ter me diexado saber disso desse modo, temos que ficar juntos, e eu irei te apoiar. E vamos achar uma solução para isso _ disse Diane, tentando amenizar a situação, mas é claro que isso era irrelevante.

 _Na verdade, eu acho que ja tenho uma solução _ disse o senhor Dashmouth, talvez com a solução de tudo em um simples pensamento.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Vai pegar fogo agooooraaa =)