A Filha Da Magia escrita por Annabel Lee
– Com assim desaparecida? - pergunta Quíron.
– Não está em nenhum lugar! Nem na Casa Grande, nem nos estabulos, em nenhum chalé... Em lugar nenhum!
– Quíron, você quer nossa ajuda? - eu pergunto.
– Não, minha jovem, vocês tem uma missão... Vá, termine-a!
Annabeth se vira para Percy e lhe beija na boca. Me coração quase se desconecta das veias e tubos sanguíneos. Como nunca pude perceber que era ela? A namorada dele? Que mesmo em crise ainda o amava!
Percy olhou para mim tentando explicar. Viro meus olhos e subo no meu pégaso. Rachel também sobe no seu.
– Quieto, Blackjack - diz Percy - é... hum... o pégaso.
Eu o ignoro. Ignoro qualquer coisa que ele diga, faça ou pense.
– Adeus, Quíron - diz Rachel. Quíron acena para nós e começamos a voar.
Sobrevoamos toda Manhattam quando Percy se aproxima com seu pégaso negro.
– Olha, sobre a Annabeth...
– Você não me deve explicação nenhuma, Percy.
– Mas...
– Não deve! E morreu o assunto.
Depois de um tempo, Rachel sugere que desçamos para dormir em algum lugar, pois começava a anoitecer.
– Tem um pequeno hotel ali - digo - está vendo? Entre as árvores, no meio da estrada!
– Sim - responde Rachel - vamos descer, Purkie!
Nossos pégasos aterrissam ao lado no hotel.
– Fiquem aqui, ouviram? - disse Percy para os pégasos - ok, eu arranjo maçãs para vocês!
Os pégasos relincharam, parecia era um som de satisfação!
Batemos na porta do hotel.
– Olá? - grito - Tem alguém?
Uma senhora vestida de preto vem nos receber. Tinha um véu cobrindo os cabelos e uma vela acesa nas mãos enrugadas.
– Sim? - ela diz.
– Queremos um quarto para dois - diz Rachel - e comida!
– Podem entrar, temos tudo isso... Mas faltou luz, espero que não se incomodem com o escuro...
– Não, adoro o escuro! - respondo. E noto que Percy me encarava com uma cara engraçada.
– Você brilha! - ele afirmou.
– Oi?
– A benção de Ártemis - diz Rachel - faz com que você tenha um brilho prateado.
Assim que entramos na escuridão pude entender o que Rachel e Percy diziam, era como se eu iluminasse tudo com um brilho prateado me rodeando.
Legal, sou um vagalume!
Outra senhora veio a nosso encontro, vestia-se da mesma forma que a outra e também segurava uma vela.
– Venham - ela disse - vou leva-los a seus quartos.
Subimos as escadas e a velha abriu a porta de um dos quartos e indicou para que eu e Rachel entrássemos. Assim que entramos ela nos entregou uma vela e fechou a porta.
– Vela sem fósforos?
Faço fogo com meu dedo indicador e acendo a vela.
– Você acha que ela sabia? - sussurra Rachel - ela não nos deu fósforos.
– Ou sabia ou quer que fiquemos no escuro...
– Melhor você dormir com esse arco na mão!
– E você com sua faca!
– Certo!
– Certo.
Deitamos em nossas camas. Demorei um pouco a dormir, fiquei um bom tempo em alerta, com medo de que algo acontecesse.
Sonhei com a mulher que dormia.
Estávamos no meio de um enorme vazio, ela estava vestida de terra e eu segurava meu arco com firmeza.
– Você sabe que vai perder - ela disse sonolenta - vou despertar e depois despertar meus irmãos, e vou usar a bolinha da sua amada mamãe para fazê-lo.
– Só por cima do meu cadáver.
Ela riu.
– Que assim seja!
Acordo assustada.
– Diana? - Rachel pergunta preocupada - você está bem?
Respiro fundo e conto o sonho para ela.
– Irmãos? Tem certeza?
– Sim, absoluta.
– Isso não é nada bom...
– Por quê? Quem são os irmãos dela?
Rachel abriu a boca para falar, mas foi interrompida com o grito de Percy.
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