Destino escrita por mcorreia


Capítulo 17
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!
Obrigada por favoritarem minha história ^^. Vocês são demais!
Boa Leitura!
2Beijos



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Cassie

Acordei animada, e nem a tradicional topada na quina da cama foi capaz de tirar o sorriso besta que estampava meu rosto. Tomei banho lentamente, me deliciando com a água quentinha escorrendo por minha pele. Saí do chuveiro, sequei os cabelos e fui me vestir. Depois de pensar um pouco, me decidi por uma calça jeans clara, e uma blusa de mangas compridas e gola v azul escura.Passei delineador nos olhos e coloquei o hidratante labial no bolso.

Desci animada para a cozinha,dando um beijo estalado em minha avó e mãe.

"Humm,estamos felizes hoje!" comentou minha avó, sorrindo.

"É mesmo. E a quê será que se deve toda essa alegria, hein mãe?" perguntou minha mãe, se servindo do seu sagrado café matinal.

"Não sei, Kate... Será que tem algo haver com um certo rapaz que uma certa moçinha anda conversando até tarde?" perguntou minha avó,em tom de brincadeira, me fazendo revirar os olhos.

"Mas que senhoras mais curiosas!" falei, voltando minha atenção para o prato à minha frente." E como foi ontem no trabalho?"

"Ih, já vi que não quer falar sobre o assunto..." comentou minha mãe.

"Aí tem coisa..." continuou minha avó.

"Ih, já vi que é melhor eu ir..." falei, já me levantando.

"Relaxa, menina." disse minha avó, sorrindo. Ela sabia que eu estava brincando.

"Beijos, minhas lindas. Tenho que estar no colégio cedo hoje!"

Beijei novamente cada uma, e subi para escovar os dentes. O fiz rapidamente, peguei minha bolsa e fui para a casa de Anita, onde ela me esperava para irmos juntas.

Chegando na porta de sua casa, ela já me esperava.

"Hey, Chica!" cumprimentou-me com um abraço.

"Hey, Ani!"cumprimentei-a. "Vamos logo. Preciso chegar cedo!"

"Hum... E eu posso saber por quê??"perguntou, maliciosa.

"Nada, espanhola. Só tenho umas atividades que esqueci." falei,sem contar a verdade. Eu queria ter certeza primeiro, esclarecer as coisas. Eu também estava apaixonada por Ian, mas eu, ainda assim, tinha que ser cuidadosa. Mesmo depois de anos,por culpa fornecedor de 50% dos meus cromossomos, ou simplesmente o cara que forneceu o espermatozóide, ainda não conseguia confiar plenamente nos homens. Minha mãe me deu tudo o que eu precisava, sem nunca deixar uma brecha sequer, mas eu me ressentia dele. Não por mim, mas por ela. Ela era só uma garota, com outra crescendo dentro de si. Se meus avós não tivessem a ajudado, talvez, hoje, nossas vidas fossem completamente diferentes. Talvez nem tivéssemos sobrevivido, pois a gravidez foi de risco e o apoio dos meus avós, principalmente da D. Elise, foi essencial. Eu devia minha vida a eles. E cresci sem um pai. Sem uma presença masculina. E me tornar, tão de repente, tão dependente, psicologicamente, de um, me assustava demais.

Despedi-me de Anita, que foi para o ginásio, e fui para biblioteca, onde combinamos de nos encontrar. Ele já me esperava no local, e lutei bravamente contra a necessidade que tinha de abraçá-lo, limitando-me a pegar em sua mão.

"Oi." disse, sorrindo bobamente.

"Oi, minha linda." ele disse

"Humm, já estamos na fase dos pronomes possessivos?" perguntei com tom de brincadeira.

"Com certeza! Minha. Toda minha!" ele disse, acariciando minha mão para logo depois levá-la aos lábios.

"Tá bom, então!" falei. "E a nossa conversa?"

"Sou todo ouvidos."

"Ian..." comecei, em um tom mais sério. "Eu realmente gosto de você. Mas eu não sei lidar com isso." confessei, fazendo-o arquear a sobrancelha em um questionamento mudo.

"Eu nunca havia me apaixonado. E isso me deixa nervosa, inquieta." expliquei.

"Ah. Eu entendo." disse.

“Eu tenho muitos medos, e não quero te magoar. Além de quê, minha experiência com relacionamentos não é algo em que eu possa me basear.” Falei, sentindo minhas bochechas esquentarem. Ele afagou meu rosto e sorriu.

“Imagino como deve ser complicado para você, e eu realmente entendo o que quer dizer.” Começou. "Mas eu te prometo que podemos fazer isso dar certo. Eu só preciso que confie em mim. Você pode fazer isso?" ele pediu, me olhando intensamente.

Seu pedido era complicado. Eu sempre tive dificuldades em confiar nas pessoas. E era isso que mais me assustava, pois, mesmo conhecendo-o a cerca de 5 meses, eu confiava nele. Inteiramente. Algo dentro de mim me dizia que eu poderia confiar minha vida a ele. E por quê não confiar-lhe meu coração?

Suspirei, e apertando seus dedos entre os meus, respondi: "Posso." mas também pedi: "Só peço, que nunca, nunca minta para mim. Por favor."

Ele suspirou pesadamente, apertou minhas mãos nas suas e disse: "Eu prometo."

Sorri de lado. Conversamos mais um pouco, pelo menos até a Sra. Morley nos expulsar quase a pontapés da biblioteca vazia, ordenando que fôssemos para nossas salas.

Ian levou-me à aula de Inglês, e despedimo-nos com um beijo, o que me deixou corada, deixando Anita curiosa enquanto sentava-me ao seu lado.

"Você tem 5 segundos para começar a contar, se não eu vou começar a te beliscar. Com as unhas..." ameaçou Anita, olhando-me malignamente.

"Ani...-" comecei,mas fui interrompida por sua contagem regressiva, indicando que ela realmente iria me atacar no meio da aula. E eu bem sabia dos danos e da sensação deixados pelas garras de minha querida melhor amiga.

"Ok. Ok. Vou falar, mas prometa que vai se controlar." pedi, mesmo sabendo que seria inútil. Conhecia aquela espanhola descontrolada há 2 anos e sabia, perfeitamente, que pedir para ela se controlar era como pedir a um peixe para parar de nadar.

"Prometo, prometo." ela respondeu cruzando os dedinhos em cruz e beijando, em sinal de promessa, me fazendo revirar os olhos.

"Certo." suspirei e escrevi no canto do caderno em letras pequenas: "Eu e Ian. Estamos juntos."

Empurrei o caderno em sua direção e ao ler a informação ela soltou um de seus gritinhos histéricos.

"Algum problema Srta. Hernandez?" perguntou a Sra. Pierce, claramente irritada, batendo sua régua na palma da mão, ameaçadora.

"Nada não, Sra. Pierce, é que eu senti uma coisa esquisita em minha perna e pensei ser um bicho." disse Anita, com sua desculpa esfarrapada, e logo em seguida deu um de seus sorrisos brilhantes, fazendo a professora franzir os lábios e voltar sua atenção ao quadro.

Anita rabiscou furiosamente em seu caderno e logo o passou para mim.

"O quê? Explica isso direito! Como? Quando? Aaaah, estou tão feliz!!" conseguia ouvir sua voz em sua mente, gritando, animada, me fazendo rir.

"Nós estamos namorando, Ani. Mas o resto eu te explico depois, por quê a Sra. Odeio-os-adolescentes-hormonais-a-quem-sou-obrigada-a-aturar está prestes a nos matar." escrevi, passei o caderno para ela e indiquei a Sra. Pierce que nos lançava um olhar fulminante.

Sabendo que aquela era a minha última palavra, ela se convenceu e se espalhou na cadeira, emburrada como uma criancinha.


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