Without Exit escrita por Miss Nothing
Notas iniciais do capítulo
Hey guys! Bem, são 12:42 e eu ainda não dormi lol Eu iria até dormir, mas lembrei que tinha capítulo para postar e eu acordaria muito tarde para escrever (Eu geralmente acordo as cinco da tarde quando pego no sono pela manhã -entre cinco e sete da manhã-). Escrevi e ai está. Hoje, 16/01/13, tem exatamente um mês e um dia que WE foi postada. Estou tão orgulhosa *-* Até agora todos os capítulos em dia. Bem, espero que gostem.
OBS: Perdoem os erros, pois eu estou com muito sono para consertar. E fome também.
POV Jacob
Abri de uma vez. Sem suspenses. E lá estavam quatro matérias de jornais e uma fita cassete. A fita eu vejo depois, mas eu posso ler as matérias.
“Agente do FBI morto misteriosamente”
“Mais um Agente do FBI assassinado”
“Agente do FBI some e depois de três meses é encontrado morto”
“Dois agentes do FBI foram mortos. Com esses já são cinco agentes mortos em dois anos”.
Todos diziam a mesma coisa: Agentes do FBI mortos. Mas o que minha mãe tinha a ver com isso? Ela quer que eu continue a matar agentes do FBI?
WHAT?
Pode isso?
Ok, Jacob. Não pense assim. É claro que sua mãe não iria fazer isso. Ela é a melhor pessoa do mundo.
O que será que ela tem a ver com isso? Oh, deuses!
As notícias não diziam muita coisa. Será que devo ver a fita agora? Mas acho que não tenho um reprodutor de fitas cassetes aqui em casa e nem no apartamento. Eu acho que meu pai pode saber onde tem...
Meu pai.
Agora tudo me vem na cabeça: Ligar para familiares, preparar o enterro, falar com pessoas que nunca vi que meu pai morreu e ver meu pai descendo para debaixo da terra em seu caixão caro.
Será que dá para suportar tanta dor de uma só vez?
A vida não é justa. Pena que demorei muito tempo para perceber isso. Quando você é rico, bonito e popular tudo parece fácil. Menos a morte. Meu dinheiro, meu charme e minha popularidade não salvaram meu pai. Às vezes ter tudo não significa que você é tudo.
-Jacob? – Fred bateu na porta e me chamou.
-Já estou indo. – Hora de encarar a realidade. Peguei a caixa, fechei o cofre, guardei a chave, fui embora do quarto e bati a porta atrás de mim.
-Meus pêsames. – Disse Fred.
-Eu sei. – Respondi. Tentei parecer frio. Não vou chorar na frente de Fred.
-Eu já sinto a falta de Billy.
-Com você já somos dois. – Ele pareceu perplexo com minha frieza.
-Por que tanta frieza, Jacob? Ele era seu pai.
-Sim, ele era MEU pai, não seu. Quem tem que sentir falta sou eu, não você. – Respondi friamente de novo.
-Mas como você não sente, eu sinto por você.
-Ah, cala a boca e sai da minha frente.
-Você não manda em mim, Jacob. – Fred respondeu.
-Mas meu pai sim e agora essa casa é minha. Meu pai não gostaria de saber que um de seus melhores amigos deixou seu único filho “na mão”. – Chantagem emocional sempre funciona com Fred.
Ele me olhou, abaixou a cabeça e disse:
-Pode ir, Jake.
Passei por ele e fui em direção a saída. Peguei meu celular e liguei para Alec. Ele parecia estar chorando, porque sua voz estava péssima.
-Jake... Eu não acredito! – Disse ele.
-Pois é. – Respondi.
-Pois é? Nosso pai morreu. MORREU! – Ele disse.
-Alec, quer parar?
-O quê?
-Você quer parar de chorar e me ouvir? – Pedi.
-Como assim, seu idiota? Ele morreu, Jake. Morreu!
-Você já disse isso.
-Como você pode ser assim, Jake? Nunca sente nada! – Alec parecia nervoso. Muito nervoso.
-Eu sinto, mas não preciso demonstrar. Demonstrar um sentimento para as pessoas não quer dizer que você sente mais. Isso tudo é besteira, porque quando você sente, você só sente. E o sentimento vem de dentro. Lágrimas não vão te ajudar a fazer meu pai voltar. Pare de chorar e me pegue aqui em casa, seu filho da puta! – Disse e Alec respirou fundo e parou de chorar.
-Como eu vou te buscar se eu não tenho um carro?
-Oh deuses! Ok, você tem razão. Liga para algum táxi vir me pegar aqui? Depois vamos logo pegar um carro novo pra você. – Tentei animar Alec, mas parece que isso não ajudou. Ele parou de chorar, mas ainda não parecia feliz.
-Por que não pede para algum dos empregados te trazer?
-VOCÊ QUER, POR FAVOR, LIGAR PARA UM TAXI? – Perguntei já gritando.
-Ok, ok. Tô ligando. – Ele respondeu rapidamente.
Eu desliguei o celular e fiquei esperando. Depois de alguns minutos o táxi chegou. Ele me deixou em casa e eu fui até meu apartamento, porém, infelizmente, dei de cara com Megan e Annabeth no elevador.
-Meus pêsames, Jake. – Disse Megan me abraçando.
Vamos lá, Black. Seja ator e finja gostar do abraço. E ah, faça cara de triste um pouco, porque não quer dar explicações para elas. Elas também seriam muito burras para entender, não é?
-Oh Jacob, sinto muito. – Disse Annabeth. Ela também me abraçou.
Argh.
Vou ter que jogar fora essa roupa, porque tanto Annabeth quanto Megan tocaram em mim.
-Como está se sentindo, Jake? – Perguntou Megan.
-Mal, muito mal. Mas vou superar. – Respondi. Eu estava sendo sincero. É meio estranho, porque eu estava o dia todo fingindo estar forte com pessoas próximas, mas com “estranhas” eu realmente estou transparecendo meu interior.
-Se precisar de qualquer coisa, só chamar. – Disse Annabeth quando o andar delas chegou.
-Obrigada, Annabeth. É muito gentil de sua parte. – Respondi.
Elas saíram e eu segui até o meu andar.
Quando cheguei encontrei Alec no sofá.
Ele estava chorando de novo.
Fui até meu quarto e depois tomei um banho.
Fiquei quase uma hora no banho. Era um dia frio na calorosa Califórnia. Coloquei a temperatura no quente e fiquei pensando enquanto a água batia em meu corpo.
Parece que, quanto mais você precisa de uma pessoa, mais distante ela fica. Eu precisava de meu pai agora para me ajudar a superar isso. E minha mãe para me ajudar a terminar o que ela começou.
As palavras de meu pai, a caixa de minha mãe, o choro de Alec e Renesmee, o desespero dos empregados da casa do meu pai e a briga com Fred. Tudo parece irreal. Isso parece um sonho. Não, na verdade isso é um pesadelo. A vida é um pesadelo. Por mais que você queira acordar, você não consegue.
Desliguei a água, abri o box do banheiro, peguei minha toalha, me sequei, coloquei uma roupa e rumei de volta para meu quarto.
Alec parecia cozinhar alguma coisa, porque o cheiro estava muito bom.
Saí do quarto e fui para a cozinha.
E eu estava certo.
Alec estava cozinhando e parecia que também tinha tomado banho. Seu cabelo negro estava molhado e suas bochechas estavam rosadas por causa da temperatura da água.
-Está melhor? – Perguntei chegando perto dele.
-Acho que sim. – Respondeu, mas não olhou em meus olhos.
-O que está fazendo?
-Strogonoff.
-Eba! – Respondi e levei minhas mãos ao alto. Alec ainda não estava animado. Não deu sorriso torto e nem nada.
Depois de alguns minutos o strogonoff ficou pronto. Sentamos a mesa e ali jantamos. Foi tudo em silêncio.
Depois que terminamos, eu disse que iria lavar a louça, mas Alec não me ouviu. Pegou meus pratos e os deles e depois lavou. Ele só queria ocupar a cabeça para não pensar na morte de meu pai. Mas infelizmente ele teria que pensar nisso e não seria pouco. Provavelmente sua mãe vai assinar a papelada toda do enterro, porque eu sou menor de idade e não posso.
Rumei para meu quarto, peguei o primeiro livro que vi e comecei a ler. Tinha 240 páginas e se chamava Warm Bodies – Meu Namorado é um Zumbi. Título tosco, idiota, mas valeu a pena ler. Terminei de ler o livro todo rapidamente. Eu li rápido justamente para fazer o que Alec estava fazendo: Não pensar em nada a não ser no que estou fazendo.
Depois peguei um filme e vi. Seu nome era “Temos Vagas”. Um bom filme de terror. Agora já passavam das quatro da manhã e eu não tinha sono. Provavelmente Alec estava dormindo de boca aberta no sofá. Pegou no sono enquanto via um filme. Sempre é assim.
De repente ouço o telefone fazer aquele barulho infernal de “A bateria está acabando”.
Rumo até o som e ao tentar procurar ele, acho a caixa e lembro da fita.
Peguei a fita e fiquei observando. Como eu iria reproduzi-la?
Fui até a sala e acordei Alec.
-Cara, nós temos algum reprodutor para esses tipos de fitas? – Perguntei.
-Sim. Tem um no meu quarto. Está em baixo da minha cama. – Respondeu sonolento.
Rumei até seu quarto, procurei e achei. Tirei a poeira de cima e fui para meu quarto.
Conectei na TV e coloquei a fita.
A fita começava comigo correndo e gritando:
-Não papai! Você não vai me pegar!
E meu pai corria atrás de mim. Ouvia os risos de minha mãe. Ela estava segurando a filmadora.
Depois a cena mudou para um piquenique. Eu, meu pai e minha mãe comíamos. Estávamos em um lugar distante de todos, onde tinha árvores e sombra. A maioria estava do outro lado, pois ficava perto da saída, logo todos preferiam ficar lá. E nós estávamos felizes ali, longe de tudo e todos. Só no nosso mundinho.
Sorri com a cena.
Eu era tão feliz, tinha tudo e não queria mais nada. Mudar pode ser uma merda às vezes, mas é necessário.
-Jake, meu amor, você poderia, por favor, pegar a filmadora e colocar na minha bolsa que está ali do lado dela? – Perguntou minha mãe com sua voz doce enquanto rumava até o carro com meu pai.
-Tá bom, mamãe. – Respondi.
Fui até a filmadora, peguei ela e quando ia colocar na bolsa da minha mãe que estava no chão, alguém passou e esbarrou em mim.
-Ai! – Protestei.
-Desculpe. – Disse o menininho loiro que esbarrou em mim.
Peguei a bolsa e saí. Eu estava vendo pelo vídeo que a filmadora ainda estava no chão. Eu a esqueci.
Burro desde criança.
Ninguém tocou na filmadora. Ela continuou gravando. Fui adiantando a filmagem. Tudo estava bem, até que uma cena medonha começou a passar.
► Fim do Capítulo.
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