Pretending To Pretend escrita por Ella Martin
Notas iniciais do capítulo
Olá! Estou cheia de ideias para a fanfic.
Tentei fazer cenas de ação, mas só tentei mesmo, não foram tão boas assim, mas dão para o gasto.
Aproveitem esse capítulo, boa leitura!
Eles acordaram com um estrondo.
Katie amarrou o cabelo em um coque e pegou a sua adaga. Travis caiu da cama e tateou o chão até encontrar a sua espada embaixo da cama.
Os dois andaram silenciosamente até o lado de fora, onde encontraram na areia dois ciclopes de armadura com um sorriso nada amigável e o único olho ansiando para ver sangue.
— No três — Katie disse. — Um, dois... — ela olhou para Travis.
— Três! — ele berrou.
O plano era bem simples: não morrer. O que viesse depois disso era lucro.
Katie atacou o primeiro ciclope. Ela tentou achar uma brecha na armadura pelo ombro, mas o monstro pareceu perceber e a jogou para o lado. Katie rapidamente se levantou e, enquanto distraia o ciclope atacando as fendas da armadura, observava pelo canto do olho a praia, tentando achar uma utilidade para os seus dons de filha de Deméter.
Travis investiu no segundo ciclope, tentando acertá-lo pela brecha na lateral da armadura. Ele cravou a espada ali, mas o monstro sequer sentiu cosquinha.
— Já pensou em fazer uma dieta? — Travis provocou e correu em seguida.
Katie continuava tentando distrair o monstro. Ele investiu e ela girou, vendo de relance uma vegetação rasteira. Katie correu mais um pouco e parou, se concentrando; o monstro corria loucamente em sua direção.
Funciona, droga! Funciona!, Katie pensou.
Do chão brotaram plantas verdes, que se enroscaram nas pernas e nos braços do ciclope, o deixando imóvel e o fazendo cair. Katie se concentrou mais e uma planta brotou ao redor do pescoço do ciclope, fazendo a sua cor ficar azulada. Ela cortou as laterias da armadura e fez um corte a barriga do monstro com a adaga e depois fincou a arma, reduzindo o ciclope a uma pilha de pó. Katie caiu sentada e colocou a mão na testa, tentando recuperar o fôlego.
O outro chutou Travis, correndo logo em seguida na direção de Katie, percebendo que ela estava cansada e vulnerável.
— Gardner! — Travis gritou.
Katie se levantou rapidamente e tentou se concentrar, mas ela estava desnorteada e cansada demais, não havia um ataque como este fazia meses. As plantas não as obedeciam e as que conseguiam brotar murchavam em questão de segundos. O ciclope estava cada vez mais perto. Desesperada, ela procurou os olhos de Travis, que entendeu o recado: ganhe tempo.
Travis corria atrás do ciclope, o ciclope corria atrás de Katie e Katie corria para qualquer lugar. Para o tamanho do monstro, ele era rápido demais e em um piscar de olhos ele já estava ao encalço de Katie. Sem nenhuma ideia em mente, ela jogou a sua adaga, o que só o irritou ainda mais.
O monstro levantou o seu arco-e-flecha e mirou em Katie, que já havia se jogado na areia, rendida ao cansaço. Ela fechou os olhos, esperando ter uma morte rápida e pensando se iria para o Elísio.
Katie escutou um grito, mas não vinha dela.
A morte não veio.
Ela abriu os olhos e encontrou Travis na sua frente, caído e ensanguentado. No seu ombro havia uma flecha, mas ele não fazia cara de dor, apenas tinha um sorriso em seus lábios.
— Stoll, você é um idiota! — Katie se levantou e pegou a espada de Travis.
— Você disse para ganhar tempo!
— Se você morrer, eu mesma faço questão de te ressuscitar e matar de novo! — Ela berrou e correu até o ciclope.
Vamos lá Atena, me ajude! Uma mira perfeita, é a única coisa da qual eu preciso!, Katie rezou.
Katie abriu os olhos e mirou no olho do ciclope.
Um, dois... Por favor, Atena! Três!
Ela atirou a espada e acertou e cheio o olho do monstro que, segundos depois, era apenas mais uma areia. Katie suspirou aliviada e fez uma nota mental de fazer uma oferenda a Atena quando chegasse ao Acampamento.
— Se não se incomoda — Travis gemeu de dor —, você poderia me ajudar aqui? Isso dói!
Katie riu e correu em direção a Travis, o ajudando a levantar e voltando para casa.
— Tente não berrar!
Katie alertou e puxou a flecha. Travis prendeu a respiração e fechou os olhos, apertando a ponta do sofá e — com muita dificuldade, notou Katie — tentando reprimir um grito.
— Você se assustaria muito se eu dissesse que tem um buraco no seu ombro e que provavelmente eu vou ter que costurar sem anestesia?
Travis olhou para o seu ombro e arregalou os olhos, depois encarou Katie.
— Não tem outro jeito, Kay?
— Eu não sou filha de Apolo, mas eu acho que ter um buraco de mais ou menos dois diâmetros no seu ombro não é algo normal.
— Tudo bem, só ande rápido com isso.
Katie beijou o topo da cabeça de Travis e pegou o kit de primeiros socorros que estava em cima da mesinha de cabeceira. Ela limpou o machucado delicadamente e pegou o porta-agulha, passando a linha pela base do machucado. Travis estremeceu e ela parou.
— Pode continuar Kay, eu aguento.
Katie respirou fundo e continuou a costurar, não deixando espaços para não infeccionar.
— Acabamos. Viu? Foi rápido! — Katie disse enquanto fechava a caixa de primeiros socorros.
— Rápido? Não foi você que sentiu a dor! — ele disse entre dentes.
— Vem cá! — ela puxou Travis, deitando a cabeça dele em seu colo.
Katie começou a afagar o cabelo dele e a cantarolar uma música qualquer.
— Obrigada, Kay — Travis disse depois de um tempo. — Eu faria o mesmo por você.
Travis abriu os olhos e encarou Katie, que estava completamente rubra. Ela desviou o olhar para a janela, onde viu a mãe de Travis estacionar o carro.
— Stoll, a sua mãe sabe sobre os deuses? — disse Katie, pensando na desculpa que teria de inventar; mas Travis riu e balançou a cabeça, a deixando aliviada.
— Vocês não vão acreditar! — a Sra. Stoll berrou entrando pela porta, tirando o silêncio da casa.
— Achei as suas malas! — Connor completou assim que passou pela porta.
Katie saiu correndo do sofá e pulou em cima de Connor, o abraçando.
— Como? — ela perguntou. — E o que você está fazendo aqui?
— Quíron me mandou para saber se vocês estavam bem, ele soube que monstros estavam por aqui. Mamãe foi me buscar e quando estávamos na estrada vimos o carro de vocês e, bom, eu arrombei a mala.
— Até diria que você é um herói — Travis se levantou —, mas enquanto você arrombava a mala do carro, eu levava uma flechada.
— Coitadinho! — Connor fez beicinho. — Até parece que nunca apanhou de um monstro.
— Meu bebê levou uma flechada! — Sra. Stoll entrou na sala empurrando todo mundo. — Precisa ir ao médico, meu docinho?
— Não mãe — Travis sorriu —, a minha namorada cuidou disso pra mim.
Katie riu nervoso e coçou a cabeça, completamente corada.
— Eu vou... Eu... Ham... — ela pigarreou — Eu vou tomar um banho.
(...)
— Deuses! Como eu sentia falta das minhas roupas — Katie disse se sentando no sofá.
— Ainda prefiro você nas minhas blusas.
— Sua opinião não conta, Stoll.
— Depois dessa, Travis, eu sossegava.
— Cala a boca, Connor.
— Crianças! A comida está na mesa! — Sra. Stoll avisou.
— A cabeceira é minha!
Connor e Travis gritaram ao mesmo tempo e começaram a se empurrar até a cozinha.
— É sempre assim? — Katie perguntou enquanto se sentava.
— Na maioria das vezes é pior — Sra. Stoll respondeu.
Todos começaram a se servir, só ouvia o barulho dos pratos e, algumas vezes, Connor chutando Travis e vice-versa.
— Que silêncio! — Connor notou. — Vamos brincar. Me digam, aonde vocês iriam se estivessem na pior?
Katie foi a primira a responder:
— Aos campos de morango, com certeza.
— Eu ficaria aqui — Travis respondeu —, não há tristeza que resista a essa vista. E você, mãe?
— Iria onde eu conheci o pai de vocês — ela falou com um olhar distante e depois voltou a comer. — Connor?
— Não sei.
Connor deu de ombros e voltou a comer, encerrando a brincadeira.
— Sra. Stoll — chamou Katie, guardando um copo lavado —, você sabe onde o Travis está?
— Ele foi ver o pôr-do-sol. Vai lá, eu termino aqui.
Katie saiu da casa e avistou um ponto preto na beira do mar. Ela colocou a mão no bolso do short e caminhou até Travis. Ele estava jogando algo no mar.
— Pensando na vida? — Katie sentou ao seu lado e apoiou a cabeça no ombro dele.
— Talvez.
Travis sorriu e jogou uma pedrinha no mar. Ele a observou quicar e afundar, jogando outra em seguida. Eles continuaram em silêncio por tempo o bastante para o sol começar a se pôr. Travis parou de jogar pedrinhas e se virou para Katie.
— Kay — ele chamou —, e se eu dissesse que me apaixonei por você?
Katie olhou para o mar durante algum tempo e depois sorriu.
— Eu diria que correspondo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Podem gritar, berrar e se descabelar, eu deixo! Também fiquei assim quando tive essa ideia.
Açucarado, porém digno.
Agora me deem ideias de "momentos ternurinhas", os próximos capítulos serão assim. Aproveitem essa doçura toda enquanto é tempo.
Vejo vocês no próximo, tchauzinho!