O Amigo Do Meu Irmão escrita por Malu


Capítulo 33
Capítulo 33


Notas iniciais do capítulo

OIIIII GALERAAAA COMO VÃO?????
Me desculpem pela demora!!!! Tive que comprar criatividade, e demorei pra voltar :/
Mas aqui está um capítulo novo!! Queria ter escrito mais, mas demoraria ainda mais pra postar!!
Boa leitura!!



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POV James

Caramba... Mal chego no cruzeiro e Carol já está uma fera comigo! Não imaginei que ela fosse ficar tão brava. Eu olho pra ela, e ela finge que eu nem estou aqui. Mas ela vai gostar da viagem. Eu sei que ela vai.

Estamos deixando nossas malas. Já fizemos tudo o que tinha que ser feito. Passamos um tempão esperando, e Justin e Sam não calaram a boca por nenhum segundo. Eles estão muito ansiosos. Estou estranhamente calado, quando na verdade, eu deveria ser o mais animado de todos. Só consigo olhar pra Carol e ver o quão nervosa ela está. Às vezes eu falo. Só converso mesmo, quando eles falam diretamente comigo.

Chamam a nossa cor, azul, e nos levantamos. Depois de andarmos um pouco, chegamos à escadaria pra subir pro navio. Estou vendo Carol tremer. Seguro sua mão.

- Vai ficar tudo bem – sussurro e acaricio seus dedos.

- Não sei, James. Eu tenho medo... – Ela encosta o rosto no meu peito. A abraço.

- Não tenha. Eu te trouxe aqui pra você perder o seu medo, não pra passar o cruzeiro todo desse jeito – seguro seu rosto e olho nos seus olhos – Está bem?

- Tá – ela funga, e se afasta.

Subimos as escadas e entramos no navio. Mostramos nossos cartões, que nos deram com o número da cabine, restaurante, nossos nomes e várias outras coisas. Nos deixam entrar, e nós subimos pelo elevador com algumas outras pessoas. Escuto elas falarem, mas não entendo nada. Estou fudido. A única que se salva aqui é a Caroline. Acho que ela sabe falar um pouco de português. Olho pra Justin e Sam, e rimos juntos.

Saímos do elevador no décimo segundo andar, e procuramos por nossa cabine quádrupla. Pensei em duas cabines duplas, mas com certeza, Justin arrancaria meus órgãos com os olhos. Andamos um pouco e achamos. Cabine 12044. Bem no meio do navio. Eu coloco meu cartão e abro a cabine.

É parecida com o quarto do hotel, só que é maior. E as camas são um pouco diferentes. Uma cama de casal no meio, e as outras duas ficam nas paredes. Eu não paguei por uma cabine comum. Pedi a melhor do navio. Entramos e ficamos abismados com a vista pro mar.

- É mais bonita do que a vista do hotel – Sam diz boquiaberto.

- Com certeza – Justin corre até a porta da varanda, abre e fica na sacada – Meu Deus, é muito alto! – ele grita, e nos olha sorrindo – Venham até aqui!

Eu e Sam começamos a andar, mas eu paro quando percebo que Carol não moveu um músculo. Dou um sorriso e ofereço minha mão. Ela retribui com um sorriso fraco, e segura minha mão. Vamos até a sacada e ficamos olhando o mar.

- Vamos conhecer o navio! – sugiro.

Eles concordam, e saímos da cabine. Dou de cara com um funcionário deixando duas malas na nossa porta.

- Bom dia – ele diz algo em português.

- Bom dia – Carol repete.

- Oh, pelo sotaque posso ver que não são daqui. Olá, sou José, um dos camareiros do andar – ele sorri, falando em inglês.

- Prazer em conhecê-lo – sorrimos.

- Primeiro cruzeiro de vocês? – ele pergunta educadamente.

- Sim – respondemos juntos.

- Bom, sugiro então que comecem visitando o navio pelo quinto andar. É o primeiro andar que os passageiros podem visitar. Do primeiro até o quarto, são só para funcionários. Os andares nove, dez, onze, doze, quinze, dezesseis e dezoito são apenas cabines. O teatro e o cassino ficam no décimo nono. Deixem o vigésimo andar, que é o da piscina, por último. E também é o andar do refeitório, onde vocês tomam café da manhã, almoçam e lancham. O vigésimo primeiro andar, é a parte aberta, onde podem ver a piscina, e a boate. O vigésimo segundo são as quadras de futebol, basquete, vôlei e tênis. Nos demais andares, vocês só encontrarão lugares de entretenimento e restaurantes, onde são servidos os jantares. Espero que vocês tenham entendido. Desculpe se falei demais – ele fala tudo muito rápido, e dá um sorrisinho tímido. Estamos todos tontos, mas entendemos. Pelo sotaque inglês dele, ele não parece ser brasileiro.

- Desculpe a pergunta, mas de onde você é? – pergunto.

- Argentina.

- Jura? Meu avô era de lá. Esteban Santiago.

- O famoso Estebanito? – ele diz o antigo apelido do meu avô – Está brincando? Todos o conheciam! Ele era muito amigo do meu avô e do meu pai. Eu era muito pequeno, mas me lembro dele. É muito bom poder voltar à terra natal.

- Vamos passar pela Argentina? – Carol pergunta.

- Eles não sabiam? Desculpe se estraguei a surpresa! Mas uma hora ou outra eles iam descobrir. Ou com os mapas ao redor do navio, ou no jornal, que a propósito, vai ser deixado no quarto à tarde. Agora se me deem licença, tenho que voltar ao serviço. As outras duas malas já vão ser trazidas pra cá. Bom cruzeiro! – Ele se afasta com um aceno.

Acenamos de volta, e colocamos as malas de Carol e Sam na cabine.

- Ele parece ser legal – Justin comenta.

- Também achei – digo – Talvez seja nossa primeira amizade no navio – sorrio.

Como José sugeriu, começamos a ver o navio pelo quinto andar. É só a recepção e a ala hospitalar. Subindo as escadas, encontramos várias lojas, alguns salões e computadores. Vamos até o sétimo andar e vemos um dos salões onde acontecem shows e brincadeiras. No oitavo, é exatamente a mesma coisa, mas com algumas cabines no final dos corredores. Pulamos vários andares e vamos para o décimo terceiro. O restaurante ocupa praticamente o andar inteiro! É muito grande.

- Esse é o nosso restaurante – Carol diz enquanto olha no cartão – Le Petit.

- É, de petit não tem nada – Sam brinca, e nós rimos.

Mas realmente, o nome do restaurante só pode ser um trocadilho porque de pequeno, ele realmente não tem nada. Subimos as escadas e encontramos outro restaurante, só que menor. Passamos por mais lojas, e pelo SPA. Carol logo olha pra mim. Sorrio e a abraço. Vamos para o andar dezessete e encontramos umas poucas cabines. O resto do andar é outro salão, mais lojinhas e um salão de jogos enorme.

- Puta que pariu – eu e Justin falamos ao mesmo tempo.

Sempre fomos obcecados por videogames, e nunca vimos tantos juntos.

Vamos ao décimo nono andar, e entramos no cassino, que é muito grande e chamativo. Tenho que lembrar de não vir aqui. Não quero apostar nada. Sou muito competitivo. E nunca se sabe... Andamos mais um pouco e encontramos o teatro. Dois andares, vermelho e dourado, muito grande e bonito. Subimos ao vigésimo andar e vemos duas piscinas enormes com uma cachoeira no meio das duas. Estamos vidrados. Entramos no refeitório e sentimos cheiro de comida.

- Vamos só ver os outros dois andares, e vir comer – Justin sai, e o seguimos.

Subimos as escadas da piscina, e vemos uma academia.

- Opa! – sorrio.

Visitamos a boate, desanimada por ainda ser dia, e terminamos nossa “excursão” vendo todas as quadras. Descemos e vamos para o refeitório. Encho meu prato de comida, e pego um suco de laranja. Sentamos os quatro juntos, e ficamos conversando durante o almoço.

- Quantos passageiros será que tem aqui? – Justin pergunta.

- Muitos – Sam brinca de novo.

Justin dá uma risada irônica, e todos rimos. Vejo Carol olhando pelo vidro, e chamo sua atenção.

- Oi – ela sai do transe.

- Tudo bem?

- Tá sim – ela dá um sorriso sincero. Seguro sua mão por cima da mesa e pisco pra ela.

Terminamos de almoçar, e nos levantamos.

- Bem, que tal irmos pra piscina agora? – Sam sorri animado.

Voltamos pra cabine. Minha mala, e a de Justin já estão paradas na frente da porta. Coloco meu cartão e abro a porta, colocamos as malas lá dentro e trocamos de roupa.

Eu, Justin e Sam já colocamos nossas bermudas. Estamos conversando enquanto esperamos Carol sair do banheiro pra irmos pra piscina. Assim que ela sai, eu e Justin perguntamos ao mesmo tempo:

- O que é isso?!

- O que foi? – ela se assusta – Tem algum bicho em mim? – ela passa as mãos desesperada pelo corpo.

- Não! Isso! – Justin aponta para o mini biquíni que ela está usando.

- O que tem ele?

- É muito pequeno! Você não vai usar essa porra não.

- Ah, parem de ser chatos! – ela coloca uma tanga por cima – Vamos logo – ela sai do quarto.

Eu e Justin nos entreolhamos. Sam está olhando pra ela.

- Vão sair ou não? – Carol pergunta segurando a porta.

Somos derrotados, e saímos. Chegamos na piscina, e Carol logo tira a tanga. Vejo vários homens olhando pra ela. Seguro sua mão e percebo que vários deles pararam de olhar. É isso mesmo! Ninguém olha pra minha namorada!

- Posso mergulhar, ou você vai ficar apertando a minha mão pra sempre? Achei que quem estava com medo era eu – ela ri, eu solto sua mão e ela mergulha.

Ela aparece do outro lado, e me lança um olhar desafiador. Sorrio, e mergulho. Nado até chegar perto dela. Levanto meu rosto e coloco meus braços em volta dela, deixando-a presa. Nos beijamos por um tempo, até ela mergulhar na água e sumir da minha vista. A procuro, e não encontro. Uns segundos depois, ela aparece no final da piscina, rindo de mim.

- Ah, então virou competição agora? – sussurro pra mim mesmo e nado até ela.

Eu e Carol passamos a tarde na água, e Justin e Sam ficaram pegando sol.

O navio faz um barulho enorme, e Carol grita de susto.

- Calma – rio – É só o aviso de que o navio vai sair. Vamos subir pra ver.

Nós dois saímos da piscina, e vamos até Sam e Justin.

- Vamos lá ver a saída do navio.

Esperamos um tempo, e o navio sai. Ficamos mais um pouco, e resolvemos voltar pra cabine pra tomarmos banho.

Quando abrimos a porta, temos uma surpresa. Um elefante usando meus óculos, que eu acabei esquecendo de usar porque deixei em cima da cômoda, feito de toalha em cima da cama de casal, nos faz rir.

- Acho que essa é as boas vindas do José – Sam diz rindo.

Infelizmente, temos que desfazer o elefante para tomarmos banho. Enquanto eu e Justin esperamos nossa vez, ele fica vendo televisão, e eu pego um papel do chão.

- O que é isso? É o jornal que o José falou? – Justin pergunta curioso.

- É – viro as páginas até encontrar a parte em inglês – Hoje é a noite casual. E depois do jantar, temos teatro.

- Cara, obrigado.

- Pelo que?

- Por trazer a gente aqui – ele sorri fraco – Ainda não estou completamente recuperado do que aconteceu. Nunca vou ficar... Mas eu acho que essa viagem vai me deixar com mais ânimo. Então... Obrigado – ele agradece de novo.

Carol e Sam terminam o banho, e eu entro em um dos banheiros. Quando termino, me visto e saio. Terminamos de nos arrumar e ficamos passando alguns minutos fazendo planos pra viagem. Assim que dá 20h, saímos da cabine. Está na hora do jantar.


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Notas finais do capítulo

O QUE ESTÃO ACHANDO DA VIAGEMMMMMMMMMMM?????????? Cruzeiros são muito lecaiisssssss!!
Ontem o mundo inteiro parou por causa daquela tragédia em Santa Maria. Meus pêsames pra todas as famílias que perderam seus parentes, e amigos por causa de uma injustiça.
Não deixem de comentar! Vocês são uns amoresssssssss!!!!!!!!!!
Até o próximo capítulo!!!!!! xx



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