Unbreakable escrita por Caeruleae Ignis


Capítulo 10
Capítulo 10 - Barraca Armada


Notas iniciais do capítulo

OI GENTEMMMM! Saudade dessa fic! Desculpa mesmo a falta de atualização, minha vida anda um caos! Bem, tá ai, espero que gostem! Não liguem para o título HAHA Não deixem de comentar, deixar recomendações e favoritar, isso ajuda muito!



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Carmen levantou Sherlock pelo braço, com dificuldade. Flexionou os joelhos e puxou-o para fora da cadeira.

– Vamos, homem!

– Mas eu não preciso fazer compras com você!

– Precisa sim!

– Por favor, Carmen. - ele parecia irritado. - Não comemoro o Natal desde os doze anos de idade.

– Então isso vai mudar agora. - com facilidade, Sherlock Holmes puxou seu braço e quase derrubou a menina no chão, desvencilhando-se.

– Irei somente se você conseguir me tirar dessa cadeira.

– Isso é um desafio? ele não respondeu. Carmen envolveu suas mãos pelo punho de Sherlock. A mão do detetive estava gelada. Ela jogou o peso de seu corpo contra Sherlock e depois o puxou com mais impulso, duplicando a força utilizada para levantá-lo. O detetive, pego de surpresa por ser a primeira tentativa da menina, acabou se desequilibrando, caindo por cima dela. Eles se olharam olho-no-olho e Carmen ameaçou virar o rosto para a direita, fechando os olhos. Sherlock fez o mesmo, mas sussurrou, quase selando seus lábios no dela.

– Seu cigarro caiu da orelha.


Os dois permaneceram em silêncio dentro do taxi até o shopping mais próximo. Sherlock pagou a viagem e Carmen teclava no celular, provavelmente enviando uma mensagem de texto. Alcançaram a praça de alimentação e ela interrompeu o longo tempo sem comunicação.

– Uma hora aqui nos encontramos? Precisamos de presentes para Mycr--

– Ah, não.

– Não começa, Sherlock! Ele é seu irmão.

– Não significa que eu preciso presenteá-lo.

– Se você não quiser, eu posso dar o presente. Mas pelo menos compre-o! - ele grunhiu. - Continuando. Mycroft, sra. Hudson, Molly, você, eu e Lestrade.

– Lestrade também?!

– Pelo amor de Deus, Sherlock Holmes! - o detetive passou a mão pelo pescoço e arrumou o sobretudo. - Tente comprar algo que não ofenda ninguém. Uma hora, aqui. Entendido?

– Certo.


Despediram-se e seguiram seu caminho. Para Carmen não foi difícil comprar um presente adequado para cada um dos convidados. Um vestido de veludo roxo para sra. Hudson, um kit de maquiagem para Molly, um guarda-chuva estampado com guarda-chuvas para Mycroft junto com um par de gravatas de cetim e finalmente para Lestrade, um livro novo do Stephen King. Estava na loja da Dolce e Gabanna quando viu um rosto familiar na prateleira ao lado.

– Saia daqui! Estou comprando o seu presente.

– Já terminei. Não é difícil te achar com essa cabeleira.

– Algum problema com o meu cabelo, Sherlock Holmes?

– Não. - ele seguiu a menina que desfilou para a seção masculina de roupas. Sherlock conteu o ímpeto de segurar as pontas do cabelo da menina, sentindo o rastro do seu perfume.

– Sherlock, saia daqui. Você vai estragar a surpresa.

– Como você é ordinária, Carmen.

– Hein?!

– É, ordinária. Comum. Parece até uma mãe de família fazendo compras para o Natal.

– Tirando o "ordinária" e o "mãe de família", sim. Algum problema?

Ele suspirou.

– Você não entende, né? Tudo que é muito comum me entedia. Me tira do sério. Vamos voltar pra casa logo.

– Sherlock, você poderia segure sua megalomania dentro suas calças durante duas horas? - Carmen segurou o ímpeto de apalpar Sherlock, engolindo em seco. - Vá buscar um copo de água para mim com a atendente.

Ele afiou o olhar e caminhou até a vendedora, dando uma brecha para Carmen escolher o presente do detetive. Sorriu ao segurar a peça de vestuário e correu até o caixa. Estava embalando para presente quando Sherlock voltou.

– Aqui está seu copo d'água. - ela o bebeu em um gole. Estava com sede. - Podemos ir?

– Claro, claro, Sherlock. - ela bufou e assinou o papel do cartão de crédito. - Vamos.

Era aproximadamente cinco da tarde quando Sherlock foi para seu quarto. Carmen tinha escondido os presentes muito bem, e o homem estava entediado. Caminhou até o quarto da garota antes de ir para o seu e raptou seu laptop. Trancou a porta de seu próprio quarto ao entrar neste e abriu o notebook, colocando-o sobre sua escrivaninha. Sentou-se na frente deste e abriu o Bebo de Carmen. Várias mensagens se encontravam não-lidas e Sherlock leu a mais polêmica de todas.


REMETENTE: Jeremy Bourke
DESTINATÁRIO: Carmen Helena
Assunto: Video

Vadia enrustida, você realmente acreditou? Todo mundo na escola já viu, pra você largar de ser puta. Que piada.

Abaixo da mensagem, seguia um link para download.

Sherlock aperta o mouse acoplado ao laptop e abre o link do download. A barra de 'salvar como' indicava um segundo arquivo, o que levou o homem a cancelar o download e abrir o arquivo original.

Um vídeo de fundo escuro começa e um corpo juvenil é bisco, e pouco a pouco começa a se despir. Primeiro a calça é retirada, acompanhada de movimentos ritmados e sensuais de sua cintura. Rebolados e rodopios eram seguidos de ameaças sobre a retirada do suéter, revelando seu abdome branco com uma pequena tatuagem de escorpião sobre a bacia. Uma madeixa loira apareceu no video e Sherlock se assustou. A garota retirou seu suéter e possuia somente uma regata branca, dois números menores do que o recomendado para seu corpo; Seguido de uma risada, a menina retira a camiseta e permaneceu com a lingerie completa, de renda bordada, preta. O detetive reconheceu a peça. Carmen retirou o soutien e cobriu os seios com o braço, e antes de jogá-lo contra a câmera, mostrou seu rosto a se abaixar. Arremessou a peça contra a webcan e o vídeo acabou.

Sherlock sentiu um desvio sanguíneo em suas pernas e a súbita diminuição de suas calças, olhando para a virilha e, incrédulo, levantou os braços em protesto.

Uma ereção ameaçava rasgar suas calças.


- Sherlock? - Carmen perguntou, sua voz proveniente do corredor. O homem escutou seu chamado e se jogou na cama, agarrando um livro na cabeceira e o jogando, aberto, entre suas pernas.

– Sim, Carmine?

– Eu vou preparar o jantar. Você quer alguma coisa? Eu posso entrar?

– Claro - seu tom de voz era nervoso. Carmen forçou a maçaneta. A porta estava trancada.

– Você poderia destrancar, por favor? - ele suspirou, e jogou o livro longe. Caminhou até a porta e a destrancou. Para se comunicar com a garota, colocou somente o rosto na fresta enrte a porta e o portal.

– Diga, garota, estou ocupado.

– Você quer jantar?

– O que você fazerá?

– O que você quiser. O que está fazendo? - ela tentou entrar mas foi bloqueada pela força do homem. Sua ereção cresceu ao ver a raiz platinada do cabelo de Carmen, vista de cima, descoberta pelo próprio crescimento do cabelo tingido de laranja.

– Nada.

– Então deixe-me entrar, ora essa.

– Porque você quer entrar no meu quarto? - seu tom era cínico.

– Para falar direito com você!

– Mas eu já respondi a sua pergunta!

– Tá bom, Sherlock! Continue aí, como um adolescente punheteiro sem vida! - ela forçou a porta e a bateu, sem paciência.

Agradecendo silenciosamente, ele trancou novamente a porta. O zíper da sua calça estava machucando-o, e após uma longa guerra inteira, desabotoou a vestimenta, fazendo com que a ereção explodisse para fora desta. Sherlock não conseguia acreditar.

Sério, Sherlock Holmes? Um vídeo erótico da sua companheira de apartamento te deixou como um garoto de qiunze anos?

Então, ele se lembrou do que Carmen comentou.

Exatamente. Um adolescente punheteiro.

Ele se jogou novamente sobre a cama e retirou os sapatos, fitando o teto, refletindo sobre a ideia.

Eu nem sei fazer isso. Nunca precisei. Mas é melhor que desfilar com essa coisa pra cima.

Mas ela vai entender, se vir. Todo homem tem isso.

Você não está pensando em fazer isso, né?

Qual é o problema?

– Cale a boca! - Sherlock gritou, discutindo consigo mesmo.

Qual dos dois é mais humilhante? Tocar uma ou caminhar no apartamento com aquela garota vendo sua barraca armada?

Desde quando você fala assim?

Não interessa! Se ela vir, você pode até ganhar alguma coisa com isso.

Sherlock colocou o travesseiro na cara.

Quanto mais rápido isso acabar, melhor.

Respirando, levantou o tronco e tentou relaxar, em completo estado de negação sobre o que iria fazer.

Era aproximadamente sete da manhã quando Carmen levantou. Caminhando até a cozinha, preparou um chá e se sentou a mesa, analisando as provas. Bebericava o chá enquanto lia algumas anotações feitas na Divina Comédia dourada de Camila Belucci. Escutou passos no corredor até sua visão periférica captar um Sherlock tenso caminhando até o sofá, sentando-se lentamente.

– Bom dia. - ela comentou enquanto acendia um cigarro.

– Tem... tem chá? - seu tom era nervoso.

– Tem - ela estranhou a vocalização do detetive. - Você está bem?

– Sim - ele caminhou até a cozinha e serviu uma xícara para si, depositando dois torrões de açúcar em sua xícara. Virou o recipiente em sua boca, com o líquido ainda quente, tentando relaxar. Foi até Carmen e roubou o cgarro de seus lábios, dando uma longa tragada.

– Já falei que esse cigarro é fraco?

Ela não respondeu.

– Encontrou alguma coisa?

– Sim. Francesca Harry tinha um caso incestuoso com seu cunhado.

– Assim como Francesca de Rimini?

– Exato. O nome é coincidência.

– E?

– E que a próxima vítima será alguém obeso da minha família.

– Como você sabe que é da sua familia?

– Camila Belucci era mulher de um dos meus tios, e Francesca Harry, minha tia. Além do mais, encontrar alguém obeso na minha família não será fácil.

– Porque diz isso?

– Porque a parte do meu pai da família é de italianos. E noventa por cento das pessoas lá são obesas.

– Incluindo você.

Carmen dirigiu um olhar fulminante a Sherlock.

– Você não vai estragar meu dia logo de manhã. Não vai mesmo. Enfim.

– Você faria uma torrada para mim? - Sherlock roubou novamente o cigarro de Carmen, finalizando-o.

– Você me chama de obesa 10 segundos atrás e quer que eu cozinhe para você? - ele respondeu com um olhar de confusão.

– E daí?

Carmen suspirou e após refletir por um par de segundos, se levantou e caminhou até a cozinha. Que homem imprevisível.

Sherlock observou o longo cabelo da garota, embaraçado e frizzado. A luz do dia iluminou a longa cascata ruiva por um momento enquanto ela ia para a cozinha. A visão o agradou por um segundo, antes de voltar seus pensamentos a noite tenebrosa que teve. Que mulher esquisita.


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Notas finais do capítulo

HDBKJSHDBSDH espero que tenham gostado! Beijos. Deixem um review!