Continuava com os olhos fixos no nada. Tinha certeza de que ouvira algo, como um galho quebrando. Imaginara que pudesse ser um inimigo. Ainda fitava o lugar e mais uma vez ouvira o som.

Com um dos braços cobrira os peitos, e com o outro formara uma posição de ataque. Da névoa vira surgir um coelho negro, que começara a beber da água da margem. Relaxara os braços e voltara ao seu banho quando vira que não era nada grave.

Enquanto isso o Inuzuka continuava correndo pela floresta, com o coração disparado e o rosto tão vermelho que as marcas em suas bochechas mal apareciam. Tudo o que se passava pela cabeça dele era a cena que vira. Os cabelos negros cobrindo as lisas costas brancas, a água à sua volta, e a névoa deixando a imagem um pouco embaçada.

“No que você está pensando Kiba!? Para com isso!!” com essa última frase passando por sua mente ele tropeçara na raiz de uma árvore e dera de cara com o chão.

– Ai... Que droga... – praguejara ele ainda se levantando.

Sentara no chão, encarando a grama à sua frente, e logo vira um par de pés parando em frente a ele. Levantara o olhar para conferir quem era, e corara logo em seguida.

– Kiba... – dissera ela calma observando o garoto.

– H-h-hinata... É... Que... – levantara-se devagar ainda olhando a garota sorridente.

– Vamos. O Shino ainda está lá no acampamento nos esperando. – abrira mais o sorriso e já fora caminhando até o acampamento.

“Ela não estava lá... Até agora a pouco?” depois concluíra que o que vira fosse uma ilusão, ou que ela era realmente rápida.

Em pouco tempo chegaram ao acampamento, e Shino parecia estar preparando o jantar. Uma simples sopa que eles trouxeram nas mochilas. O Aburame dissera já ter acabado, e logo os três se serviram (quatro... Desculpa Akamaru).

– Está uma delícia Shino. – comentara Hinata depois de uma colherada.

– É, ficou muito bom. O que você colocou nessa sopa? Tem alguma coisa a mais aqui. – completara Kiba e logo tomando mais da sopa, já que estava morrendo de fome.

– Hum... – o Aburame levantara o olhar para as árvores, parecendo pensativo. – Não lembro.

Ao ouvir a resposta Kiba se espantara. Seu companheiro de time sempre tivera uma ótima memória, e de repente não lembrava nem o que colocou na comida? Aquilo era realmente estranho.

Pouco tempo depois os quatro já haviam acabado com toda a panela de sopa, e Hinata se candidatara para cuidar da louça suja.

Enquanto a pequena Hyuuga levava a panela, os pratos e os talheres para limpar no lago, Kiba e Shino foram desarmando a fogueira.

Pouco tempo depois ambos já haviam acabado, e decidiram já ir para a barraca e esperar por Hinata.

O Inuzuka fitava a lona, e perguntava-se o que estava acontecendo dentro dele. Por que agora se sentia daquele jeito? Nunca fora assim, sempre fora o simples garoto que andava sempre com o seu cachorro.

Sua conversa mental fora interrompida pelo barulho da louça do lado de fora. Com certeza era Hinata, então ele decidira fechar os olhos novamente. O próximo barulho fora o do zíper da barraca se abrindo, e logo em seguida fechando. Continuara ali tranquilo, tentando dormir, e sentira algo se apoiando em suas costas.

Imaginara ser Akamaru, mas logo esse pensamento foi afastado quando sentiu alguém o abraçando.

– Kiba... – o nome dele soara como um suspiro. Sentira o hálito da garota em seu ouvido, o que causara um arrepio por todo o seu corpo.

Ao ver que ele continuava dormindo (na real fingindo), ela simplesmente deitara ali abraçada a ele.

Acordara sentindo uma respiração próxima ao seu rosto. Virara um pouco a cabeça e se deparara com Hinata dormindo quase em cima dele. Instantaneamente ele corara. Queria continuar daquele jeito, mas imaginara qual seria a reação de Shino ao ver aquilo.

Empurrara a Hyuuga gentilmente para a cama dela, e saíra silenciosamente da barraca com Akamaru logo atrás. Encontraram Shino sentado em cima de um tronco oco. Será que ele havia visto aquilo?

– A Hinata estava muito pesada? – perguntara ele indiferente, enquanto fitava seu café.

Pois é, ele vira sim. Provavelmente estava se sentindo a maior e mais poderosa vela de todo o mundo.

– Hã... É... – ele corava lentamente enquanto tentava se explicar. – Ela não é tão pesada assim...

(NA: GENIUS!! Não tinha resposta melhor né Kiba?)

O Aburame levantara o olhar para fitar seu amigo. Tinha um clássico olhar de reprovação, mas logo voltara a observar seu café.

– Kiba... Shino... – a Hyuuga saíra da barraca enquanto arrumava o cabelo.

– Bom dia Hinata. – dissera Shino sem tirar os olhos de seu café.

– B-bom dia Hinata. – falara Kiba sem graça, mas Hinata parecia nem lembrar o que acontecera.

– Bom dia Kiba, Shino. – ela abrira um sorriso, e logo fora tomar café assim como seu amigo.

Depois de tomarem o café simplesmente desfizeram acampamento e seguiram caminho.