“Acho que você precisa de uma arma. Afinal, terá de matar zumbis de algum jeito.” Disse Ghe, enquanto ele estavam descansando na Taverna.

“Você tem armas aqui?” Perguntou Lila.
“Não exatamente” Falou Ghe. “Eu uso um guarda-chuva. A ponta dele é bem afiada, e ele é relativamente pesado,  o que torna os golpes fortes. O que caberia bem pra você usar...” Pensou.

Ghe olhou para alguns objetos que haviam em volta, e teve uma ideia. Pegou um navio na garrafa que ficava pendurado na parede e quebrou com um baque na mesa. Retirou o navio e pegou a parte intacta da garrafa, e a amarrou com um barbante a um taco de hockey.

“Pega ai!” Disse Ghe, jogando pra Lila, que segurou assustada.

“Uma garrafa quebrada amarrada a um taco de hockey? Sério mesmo?” Disse Lila, num tom irônico.
“Genial, né? Além de ser cortante na ponta, dá golpes de longa distância. E esse taco é resistente. Fiz um trabalho muito bom ai.” Gabou-se Ghe. “Enfim, vamos procurar mais sobreviventes.”

Saíram e foram até a casinha da mina. No caminho mataram alguns zumbis, mas nada muito relevante pra eu entrar em detalhes aqui. Colheram alguns vegetais da horta ao lado da casinha, que por sorte, não tinham sido tocados ou mordidos por zumbis, e que foram guardados com sagacidade debaixo do chapéu de Ghe. Foi quando ouviram um grito vindo lá de dentro, seguido de sons de algumas cabeças se espatifando.

Ghe e Lila entraram silenciosamente para investigar, sob a luminosidade de uma lanterna que Ghe havia encontrado no caminho. Dentro da Mina, nada. Acharam que poderia ser arriscado entrar na área aonde costumava a funcionar o Surfe na Caçamba, pois era um túnel longo com apenas duas saídas e mais escuro que o ambiente aonde estavam. Ouviram outro grito, que vinha da área de mineração. Chegaram lá. Por azar, haviam três zumbis, que mataram sem grande dificuldade pois esses estavam parcialmente enterrados na área de mineração. Um novo grito foi ouvido, vindo do Lago Secreto, aonde Ghe e Lila finalmente encontraram o dono dos gritos.

Tratava-se de um pinguim amarelo de camisa listrada de vermelho e branco e com uma touca preta. Usava um cordão com um apito no pescoço. Estava rodeado de zumbis, e ia matando-os desajeitada e precariamente com um taco de beisebol, mas estava ficando cada vez mais encurralado. Por sorte, Ghe e Lila o ajudaram.

“Obrigado, pessoal...” Disse o Pinguim. “Meu nome é Justin, quem são vocês?”
“Ghe e Lila” Falou Ghe. “Uns amigos de passagem, e digamos, os únicos pinguins vivos no momento, além de você.”

“E o que está acontecendo? Vocês viram isso? Tem zumbis em todo o lugar.”
“Nem me fale...” Disse Lila.

“Ei!” Exclamou Ghe. “Você tem comida?”

Justin segurou um peixe que estava ali no canto.

“Bem, tem esse peixe aqui e...”
Ghe rapidamente passou o chapéu e pegou o peixe, colocando-o de volta na cabeça.

“É pro grupo.”, Justificou.

“Esse cara é meio maluco, não?” Questionou Justin.

“É, ele costuma fazer isso...” Disse Lila, que já estava acostumada com Ghe e sua mania de colocar comida no chapéu.

“Estamos nos abrigando em meu antigo bar”, Explicou Ghe. “Quer se juntar a nosso grupo?”.

“É, acho que é isso ou morrer... eu topo me juntar a vocês.” Disse Justin.

Saíram da Casinha da Mina e montaram um pequeno acampamento com os materiais disponíveis. Não era bem um acampamento, na verdade. Era só uma fogueira feita com uns pedaços da parede da casinha que Justin havia arrancado, que foram acesos com um isqueiro achado por Lila no corpo de um zumbi. Eles assaram o peixe e dividiram entre si, já era de noite e todos ali já estavam sem comer a um bom tempo. Guardaram as verduras que Ghe e Lila haviam colhido mais cedo para quem sabe comer no dia seguinte. E ali, em volta da fogueira, passaram a noite.

Na manhã seguinte, eles acordaram assustados repentinamente com o barulho de uma horda de zumbis chegando. Pegaram suas armas e prepararam-se. Levou aproximadamente meia hora pra eles acabarem com a horda. Mas o que aconteceu, foi que Ghe reparou um detalhe excepcional em um zumbi que ele havia matado. Ele usava um casaco, e parte do que parecia ser uma carta estava saindo de um dos bolsos. Depois que eles terminaram com a horda, Ghe voltou sua atenção para o corpo daquele zumbi e pegou a carta para ler. A carta dizia:

“Estou escrevendo essa carta para todos os membos da Equipe da Resistência do Rinque. É apenas um aviso para lembrar a vocês de sua perigosa missão ai fora: Procurar alimentos e novos sobreviventes. Boa sorte a todos.

Aamelo.”

“Olhem só isso...” Disse Ghe. “Vamos voltar à Taverna e buscar nossas coisas. Depois, vamos partir rumo ao Rinque pra procurar esse tal Aamelo e a Resistência dele.”

E assim fizeram. Pegaram toda a comida e bebida que tinham e dividiram entre 3 mochilas e um chapéu do Ghe, trancaram a tábuas a porta da Taverna e seguiram, com armas em punho, o perigoso caminho até o Rinque.

Após chegarem no Forte Nevado e matarem os Zumbis que estavam lá, eles olharam adiante, aonde estava o Rinque. Mas o Rinque estava bem diferente do que costumava a ser.

“Caramba...” Disse Justin, admirado e assustado ao mesmo tempo.