Elena P.O.V

Sempre é assim, o dia começa bem e sempre aparece alguma coisa para estragar. Já não bastava o medo que eu ainda estava sentido por causa da noite passada, o que ela ta fazendo na escola? Na minha sala de aula? Será que é por causa de mim? Ela quer alguma coisa comigo?

Assim que a professora anunciou a nova aluna, Vicki, ela olhou diretamente para mim enquanto eu olhava para ela muito assustada, Bonnie percebeu minha reação e ficou confusa, sem entender nada.

– Elena, o que ta acontecendo? Você conhece ela? - Ela perguntou curiosa e claro preocupada.

– Nada Bonnie, ta tudo bem. Talvez eu conheça ela daqui da cidade mesmo, relaxa. - Dei um sorriso tentando a tranquilizar - Eu não quis dizer a verdade para Bonnie, não queria colocar ela nessa história, pelo menos não agora.

Eu tinha que fazer alguma coisa, falar com ela, tentar entender alguma coisa, eu sabia o quanto essa atitude era perigosa, nem gosto de lembrar o que aconteceu da ultima vez que eu tentei enfrenta-la. Esperei dar a hora do intervalo, não poderia chamar ela para uma conversa na sala de aula.

... Na hora do intervalo

– Vicki, você pode me dizer o que ta acontecendo? Primeiro você me ataca na casa do Jer, depois vem para minha escola? O que você quer comigo? - Falei séria.

Ela me olhou com uma cara de deboche e depois deu uma gargalhada.

– Elena querida, entenda, isso aqui é uma escola, pessoas vem aqui para estudar, estudantes vem aqui para estudar, eu sou estudante, estou completando o ensino médio. - Ela disse.

– Jura que você veio aqui só para estudar? Você veio aqui para infernizar minha vida, aposto. - Eu disse.

– Você ta perdendo sua saliva aqui comigo, e só um aviso, eu conheço sua "família" - Ela falou fazendo aspas com os dedos. - Conheço seus amigos, você se lembra o que eu fiz com você na casa do Jer né? Posso fazer isso com qualquer pessoa, aqui e agora, eu acho melhor você não cruzar mais o meu caminho, aproveite enquanto eu estou sendo legal. - Ela falou, eu fiquei muito assustada e saí de lá.

Depois da escola eu fui para casa, nem prestei atenção em nada na aula para falar a verdade. Eu nem queria me lembrar que eu ainda tinha uma festa para ir, mas eu não poderia dar um bolo no Stefan. Eu tava muito estressada, eram muitas coisas juntas, ansiedade, chateação, medo, principalmente medo. Ele vinha me buscar as 20h, eram 17h51 ainda, eu não precisava me arrumar agora. Como se não bastasse tinha uma pessoa batendo na porta, quem era meu Deus? Ainda não era o Stefan, com certeza não.

– Damon... - Ótimo, quem mais poderia ser? Perfeito. pensei para mim mesma enquanto abria a porta revirando os olhos.

– Parece que não está tão feliz em me receber Elena. - Ignorei enquanto gritava chamando a Katherine.

– KATHERINEEEEE! - Falei gritando equanto ele me interrompia colocando seu dedo indicador nos meus lábios como quem pedia silêncio.

– Não vim falar com ela, Elena. - Falou ainda com o dedo nos meus lábios.

– Não? - Falei afastando a mão dele.

– Claro que não! - Ele entrou na sala e se sentou no sofá, folgado como sempre.

– Com quem então? - Perguntei.

– Com você Elena, com quem mais poderia ser? Sua tia?

– Comigo? Somos amigos agora? - Eu falei rindo.

– A nossa conversa ontem não significou nada para você? Magoou! - Ele falou enquanto dava um sorriso de lado.

– Tá Damon, o que você quer conversar?

– ham... Por que você perguntou pelo Stefan ontem?

– Ah, pra puxar assunto. - Ele percebeu meu nervosismo.

– Sei...

– Foi sim, seu idiota! - Falei quase gritando.

– Calma nervosinha. - Ele falou dando gargalhada enquanto eu batia nele com a almofada.

– Olha Damon eu não tenho tempo para ficar conversando besteira com você, eu tenho que ir para uma festa com o Stefan e eu tenho que me arrumar... Não que eu tenha que me arrumar por que eu vou com o Stefan, é por causa da festa, que ele que me chamou, aff idiota você entendeu. - Falei toda atrapalhada enquanto ele só ria e olhava meu jeito atrapalhado de falar.

– Ta Elena, fala logo, você gosta dele, se você falar, eu posso ajudar você, sabe, meu irmão é meio desligado eu posso dar um toque nele. - Ele se aproximou de mim, colocou o braço no meu ombro e deu uma piscadinha.

– Você é louco Damon. ai ai - Falei dando risadas forçadas e gaguejando.

– Você que sabe Elena, você que sabe... - Ignorei.

– Damon, sério, eu estou muito apressada, tenho que fazer a janta e me arrumar!

– Cadê aquela sua tia gata misteriosa para fazer a janta?

– Ela é minha tia, não uma empregada.

– Ótimo, agora ela vai viver as suas custas? Já não basta a Katherine? - Nós dois rimos. - Ah, eu posso te ajudar a se vestir se você quiser.

– Isso foi uma cantada? Nossa...

– Claro que não, foi uma solução. - Ele sorriu de lado.

– Engraçadinho, você vai me ajudar, mas não a me vestir, e se a cozinhar.

– Hã? Eu sabia que não deveria ter vindo, tchau Elena.

– Não senhor, você veio, agora vai ficar.

Foi divertido, a gente ficou conversando sobre vários e vários assuntos, eu estava me abrindo com Damon, isso era legal, mas eu tenho que admitir, ele não leva nenhum jeito para a cozinha, credo. Ele até quis me convencer de criar um look para eu vestir na festa, mas ele criava cada um mais brega do que o outro. Aliás, nem ia adiantar muito, Stefan me ligou dizendo que a festa era a fantasia, eu fui com uma roupa de médica que usei na festa de Halloween do ano passado.

... Chegando lá

Eu não esperava ver a Vicki, o que ela estava fazendo? Também ia frequentar as festas dos meus amigos? Bom, parecia que ela estava ficando com o Tyler, até aí tudo bem, mas ela começou a beber e a me provocar, qualquer um via que ela queria briga comigo. Nós acabamos discutindo, a única coisa que eu ainda me lembro é que ela me levou para o estacionamento, ela começou a me morder, foi horrível.

O rosto dela estava estranho, os olhos escuros, vermelhos eu acho, não me lembro muito bem, os dentes dela eram grande e ela não parava de tomar o meu sangue.

– Meu Deus, por favor, me solte, deixe eu ir embora, eu nunca mais volto para essa cidade! O que você quer? Eu faço, meu deus, o que você é? O que eu fiz com você? - Fiz várias perguntas e ela não respondia nada.

Até que ela me obrigou a tomar o sangue dela, e ela disse:

– Elena, você é muito doce, faz de tudo para proteger quem você ama. Você não consegue ferir ninguém, agora você vai ter que machucar elas para viver, isso vai ser um inferno na sua vida.

Ela torceu meu pescoço, ela me matou.

Agora eu estou morta, eu acho.