O amor não existe ate você encontrar quem o desperte em você.

Pov Bella

“Enquanto assim pensava, foi subitamente despertada pelo som da campainha da porta. A princípio ficou um pouco emocionada com a ideia de que pudesse ser o coronel Fitzwilliam, que já uma vez aparecera bastante tarde, e que agora viesse saber notícias dela. Esta ideia, porém, foi logo banida e a emoção inteiramente diversa quando viu, para sua imensa surpresa, o Sr. Darcy avançar pela sala. Um pouco em atropelo, ele fez-lhe várias perguntas sobre a sua saúde, atribuindo a sua visita ao desejo de a vir encontrar um pouco melhor. Ela respondeu-lhe com fria amabilidade. Darcy conservou-se sentado durante alguns instantes e depois, levantando-se, pôs-se a passear pela sala. Elizabeth estava espantada, mas nada disse. Após um silêncio de alguns minutos, aproximou-se, agitado, e disse:

– Em vão tenho lutado, mas de nada serve. Os meus sentimentos não podem ser reprimidos e permita-me dizer-lhe que a admiro e a amo ardentemente.”

Bufei fechando livro em seguida, eu realmente não sei como as pessoas são tolas de acreditar em amor, amor não existe, esse papo de alma gêmea ou homem da minha vida, para mim, tudo isso não passa de bobagem, todos me dizem que eu penso assim por não ter encontrado á pessoa certa, mais para mim simplesmente não existe esse lance de pessoa certa, o máximo que existe entre um homem e uma mulher é desejo, atração. Outros já tiram as suas próprias conclusões sobre mim, alguns pensam que sou lésbica, pesar de já ter ficado com outras mulheres, não sou lésbica, diria que talvez eu seja bissexual, outros que sofri uma decepção amorosa tão grande, que fiquei incapaz de amar novamente, mas essa ultima conclusão, não passa muito longe de verdade, eu apenas vi, melhor, vejo ate hoje minha mãe e minhas amigas, passar por grandes decepções amorosas, e vi que elas eram apenas carentes e que não existia amor ali, e os homens, aaah os homens, esses só queriam uma coisa SEXO, eu não os culpo por isso, afinal é natural, acho que muitas vezes, quer dizer na grande maioria das vezes, são as mulheres que são muito iludidas ou viram muitos filmes da Disney, para pensar que existe príncipe encantado, a maior qualidade que você pode achar em um homem é ele ser bom de cama.

Possuo uma certa antipatia com tudo oque possa ser romântico, mas não sei o motivo, apesar de serem românticos, os livros da Jane Austen, me atraem, talvez pela maneira de escrever, sem algumas gírias, as pessoas hoje em dia matam o próprio idioma, com gírias.

Me desligo de meus pensamentos, quando o taxista diz.

–Chegamos Senhorita.- diz ele olhando para o banco de trás onde eu me localizava, apenas dei o dinheiro a ele, recebi meu troco, e desci.

A primeira coisa que veja, é um prédio, alto totalmente feito de vidro com efeito fumê, agora já estava ali, não iria voltar atrás, eu já estava ali, tinha que pelo o menos tentar, inspirei bem fundo tentando me acalmar e criar coragem.

Não foi tão ruim, agora eu já estava na sala de espera de um, tal de Emmett Cullen, o presidente e sócio majoritário da empresa, imaginava um velho na facha de uns cinquenta anos, com pouco cabelo e uma enorme barriga.

A sala muito bem decorada demonstrava a elegância do lugar, com os moveis se variando em tons amadeirados, estávamos apenas eu e secretária uma mulher na facha dos quarenta anos mas muito bonita, na pequena sala na frente da sala do Emmett pelo o menos não havia concorrência, eu acho. Desperto de meus pensamentos quando a Secretária diz.

-Senhorita Swan, o Senhor Cullen lhe aguarda. – ela me disse, apontando discretamente para a grande porta que dava aceso a sala dele.

Levantei-me, caminhei ate a porta, bati e logo depois ouvi um sonoro entre. Dei um pulo para trás quando vi o tal “Emmet”, meu deus ele era muito novo, deveria ter no máximo uns trinta anos, ele parecia que não saia da academia o dia inteiro, e ele estava... estava sorrindo? Em toda minha vida eu nunca imaginei que o presidente de uma multinacional iria sorrir ao fazer uma entrevista de trabalha para a sua talvez futura advogada. Infelizmente o pulo para trás que dei quando o vi, não passou despercebido dele, ai eu entendi o motivo dele estar rindo, ele estava rindo de mim, ótimo ele mal te conhece e já pensa que você é uma desastrada. Sai de meus pensamentos envergonhados, quando ele se pronunciou.

–Sente-se Senhorita Swan.- disse com um certo divertimento no rosto.

Caminhei ate as cadeiras na frente de sua mesa e me sentei, e ele ainda analisava alguns papeis que imaginei ser meu currículo.

–Bom Senhorita Swan, pelo oque vejo não poderia encontrar alguém melhor para o cargo que você, pode começar amanha mesmo.

–Você não ira fazer as perguntas da entrevista? – perguntei meio surpresa afinal ele apenas olhou meu currículo, o currículo era uma coisa tão fácil de falsificar, não que o meu seja falso, mas as pessoas vivem fazendo isso hoje em dia, e pelo visto ele não me fara passar

nem por um teste.

–Bom se quiser posso até fazer, mas não seria necessário, você tem excelentes recomendações de seu antigo chefe. - quando ele disse me surpreendi meu antigo chefe não era um homem muito respeitável, ele havia tentando me seduzir, eu não havia dado bola, e ele ficou cada vez mais insistente, foi quando eu já não suportava mais e pedi demissão, eu havia feito besteira, mais quando vi, já havia sido feita, esperava que ele colocasse com mal qualificada, ou que nem me desse uma recomendação, mas pelo visto, algo fez ele mudar de ideia.

–Obrigada Senhor Cullen, prometo não decepcionar. – falo meio surpresa que ele me contratou.

Quando já estava próxima a porta para sair, ele diz.

–Só não pode dar um pulo para trás toda vez que você me ver. – meu deus, havia ficado muito vermelha e agora oque eu faço? Ele deve ter pensando que eu estou interessada nele, agora eu devia pelo o menos, me explicar, ou tentar.

–Não é isso Senhor Cullen, é que bom, eu pensei que você era um velho de uns cinquenta anos, com pouco cabelo e uma enorme barriga. – eu terminei de falar agradecida por não ter gaguejado, e logo em seguida me dei conta da besteira que havia feito, eu mal comecei no emprego e já vou ser demitida, ele me olhava com um olhar ilegível e seu rosto demonstrava feições como se ele estivesse se segurando muito para não rir. Então não deu outra, ele estourou em uma gargalhada, ótimo, eu nem comecei a trabalhar aqui e ele já riu duas vezes de mim, eu abaixo a cabeça tentando esconder o tanto que meu rosto esta enrubescido.

–Vejo que vou me divertir muito com você trabalhando aqui Senhorita Swan. – diz ele claramente zombando da minha cara.

Coro altos tons de vermelho, quando vejo ele rindo, novamente da minha cara, melhor eu sair daqui logo, antes que ele repense a ideia de me contratar.

–Então eu vou indo Senhor Cullen, ate amanha. – disse e quase sai correndo dali.

Meu deus, pelo o menos eu consegui o emprego, sai da sala e entrei no elevador.

Tinha um homem aparentemente nervoso com alguma ocasião, e do jeito que ele estava vermelho as coisas só deveriam estar ficando cada vez piores, ele não aparentava estar com um humor muito bom agora.

Ouvi toda a ligação com um sorriso no rosto tentando ao máximo segurar minha risada com o quão ridículo aquilo soava. -vou dizer a Tânia que amo pela primeira vez hoje a noite. Deu um pausa e logo em seguida falou. -sim eu sei, eu me sinto diferente com ela, meu coração dispara, sinto frio na barriga e não sei como agir perto dela.Isso tinha sido uma das coisas mais tolas que havia escutado não consegui me segurar, explodi numa estrondosa gargalhada.

–alguma graça Senhorita...?

–Swan.O que você quer mais?Passarinhos cantando quando você a beijar pela primeira vez? -eu disse com um sorriso debochado.

–Aposto que é uma encalhada, que não tem ninguém a mais de um ano. - disse me olhando com um olhar como se fosse superior.

–Realmente sou uma grande encalhada, fiquei para a titia fazer o que.- disse lhe olhando com ironia, ele não era velho, mas, agia como um, ele era muito bonito agora que havia reparado ombros largos não muito musculoso, musculoso na medida certa, olhos verdes, cabelo levemente bagunçado, e maxilar marcado, mas esse jeito romântico desqualificava o homem.

Ele me observava com uma sobrancelha arqueada e eu começava a me perguntar o motivo daquele elevador estar aparentemente parado.