Cartas Para Um Anonimo escrita por Bianca


Capítulo 14
A viagem


Notas iniciais do capítulo

Oi, como vão? Meninas, muito obrigada pelos reviews. Eu juro que amo recebe-los! Ah, já estou em casa! u_u chega de roubar wi-fi, chega de observar as rãs, chega de não ter conforto. O capítulo tá legalzinho, eu acho... eu, realmente, espero que vocês gostem! Beijos.



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4 meses depois

Uma difícil despedida. Infelizmente, por mais um motivo de trabalho, ele teria que viajar deixando-a para trás, mas não... ela não ficaria só. Yasmin decidiu ir para o Brasil tirar umas boas férias. Esperar que seu amado, Nicolas, voltasse do seu trabalho na Califórnia.

- Tá tudo bem Nick – segurei minhas lágrimas – nós vamos ficar bem. Não se preocupe com a Luiza e comigo... vamos apenas passar férias no Brasil.

- Eu vou sentir a falta de vocês... – Nick disse passando a mão em minha barriga que já estava grandinha. Eu sorri. – E, além disso, quando você voltar eu ainda estarei na Califórnia – era impossível não deixar uma lágrima sequer escorrer.

- Também vou sentir sua falta, mas agora tenho que ir Nick... meu voo já vai sair – disse olhando para Ana Júlia.

- Desculpa Nick! Mas, realmente, temos que ir – Ana disse abraçando-o. Voltei a olhar para Nick e ele estava se segurando para não chorar. Ele me abraçou forte e então sussurrou:

- Eu te amo Yasmin, vou sentir sua falta. E cuida bem da minha princesinha que está dentro de você...

- Nick, eu também te amo – lhe beijei – cuidarei dela, porque ela é minha vida... – e então disse que tinha que ir.

Acompanhei a Ana Júlia pela sala de embarque do aeroporto de Londres e então entramos no avião, voamos para longe de Londres. Voamos para o Brasil! Enquanto eu treinava meu português sozinha, a Ana me falava sobre as músicas que ela gostava e que a família dela ia adorar me conhecer.

Foi incrível a maneira que nos conhecemos e ficamos amigas. Foi do nada, e olha agora. Somos quase irmãs!

Holly andava meio estranha, disse que precisava de um tempo só para ela, disse que estava cheia dessa vida idiota. E no final... acabou viajando para China. Ela ainda falou que iria virar uma daquelas mulheres que usam aqueles roupões, bom, que ela seja feliz!

Luiza mexeu em minha barriga, me fazendo sorrir. Era tão incrível estar grávida. Sinto que, se eu quisesse viajar – tirar férias –, teria que ser agora, pois quando a Luiza nascer vai ser muito trabalho!

Apesar da euforia e da felicidade, eu estava triste. Eu odiava a forma como os aeroportos me separam do Nick. É sempre assim. Quando estamos bem, ele tem que viajar. Sim, eu admito, só estou indo pro Brasil, porque ele está indo para Los Angeles.

Eu queria estar ao lado dele, queria ir com ele, queria aproveitar cada momento da minha gravidez com ele, mas eu tenho que entender que ele precisa trabalhar. Infelizmente só vou vê-lo daqui a 20 dias.

***

            - Chegamos! – gritei tentando acordar a Ana Júlia. Ela se virou, se acordando. Sorri, sempre quis conhecer o Brasil. Apesar de não saber nada sobre Fortaleza (a cidade onde acabamos de pousar), pelo que a Ana falava a cidade é muito boa. – Ana! Você vai me mostrar cada detalhe desse lugar, né? Ai, sei lá, aqui me parece tão lindo!

- Se acalma! Respira, respira... – ela inspirou e expirou, me fazendo rir. – Claro que vou te mostrar tudo. Só não entendo por que você quis vir pra esse fim de mundo! Podendo ir pra LA junto com o Nick... eu ia adorar ter ido com o Ed.

- Por favor – suspirei – não fala no Ed. Você sabe que a Holly é minha amiga e que ela gosta dele.

- Quer saber? – ela perguntou. – Você não sabe nada da história, a culpada de tudo foi ela. Ela que terminou com ele. Ela que TRAIU ele.

- O quê? – perguntei assustada. Eu só sabia que o namoro dos dois não ia muito bem, mas eles terminaram?

- Moças... o avião já pousou... vamos saindo? – a aeromoça perguntou com uma voz suave. Assentimos e pegamos nossas bolsas. Saímos do avião e paramos no freeshop para comprarmos perfumes brasileiros!

- Ana... – parei-a – eu quero sorvete! Estou de-se-jan-do sorvete, de preferencia Maracujá – ela riu.

- Caramba, há um mês eu perguntei o que você achava dessas mulheres que sentem desejo e você disse que era frescura. Tá mudada, hein?

- Presta atenção... qual é a boa da gravidez se não puder fazer os outros de escravos? Quero sorvete de Maracujá!

- Tudo bem, minha querida Ama – ela riu e se curvou. Caminhamos até um quiosque do McDonald’s. Tudo bem, não era de Maracujá, mas era de chocolate! Peguei o meu e nos sentamos em um banquinho.

- Júlia... você falou que a Holly tinha terminado com o Ed, que história é essa? – perguntei comendo o sorvete e olhando para cada detalhe daquele aeroporto imenso. Era tão lindo e luxuoso.

- Foi.

- Continua Ana Júlia! – ela riu.

- Vamos pra casa? Lá eu te conto o resto e, com essas 14 horas de viajem, eu estou morta! Saímos ontem às 20 horas e já são 10 da manhã! – eu ri. Era verdade eu também estava morta!

Afirmei e a Ana ligou para o pai dela vir nos buscar. Apesar de ela ter o próprio apartamento, queria passar na casa da mãe, avisar que estava namorando – também é novidade para mim, não sei quem é o garoto – e me apresentar para sua família.

O caminho até a casa da mãe dela, que não era muito longe, foi calmo e muito calorento. Caramba, tem cidade mais quente que essa? Ao chegarmos ao apartamento da mãe dela – espera, posso dizer que fiquei de boca aberta? A Ana disse que o apartamento era simples, mas, por favor, né? Isso é o que eu chamo de chique! – o pai dela, que não parava de falar um segundo, disse que poderíamos subir.

Tentei ajudar o Seu Roberto com minhas malas, mas a Ana me proibiu. Disse que eu não podia fazer esforço, pois estava grávida. Brinquei com ela dizendo que minha melhor amiga era médica. Depois que subimos, e depois da mãe dela me sufocar de tantos beijos e abraços, eu consegui, enfim, tomar um banho e me deitar um pouco antes de irmos para a casa da Júlia.

Ela entrou no meu quarto e sentou na beirada da minha cama.

- Você vai dormir? Ou quer ir à praia? – Ana perguntou. Pelo que eu pesquisei na internet, as praias do Ceará eram as mais lindas. Fiquei indecisa.

- Ai Aninha... eu quero ir à praia, mas eu estou morta de cansada! Você bem que poderia ligar a TV e me contar a história da Holly, né? – falei dando uma leve risada. Ela seguiu até uma mesinha e pegou o controle do ar-condicionado e ligou-o e depois fez o mesmo com a TV.

- Tudo bem... não quero te colocar contra ela, mas é 100% verdade – ri da cara dela e ela continuou. – Então, sabe que eu sempre fui fã do Ed e dos meninos, sempre amei a banda deles, e eu os conheci através de você, né? – afirmei – Eu, particularmente, fiquei muito amiga do Ed e a Holly não entendeu que era só amizade, disse que estávamos namorando e enlouqueceu. Disse que ia terminar com ele que não aguentava ser traída e ai, uma noite eu e o Ed saímos junto com a Dana e o James e vimos ela beijando um garoto qualquer! Tudo bem, o garoto era lindo e pelo que vi, quando ela saiu da pub, tinha um carrão. Caramba, se você tivesse visto a tristeza do Ed, você choraria! Tadinho. Bom, só sei que ele me pegou de um jeito e me beijou na frente dela. Eu fiquei “p” da vida, mas eu já não podia fazer nada... ele já tinha roubado meu coração – ri do jeito que ela colocou a mão no peito. – Acabou que eles terminaram. E eu me afastei dele, pois não queria confusão, mas aí, segundo suas palavras, ele sentia minha falta e percebeu que preferia minha companhia a da Holly. Ai depois de uns dias juntos ele me pediu em namoro. Estou realizada! Ele é perfeito, maravilhoso, lindo, fofo, meigo, romântico, a voz rouca dele sussurrando em meu ouvido, os olhos verdes olhando em meus olhos...

- Então ele é o seu namorado??? – perguntei surpresa. Nunca imaginei o Ed e a Ana juntos.

- Sim... não sabia? Pensei que você tivesse notado que eu estava sempre na casa dos meninos, sempre ao lado do Ed... e que a Holly estava completamente afastada e estranha quando encontrava você. Ela o traiu...

- Nossa! Nunca pensei que a Holly fosse capaz disso. Não, pera. Como apaga essa frase? Ela é capaz sim, muito capaz! Argh. Só pensei que ela tivesse mudada.

- Pois é querida, as pessoas são estranhas.

- Yas e bebezinha da mamãe... – dona Maria entrou no quarto de hospede, onde eu estava – vocês querem comer?

- Mãe... não me chama de bebê! Eu tenho 22 anos! Quer saber? Vamos pra minha casa Yas! – eu gargalhei e assenti. Eu sabia perfeitamente como era ter uma mãe coruja. Mas, ao contrário da minha mãe – que me teve jovem de mais –, dona Maria teve a Ana já com 34 anos. E depois da morte da irmã da Ana Júlia, ela ficou muito protetora com a Ana...

 Arrumei minhas coisas e então segui para a garagem do prédio da mãe da Ana Júlia. Depois de passarmos no McDonald’s – almoçamos lá – fomos para a casa da Júlia, que também era linda. E para uma médica recém-formada, era muito chique.

Percebi que os chutes da Luiza aumentavam cada vez mais, e eu ficava feliz com isso. Depois de me arrumar em meu quarto, segui para a varanda da sala, que nos dava uma visão linda para a praia, se não me engano era a Beira Mar.

Era lindo. Nunca pensei que fosse tão bonito. A vista era dos barcos e cruzeiros saindo para outras praias. Só queria que o Nick estivesse comigo, estaria tudo completo.


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Mereço reviews? Ok.
Sejam sinceras nesse caso: minha mãe sempre me vê escrevendo (tenho um caderninho onde eu escrevo minhas histórias, crônicas, poemas, etc...) e ela falou assim para minha tia: - "A Bia tá escrevendo um livro. Eu acho que, se ela quiser, eu posso ir atrás de algumas editoras para transformar esse sonho em realidade..." Eu fiquei sem reação. Eu realmente não sei se tenho talento, apesar de querer muito! A única coisa que eu disse foi: - "Eu sou muito nova para isso... mas podemos ver." Vocês acham que eu devo aceitar a proposta e escrever um livro? Mas, seriamente, não sei se devo. Eu, apesar de não parecer, sou bem tímida e não conto muita coisa pra minha mãe e pro meu pai. Eu simplesmente só escrevo. Nunca mostrei nenhum texto para eles, e tenho receio de mostrar e eles brigarem e realmente dizerem que sou muito nova pra escrever romances e coisas sobre "...". Enfim, deem sua opinião sobre isso. Eu não sei se Cartas para um Anonimo seria um bom livro... espero ansiosamente. Beijos :*