The Search For Gold. escrita por Lilian Smith


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oii gente. A segunda temporada vai começar! Aos antigos leitores bem vindos de volta. E aos novos, Sejam bem vindos. Espero que vocês gostem.
Esse é o primeiro cap, e pode não parecer tão emocionante mas é crucial para o desenvolvimente da historia.
Não sejam fantastamas. Vejo vocês lá em baixo.



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- Percy, desce logo a gente vai acabar se atrasando para a escola!

Tive vontade de arremessar o despertador na cara de Bianca, era a primeira vez em meses que eu tinha uma noite de sono tranquila. Estávamos no meio de maio, faltava praticamente o mês e meio para as férias de verão e ela ainda me acorda berrando na porta do meu quarto.  Já que ela tinha me feito o favor de me acordar, só me restava agora levantar e começar a me arrumar. Pisquei sonolento enquanto me encaminhava para o banheiro. Era estranho pensar que aquela casa já era bastante familiar para mim. Fazia oito meses desde a morte da minha mãe e eu ainda tinha pesadelos com aquilo. Alias, eu sempre tinha pesadelos e alucinações, era quase rotina, mas se minha tia e meus primos notaram isso eu ainda não sabia. Já tinha ouvido ela conversar com meu tio, Jonhatan que era mais conhecido como Jace, mas normalmente ela sempre dizia a ele que não tinha com o que se preocupar comigo, o que eu seriamente agradecia, já tinha se passado oito meses e eu ainda não sabia o que dizer a ela quando as férias de verão chegasse. Como eu ia contar sobre o acampamento? Sobre ser meio-sangue? Ela ia achar que eu era  louco e ia realmente me internar. Não pense nisso agora. Falei para mim mesmo. Se preocupe em chegar cedo a escola.

Tinha acabado de colocar a roupa quando aquele pensamento me fez rir. Era estranho pensar que eu estava preocupado em chegar cedo na escola, já que no passado eu temia ir para a escola. Talvez isso se deva ao fato de que Bianca seja tão emocionalmente viciada a estudar quanto Annabeth, o que faz de mim e Nico seus companheiros na biblioteca durante o intervalo junto com outros dois amigos. O vicio de Bianca deve ser contagioso.

- Do que você está rindo? – alguém falou me fazendo pular, e derrubar a escova de dente no chão.

- Vê se da próxima não me mata do coração Annabeth. – falei para a mensagem de íris que mostrava a minha amiga no acampamento meio-sangue.

Ela riu, estava usando uma trança e a roupa do acampamento. Provavelmente era hora de folga, ou cedo demais para treinar.

- Então? – perguntei meio ansioso – alguma novidade?

O rosto dela ficou serio, ela sabia ao que, ou melhor a quem eu me referia.

- Não. – respondeu – nenhuma melhora. Continua na mesma. Eles estão preocupados, nada que fizeram a curou.

- Certo. – falei, eu realmente não esperava uma melhora. A oito meses que Thalia continuava na mesma, sem mudanças, ainda em coma. – Mais alguma coisa?

Ela pareceu aliviada pela mudança de assunto.

- Grover saiu em missão. Lembra do desejo dele de encontrar o deus perdido? Pã mais precisamente. Então, ele foi escalado para ser um dos sátiros buscadores.

- Serio? – exclamei – isso é incrível.

- Né? – ela falou, mas algo me dizia que não era bem.... incrível.

- Qual o problema? – perguntei.

- é que, bom a maioria dos sátiros que foi atrás de Pã morreu ou desapareceu para sempre. Eu estou com medo por Grover. E com uma sensação um tanto que ruim.

- Grover vai ficar bem – falei – ele é esperto, e um dos sátiros mais corajosos que já conheci.

- Espero que sim. – disse, mas não parecia ter tanta certeza, o que me deixou inseguro.

- Desculpa Annie, vou ter que sair. Tenho que ir a escola. Mas Grover vai ficar bem, ele vai achar Pã e voltar com toda a força.

Depois passei a mão pela mensagem de íris, e desci para a sala de jantar. Todos já estavam ali com exceção de Jace,  ele normalmente saia mais cedo que todo mundo para ir ao trabalho. Trabalhava em uma empresa de empréstimo como o diretor de uma das seções. O que faria de muitos pensarem que ele era convencido e mau humorado, já que a empresa é uma das mais importantes do pais, mas Jace não é nada assim. Do contrario, ele é totalmente divertido e quase nunca fala do trabalho em casa. Para ele não faria a mínima importância se trabalha em uma empresa ou em uma banca de frutas. Tia Clary era escritora em um jornal, fazia o artigo de entretenimento e diversão, e ficava em casa na maior parte das vezes, por que não havia muita necessidade de ficar na firma, além disso ela dava aula de desenho em uma instituição que ficava ali perto. Me aproximei da mesa e peguei uma bolacha salgada. Nico e Bianca estavam discutindo, o que para mim não era novidade. Eles viviam brigando. Os dois eram adotados, foram adotados quanto tinham dez anos, pela tia Clary e Jace. Ambos eram irmãos e vivam em um orfanato até que meus tios apareceram. Não sabiam nada do passado deles, mas isso não parecia incomoda-los.

Fora as diferenças de personalidade os dois eram idênticos, ambos com cabelos pretos e olhos negros, e pele pálida. Quase tão pálida quanto a minha. E os dois gostavam de usar roupas em tons escuros, e isso não mudou hoje. Nico usava um casaco militar por cima de uma blusa preta e calça jens rasgada. Bianca usava um short jens, e uma blusa e colete roxo. E pior é que eles ainda se zangavam que as pessoas falavam que eles eram idênticos.

- Então. – Nico disse, virando as costas para Bianca – A Izzy e o Alec vão encontrar a gente na escola, e o Simon deve chegar daqui a pouco.

- Certo, mas por a Iz e o Alec não vem logo com a gente? – perguntei, me servindo de café com leite.

- Não sei, mas acho melhor assim. Não pega bem você entrar na escola com dois professores. – respondeu.

Tia Clary virou os olhos do outro lado da mesa.

- O que não pega bem, é chegar atrasado na escola. E vocês conhecem a Iz  e o Alec fora da escola. Para que isso de não pega bem? – falou.

- Não é obviu mãe? – Bianca se intrometeu – Não é como se a gente fosse abraçar e encher de carinho e risos com dois professores. Aqui fora é Iz e Alec, lá dentro é senhorita Isabelle e senhor Alexander.

- Pois é, se já julgam a gente de nerd só por passar mais tempo na biblioteca, e tirar notas altas mesmo tento dislexia, imagina se a gente aparecesse todos os dias com os dois professores?

Clary nos olhos espantada, virou os olhos novamente e focou em ler um jornal que estava aberto em cima da mesa.

- Olha- Bianca falou apontando para a janela- O Simon chegou, vamos. Beijo mãe.

- Thau, mãe.

- Thau tia.

Simon estava parado na porta quando saímos, ele tinha 14 anos, mais velho que a gente apenas um ano, mas era o melhor amigo do Nico e da Bianca, e consequentemente virou meu melhor amigo também. Nos conversamos durante todo o percurso até a escola, chegando  ele se dirigiu a sala do oitavo e a gente foi para o sétimo. A primeira aula era a de álgebra, uma matéria que pouco me interessava e o professor era na minha opinião um esqueleto de farda. O que tornava ainda mais difícil de prestar atenção, apenas Bianca se mantinha acordada, e anotava tudo que ele dizia. As horas estavam se arrastando, rabisquei alguma coisa no caderno, mas o sono que me tinha sido roubado pela manha foi mais forte, e eu acabei cochilando. No inicio parecia tranquilo. Até que umas imagens começaram a brotar na minha cabeça. Eram confusas, distorcidas como se um véu as cobrisse. Então no meio de toda a confusão alguém gritou, um grito familiar, agudo, um súbito desejo de proteção surgiu, eu queria erguer a minha espada, que estava guardada no bolso da calça, mas não conseguia pegar ela. Eu sentia que estava correndo. Então vislumbrei alguma coisa, um dourado cegante se encontrava na minha frente, e por algum motivo eu sentia que tinha de pegar aquele dourado. Ergui uma adaga que surgiu de algum lugar nos meus pés, e cortei a luz dourada, mas nada aconteceu. A luz dourada não caiu nas minhas mãe nem nada. Muito do contrario, a adaga que eu tinha levantado se virou contra mim, e tentou me acertar, senti uma dor horripilante nas costas como se estivesse carregando um grande peso. Então a adaga  investiu novamente e me acertou no ombro, eu gritei. Abri os olhos atordoado e percebi que estava deitado na sala de aula, com todos os alunos olhando para mim, e meu ombro direito estava completamente ensanguentado.


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Notas finais do capítulo

Então? Gostaram? Deixem comentarios, pf não sejam fantasmas. Espero que tenham curtido.