Sweet California escrita por ElisaChediak


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Voltei a escrever! Eu estava sem tempo desde que começaram as aulas, mas eu sempre escrevia um pouco de vez em quando, então como pediram, eu juntei esses pedaços e montei mais um capítulo (: pretendo voltar a escrever mais.. Obrigada por continuarem lendo e por não desistirem de mim, haha! Espero que gostem (:



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Capítulo 12


Acordei por volta das 8:30, na mesma posição em que havia dormido. A TV estava ligada e Ed ainda estava dormindo. Estava passando uma maratona de Pingu, e fiquei imaginando Ed vendo aquilo a madrugada inteira; sorri.


Com o maior cuidado, tentei me levantar sem fazer barulho algum, e quando me certifiquei que ele não havia acordado, subi as escadas na ponta do pé e andei devagar até meu quarto. Troquei de roupa, escovei meus dentes, assim como meu cabelo, e desci as escadas novamente indo em direção à cozinha. Era o dia de folga de Reena então teria que preparar algo sozinha, o que seria fácil devido ao fato de que eu fazia isso desde os 9 anos de idade.

Preparei algumas panquecas e as coloquei em dois pratos na bancada da cozinha. Peguei o suco de morango que estava em uma jarra na geladeira junto com o Blueberry Syrop e os coloquei na bancada junto às panquecas. Andei até o outro lado da cozinha e então até o sofá da sala, aonde Ed ainda dormia igual a um bebê. Dei um beijo em sua bochecha e ele acordou, esfregando os olhos para ver quem era, e quando viu que era eu, sorriu instantâneamente.

– Hey - sua voz ainda estava meio rouca por ter acabado de acordar.

– Oi - disse sorrindo de volta. - Fiz panquecas. Espero que você goste, mas sem querer me gabar, as minhas são as melhores do mundo.

– Eu amo panquecas - disse sorrindo ainda mais. - Como sabia disso?

– Eu tenho meus palpites - sorri de volta.

Ele se levantou e foi até o banheiro lavar as mãos. Quando voltou, seu cabelo parecia ainda mais bagunçado do que quando havia acordado, o que me fez rir. Ele se sentou na cadeira e deu a primeira garfada, enquanto eu ficava na expectativa por alguma reação. Bem, foi a reação que eu esperava.

– Isso aqui está muito bom - ele disse enquanto pegava rapidamente por outro pedaço - São mesmo as melhores do mundo. - Sorri satisfeita e comecei a comer também; panquecas eram as únicas coisas que eu realmente conseguia fazer.

Quando acabamos de comer, Ed insistiu em lavar os pratos enquanto eu subia para pegar minha carteira, celular e outras coisas que minha tia talvez precisaria. Coloquei tudo em uma bolsa qualquer, junto com meu bloco de desenhos, que carregava sempre comigo e fui em direção às escadas. Quando desci, olhei no relógio da sala de estar e vi que já eram 9:50, então achei melhor ir procurar algum táxi. Conseguimos parar um que estava passando na rua e quando eu estava entrando, escutei a voz de Ed me chamando.

– Ei, Char! - me virei em sua direção, já com um pé dentro do táxi. - Eu prometi a você passar a tarde com minha família, mas nós podíamos nos encontrar mais tarde, não? Queria passar um pouco mais do meu aniversário com você..

Sim, a gente podia se encontrar mesmo! Pode me ligar um pouco mais tarde?

– Pode me passar seu número?

– Sim, claro, pode me dar uma caneta, ou algo do tipo?

– Sim sim, anota aqui no meu braço mesmo.. - ele me entregou uma caneta e estendeu seu braço. Anotei meu número, e então finalmente entrei no táxi - Boa sorte lá!

– Obrigada.. - Me despedi de Ed e dei o endereço ao taxista, que já estava me xingando baixinho, impaciente.

Chegando ao hospital, fui direto à recepcionista e pedi pelo quarto de Rosalie Johnson; ela disse que era o quarto número 13 e me ensinou como chegar lá. Quando cheguei à porta do quarto a vi deitada em uma maca, dormindo, mas eu nunca a havia visto naquele estado; sem maquiagem nem com o cabelo penteado, nem com aquelas roupas chiques que sempre usava. Parecia indefesa, fágil, não aquela mulher forte e independente que via todos os dias. Sentei em uma cadeira ao seu lado e fiquei a esperando acordar, o que não demorou muito, pois o médico entrou na sala e a acordou para ver como estava. Ela me olhou com seus olhos meio caídos e sonolentos, e então os esfregou para enxergar melhor. Segurei sua mão e então comecei a observar o quanto estava fraca. Não conseguia nem inclinar sua cabeça direito, e estava com uma expressão triste. Tentou falar mas não saiu som algum, então à falei para não dizer nada, que tudo estava bem. Continuei a observá-la. Sua mão segurava a minha com o resto da força que lhe restava - que era pouca - , como se não quisesse de forma alguma que eu saísse de lá.

Algumas lágrimas começaram a brotar em seus olhos, e a vi tentar levantar sua mão para enxugá-las, sem sucesso. Mais lágrimas caíram, então levei minhas mãos em direção ao seu rosto e as enxuguei. Um leve sorriso apareceu em seus lábios, como se começasse a perceber que eu estaria ali para ela. Beijei sua testa e então deitei em suas mãos, voltando a segurá-las. O tempo passou rápido, e quando levantei minha cabeça, vi que ela estava dormindo.

Me sentei direito na cadeira e peguei meu bloco de desenhos, junto com o lápis que estava jogado na bolsa. Comecei a desenhar seu rosto, com todos os detalhes que consegui encontrar. De certo modo, gostava um pouco da cena que via. Não porque ela estava em uma cama de hospital, não, isso seria doentio. Gostava apenas do modo como a via. Sem maquiagem nenhuma, nem roupas extravagantes aonde ela poderia se esconder. Era apenas Rosalie Marie Evan Johnson, minha tia; não Rosalie Johnson, uma socialite dona de 3 empresas.

Tentei realçar todos os detalhes que conseguia encontrar: seus olhos fechados mas sem estar muito pressionados, seus lábios um pouco rachados e sem cor, seu cabelo bagunçado, suas olheiras marcadas devido ao fato de tantas horas sem dormir e estar sem maquiagem. Mas o mais estranho de tudo, é que apesar de sua expressão mostrar medo, fragilidade e insegurança, ela mostrava paz.

Passei a tarde inteira fazendo e refazendo os traços de seu rosto - tirando a hora em que saí para comer alguma coisa na lanchonete - até que o médico chegou novamente.

– Iremos fazer mais alguns exames, e eu acho melhor você ir para casa. Eles irão acabar tarde, e até lá, o horário de visita já vai ter acabado. - Me levantei da cadeira, segurando a mão de minha tia.

– Mas eu posso vê-la amanhã, certo?

– Claro, é só seguir o horário de visita.

– Tudo bem.. Obrigada doutor, cuide bem da minha tia, por favor - andei em direção a porta.

– Eu irei. Temos seu número, caso aconteça alguma coisa, nós ligaremos.

– Ok. Até amanhã.

Fui até a entrada do hospital e procurei um táxi. Ao chegar em casa, subi até meu quarto, andei em direção à varanda e passei o resto da tarde colocando mais e mais detalhes no desenho que havia feito de minha tia.

Quando eram mais ou menos 17:00, escutei meu telefone tocar. Meu coração disparou ao fato de que talvez alguma coisa pudesse ter acontecido com minha tia. O peguei o mais rápido que pude, jogando todos os objetos que haviam dentro da minha bolsa na minha cama. Não reconheci o número, o que me deixou mais assustada ainda, e apenas no momento em que escutei a voz que saía de dentro do telefone, me acalmei. Era Ed.

– Aconteceu alguma coisa? Você parece assustada ou algo do tipo. Está tudo bem?

– Está sim. É que eu não tinha seu número salvo, e acabei achando que era do hospital, por isso atendi assustada. Mas então, tudo bem? Aproveitando bastante seu aniversário?

– Sim, na verdade liguei por esse motivo. Queria saber se podia sair comigo.

– Claro! É seu aniversário, certo? Então, onde a gente se encontra?

– Nada disso, eu passo aí para te pegar. Às oito tá bom pra você?

– Sim, estou livre hoje a noite - disse rindo - Mas posso saber aonde vamos?

– Não, será surpresa. - o escutei rindo também

– Mas como assim? É seu aniversário, eu que deveria preparar surpresas para você.

– Bem, mas é meu aniversário, e eu quero te fazer uma surpresa. Algum problema?

– Não - comecei a rir novamente.

– Tudo bem então, te pego às oito.

– Tá bom. Tchau Ed

– Tchau Char

Desliguei o telefone e fui procurar alguma coisa que eu poderia vestir; ou seja, o lado do meu guarda-roupa aonde tinham as roupas que minha tia havia comprado pra mim. Escolhi um vestido que era longo atrás e um pouco curto na frente, com uma estampa azul meio tribal com a cintura marcada. Peguei uma sandália com um salto pequeno, pois realmente não sabia andar. Deixei a roupa separada e fui terminar o presente de Ed. Ainda faltava muito tempo até as oito horas.

Após terminar o presente e embrulhá-lo, peguei o desenho de minha tia novamente e terminei de colocar os últimos detalhes. Quando realmente terminei, o fiquei observando por um bom tempo. Era o meu desenho favorito.

Olhei no relógio e vi que eram 18:30, então decidi começar a me arrumar. Tomei um banho demorado e sequei meu cabelo. O deixei natural e o prendi em um meio rabo de cavalo com uma presilha que encontrei. Passei gloss rosa claro nos lábios e uma máscara transparente que encontrei em um dos muitos estojos de maquiagem que minha tia tinha. Fui até o quarto e olhei que horas eram, no caso 19:40. Coloquei o vestido que tinha separado e a sandália prateada de tiras. Até que tinha ficado bom. Me olhei por um tempo no espelho até estar realmente satisfeita com a minha aparência. A campainha tocou e eu peguei rapidamente uma bolsa preta que havia encontrado nas coisas de minha tia e enfiei meu celular, o gloss e o presente do Ed, correndo cuidadosamente para a escada. Quase caí. Desci calmamente, deixando Ed esperando ainda mais na porta. Pelo menos eu não cairia. Quando a escada acabou, andei um pouco mais rápido até a porta e respirei fundo antes de abrir. Quando o fiz, vi o sorriso de Ed se abrindo cada vez mais e mais. Sorri também. Notei que ele me olhou de cima a baixo e pareceu um pouco surpreso.

– Você está.. Só.. Wow. - não aguentei e comecei a rir.

– Obrigada. - disse com um grande sorriso no rosto. Estava feliz apenas por vê-lo ali. - Você também está.. Wow. - Ele estava usando um terno preto e parecia que seu cabelo tivesse sido cortado há pouco tempo. Mesmo assim, continuava com seus tênis da Nike, o que me fez rir mais um pouco.

– Então, vamos? - Ele estendeu seu braço para mim e eu desci os pequenos degraus em frente à porta. Me virei para trancá-la e voltei para seu braço, andando em direção à rua.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :3 Se tiverem alguma dúvida, quiserem deixar algum comentário ou críticas construtivas, vocês podem mandar pelos comentários aqui, pelo meu twitter @elisachediak ou pela ask.fm (: Obrigada por lerem! Uhu
~Capítulo dedicado a @Expectosheerio que me obrigou a postar LOL



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