Livro 1: Fogo escrita por Dama do Fogo


Capítulo 12
O Retorno a Nação do Fogo - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Primeira parte do terceiro capitulo... Espero que gostem..



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- Chegamos. – falou Zuko e abraçou Mayumi. – Bem vinda de volta.  

- Eu nem acredito, quero dizer, tudo está tão diferente. – falou ela e sorriu. Appa pousou no meio da praça central da capital. – Eu estou com medo. – falou ela e olhou para trás, mas não havia mais ninguém. Todos haviam desaparecido e ela estava sozinha no meio da praça.

De repente ao longe ela viu vários soldados marchando em direção a ela e no alto do palácio, no andar de cima, estava Osai.

- Ela é uma traidora. – falou ele e apontou para os soldados. – Prendam-na.

Os homens cercaram Mayumi e a seguraram pelos braços. Ela olhou em volta desesperada e viu ao longe sua mãe e seus irmãos, Li e Ho, que a desprezavam e viravam o rosto com nojo da traidora.

- Mãe, por favor, me escute. – implorava ela, mas tudo o que Oggi fez foi dar as costas e sair.

Eles levaram a jovem até o senhor do fogo Osai e quando eles empurraram para que ela se ajoelhasse, Mayumi reparou Zuko, Aang, Katara, Sokka, Suki, Toph e Haru ajoelhados ao fundo, como se tivessem sido espancados.

- Levem essa traidora para a sala de interrogação e lá dê quinze chicotadas por cada ano que ela ficou na prisão e depois, a coloquem novamente na cadeia, só que dessa vez a deixem apodrecer.

O senhor do fogo gargalhou enquanto ela era arrastada para outra sala através da porta principal do palácio.

- Aaaaahhhh! – gritou Mayumi quando acordou assustada. Olhava em volta em desespero e viu que estava em sua barraca. Havia tido um pesadelo assustador.

- O que houve? – Zuko foi o primeiro a aparecer. Havia armado sua barraca ao lado da de Mayumi.

- Eu tive um pesadelo. Um pesadelo tão real que ainda estou tremendo de tanto medo.  – ela começou a chorar e Zuko se aproximou. Ela o agarrou para um abraço.

- Se acalme, foi só um pesadelo. – Ele alisava os cabelos da jovem. – Eu estou aqui com você, não precisa mais temer.

- O que aconteceu? – Aang apareceu com cara de assustado. Os outros estavam logo atrás dele.

- Não se preocupem. – falou Zuko. –Mayumi teve um pesadelo. Voltem a dormir. – a jovem se escondia no peito do senhor do fogo.

- Não precisa mandar duas vezes. – falou Sokka e bocejou, coçou a barriga e entrou novamente em sua tenda.

- Sério que não precisam da gente? – falou Katara preocupada.

- Tudo bem. – falou Zuko. – Eu assumo aqui.

- Está bem. – concordou Aang. – Mas qualquer coisa, pode chamar.

Zuko assentiu e todos voltaram as suas respectivas tendas.

 - Está melhor? – perguntou o jovem.

- Sim. – falou ela. – Eu sinto muito por ter acordado vocês.

- Não se preocupe. – respondeu o senhor do fogo. Ela se afastou dele. – Quer falar sobre esse pesadelo?

- Não, não quero mais lembrar dele. – Mayumi abaixou a cabeça.

- Então é melhor voltarmos a dormir, ainda está de madrugada. – Ele deu um beijo na testa da jovem e se levantou.

- Zuko. – falou ela. – eu sei que não é comum, mas você poderia dormir aqui comigo hoje, estou com medo de ficar sozinha.

- Claro. – respondeu ele e se sentou próximo da porta. – pode dormir, ficarei aqui.

- Vem para cá. – falou ela e arrumou alguns cobertores ao lado dela. Zuko sorriu e se deitou.

- Você está com medo de voltar, não é? – falou ele enquanto se aconchegava no travesseiro improvisado com a bolsa.

- Eu não sei o que eles vão pensar de mim. Se eles acharem que sou uma aberração? – Os dois jovens estavam deitados de lado, um encarando o outro.

- Não se preocupe com isso. Sua família te ama muito e principalmente sua mãe.  – ele sorriu. – Ninguém vai te rejeitar por algo que você não teve culpa e outra coisa, sua avó era dominadora de água, a mãe da sua mãe. Ela tem que entender.

- Ela era dominadora, mas não confiou em ninguém para contar, somente a mim. – ela se virou e ficou de barriga para cima. – Ela sabia que eu era uma dobradora de água desde o inicio. Ela disse que quando minha mãe me deu a luz e eu fui para os braços dela, ela teve a certeza do que eu era.

- Vocês dominadores de água são muito sensíveis. – falou Zuko.

- Como eu queria que ela ainda estivesse viva, com certeza me protegeria. – falou Mayumi e começou a chorar. Zuko levantou a cabeça e a apoiou na mão. Ele olhava Mayumi de cima

- Eu estou aqui e eu vou te proteger. – ele sorriu. – eu fiz essa promessa a mais de quatro anos e juro, vou cumpri-la até quando eu parar de respirar.

- Você é um grande amigo, sabia? – falou ela e abraçou Zuko, se aconchegando em seu peito e fechando os olhos.

- Eu tento. – falou ele e a abraçou. Eles dormiram abraçados e Mayumi não voltou a ter pesadelos.

...

- A dobra de água é bem simples, mas você precisa estar totalmente relaxada e em contato com a natureza a sua volta. – falou Katara e puxou uma quantidade de água e começou a passar para Mayumi que a devolvia. – Você precisa entender que a água não se limita apenas a rios, lagos e mares. Você pode encontrar água em qualquer lugar. – Katara passou a bolha de água para Mayumi porem ela não sustentou e deixou a água cair de volta no rio.

- Você está bem? – perguntou a mestra.

- Não sifu Katara, não estou nada bem. – Mayumi se sentou na beira do rio e voltou a encarar a sua professora. – Eu não sei se quero voltar para a nação do fogo.


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Notas finais do capítulo

Beijinhos!