Não deixe os conceitos que você tem sobre algo, cegar seus olhos a ponto de não ver que encontrou quem pode muda-los.

Dei descarga e abri a porta da cabine, por sorte não tinha ninguém ali, apenas um homem que estava sentado no chão e ele estava ... chorando? Chorando? Será que eu vi certo? Mas não era qualquer homem era o ...o O “SHAKESPEARE APAIXONADO”. Coitado parecia bem triste, e estava muito abatido, não sei se deveria ajudar mais não custava tentar ajudar, afinal o estado do pobre homem era deplorável, ele sempre transparecia ser tão forte, e agora ele estava ali em uma situação tão frágil, fui me aproximando aos poucos, e me ajoelhei para ficar mais próxima dele, aparentemente ate agora ele não havia notado minha presença, quando eu me pronunciei.

–Oque houve ? – disse simplesmente, ele levantou a cabeça e me olhou e parecia estar desnorteado, com os olhos vermelhos e rosto inchado de tanto chorar, olheiras enormes demonstrando que não havia dormido.

–Você tinha razão eu sou um corno. – Logo que acabara de dizer essas palavras já abaixou a cabeça e começou a chorar novamente, como se em algum momento ele tivesse parado. Essas palavras me atingiram em cheio, quando me lembrei do momento que havia ocorrido ontem no elevador.

Flash Back onn

–Como vai Shakespeare apaixonado? – disse em clara ironia apenas para provoca-lo, aos poucos ele desviou a atenção da tela do celular, me analisando de cima a baixo com os olhos, arqueou uma sobrancelha, e disse.

–Vou muito bem Senhorita Mal Amada, pelo o menos não vou morrer encalhado igual você. – assim ele terminou de proferir essas palavras, eu já estava vermelha de raiva, parece que as pessoas não entendem que eu simplesmente não acreditava no amor, não queria encontrar o amor, alias como se encontra uma coisa inexistente.

–Olha aqui Senhor Galanteador, eu vou muito bem também obrigada por perguntar, e saiba que pelo o menos não sou corno, por não ter nem a capacidade de satisfazer minha mulher na cama. – quando tinha acabado de proferir essas palavras á porta do elevador se abriu no meu andar e me retirei do elevador, parecia que era só estar em um lugar com ele que tudo já desmoronava.

Flash Back off

Não sabia exatamente o motivo mais a culpa me atingiu de forma violenta, como se eu fosse á culpada por ela telo traído, mas eu nem imaginava que isso pudesse realmente vir a ocorrer, eu apenas disse aquilo com a intenção ofende-lo. Eu estava em estado de choque, não conseguia pronunciar nem uma palavra se quer, mas até que não era tão ruim o fato de estar em choque, porque não saberia oque dizer. Eu nunca imaginei que isso fosse ocorrei mais eu estava sentido pena dele, eu estava sentido que queria ajuda-lo, deveria ajuda-lo, ele acreditava tanto no amor, para ele era algo tão existente, tão concreto em sua relação. Já não sabia a quanto tempo estava ali apenas o encarando, não sabia oque dizer ou fazer, apenas olhava ele, naquele estado parecia um bichinho assustado, com medo, tinha de pensar em um jeito de ajuda-lo. Quando um ideia arriscada mais de certo modo talvez brilhante me veio a cabeça.

Pov Edward

Dirigia pela cidade em uma tentativa falha de me acalmar, a cena que eu havia acabado de presenciar, foi demais para minha cabeça, neste momento eu acabo por entender os homens galinhas, devem ter medo de ser machucar como eu me machuquei, ser romântico hoje em dia, é furada. E agora que eu me encontro nesse estado, as palavras de Alice, minha irmã, rondam minha mente, “Ela não presta Edward.”, “Ela é só uma oportunista.”, se arrependimento matasse, eu com certeza estaria morto agora, como eu queria ter ouvido a minha irmã. Amor, á alguns minutos atrás se alguém mencionasse essa palavra, me viria a mente, Tânia a pessoa que eu acreditava ser o amor da minha vida, a pessoa com quem eu acreditava que seria feliz para sempre, minha noiva, mas agora tudo não passava de uma ilusão, ela era realmente uma oportunista. Agora relembrava a cena, onde eu havia descoberto a verdadeira Tânia.

Flash Back onn

Havia ido falar com meu irmão Emmett sobre pedir Tânia em casamento, tinha certeza que ela era a mulher certa para minha vida.

–Vou dizer a Tânia que amo pela primeira vez hoje a noite,-sim eu sei, eu me sinto diferente com ela, meu coração dispara, sinto frio na barriga e não sei como agir perto dela.-Quando entrou uma garota, muito bonita, tinha altura mediana, cabelo cor de chocolate, e pele branca, como se fosse porcelana, mas logo que ela entrou, do nada ela explodiu em uma estrondosa gargalhada, achei que ela era louca ou algo do gênero.

–alguma graça Senhorita...? – Pergunta na esperança de alguma explicação plausível.

–Swan.O que você quer mais?Passarinhos cantando quando você a beijar pela primeira vez? –ela me disse com um sorriso debochado, eu me considero uma pessoa muito simpática, sociável, mas essa garota era realmente muito mal educada, quem ela pensa que é para chamar o amor de baboseira?

–Aposto que é uma encalhada, que não tem ninguém a mais de um ano. - disse me olhando com um olhar como se fosse superior. – disse olhando ela com um olhar claramente de superioridade, que mulher mais insolente.

–Realmente sou uma grande encalhada, fiquei para a titia fazer o que.–disse me olhando com ironia, me analisando de cima a baixo, e eu começava a me perguntar se aquele elevador estava parado.

Eu a encarava com uma sobrancelha arqueada, e no instante que pensei que o elevador estava parado a porta se abriu e ela saiu, mas antes ela jogou um olhar irônico para mim, eu iria continuar ate sair no andar da garagem, entrei no meu carro, e por instantes esqueci o pedido de casamento para Tânia, e fui pensando da empresa ate em casa naquela garota do elevador.

[...]

Cheguei em casa e estranhei o fato do carro de Tânia estar na garagem, tentei ignorar, mas tinha uma ponta de preocupação na minha cabeça, apenas terminei de estacionar o carro, e subi a escada que dava acesso a casa. Terminei de subir a escada, a casa estava parecendo estar vazia, fui ate meu quarto para trocar de roupa e começar a preparar o jantar, mas quando eu chego na porta, ela esta entre a aberta, e de lá de dentro, saem o som de gemidos, eu penso, “Não, não pode ser, ela me ama” , abro a porta de uma vez, e deu o flagra, ela estava transando com outro, um cara que nem sequer conheço. Quando ela me ali na porta, ela fica paralisada me encarando.

–Vagabunda. – eu digo com os olhos cheios de lagrimas, que já começam a rolar pelo meu rosto, eu apenas saio correndo, enquanto ela se enrola no lençol, e sair correndo atrás de mim falando aquele típica frase, “Não é nada disso que você esta pensando.”, saio correndo para a garagem novamente, e entro no meu carro, ela batendo no meu vidro implorando para eu o abrir. Espero o portão da garagem abrir totalmente, e dou ré no meu carro, deixando para trás a vida perfeita que imaginava possuir.

Flash Back off

Agora eu estava aqui no meu carro, dirigindo para sei lá onde, em um carro em alta velocidade, não estava com minha cabeça no seu estado mais normal, tomei decisão mais madura possível, decidi que precisava beber, vi que havia um posto de gasolina com uma lojinha de conveniência, resolvi parar lá para abastecer, comprar umas cervejas, estacionei, fui até a lojinha, e comprei cervejas, energéticos, entre outras besteiras, paguei e entrei novamente no meu carro. Assim que ouvi do som da primeira latinha se abrindo, em um ato sem pensar, eu comecei a bater a minha cabeça no volante do carro, com lata de cerveja na mão, liguei o carro, liguei o ar condicionado, percebi que já estava ficando com sono, desliguei o carro e fiquei ali bebendo e estacionado naquele posto, até que dormi em meu carro.

[...]

Fui abrindo meus olhos aos poucos, e bateu um leve dor de cabeça, e nessa hora eu vi as latinhas de cerveja vazia, e dei graças a deus por tomado apenas cerveja, e me lembrei de tudo oque havia ocorrido ontem, peguei meu celular em busca das horas, e vi trinta e duas chamadas não atendidas de Tânia. Não iria retornar, ainda estava embasbacado por tudo que havia visto, eu acreditava que ela era o amor da minha vida, e ela me traia da forma mais descarada possível. Pensei em ir alguma loja e comprar uma roupa nova pra ir ate a empresa hoje, mas raciocinei novamente, e vi que eu não tinha de ter vergonha de ir ate em casa ela que havia feito á besteira ela que deveria se envergonhar.

[...]

Cheguei até minha casa, e nem coloquei o carro na garagem, apenas o estacionei na porta, iria fazer minha mala, e ficaria em um hotel, até amanhã, que era o prazo que daria a Tânia para sair de minha casa, entrei, circulei pela casa, e vi que não havia ninguém, e por incrível que parece, as roupas, sapatos de Tânia não estavam mais no closet, minha ideia de ficar em um hotel, teria sido cancelada, já que ela teve pelo o menos o bom senso e a decência de sair de casas, aprovei que ela não estava ali, tomei um banho para ver se me acalmava, me sentia tão mal, meu coração estava em mil pedaços, tomei um bom banho quente, vesti meu terno típico, e me olhei no espelho, e e tomei um bom banho quente, vesti meu terno típico, e me olhei no espelho, e enxergava apenas a imagem de uma pessoa destruída, nunca imaginei que todo amor que sentia por Tânia, pudesse se transformar em dor.

[...]

Cheguei á empresa, e não tinha o mínimo clima para trabalho, sorte que eu havia adiantado o trabalho no dia anterior, estava com vontade de ir ao banheiro, fiz minhas necessidades, e me deu uma vontade de chorar, absurdo, eu apenas senti no chão, coloquei a cabeça entre as pernas e comecei a chorar muito.

–Oque houve ? – ouvi aquela voz, eu não acreditei que ela pudesse ter se importado em me ver neste estado, para confirmar minhas desconfianças, eu apenas levantei um pouco a cabeça, e para confirmar o rosto que estava pairando na minha mente, Isabella era realmente ela.

–Você tinha razão eu sou um corno. – disse tudo em uma só frase, me lembrando do dia anterior no elevador, e me segurando para não chorar, eu consegui dizer a pequena frase de uma forma entendível, e logo após já abaixei a cabeça novamente e voltei a chorar.

Pov Bella

Já não sabia a quanto tempo estava ali apenas o encarando, não sabia oque dizer ou fazer, apenas olhava ele, naquele estado parecia um bichinho assustado, com medo, tinha de pensar em um jeito de ajuda-lo. Quando um ideia arriscada mais de certo modo talvez brilhante me veio a cabeça.

–Edward, eu tenho um proposta para te fazer, tipo uma brincadeira, vamos tentar mudar os conceito um do outro.

Ele levanta aos poucos a cabeça, me encara por alguns segundos, e depois diz com a face extremamente confusa.

–Como? Não entendi nada. – ele diz querendo uma explicação melhor.

–Nós vamos mudar os conceitos um do outro sobre amor, em dois meses eu vou tentar te mostrar que o amor não existe, e você vai tentar me mostrar que amor existe. – disse como se fosse a coisa mais simples do mundo.

–Bom a ideia é ate boa, mas como nós vamos mudar os conceitos um do outro? – disse já com um rosto mais animado, acho que ele pensa que vai me fazer mudar de conceito e me fazer acreditar em amor, mas eu sei que ele não vai conseguir, eu vou mudar os deles, e vou mostrar com toda certeza para ele que amor não existe.

–Bom, eu vou sair com todos os caras que você escolher ate eu me apaixonar por um, e você vai sair para se divertir todas as noites e vai ver que não precisa de apenas uma mulher para se sentir feliz. – disse explicando minha ideia de maneira confusa, a ideia era simples eu iria levar ele para sair todas as noites, e eu teria que aturar sair com todos os caras que ele escolhesse.

–Então, aceita? – disse perguntando na esperança dele aceitar, mas agora me bateu um choque de realidade na cabeça, por que eu estava fazendo isso? Eu simplesmente não sabia o motivo, apenas vi ele ali deprimido e me deu vontade de ajudar, agora não tinha mais jeito, quer dizer, ele podia não aceitar a proposta.

Ele pareceu refletir um pouco, deu um sorriso safado.

–Eu aceito. – ele disse apenas.