A Filha Da Magia escrita por Annabel Lee


Capítulo 11
Meu Sonho com o Diabo




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– Com assim desaparecida? - pergunta Quíron.

– Não está em nenhum lugar! Nem na Casa Grande, nem nos estabulos, em nenhum chalé... Em lugar nenhum!

– Quíron, você quer nossa ajuda? - eu pergunto.

– Não, minha jovem, vocês tem uma missão... Vá, termine-a!

Annabeth se vira para Percy e lhe beija na boca. Me coração quase se desconecta das veias e tubos sanguíneos. Como nunca pude perceber que era ela? A namorada dele? Que mesmo em crise ainda o amava!

Percy olhou para mim tentando explicar. Viro meus olhos e subo no meu pégaso. Rachel também sobe no seu.

– Quieto, Blackjack - diz Percy - é... hum... o pégaso.

Eu o ignoro. Ignoro qualquer coisa que ele diga, faça ou pense.

– Adeus, Quíron - diz Rachel. Quíron acena para nós e começamos a voar.

Sobrevoamos toda Manhattam quando Percy se aproxima com seu pégaso negro.

– Olha, sobre a Annabeth...

– Você não me deve explicação nenhuma, Percy.

– Mas...

– Não deve! E morreu o assunto.

Depois de um tempo, Rachel sugere que desçamos para dormir em algum lugar, pois começava a anoitecer.

– Tem um pequeno hotel ali - digo - está vendo? Entre as árvores, no meio da estrada!

– Sim - responde Rachel - vamos descer, Purkie!

Nossos pégasos aterrissam ao lado no hotel.

– Fiquem aqui, ouviram? - disse Percy para os pégasos - ok, eu arranjo maçãs para vocês!

Os pégasos relincharam, parecia era um som de satisfação!

Batemos na porta do hotel.

– Olá? - grito - Tem alguém?

Uma senhora vestida de preto vem nos receber. Tinha um véu cobrindo os cabelos e uma vela acesa nas mãos enrugadas.

– Sim? - ela diz.

– Queremos um quarto para dois - diz Rachel - e comida!

– Podem entrar, temos tudo isso... Mas faltou luz, espero que não se incomodem com o escuro...

– Não, adoro o escuro! - respondo. E noto que Percy me encarava com uma cara engraçada.

– Você brilha! - ele afirmou.

– Oi?

– A benção de Ártemis - diz Rachel - faz com que você tenha um brilho prateado.

Assim que entramos na escuridão pude entender o que Rachel e Percy diziam, era como se eu iluminasse tudo com um brilho prateado me rodeando.

Legal, sou um vagalume!

Outra senhora veio a nosso encontro, vestia-se da mesma forma que a outra e também segurava uma vela.

– Venham - ela disse - vou leva-los a seus quartos.

Subimos as escadas e a velha abriu a porta de um dos quartos e indicou para que eu e Rachel entrássemos. Assim que entramos ela nos entregou uma vela e fechou a porta.

– Vela sem fósforos?

Faço fogo com meu dedo indicador e acendo a vela.

– Você acha que ela sabia? - sussurra Rachel - ela não nos deu fósforos.

– Ou sabia ou quer que fiquemos no escuro...

– Melhor você dormir com esse arco na mão!

– E você com sua faca!

– Certo!

– Certo.

Deitamos em nossas camas. Demorei um pouco a dormir, fiquei um bom tempo em alerta, com medo de que algo acontecesse.

Sonhei com a mulher que dormia.

Estávamos no meio de um enorme vazio, ela estava vestida de terra e eu segurava meu arco com firmeza.

– Você sabe que vai perder - ela disse sonolenta - vou despertar e depois despertar meus irmãos, e vou usar a bolinha da sua amada mamãe para fazê-lo.

– Só por cima do meu cadáver.

Ela riu.

– Que assim seja!

Acordo assustada.

– Diana? - Rachel pergunta preocupada - você está bem?

Respiro fundo e conto o sonho para ela.

– Irmãos? Tem certeza?

– Sim, absoluta.

– Isso não é nada bom...

– Por quê? Quem são os irmãos dela?

Rachel abriu a boca para falar, mas foi interrompida com o grito de Percy.


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