The Search For Gold. escrita por Lilian Smith


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oii, gente muita obrigada pelos comentarios, fique nas nuvens com eles, queria abraçar pessoalmente cada um de vocês agora, então sinta-se abraçados. Um agradecimento do fundo do coração para luiztikie por ter enviado a primeira recomendação da fic, mesmo ela estando ainda no começo. Valeu a todos vocês. Espero que curtam esse cap.



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 - Pelo amor de Deus, como foi que você fez isso? – perguntou tia Clary, pela milésima vez em menos de um minuto.

- Eu já disse. Eu não sei. – responde.

Estávamos na ala hospitalar da escola, Bianca, Nico, Simon, e Alec estavam ali, Clary tinha chegada a menos de cinco minutos e já tinha dito mais de quinhentas perguntas, e trezentas reclamações. Depois da cena esquisita e assustadora na sala de aula, o professor e meus primos, acompanhados de toda a sala me carregaram para enfermaria, todo mundo gritando dizendo que eu mesmo tinha me machucado, uma coisa que eu sabia que não era verdade. Não tinha como eu me alto machucar, por que eu não tinha nenhuma adaga nas minhas mãos para poder me esfaquear e mesmo que tivesse eu com certeza não faria. Mas ninguém tinha acreditado em mim.

Tia Clary respirou fundo, e se virou para a enfermeira.

- Eu preciso conversar com a diretora, ao que parece um dos meus filhos xingou um professor enquanto ele levava meu sobrinho para enfermaria. – ela lançou um olhar severo a Nico – Pode me levar  a sala dela por favor?

A enfermeira assentiu, e se virou para a porta. Tia Clary se virou para a gente, e lançou um olhar que dizia claramente “juízo”. E saiu da sala.

- Serio, cara. – Simon falou enquanto se jogava na poltrona do lado da cama. – Como você fez isso? Por que diabos se alto machucar com um lápis? Alias, como um lápis pode fazer isso?

- Eu já disse. – grunhi- Eu não me alto machuquei, e um  lápis nunca teria proporção para fazer isso. Se fizessem, hoje os bandidos saíram na rua armados com lápis e não com armas ilegais.

Simon, revirou os olhos, e se levantou.

- Vou buscar agua, vocês querem? – perguntou.

Bianca e Nico confirmaram, eu neguei, estava intrigado demais para ter tempo de beber agua. Desviei o olhar deles dois, e observei o quarto, eu nunca tinha estado na ala hospitalar antes, e agora entendia o motivo de muita gente detestar vir para cá. Parecia mais uma cela de prisão. As portas eram de madeira escura, e as janelas tinham grade.

- De onde veio aquela adaga? – Nico perguntou de repente. Me fazendo da um pulo na cama em que estava deitado.

- O que? – perguntei.

- Uma adaga. – Bianca falou como se estivesse ensinando uma criancinha – Uma adaga de ouro, foi isso que te acertou. De uma hora para outra você ficou ereto, e depois caiu no chão, com o braço cheio de sangue, e uma adaga no seu ombro, quando todos se aproximaram a adaga tinha sumido. Ao que parece ninguém viu, a não ser nos três.

- Vocês... – comecei, mas Clary e Jace entraram na sala.

- Vamos, todos vocês, as aulas já acabaram. – disse, Clary.

- Certo. – Nico falou. E se levantou, acompanhado de Bianca. Jace veio me ajudar a levantar, mas eu neguei ajuda, e me levantei sozinho. Aquilo não era nada comparado a outros ferimentos que já tive. Mas era obvio que eu não podia dizer isso a eles.

- Você está bem? – Jace perguntou, os olhos  mostrando bastante preocupação.

- Estou, já quebrei meu braço uma vez, isso aqui não é nada. – responde, levantando o braço enfaixado.

- Certo, vou fingir que acredito que isso não esta doendo. Vem, antes que Clary arranque nossas cabeças – falou e passou a mão no meu ombro, me guiando para fora.

A viagem de carro foi rápida, demorou um pouco mais por que nos deixamos Simon na casa dele, e só depois fomos para casa. Minha tia me fez jurar que eu ia ficar na cama, então não tive tempo de questionar Bianca e Nico, por eles terem visto a faca e os outros não.

Quando amanheceu no dia seguinte, eu não fui para a escola, e já nem me lembrava de falar com os dois. Uma semana depois, eu voltei para as aulas, e os cochichos eram inevitáveis. Muita gente apontava para mim no corredor, até alunos do segundo ano, que eu nem sequer conhecia. A historia do aluno que tinha desmaiado na sala se tinha se espalhado como um raio. Aquilo não fazia sentido já que a historia nem era uma das mais esquisitas e loucas que já se ouvira, mas era como Nico disse. “Nada como um assunto besta para movimentar  a escola”.

Depois daquele sonho estranho, eu não tinha sonhado com mais nada, e nem tido nenhuma visão esquisita, ou alucinação. Até os pesadelos tinham parado. Não podia dizer que sentia falta, mas era estranho. Na mesma semana em que eu voltei as aulas, meu tio foi promovido, e ia rolar uma festa em família em casa, e minha tia, estava correndo de um lado para outro, arrumando a casa, e fazendo faxina, pois segundo ela a mãe do Jace, era um tanto quanto “ antiguada”.

- Ela vai reclamar do meu cabelo de novo, e isso vai se misturar com a falta de antiguidade na casa. – Clary gemeu quando tínhamos recebido a noticia.

Jace, - do contrario do que eu tinha achado – riu. Ele contornou a mesa, e abraçou Clary por trás.

- A gente sobrevivi, é só uma noite. Nos suportamos uma noite.

E depois deu um beijo nela.

- Argh! – reclamara Nico, quando eles começaram realmente a se agarrar.

- Isso é nojento. – disse Bianca, colocando o dedo na língua fingindo que ia vomitar.

- Ei! – gritei – A gente tá aqui.

Eles, riram e se soltaram mas continuaram de mãos dadas.

- Sabe- falou Nico – Seria bom se vocês não ficarem se agarrando na nossa frente, é nojento.

Aquela foi uma das noites mais engraçadas da semana, e assim se seguiu, nada de anormal, ou esquisito aconteceu mais comigo. O tempo voava, eu ainda não tinha contado a Annabeth sobre o que tinha acontecido na aula, e nem ela tinha entrado em contato de novo. O jantar, veio e passou, e como tia Clary previra, a mãe de Jace, levou metade da noite reclamando de tudo e todos.  As provas finais se encontravam cada vez mais próximas, e eu estava em plenos métodos de estudo. Bianca costumava ajudar mas por alguma infelicidade do universo, ela ficou doente, e ia fazer segunda chamada que era diferente das nossas provas. Boa parte dos meus dias, eram super ocupados e corridos,  e eu não tinha nem me dado conta de que faltava pouco tempo para as férias de verão. Só vim perceber que ia ter que de alguma forma tocar no assunto com minha tia quando faltava menos de uma semana para as férias.

Eu não tinha a mínima ideia do que dizer a ela, queria pedir conselhos a Annabeth mas ela tinha desaparecido. Sempre que eu pensava numa forma de começar o assunto, alguma coisa acontecia e ela saia de casa, ou ia para outro cômodo e a coragem se perdia.

Até que chegou o ultimo dia de aula, a ultima prova, no dia seguinte eu teria que estar partindo para o acampamento. Nico não ia a escola, por que estava passando mal, e Bianca continuava doente. Simon não  ia me acompanhar por que a mãe dele é quem ia leva-lo a escola. Acabei indo sozinho, e no caminho tentei imaginar como falar para ela sobre eu ser um semideus. Como ela ia reagir? Será que pensaria que eu era louco? Será que acreditaria? Existiam milhões de reações para ela, mas de hoje não podia passar. Assim que eu chegasse em casa, ia falar com ela sobre isso. Ia dar tudo certo. Pensei . Tudo ia dar certo.

Como sempre, eu estava quase imediatamente errado.

Faltava menos de um quarteirão para a escola, mas mesmo assim se eu não me apressasse chegaria atrasado. Virei em um beco que ficava do lado de uma loja de doce, e disparei. Lembrava vagamente que ele ia dar do lado da escola. No começo ele aparentava estar vazio, mas quando eu estava quase saindo, um cara alto e robusto apareceu. Eu dei um salto, e meu coração foi parar na boca, por reflexo eu puxei contracorrente mesmo sabendo que ela não funcionava com mortais, e a destampei.

- Atrasado senhor. Jackson? – perguntou o homem, aquela voz me era conhecida.

- Há- falei – diretor Fudge,  desculpe, eu estava encurtando o caminho, meus primos estavam doentes e...

- Me poupe de desculpas senhor. Jackson.  – ele grunhiu, mais pareceu um rosnado – Não deveria andar em um beco escuro, principalmente andando com uma espada.

Fiquei completamente perdido, ele via a espada?

- O que...

- Shii. – ele disse, e jogou o casaco que o cobria no chão. – Não me interrompa, é quase um suicídio sair assim, em um beco escuro, carregando uma espada...sendo quem é.

- Do que é que o senhor.... – comecei, mas minha voz se perdeu, ele deu um passo a frente, e me pegou completamente desprevenido, minha espada voou da minha mão, e foi parar quase no inicio do beco.

- Se quer tanto morrer, por que não deixa eu resolver isso para você? – sibilou, e girou no lugar. Na mesma hora houve uma mudança. Ele tinha um rabo espinhento, e presas no rosto. Os olhos pareciam vidrados, e pelos amarelos começaram a brotar no corpo.

- MANTICORE. – gritei.

Ele riu, e avançou o rabo na minha direção. Os espinhos perfuraram minha pele, e eu gritei de dor. Cai no chão completamente exposto, e na total linha de perigo. Ele ia me matar. Não havia duvida disso. Ele avançou, com um sorriso homicida no rosto.

- Meu mestre quer falar com você. – ele rosnou – Ele vai adorar ter você na coleção.

Então um flecha se alojou no alto de sua cabeça, e ela se virou, mais espinhos perfuraram minha pele, mas dessa vez eu não gritei. Outras flechas voaram e uma luz brilhante invadiu o beco. Uma voz que eu já conhecia, e que me fez sentir completamente seguro se apoderou do ar.

- Sinto muito demônio. – ela falou – Mas não é ele que ira parar em uma coleção.

O mantícora, tentou se defender, mas ela foi mais rápida. A flecha o atingiu no peito, e ele se desfez em pó. Ergui a cabeça para fitar a pessoa que acabara de me salvar, mas tudo que vi foi um inchame de cabelos loiros cacheados.

- Oh deuses você está bem? – Annabeth perguntou. – Oh céus, você esta ferido.

E se virou para encarar a minha salvadora. A menina de doze anos, e cabelos vermelhos estava conversando com outra garota, que parecia ser bastante jovem, assim como as outras meninas que estavam ali.

- Artemis. – falei antes que Annabeth dissese alguma coisa.

A menina de cabelos vermelhos piscou, e depois encarou Annabeth.

- Obrigada – Annabeth falou – Por ter me salvado, e por ter salvado ele.

- Isso não foi nada. – Artemis respondeu.

- Você estava com ela? – perguntei, completamente confuso.

Annabeth riu da minha confusão.

- Monstros estavam me caçando em todas as partes, fugi de casa, e eles continuaram a me seguir, um dracena me encurralou em um bosque e eu teria morrido se elas não tivessem aparecido. Depois pedi para que elas me ajudassem a vir atrás de você. Disse que estava com um pressentimento ruim, e Artémis concordou em me ajudar. E...céus, se não fosse por ela, você teria morrido. – e tornou a me abraçar, com os olhos molhados.

- Eu não sei... como agradecer. – falei.

- Não foi nada. Venha, você esta ferido, precisa de tratamento. Zoe pegue a bolsa de curativos. Fleur, vamos ao bosque daqui a pouco, não precisa desarmar as mochilas.

- Quem...? – perguntei, me referindo as garotas que estavam ali.

Foi Annabeth quem respondeu.

- Há, sim, eu quase esqueci. Percy, essas são as caçadoras de Artemis.


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Notas finais do capítulo

Então?