Uma Dose De Realidade Com Gelo escrita por carolis


Capítulo 10
Oba! Boletim...


Notas iniciais do capítulo

Gente, não tá tendo nenhum comentário... se não houverem comentários não saberei se estão lendo, por que a minha bola de cristal quebrou, então não vou postar. Soooo.. por favor, comentem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/306188/chapter/10

Finalmente saímos de lá. Fomos pro estacionamento, em direção ao nosso carro, bem ultrapassado, digamos. Quando nos acomodamos no acento do banco, ouço gritos do meu irmão. Ele estava se jogando no chão, gritando, chorando, batendo os pés... Tudo isso por que perdeu O BOB ESPONJA GAY. Como pode? E o pior ainda está por vir: como eu sou a empregada da família, a minha mãe me mandou descer do carro para procurar um bob esponja gay! Isso só podia ser brincadeira!
Não queria levar beliscões em pleno estacionamento do hospital, então desci do carro, batendo os pés. Passei vinte minutos procurando o boneco, não enxergando nada, por causa da pupila dilatada, e quando eu vi tava na mão de um pirralhinho. Eu me estressei:

– Meu filho! Esse boneco é seu? – gritei.

– Tava ali – o garoto falou inocentemente.

– Tava ali mas não é seu. Não fique pegando as coisas dos outros. Eu hein!

Tomei o brinquedo das mãos do garoto e ele começou a chorar no mesmo instante. Chorar aos berros. Não sabia o que fazer, então falei "não chora, para vai, PARA!" e ele começou a berrar mais alto, e foi aí que eu saí correndo e entrei no carro.
Quando realmente saímos daquele lugar, eu senti um enorme, ENORME, alívio no peito, você nem imagina.

Quando pulei pra dentro do carro e a minha mãe viu que o menino tava berrando, ela meteu o pé no acelerador e quase atropelou outra velhinha... sorte que essa era ágil, diferentemente das outras, senão viraria paçoca.

– Mãe, foi você!

Claro que foi ela, ela tinha essa mania odorífera quando ficava nervosa.

– Mamãe soltou um pum! - João cantarolou e a minha mãe corou na hora.

– Mais respeito!

Agora tem que ter respeito com as flatulências dos outros.

Ela passou tirando um fino numa EcoSport, muito fino, por sinal.

– Esses velhos que inventam de dirigir.

Quando passamos pelo carro, era um cara bem bonitão, de cabelos grisalhos, tipo George Cloney.

Mentira, mais bonito.

Ele piscou pra minha mãe, que ajeitou o sutiã para levantar os peitos.

– Mais respeito com seus filhos!

Ela me olhou com cara de bicho.

– Cala a boca, Maria Clara!

Calei!

Passamos pela nossa casa.

– Vamos para onde, mamãe? - meu irmão interrompeu a brincadeira.

– Pegar o boletim da sua irmã. - minha mãe disse, com um sorriso diabólico nos lábios.
As mães... parecem que sempre querem nos ver em situações constrangedoras.

Oba! A hora de pegar meu boletim da terceira unidade, essa é a hora em que eu levo um cassete da minha mãe. Irru! E ainda os tabacudões do meu colégio vão ficar tirando onda comigo, por que eu sempre fico em todas e blábláblá. Otários, nem sei pra que estudam tanto, eu nunca estudo e no final passo de ano. Se bem que eu filei muito do nerd que senta na minha frente, acho que dá pra passar em algumas... talvez.

– Bom, eu tenho que admitir que estou extremamente impressionado.

– Como assim, Sr. Doofenshmirtz? Foi tão ruim assim? – minha mãe quase gritou – Vamos ter uma conversinha quando chegar em casa! – isso queria dizer que eu ia apanhar...

– Calma Srª Winston. Eu estou impressionado por que é a primeira vez, em quatro anos que a Maria Clara estuda aqui, em que ela consegue passar por médio.

Eu não acredito! Eu passei mesmo. OH GOSH! Vou pular a parte em que eu cuspi toda a água que tinha dentro da boca no diretor, por que foi tragicamente cômico e eu ainda levei uma tapa gigante na cabeça.

– Mas como assim? Você tá brincando né, Sr. Doofenshmirtz? Ah, seu brincalhão, fala a verdade, vai.

– Srª eu tenho cara de quem está brincando? – disse sério.

– Então ela passou mesmo? – minha mãe perguntou hesitante.

– Claro que sim, né mãe? Tá vendo? Ninguém acredita na minha capacidade! Eu tenho capacidade. – falei me achando a última coca cola do deserto.

– Cala a boca, Maria Clara! Fica na tua.

– Desculpa mãe. – calei, né? Quem pode, pode. Quem não pode se sacode.

É... depois de tanto tempo de fila, finalmente aprendi a filar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom, espero que tenham gostado e comentem. hehe