Sweet California escrita por ElisaChediak


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Escrevi TUDO pelo bloco de notas do celular porque meu computador não quer ligar, então se tiver erros de gramática (vai ter) não me julguem por favor :( E obrigada Por continuarem lendo :)



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Ed tinha uma paixão em seus olhos que nunca tinha visto nenhum artista ter, além de sua voz ser como a de um anjo. Ele dedilhava as cordas de seu violão como dedilhava as cordas de meu coração, cantando com seu coração e alma, jogando-os em suas canções.

– Amo o jeito como você toca. É especial, diferente. - Ele continuou tocando, mas sua voz havia se misturado ao vento e agora seus olhos se afundavam dentro dos meus.

– Gosto do seu jeito. Você é divertida, artística. Não tem medo de expressar sua opinião - Ele chegou seu violão para o lado e chegou mais perto de mim - É linda - Senti seus lábios aos meus e suas mãos se entrelaçarem em minha cintura. Seus lábios eram quentes e eu conseguia escutar seus batimentos cardíacos batendo rapidamente sobre meu peito. Depois de nos separarmos, olhei em seus profundos olhos azuis, e logo após notei um sorriso se formando em seus lábios, agora avermelhados. Ele me puxou para mais perto e me abraçou de lado, enquanto observávamos as ondas quebrando ao chegarem na praia. Tudo lá era lindo demais; estávamos em uma parte mais afastada da praia, onde havia uma grande muralha de pedra a uns 30 metros do nosso lado esquerdo e a água parecia um pouco mais calma também. O vento soprava enquanto a lua brilhava como nunca lá em cima. Estava tudo tão quieto e calmo, com apenas o som das ondas e os murmúrios de canções passadas do Ed. Ele acariciava meus cabelos com sua mão direita em volta de mim, enquanto segurava seu violão do lado esquerdo

– Não entendo, mas acho que você é a única pessoa que me traz essa sensação de segurança. - disse baixo, como num sussuro. Ele não respondeu, apenas continuou a acariciar meu cabelo e cantar trechos românticos.

Nos deitamos em cima da toalha, minha cabeça em seu peito e olhos nas estrelas. Começamos a contá-las, algo estúpido, mas não para nós, não naquela hora. Adormeci entre risadas de 'não, aquela é a estrela 213' e 'não, já contamos aquela'.

Quando acordei, ainda estava deitada sobre seu peito; ele estava adormecido, na mesma posição da noite anterior. Tudo o que eu conseguia pensar era 'estou ferrada quando chegar em casa'. Peguei minha bolsa que estava jogada no outro lado do lençol e olhei meu celular. 37 chamadas não atendidas. Devia ter esquecido meu celular no silencioso na noite anterior. Me levantei o mais rápido que pude, enquanto Ed dava um pulo com o susto que levou.

– Me desculpe - falei constrangida

– Não, tudo bem. - ele disse da maneira mais doce possível. - O que aconteceu?

– Nada, só 37 chamadas não atendidas da minha tia. Preciso ir pra casa..

– Eu falo com ela. Não foi sua culpa, você só adormeceu e eu que não quis acordá-la. Vamos, eu te levo em casa.

Ele se levantou e começamos a arrumar as coisas. Guardamos tudo na mochila e fomos andando em direção à casa de minha tia. Tentei não pensar em como eu deveria estar minha aparência, porque nenhuma das minhas opções eram boas. Minhas sandálias estavam na minha mão, e era a única coisa que ele deixava eu carregar; nem minha bolsa ele tinha deixado. Fomos rindo por todo o caminho, contando histórias engraçadas sobre nossas cidades natais e amigos idiotas. Ao chegarmos a porta, eu a destranquei e vi minha tia voar em minha direção, me abraçando o mais forte que pode, com lágrimas em seus olhos.

– O que aconteceu? Porque não atendeu minhas ligações? Tínhamos combinado que você chegaria às onze horas Charlotte! Sabe que horas são? São nove horas! Da manhã!!!

– Calma tia, eu posso explicar... - fui interrompida.

– Você pode explicar?! Então me explique o fato de eu ter chamado até a polícia, com medo de que algum cara ter machucado minha sobrinha. Eu te liguei nem sei quantas vezes Charlotte, como pode não ter escutado?? - lágrimas começaram a brotar em meus olhos, não tinha acreditado em como havia a decepcionado. Eu tinha tudo do bom e do melhor em sua casa, em troca de respeitá-la e não a deixar preocupada, assim como eu tinha acabado de fazer.

– Desculpa tia, a última coisa que queria fazer era decepcioná-la, se quiser me mandar de volta para minha casa, eu a entenderei completamente, e.. - fui interrompida novamente.

– Não, não desconte nela senhora, foi tudo culpa minha. Fomos até a praia e ela acabou adormecendo, e ela parecia tão calma que não quis acordá-la. Culpe a mim, fui eu que quis levá-la a esse encontro mesmo, ela que foi burra de aceitar sair com um cara como eu. Olhe para mim! - ele mostrou seu moletom rasgado.

– Eu não fui burra de aceitar sair com você. Você na verdade, foi o cara mais romântico, gentil e cavalheiro com quem já saí. - fui em sua direção e lhe dei um beijo na bochecha.

– É, você parece ser um bom rapaz. Os dois fizeram uma coisa errada, não posso culpá-los para sempre por uma falta de atenção. Eu também não queria despachá-la, você é uma boa menina, e é muito solitário por aqui. Então vamos fazer o seguinte - ela suspirou enquanto pensava em como falar parecendo uma tia responsável - Eu dou mais uma chance aos dois. Vou fingir que essa noite não aconteceu, se vocês prometerem prestar mais atenção, e você - ela disse apontando em minha direção - chegar em casa quando combinado. Entendidos?

– Sim - dissemos quase em uníssono enquanto eu enxugava o restante das minhas lágrimas nos olhos.

– Agora me deem licença que eu vou ligar para a polícia e avisar que você voltou pra casa. Você tem sorte de eu não ter ligado para a sua mãe - disse um pouco mais alto ao estar mais longe da porta.

– Obrigada por ter ajudado - disse ao me virar novamente para ele. Entrelacei meus braços em volta de seu pescoço enquanto ele dava um sorriso de lado.

– Só não queria ficar longe de você depois de tão pouco tempo juntos - disse colocando suas mãos em volta de minha cintura. - Te vejo amanhã?

– Se depender de mim, claro! - disse com um sorriso no rosto. Ele me puxou para mais perto me dando um selinho.

– Até amanhã Char - disse me entregando minha bolsa e se virando para o pequeno portão.

– Até amanhã Ed - acenei quando ele estava um pouco mais longe em direção a sua casa e entrei em casa. Tudo o que vi foram flores coloridas enfeitando a mesa de jantar.


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Notas finais do capítulo

Lembrando que eu fiz um fc, é @EdsFire :)



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