Never Stop Dreaming. escrita por teenager


Capítulo 1
UM


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem :)



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Eu sempre fui feliz radiante, sério eu deveria ganhar um prêmio de o sorriso mais falso do mundo. Aos olhos de quem vê uma garota normal de 17 anos, entediante, sem história, feliz... Verdadeiramente não me conhecem, aos 9 anos sofri bullying por ser gordinha, por me esforçar nos estudos e por ter que usar óculos, desde que meu pai morreu viajando para o Brasil, minha mãe se droga, se prostitui e faz, infelizmente, tudo errado que possamos imaginar, talvez até pior. Depois desse incidente nos mudamos para BH e ai que minha mãe se afundou nas drogas. Bom, depois te tudo que passei, tenho bulimia, e as vezes eu me automutilo, realmente, isso alivia a dor de ver minha mãe se matando por dentro. Não uso mais óculos, minha visão está boa. Meus cabelos continuam negros e meus olhos azuis. Hoje estou me mudando para a casa da minha tia (na cidade onde nasci), que pediu a minha guarda depois do que aconteceu com a minha mãe. Nesse momento estou indo para o aéroporto, que depois de longos 40 minutos com um cara de cabelo bem grisálio em um táxi, cheguei finalmente.Entreguei minhas malas lá no check-in e parti para a embarcação. Olha eu aqui, voltando para a minha vidinha pacata no meu país natal. Irônicamente, aquela cidade raramente faz Sol, e é assim que eu gosto, calças Jeans e blusas de mangas, escondendo minha cicatrizes amigas. Depois de uma noite finalmente cheguei, avistei minha tia, peguei as malas e fui até ela.
– Oi Jess! - Disse ela - Sua mãe te converteu? Aprontou alguma coisa com você? Te agrediu?
– Não tia! Calma, - eu disse - Ela raramente ficava em casa. E eu estava a maioria do tempo... Andando por ai. - menti, não podia contá-la sobre a automutilação ou sobre a bulimia.
– Ah sim! Vamos lá, seu tio e seus primos estão te esperando.
É eu tenho primos, André e Ágatha Benson. Biografia dos dois? São gêmeos, têm 16 anos e são o tipo de pessoas perfeitas. André chega a ser gente boa, mas Ágatha quer o que quer, e não aceita um não como reposta pra nada. Mas é uma boa ouvinte quando se precisa dela.Caminhei até o carro junto de Jenn, minha tia, abri a porta e entrei no carro. Ao longo do caminho minha tia puxava assunto sobre mim, eu desconversava falava sobre o tempo ou do Brasil.
– Jess, você vai gostar de Pacific City - disse ela- Ágatha e André vão ajudá-la a conhecer aqui e mostrar a sua nova escola.Fiquei quieta, e logo chegamos a casa enorme de minha tia. Ágatha, André e tio Thomas estavam na sacada nos esperando. Senti vergonha de meus trajes, eu estava com uma calça Jeans surrada, um moletom preto qualquer, e com um AllStar. Enquanto Agh estáva com um Jeans que valorizava suas curvas, uma blusa de mangas rosa, um casaco cinza estiloso e um "Snaker". Abracei tio Thom e André, dei um sorriso frágil para Ágatha que torceu o nariz para mim, típico da Agh.
– Ágh e André, - disse tio Thom - mostrem a casa para sua prima e depois levem-na para conhecer Pacific City..
– Sim papai. - Disse Ágatha sem ânimo algum
– Tá pai. - André respondeu. Pediram que os seguissem, obedeci. Depois de 10 minutos entediantes conhecendo a casa, chegamos ao meu futuro quarto. O chão era de linóleo, as paredes num belo cinza claro, havia uma escrivaninha com um notebook e na parede havia uma pequena estante de livros. Um grande guarda roupa e uma cama confortável, havia também ma porta que dava para meu banheiro particular. Digamos que era aconchegante e simples, perfeito pra mim.
– Gostou? - Adré perguntou - Eu disse para mãe que era muito simples e ...
– Não, não. Está perfeito, aconchegante. Adorei. - disse tentando um sotaque sulista.
– André, ela não é como nós - Ágh disse repreendendo o irmão- ela gosta de coisas simples e - torceu o nariz olhando para mim novamente - que nem ela.
– Oh Ágh, se eu não te conhecesse melhor, suspeitaria disso como um insulto. - disse com irônia.
– Vamos conhecer Pacific City agora? - André disse mudando de assunto.
– Posso descansar um pouco? Estou muito cansada. - Eu disse, realmente estava cansada.
– Claro. - disseram os dois clones ali na minha frente, sem ânimo algum.Eles saíram e eu me joguei na cama.Peguei meu violão que havia trago com as malas aqui pra cima. Toquei uma música que eu gostava, Skyscraper. Realmente amava essa música.Terminei de tocar e fui tomar um banho, me despi e fitei minha cicatrizes.
– Ossos do ofício. - disse a mim mesma. Entei naquela banheira com água fria. Tomei meu banho e fitei uma lâmina na pia, sai do banheiro peguei uma calça Jeans escura e rasgada nos joelhos, pus uma blusa de mangas grandes azul marinho com algumas listras cinzas, e um tênis que eu havia achado por ali. Peguei meu casaco e penteei os cabelos. Desci. Ágatha me olhou e sussurrou algo com uma menina que estava em seu lado.
– Vamos? - disse André.
– Vamos. - respondi.
– Se importa de a Lindsay ir conosco André...- meu tio fez uma tosse improvisada - e priminha?- disse Ágh com irônia.
– Sem problemas. - Eu e André dissemos em coro.Fomos andando, me mostraram todas as parte de Pacific, que não é uma cidade grande. Me levaram até a escola, onde confirmei minha matrícula peguei os livros que precisaria, o uniforme e a tabela de horários, passamos em uma lanchonete e eu pedi apenas uma salada.Voltamos pra casa como fomos, em silêncio. Cumprimentei todos, e subi para o quarto. Amanhã seria um dia longo, rever as pessoas que tanto me fizeram sofrer, talvez me reconheçam, talvez não. Em meio de meus pensamentos dormi, ou melhor capotei na cama de minha casa nova.


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Notas finais do capítulo

reviews? :3