1998 um ano que jamais vou esquecer. O ano em que os pesadelos aconteceram. Lembro-me de cada minuto daquele maldito dia, o dia que também a conheci. Os encontros eram às vezes, mas nada que pudesse ser adiado pelo emprego. Estávamos em mundo diferentes.

Fui retirado dos meus pensamentos quando o helicóptero começa a pousar. Helena e eu descemos para procurá-la. Nem sei ao certo porque estou fazendo isso, afinal ela sempre recusou minha ajuda. Entramos no prédio e começamos a procurar. Diversas salas, um objetivo: encontrá-la, de preferência, viva. Começamos a ficar atentos aos sons.

– O rastro de sangue segue até aqui. - falo
– Esta ouvindo? - Helena pergunta.
– Está vindo daquela sala. - falo

Abro a porta. Fico surpreso: Ada estava apoiada em uma mesa e apontando a arma para mim. Olhei o ferimento e a pego no colo. Ada encosta sua cabeça em meu peito. A expressão assustada muda para uma expressão serena.

–Temos que levá-la para ver se não esta infectada. - fala Helena

Vamos para o helicóptero. Ada esta ofegante e começo a me conformar que ela não irá durar mais que a viagem. Deito-a em meu colo. Ela da um sorriso. Passo minha mão em seus cabelos molhados de suor. Ela segura minha mão e lentamente fecha os olhos.

–Sinto muito Leon - fala Helena
–Ela sabe o que faz. - respondo