Nada Convencional. escrita por Malevola


Capítulo 46
O momento que o mundo parou




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–Bom já que você veio, estava pensando em pintar a parede da sala- diz ele enquanto levanta a cabeça.

–Nem vem Caio, chama alguém pra pintar eu não vou te ajuda !

–Vai sim, comprei ate um pincel pra você – diz ele rindo, sabe que não tenho o menor jeito pra essas coisas.

–Vai trabalha sozinho!

–Não mesmo, vem vou pegar uma camiseta minha pra você enquanto você pedi comida- diz ele levantando e estendendo a mão pra me levantar.

–Vou pedir no restaurante da esquina pra chegar mais rápido- digo enquanto levanto.

–Aproposito como você entrou ?

–Seu porteiro me adora, e fala que você poderia esta morrendo ajudou bastante também.

– Tenho que ficar esperto com essa historia de deixa chave reserva com seu Valdemar- diz ele rindo.

–E pelo jeito sua vizinha sabe muito da sua vida, ela que me contou da chave reserva- digo enciumada.

–Claro, e ela deve ter o dobro da minha idade também- diz ele rindo notando meu ciúmes.

–Não curte mulheres mais velhas ?

– Eu curto você ! – ele me puxa e me beija, ele pega a camiseta, depois que me troco vou atender a porta a comida chegou, enquanto isso ele forra o chão com jornal e pega a tinta e os pinceis, coloco a comida no prato pra gente, ele pega o prato dele e senta ao meu lado no sofá da sala para comer, ele esta me olhando com um sorriso lindo quando acaba notando algo.

– O que é esse roxo na sua perna ? – diz ele apontando para uma mancha roxa na minha cocha que eu ainda não tinha visto, lembro que a marca pode ter aparecido após o Miguel me empurra na cama, mas prefiro não contar a verdade.

– Devo ter batido em algum lugar – digo enquanto puxo a camiseta para tampar o hematoma.

–Tem uma no seu braço também- diz ele desconfiado, aparentemente não acreditou na minha justificativa.

–Sou muito branca, não precisa de muito para aparecer esses roxos na minha pele, quer cor vamos pintar a parede? – digo sorrindo e tento desesperadamente mudar de assunto.

–Lisa esta tudo bem ? me pregunta desconfiado

–Claro que esta !- minto

– O que é isso no seu pescoço ? me fala o que esta acontecendo, ontem você não estava cheia de hematomas quem nem esta hoje – diz ele preocupado, nervoso, coloca a comida na mesa de centro da sala e começa a me analisar procurando mais manchas.

–Para, foi eu brincando com a Nanda ontem, brincadeiras bestas, nada de mais- Falo irritada e ele senta novamente no sofá, eu paro de come, perdi a fome, ele me olha e sinto ainda a preocupação no seu olhar- cadê aquele vinho barato que você ganho do seu tio ?

–Esta no armário, é horrível !- diz ele sorrindo, eu me levanto pego o vinho e duas taça, ele se levanta e vai em direção a parede e começa a pintar, eu coloco o vinho pra gente e vou ajuda-lo, enquanto a gente pintava a parede a garrafa de vinho ia sendo esvaziada, em uma certa hora as taças já não era mais necessárias e a gente bebia na própria garrafa , ele me suja de tinta e faço o mesmo, estamos um pouco bêbados e uma crise de risos surge fazendo impossível termina a pintura, o Caio não satisfeito de me sujar com o pincel, pega a lata de tinta que esta pela metade e joga uma boa parte em mim, eu fico alguns segundos parada, surpresa, em seguida pego a lata de tinta e jogo o resto nele, um ataca de risos faz a gente rolar no chão e não se preocupar com a sujeira, estamos deitados um do lado do outro, o ataque de risos passa quando juntos viramos a cabeça para olhar um para o outro, nossos olhares se cruzam, eu olho diretamente nos olhos dele, e é como se meu mundo estivesse naqueles olhos, sinto uma paz tomar conta de mim, nada parece importa, o mundo para aquele momento, é como se a gente tivesse se olhando pela primeira vez, e naquele estante eu percebo o quanto amo aqueles olhos e o quanto amo aquele cara que esta deitado do meu lado completamente sujo de tinta, ele então segura a minha mão e sorri, parece sentir o mesmo que eu, ninguém se atreve a falar, parece que nossos olhares já falaram tudo, um momento tão simples revelou o que eu já sabia mais não tinha certerza, o meu amor pelo Caio é maior do que eu poderia imaginar.






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