E o Amargo Vira Doce escrita por Iulia


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo tá um pouco broxa, mas não tá tão ruim, pq eu tenho amor próprio e a coisa não é bagunçada assim. Eu descobri que tenho umas teses lokas com relação ao 2 e toda essa treta eterna que há lá e as coloquei no capítulo seguinte, então o outro vai estar mais coi' de gente, com aquelas coisas que acontecem no livro e tals. Eu escrevi esse assim mais porque eu estava com sdds de fazer romancezinho tosco. E eu não consegui o dividir antes pra ficar menor, então é realmente uma pena, queridos.



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Voltar pra casa é estranho. Enquanto sobrevoamos o 2, sou tomada por uma série de lembranças que eu sequer sabia que possuía. A vez que um cara louco da Estação me beijou. As ocorrências de brigas nas quais os amigos de Cato sempre estavam envolvidos. Muitas coisas sobre a parte normal da minha vida.

Enobaria imediatamente é eleita para passar a maior parte do tempo na sala de reuniões com Lyme, quebrando suas cabeças com tentativas de tomar a Montanha, apelidada de Noz por ninguém mais que Katniss Everdeen, desde que ela falou qualquer coisa sobre “uma noz difícil de se quebrar”. Desnecessário. Nem do 2 ela é para inventar apelidinhos como se fosse de casa. Depois eles mandam mais gente pra tentar ajudar. Os “cérebros”. Gale vem junto.

Enfim, não importa. Eles sempre chamam Cato e eu também, mas na maioria das vezes estamos simplesmente olhando o 2 de qualquer ponto alto ou nos embrenhando nas florestas pra lançarmos facas e arranhar árvores com a espada. Entenda isso como: Eu lanço facas e Cato arranha as árvores com a espada.

Quando aparecemos nas reuniões, Gale se mostra um tanto desconfortável, mas sempre ativo nas ideias e nas adaptações de armadilhas que ele usava para capturar cães selvagens para seres humanos. Não sei como ainda tentam fingir que nós somos os sádicos da hitória quando somos jogados contra Gale e seus planos mirabolantes.

Prefiro visitar os feridos, mesmo que tenha que dividir essa tarefa com Katniss. Cato não gosta de doença, então fica no acampamento, hostilizando com Gale e debatendo sobre mais tentativas de posse da Montanha fadadas ao fracasso. Ele sempre agarra meus ombros e me faz prometer que vou voltar viva, fazendo de tudo isso um ritual constrangedor. Eu sempre rio. Ele também, mas continua fazendo.

As pessoas têm reações confusas ao nos ver, Katniss e eu. Alguns deles enrugam o nariz pra mim, por toda a burrada que eu fiz, mas amenizam o olhar quando eu peço desculpas e digo que eu não queria que as coisas tomassem esse rumo. Que eu só queria que o Snow pagasse por tudo que ele fazia com a gente. Que isso nunca era pra cair nos ombros deles.

Quando elas são mais pobres e têm parentes nas minas, tudo fica bem, porque eles entendem e tem um pé na indignação, por conta de todos os abusos que o pessoal que trabalha lá reconhecidamente sofria. A coisa é quando alguém da família tornou-se Pacificador. Eles não sabem o porquê, não entendem pra quê a guerra se tudo estava bem. É quando Katniss entra, contando sobre as crueldades do 12 e do resto da Panem pobre e indigna que é maioria.

Às vezes eles nos idolatram e eu saio com meu coração partido por não ter tentado vir pra cá antes. Acho que eles estão me gravando enquanto estou sentada em uma cadeira ao lado da cama de um antigo treinador da Estação, em sua estranhamente humilde casa, na aldeia dos Pacificadores. Ele acabou de dormir, depois de falar de como eu era uma rara exceção da qual ele se orgulhava. Ele já é idoso, mesmo que parrudo e musculoso, e foi atingido por uma bala na panturrilha que causou uma amputação. Pediu pra me ver. Eu não sei se devo, mas passei a mão pelos seus cabelos despenteados e cinzentos quando ele dormiu.

Nunca saí mais quebrada de uma visita.

Lyme deve gostar um pouco de Cato e de mim, porque nos dá um compartimento só nosso. Eu sempre durmo aqui, mas nessa noite em particular, fico refletindo sobre o que eu deveria fazer versus o que eu estou realmente fazendo. Sou obrigada a tomar uma decisão, então acordo Cato, debruçado quase no fim da cama, com os braços caídos, o sacudindo.

– Ei. Pode abrir os olhos só um pouco? É rápido – sussurro, o sacudindo mais um pouco. Cato suspira e ergue as sobrancelhas como se estivesse se convencendo a ter paciência.

– Não faz nem meia hora que a gente deitou, Clove. Isso não pode esperar até amanhã? – ele balbucia, esfregando os olhos.

– Sinto muito, não pode. Ou eu vou pensar em alguma outra possibilidade. E eu não posso fazer isso.

– O que é? – finalmente ele se senta, erguendo as sobrancelhas. – Tenho certeza de que isso podia esperar – Cato pareceu concluir, quando se passam uns segundos e eu ainda não me decidi sobre qual é o jeito certo de fazer isso.

– Eu sei que eu tinha falado antes que eu ia tentar ficar viva e dentro do 13.

– É, e você ainda vai fazer isso. – Ele fala imediatamente, em um tom autoritário.

– Cato. Você não entende. Eu não estou dizendo que vou sair e me matar, mas eu preciso fazer alguma coisa. O Snow acabou com o 2, também. Ou melhor, o 2 sempre foi o mais acabado de todos.

– E o que vai vingar o 2? Você se matar, é?

– Eu quero ir pra Capital.

– Já tem gente demais querendo matar o Snow, Clove.

– Mais uma não vai fazer diferença, então.

– Nada do que eu te disse fez efeito? – ele pergunta, parecendo decepcionado.

– Fez. É exatamente por isso, você precisa entender. O Snow acabou com a vida de todo mundo aqui, ele queria te vender! Cato, olha só no que ele transformou a gente.

– Eu entendo, eu juro que entendo – ele fala, se sentando direito, de frente pra mim. – Mas é isso que o Snow quer, ter um de nós nas mãos dele. É você que não entende o que está falando com essa coisa de ir pra Capital quando o presidente está só te esperando. Confia em mim, Clove, ele está guardando alguma coisa pra gente.

– Eu confio. Mas não dá. Todo mundo está cobrando, todo mundo achou que a gente estaria fazendo alguma coisa além de ignorar tudo isso. Só que a gente não faz. Nós simplesmente ficamos ignorando nossas programações, dormindo nas reuniões, rindo de todas as outras pessoas quando elas estavam esperando que a gente fosse liderar elas!

Cato se encosta na cabeceira da cama, encarando a frente como se simplesmente não quisesse me ouvir.

– Você sabe que não tem mais jeito. A gente colocou aquelas amoras na boca junto com eles, Panem toda viu. Não se trata só do Snow. A gente deve isso ao pessoal de casa, Cato. Depois de toda aquela vergonha que eles passaram quando nós nos envolvemos em todos aqueles escândalos da Capital, não é justo que a gente simplesmente suma porque não quer mais brincar.

Ele abaixa os olhos.

– A gente só pode aceitar isso – sussurro, deitando minha cabeça no seu ombro, no que eu espero soar com um gesto de reconciliação. Quer dizer, Cato ficou o tempo todo desde o começo disso me instruindo a ficar quieta no 13 e eu sempre concordei, lhe dei garantias de que ia fazer isso. Então eu mudo de ideia assim de repente e me dou conta de que talvez – só um talvez – ele saiba como eu fico quando ele sai pra uma missão no 13.

– Eu posso fazer isso pra você. Fazer qualquer coisa lá na Capital pra vingar todo mundo que você quiser.

– Ah, Cato... – me viro e enterro meu rosto no seu ombro. – Eu não posso. Eu preciso ir.

– Eu vou com você.

– Tá bem – falo, porque é mesmo impossível pedir que ele fique. – Mas um de nós tem que voltar vivo pra cuidar da família do outro.

– Eu sei.

– Vamos fazer um trato – ergo minha cabeça de seu ombro. – Se parecer que um de nós vai ser capturado pelo Snow, vamos nos matar.

– Matar? – ele levanta a cabeça bruscamente, como se a palavra soasse estranha.

– Matar.

– Não vou te matar – ele decide, sacudindo a cabeça.

– Bom, eu vou matar você. Não vou passar o resto da minha vida imaginando o que o Snow vai estar fazendo com você. Sabendo que é impossível te resgatar.

– E se não for? E se eu te matar e no fim descobrir que tinha como te salvar?

– Não vai ter, Cato. O máximo vai ser outro bestante estilo Peeta. Você não vai querer alguém programado pra te matar do seu lado de noite.

– Eu não ligo – de repente ele agarra meu rosto. – Eu não ligo. Você não entende nada, tem que ficar aqui.

– Pois deveria ligar. Eu vou ser torturada igual a Johanna e você diz que não liga.

– Eu não posso te matar! Você sabe que eu sempre penso sobre a droga que ia ser se eu tivesse te matado um tempo atrás. Eu fico aliviado porque não o fiz. E você quer voltar com isso?

– Me promete, Cato. – Falo seriamente, ignorando o teatro, quase tirando as mãos dele do meu rosto.

– Você tem que ficar aqui comigo. Eu preciso, Clove, você não pode morrer.

– Eu sei. Sei que você precisa, eu também – digo em tom de praticidade. – Mas você vai parar com isso agora, porque é ridículo. Snow vai me matar se me achar. Me mata antes dele. É só isso. Conto com você, Cato.

Me afasto e finalmente me deito, virada para o outro lado.

Ainda estou acordada quando Cato balbucia: “Eu prometo, Clove.”

*******

No outro dia há uma estranha tensão entre nós, agora que assumimos finalmente que não estamos imunes a guerra. Quando está quase escurecendo, Cato me chama para a floresta pra me ensinar a atirar decentemente. Então vamos, em silêncio quase completo, ele segurando dois revólveres. Vamos para as profundezas da floresta, agora tropeçando em pedregulhos.

– Chega pra lá – ele diz, examinando uma árvore e tomando distância. Recuo uns passos e ele arregala os olhos efusivamente, me mandando afastar mais com a mão. – Olha bem. Você sabe tudo que tem que fazer pra ter mira aceitável.

– Sei – falo tediosamente, me encostando numa árvore.

– Isso é sério, Clove. Você vai ser a primeira a morrer se não souber atirar.

– Eu entendi, faz logo isso – exclamo, torcendo a boca.

– É diferente de jogar facas. Você só vai mirar e apertar um botão, sem fazer esforço nenhum. Além do que você vai precisar pra se manter parada com o coice.

– Cato. Eu sei disso tudo.

– Sabe mesmo? Então vem cá e atira, especialista. Você vai acertar – ele pega uma pedra colorida e desenha uma bolinha tosca no casco da árvore – perfeitamente aqui, graçinha, não ouse errar.

Estalo a língua e caminho até ele, tomando um dos revólveres de sua mão.

– Vai haver uma punição torturante se eu errar, não é mesmo, Cato? – ergo uma sobrancelha e sorrio. – Seria uma pena se eu não errasse.

O empurro levemente e me posiciono conforme meu pai me ensinou um tempo atrás, firmando bem meus pés no chão. Então eu disparo e para perfeitamente no meio do alvo.

– É – ele diz, erguendo as sobrancelhas. – Você sabe o que está fazendo.

– Eu sempre sei, Cato – ergo as sobrancelhas também. – Por que agora você não me mostra toda sua perícia no assunto?

– Com prazer, querida – ele responde ironicamente, me empurrando com o corpo e se posicionando. Atinge impecavelmente ao lado esquerdo do meu.

– Dá pro gasto – desdenho, dando de ombros.

– Para de bancar a sexy ou eu me apaixono de novo – Cato diz, erguendo as sobrancelhas. Dou uns tapinhas com ar de consolação no seu ombro.

– Você já está apaixonado o suficiente, meu amigo, sem chance.

– Se você diz – ele dá de ombros. – Mas isso ainda não está perfeito.

– Sem exagero – rolo os olhos agora. – Não vai ficar perfeito, eu pratiquei minha vida toda arremesso de faca, não tiro ao alvo.

– Se você quer ser uma perdedora e se contentar com isso, apóio totalmente sua decisão – levanta as mãos e dá de ombros.

– Me ensina, então, Cato – digo. – Já que você sabe o que fazer para deixar tudo perfeito.

– Não levanta tanto o braço ou não vai saber lidar com armas maiores – Cato começa, abaixando meus braços. – Trava mais sua cintura ou não vai suportar o coice se precisar atirar repetidamente – mãos na minha cintura agora. Me viro pra ele, estalando a língua.

– Sem sensualidades, Cato, tira a mão.

– Vai se apaixonar de novo, queridinha?

Ergo uma sobrancelha com ar de incredulidade.

– Não. Não dá mais.

Ele ri e sacode a cabeça. Nós passamos mais um tempo atirando e falando idiotices até um silêncio confortável se instalar. Quando um coelho afobado passa por nós, Cato para de atirar imediatamente e abaixa o revólver, se virando lentamente pra mim. Abaixo o meu também, sem entender muita coisa sobre isso.

– Está vendo? É isso que você está me pedindo pra fazer. Acertar você exatamente do jeito que eu poderia acertar esse coelho.

– Cato – me abaixo e pouso a arma em uma pedra, caminhando até ele. – Eu não gosto disso também. De nada disso. E eu sei que estou te pedindo muita coisa, mas eu não sei o que fazer. É a única ideia que eu tenho, não posso inventar qualquer outra segurança além dessa de saber que o Snow não vai me capturar viva.

Ele apenas sacode a cabeça e ergue as sobrancelhas, como se o que eu estivesse falando fosse irrelevantemente decepcionante.

– Eu não estou pedindo pra você entender ou me apoiar. Eu só estou pedindo que você faça – falo, em tom de desespero. Porque ele não vai fazer e eu estou verdadeiramente desesperada com essa ideia.

– Eu não vou mais discutir com você, Clove. Você sabe todos os meus motivos pra não fazer isso.

– Óbvio que eu sei! – agarro seu braço agora e isso soa quase como uma súplica. – Escuta os meus, então: Você não pode me fazer passar por isso, você não pode dar esse prazer pro Snow.

– Só que isso está errado! Eu não deveria mais machucar você, porque desde os Jogos, o que eu faço é te proteger!

– Eu sei. E eu te amo por isso e por todo o resto. E eu sei que você me ama também, então é a sua obrigação fazer isso.

– Minha obrigação?! Não mesmo, Clove, não mesmo – a hostilidade começa a tecer suas linhas.

– Você não faz isso, você não me protege? Por que você não pode me proteger do Snow, Cato, por que isso é diferente de tudo que você já fez?

– Você sabe por que é.

– Não eu não sei.

– Porque não vai ter volta – ele fala sinistramente, arregalando os olhos, claramente querendo me assustar de um jeito não bom. – E vai ser inútil te proteger se você vai estar morta de qualquer jeito.

– Você acha que só supostamente só vale a pena me proteger se isso puder te favorecer? Você não se importa com o quão mal eu esteja desde que eu esteja com você? Ótimo, Cato, ótimo. Sai daqui agora, vou me balear um pouco. Não apareça hein, mas tudo bem, porque você não liga mesmo se eu continuar viva, não é?! – grito ironizando. Me afasto dele, indo em direção ao coração da floresta como se fosse realmente fazer o que eu estou dizendo.

Cato não fala nada, não faz nada. Então eu fico com mais raiva. Continuo a andar pra dentro da floresta, pra longe de seus olhares de desdém.

Estou completamente perdida se uma luz não entrar nessa cabeça estúpida dele. Ele não vai fazer isso. Não sei por que raios ele não pode simplesmente tentar. Quase imperceptivelmente, indo contra os conceitos do meu psiquiatra, noto de modo surpreso lágrimas correndo pelo meu rosto enquanto ando para não sei onde.

Ouço passos duros e rápidos no chão. Paro e puxo a faca da bota. Se for algum Pacificador, não vai ter tempo de sacar o revólver. Mais um tempo de escuta me faz começar a correr. A outra pessoa corre também, logo atrás de mim, cobrindo facilmente nossa distância com as pernas infinitamente mais longas que as minhas. Percebo que está me alcançando e tento aumentar a velocidade. Mas é inútil.

– Achei você – Cato sussurra, agarrando minha cintura e me parando.

– Me solta – digo, me sacudindo em vão.

– Eu corri até aqui pra te pedir desculpas, é sua obrigação aceitar – ele diz, me girando para frente dele, sorrindo desdenhoso.

– Você me prometeu, Cato.

– Eu sei, faquinha, eu sei – ele fala, me puxando para seu peito. Fecho os olhos e o abraço também, porque não há mais nada que eu possa fazer. Além de matar ele bem aqui agora, mas soa como uma má ideia.

– Eu sinto muito – balbucio, agarrada a ele.

– Eu também. Você estava certa e eu estava errado, então me desculpa.

– Legal – murmuro, sacudindo a cabeça.

– Eu me importo se você se machucar. Eu só estava querendo te assustar. Você podia ter torcido a perna e ter morrido aqui.

– Você me acharia. Você sempre acha.

– É. Tudo bem com você? – ele murmura, tentando me fazer erguer a cabeça de seu peito. Na verdade, eu estou me sentindo uma criança grudenta, considerando as várias vezes que Cato já me soltou e deu uma “sacudidinha sutil” com seus braços, quase gritando “Ok, me solta agora.”

– Não. Eu não estou pronta pra morrer.

– Você não vai precisar morrer, Clover. Isso é só um “e se”.

– Minha vida é uma pilha de “e se”, Cato – chorando mais, me agarrando mais a ele.

– Você está se comportando como se estivesse em um drama capitalesco. Vou voltar a te chamar de pequena pra entrar no clima.

– Não, Cato, para – reclamo, o socando levemente, sem o menor bom humor pra essas brincadeirinhas.

– Baixinha, talvez. Isso é mais atual. Há um tempo atrás eu te chamava assim pra...

– Cato! – outro soco leve. Quando me cansar, puxo esse revólver da cintura dele e vamos ver quem é a “pequena”. Vagabundo. Agora eu estou aqui, praticamente perdida numa droga de floresta no meu distrito, mas que me lembra a dos Jogos. E Cato está aqui também, voltando ao passado com esses apelidinhos ridículos de gente falsa que merece ser desprezada. Ele está pronto para morrer, em suma.

– Anã.

– Para de falar comigo, vou voltar sozinha agora – decido, me desvencilhando e começando a andar.

– Vou voltar com você.

Estalo a língua e paro, franzindo os lábios.

– Sem estresse, anã, eu estou bem aqui atrás – ele continua falando, enquanto eu faço o caminho todo em um silêncio mal-humorado. É um caminho um pouco longo, pra ser sincera. Depois de uns dois minutos de silêncio glorioso e adorável, Cato se vira pra mim sorrindo. – Você sabe por que eu faço isso, não sabe?

– Porque você é idiota.

– Porque você não está mais chorando.


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Notas finais do capítulo

Eu gostaria de dizer que estava errada e que descobri que não é prudente postar um capítulo por mês. Porque decidi que quero acabar isso antes da estréia da primeira parte de A Esperança, pra não ficar perplexa com o que eu escrevi antes de saber como o barato funciona realmente. Enfim. Vou adiantar tudo. Só isso. Desisto de pedir comentários, não quero me decepcionar e quebrar ainda mais meu pobre e sombrio coração. Até o mais breve o possível.



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