Livro 1: Fogo escrita por Dama do Fogo


Capítulo 10
Pró-Dobra - Parte 4




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– Acho melhor a gente vê primeiro o estrago que essa fez. – falou Mayumi deixando a euforia de lado e segurando no abdômen.

– Você está bem? – perguntou Haru.

– Acho que sim, só estou me sentindo enjoada.

– Quer que eu dê uma olhada? – falou Katara e apanhou uma quantidade de água e envolveu sua mão.

– Não precisa, eu vou ficar bem, só preciso descansar um pouco. – a jovem sorriu e olhou o avatar. – Desculpa Aang, a gente joga outro horário.

– Sem problemas. – falou ele e sorriu.

– Eu vou me deitar. – Mayumi se virou e seguiu sentido ao acampamento que ainda estava desmontado. Ela pegou sua mochila e tirou de dentro a barraca e o saco de dormir. Enquanto tentava armar, sentiu uma vontade descontrolada de tossir e quando o fez, cuspiu uma quantidade de sangue.

– Eu fiquei preocupado com você e vim ver se está tudo bem. – falou Zuko e se aproximou da jovem, ela escondeu o sangue com uma folha.

– Eu estou bem.

– Quer ajuda?

– Não precisa.

– Eu insisto. – Zuko tomou a lona da mão de Mayumi e também os ferros que a prendia. – Eu sinceramente pensei que você ia ficar com raiva de mim por eu estar com a Mai. Não esperava aquela reação, por isso não contei antes. – Mayumi segurou em uma arvore e lá ficou. As coisas ao seu redor começaram a girar e depois tudo foi escurecendo. - A coisa meio que complicou de uns tempos para cá, porque a realidade é que eu não sei mais o que sinto pela Mai... – antes que Zuko conseguisse completar seu pensamento, Mayumi caiu desmaiada no chão. – Umi? – Ele correu e segurou a jovem desacordada em seus braços. - KATARA.

A jovem dobradora de água e os outros que ficaram no rio, vieram correndo em direção ao acampamento e se depararam com a cena.

– O que houve? – perguntou Aang apreensivo.

– Eu não sei, a gente estava conversando e de repente ela desmaiou.

– Sokka, pegue meu cântaro em minha mochila e Aang, eu vou precisar de sua ajuda.

Sokka correu até a mochila de Katara e enquanto buscava o que ela pediu, a folha que escondia o sangue voou.

– Katara, eu acho que a coisa é mais grave do que você imagina. – ele apontou para o sangue no chão e entregou o cântaro a ela. A dobradora de água envolveu suas mãos na água e passou para Aang que fez o mesmo.

– Não podemos perder tempo. – falou ela e colocou suas mãos na barriga de Mayumi e Aang também o fez. A luz que emanava das suas mãos era tão forte que os outros não conseguiam nem mesmo olhar para ela.

– Ela fraturou uma costela. – falou Aang.

– Não só isso, Aang. – falou Katara. – Ela está com principio de hemorragia.

– O que? – perguntou Zuko seriamente. – Ela vai...

– Não! Não pense nisso. – falou a jovem mestre d’água e se concentrou novamente.

– Katara... – falou Aang seriamente.

– Eu sei Aang.

– O que? – perguntou Zuko apreensivo.

– Haru, leve o Zuko daqui, por favor. – falou Katara. O dobrador de terra saiu de onde estava e veio na direção do senhor do fogo.

– Se tocar em mim, eu juro que vou esquecer quem você é. – falou ele com raiva.

– Eu preciso que você vá Zuko. – ela olhou bem para ele. – Eu vou fazer o que tiver ao meu alcance para que Mayumi fique bem, mas eu não posso ter alguém tirando a minha concentração ou a do Aang com perguntas. Vá para o rio e fique lá, vamos chamar você caso algo aconteça, é uma promessa.

– Está bem, mas, por favor, cura ela. – Katara nada respondeu, apenas assentiu. O jovem senhor do fogo se levantou e saiu, chegando ao rio minutos depois. 

– Isso é alguma espécie de castigo? – gritou ele e olhou para o céu. – Se for faça comigo, não com ela. – Ele começou a arquejar e de raiva, lançou uma rajada de fogo muito forte na cachoeira. – Por favor. – o jovem se ajoelhou e ficou observando o seu reflexo no rio. Ao lado dele apareceu um lobo grande e o observava sem nem ao menos se mexer. – Você é lindo. – falou Zuko. Ele era um animal de mais de quatro metros de comprimento, tinha a pelagem marrom e branca, com alguns detalhes vermelhos acaju. Seus olhos eram uma mescla de todas as cores existentes e inexistentes.

Depois de um tempo observando o jovem, o lobo se transformou em uma luz e envolveu o corpo de Zuko. Quando a luz desapareceu, ele não era mais o senhor do fogo. Seus olhos estavam incrivelmente azuis, de uma cor que ninguém nunca havia visto antes.


...


– Aang. – falou Katara chorosa. – o coração dela está perdendo a força.

– Continue Katara, não vamos desistir. – falou o avatar seriamente.

– Não está funcionando. – falou ela e continuou a se concentrar. Os outros abaixaram as cabeças e esperavam só a noticia ruim. Appa e Momo se encolheram próximo das mochilas e ficaram tristes. – não podemos fazer mais nada.

Mayumi abriu os olhos uma última vez e encarou Aang.

– Eu... sinto muito Aang... - falou ela e sorriu. - Vou ficar... te devendo... outra partida...

– Não se preocupe. Eu vou esperar essa partida. - falou ele e sorriu, mas deixou que algumas lágrimas corressem de seus olhos.

– Zuko... - perguntou ela.

– Ele teve que sair Mayumi. - falou Katara. - Não se mexa muito, está bem? Você precisa descansar.

– Diga a ele... que não estou chateada... que eu espero que a... Mai... o ame tanto quanto eu o amo...

– Eu vou dizer. - falou Katara e começou a chorar.

– Diga... que eu estou feliz por... ele ter encontrado alguém para amar...

– Eu vou dizer, mas por favor, tente descansar.

– Eu.. adorei conhecer vocês.... vou sempre lembrar... - falando isso ela fixou os olhos em um ponto qualquer e parou de respirar.

– Ela se foi. – completou Aang tristemente e encarou o grupo que ficou perplexo.



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