Um Novo Amor... escrita por juleixo
Notas iniciais do capítulo
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Mas antes eu fui fuxicar a casa é claro! Quando cheguei na
cozinha encontrei ninguém menos que a mãe do Luke. Eu não conhecia ela, mas ela
era idêntica a ele. Cabelos castanhos claros, nariz igual ao do Luke e os
mesmos olhos verdes penetrantes. Ela tomava café. Quando me viu, sorriu e
falou:
–Oi! Deve ser Carollina! Sou Gabriela, mãe de Luke! Luke fala
bastante de você aqui em casa. Senta! Tome café comigo!
–Não quero incomodar!
–Claro que não! Sente-se.
Sentei na frente e perguntei:
–Luke fala de mim?
–Hum... Já descobri que é curiosa! Fala e muito! No dia que
conheceu você ele chegou e não falava de outra coisa! Caroll pra cá, Caroll pra
lá! Sabia que ele ia tentar te beijar! Quando disse pra mim que ia te levar ao
sitio eu até me assustei!
Sorri e falei:
–Luke realmente gosta de mim... Eu também gosto muito dele.
–Menina, aonde vai assim toda arrumada?
–Eu vou no salão... Precisando repintar minha californiana!
–Ai eu não sei se ficariam bem em mim! Sou louca para fazer!
Verde!
–Olha, vamos na minha cabelereira, ela tem um aplicativo que
tira a sua foto e mostra como vai ficar! Ai você vê se fica feio ou não!
–Sério?
–Claro! Vamos?
–Ok, mas temos que...
–Já deixei um recadinho pro Luke.
–Ah, então vamos!
Fomos, quando chegamos lá ela decidiu que ia pintar! Eu
repintei as minhas e ficou assim:
Gostaram? Bom, voltamos para casa do Luke. Quando chegamos
estávamos falando de moda e falando de atrizes que tinham ido com roupas
horríveis e rindo. Luke abriu a boca e deixou seu telefone cair no colo quando
nos viu chegando juntas na sala rindo. Ele olhou para aquilo surpreso. Gabriela
sentou no sofá em frente a gente e eu sentei ao lado de Luke. Dei um beijo na
bochecha dele e falei:
–Surpreso com o que?
–Número 1- vocês duas juntas rindo como se fossem amigas.
Gabriela: Não posso ser amiga da sua namorada? Fiquei sabendo
hein... Pedir na frente de todo mundo... Corajoso...
Ele olhou para mim zangado:
–Você contou para ela?
–Qual o problema?
Gabriela: Iiiih... Estou saindo...
Ela saiu da sala:
Luke: Eu não conto nada pra ela! Ela não sabe de nada da minha
vida.
Fiz uma vozinha imitando ele:
–A Carollina é linda, simpática e não é patricinha mãe, a
garota perfeita! Como eu não conheci essa garota antes?
–Caroll! Essa foi a minha última tentativa de dividir algo com
a minha mãe, mas eu me arrependi! Ela sempre acaba com tudo! Meu último namoro
acabou por causa dela!
Ele saiu irritado da sala. Suspirei fundo e fui até o quarto
dele. Tentei entrar, estava trancada. Bati e ele gritou:
–Não quero falar com você!
–Ok, pelo menos deixa eu pegar as minhas coisas, vou ficar com
a minha irmã, já que a gente não vai curtir nosso tempo junto.
Óbvio que não era para isso, ele caiu que nem um patinho. Ele
abriu a porta, eu entrei e sentei na cama dele e falei:
–Ótimo, agora me fala o que foi o motivo daquele histerismo.
–Me enganou... Deixa de ser idiota Luke, estava tão na cara...
–Vai falar ou eu vou ter que ir pra casa do meu pai, te largar
aqui depressivo e fazer você ir lá e me contar tudo?
–Você não sabe se eu vou ou não!
–Ok, se você quer descobrir...
Levantei e comecei a fechar a minha mochila, ele me puxou
bruscamente e me jogou na cama praticamente. Eu sorri e falei:
–Então você sabe que você iria.
–Não disse isso.
–Quase isso.
–Caroll, você tem que entender, eu não conto nada para a minha
mãe por que ela adora se intrometer. Desde que eu era pequeno eu notava isso.
Odeio quando ela se mete, então eu finjo que não tenho vida social na frente
dela.
–Eu sou sua namorada Luke. Eu quero conhecer sua mãe! Sou
namorada Luke e não amiga. Também quero que conheça meus pais... E se você
puder, também quero que se torne amigo do meu pai.
–Caroll, seus pais e meus pais são diferentes!
–Cara, meus pais se intrometem tanto quanto os seus! Isso é
coisa de pai! Qual o problema? Quando tiver um filho vai ser a mesma coisa,
você vai tentar fazer ele falar e ele não vai querer falar por que ele também
vai achar que você se intromete! Não é assim quando o Vailor esconde algo de
você? Não foi assim quando você e a Kavine estavam brigando por minha causa e
eu chamei o Vailor?
–Foi...
–Então! Ela se intromete por que ela te ama... É muito mais do
que eu tenho Luke. Eu tenho uma irmã e tenho que dividir meus pais com ela! Você
tem pais separados e ambos querem sua companhia sempre! O meu pai não quer
revezar, um fim de semana meu e um da Melissa. Ele fala que não iria aguentar!
Ele fala que precisa de paz! Acredita nisso? Minha mãe se intromete muito mais
que a sua mãe! Ela chega a ser grudenta sabe?
–Sim.
–Minha mãe! E eu amo aquela coisa grudenta e conto tudo pra
ela, apesar de 85% das vezes ela discordar da minha opinião, eu conto tudo para
ela! Eu gosto que meus pais se sintam envolvidos na minha vida! Meu pai nem
sabe qual a minha cor preferida! Minha mãe sabe até que roupa que eu quero pra
a festa tal, sendo que eu nem falei pra ela!
–Uau...
–Eu gosto... Você deveria gostar... Eu sinto que eles podem me
surpreender a qualquer momento sabe? Sinto que eles podem realizar sonhos que
eu nem mesmo lembro que eu tinha... Sinto que eu posso esperar qualquer coisa
deles...
Luke sentou do meu lado:
–Caroll, por você eu vou tentar ter uma relação amigável com
os meus pais.
–Não, eu não quero que faça isso, eu só quero que deixe eu
contar as coisas pra sua mãe. Se não quiser ter uma relação boa com os seus
pais não precisa, só quero que me deixe ter uma relação boa com eles.
–Ok. Mesmo assim eu vou tentar.
–Ok.
Nos beijamos. Arrumamos poucas roupas e falamos para a mãe do
Luke que íamos sair. Fomos para o sitio e lá nos teletransportamos. Como Luke
estava ocupado de mais falando comigo ele foi parar no salão da Hope. Eu ri
demais e falei:
–Oi Hope.
–Oi Caroll. O que...?
–Luke não estava prestando atenção no que fazia, como sempre.
–Ah... Suspeitei.
–Cadê a Kavin...
Kavine: Aqui!
Me virei, ela tinha acabado de entrar, Jay estava do lado
dela, quando me viu correu, sorri e me ajoelhei, já que ainda era pequena. Ela
pulou em mim e quase caímos, olhei pra ela:
–Saudade.
–Você está namorando não é sua safada?
Comecei a rir:
–É proibido?
–Não.
Levantei e fiz um carinho na cabeça dela. Ninguém tinha ouvido
nada, então Luke virou:
–O que ela falou de engraçado?
Cheguei no ouvido dele e falei:
–Pode contar que estamos namorando?
Ele me olhou com uma cara de: não sei... Eu ri e falei:
–Ela falou que eu estou namorando e me chamou de safada. Por
isso eu ri.
Kavine: Quem é o felizardo?
Luke corou na hora e abaixou a cabeça. Hope logo falou, falou
não desculpa, gritou:
–O LUKE? AAAAAAANW QUE CASAL MAIS LINDO MEU DEUS! ADOREEEEEEI!
Eu e Kavine começamos a rir:
Kavine: Como ele pediu?
Luke: Não conta!
–Ok, eu não vou contar que você pediu no Baile na frente de
todo mundo e ainda me deu um anel e minha flor favorita.
Nessa hora o Luke ficou parecendo um pimentão de tão
envergonhado que estava.
Hope/Kavine: AAAAAAAAAAANW QUE LINDO!
Eu comecei a rir da reação de Luke e ele falou:
–Te espero na arena ok?
Subiu no Vailor e foi embora. Achei estranho. Olhei pra Jay:
–Vá discretamente e descubra o que aconteceu por favor. Ele
tem mania de falar alto quando está nervoso.
–Ok.
Ela saiu. Cheguei e sentei na mesa da Hope. Eu estava passando
um bom tempo lá, então eu já tomava algumas liberdades que ninguém tomava, já
que Hope virou, além de minha rainha, já que havia me comprometido com ela,
minha melhor amiga, assim também como Kavine. A elfa linda que estava
conversando com a gente. Nunca tive coragem de perguntar quantos anos tinha...
Kavine sentou na cadeira ao meu lado e falou:
–Caroll, se eu fosse você eu ia ver meu namorado.
–Ainda não Kavine, já brigamos hoje, se ele está triste comigo
esperarei ele esfriar a cabeça. Não quero brigar com ele uma segunda vez só
hoje... Ainda mais que, eu preciso treinar espadas e com ele assim eu não
treino com ele nunca...
Hope: O que houve entre vocês?
–Ah, o Luke não tem uma boa relação com os pais, e eu fiquei
super amiga da mãe dele e contei algumas coisas que ele achava que não deveria
contar, pois acha que a mãe vai se intrometer.
Kavine: Mas mãe é assim.
–Exatamente o que eu disse pra ele. Ai eu fiz ele ver que é
assim, mas eu ainda não sei se ele realmente pegou, ou se só não queria
brigar...
Hope: mesmo assim Caroll, vai lá.
–Ok...
Levantei e pela mente contatei Vailor. Ele falou que estavam
no mesmo lugar onde eu havia descoberto o nome de Jay, fui andando até lá, Luke
dormia calmamente, sorri e deitei ao seu lado, fazendo um carinho em seu
cabelo. Logo eu dormi com ele. Quando acordei eu estava em uma cama nos altos
de Ginesmér. Nos pontos mais altos só haviam lugares para dragões e seus
cavaleiros. Percebi que Luke estava ao meu lado. Virei e ele dormia. Fiz um
carinho no rosto dele e dei um selinho nele, que acordou. Ele me olhou:
–Oi.
–Oi. Está bravo comigo?
–Não, eu só saí de lá por que estava com vergonha mesmo...
Acabei esboçando raiva nér... Desculpa amor.
–Não se preocupa, eu também faço isso.
–Vamos passar as férias aqui e dormir nesse quarto.
–É? Mas é muito alto...
–O que que tem?
–Na... Nada...
–Caroll, você tem medo de altura?
–Um pouco.
–Caroll, você adora voar no Vailor.
–É que eu confio nele. Sei que nunca me derrubaria.
–Não precisa ter medo de altura. Eu vou estar sempre aqui, se
não for eu, o Vailor ou a Jay.
Nisso eu escuto um rugido e dou um pulo, percebo que veio de
trás e vejo a Jay pulando no Vailor pedindo atenção, mas ela sem querer
machucou ele. Olhei aquilo, comecei a rir muito e falei, ainda rindo:
–Vem cá Jay, eu te dou atenção.
Luke foi curar Vailor enquanto Jay subia na cama e deitava a
cabeça em meu colo. Eu sorri e falei:
–Você tem que controlar suas garras mocinha.
–Eu sei... Mas foi sem querer.
Ela estava se sentindo culpada.
–Não precisava se sentir culpada, só toma cuidado da próxima
vez.
–Ok.
Logo descemos e fomos para a arena. Como eu peguei minha
espada? Eu carrego minha espada para todo lugar. O anel que Luke me deu? Vira
uma espada. A Love. Olha como o anel é lindo:
Quando eu toco duas vezes nele ele vira uma espada perfeita
para meu tamanho e com o peso ideal. Era feita de uma material que eu achei
muito legal. Um cometa tinha caído a alguns anos atrás (tipo uns 120 anos) e
ele continha um tipo diferente de material em seu interior, era azul, como uma
estrela. Mais tarde descobriram que era uma estrela e tentaram tirar, mas era
muito duro, então derreteram. Todas as espadas de cavaleiros tem o mesmo material.
Então eu e Luke temos espadas com o mesmo material. Mas o fato de ele ser um
pouco maior que eu e mais forte sua espada era maior. O que facilitava, já que
espadas muito grandes são muito mais difíceis de manejar. Eu, graças, estava
melhorando no manejo das espadas. Eu dei uma girada na espada e ele falou:
–Nossa que medo.
–Você não vai conseguir me irritar de novo Luke.
Da última vez que a gente lutou eu fui desastre. Eu, quando
irritada eu me perco e faço tudo por instinto e acabo me machucando. Eu tenho
que manter a cabeça sã. Por isso, sempre penso que estou em baixo de uma árvore
lendo. Sempre me ajuda. Segurei a espada com as duas mãos e esperei, ele veio
me atacar primeiro, pois sabe que eu nunca ataco primeiro. Ele tentou acertar
minha costela, aparei com a espada, dei um giro, coloquei a ponta da espada no
cabo da dele e levantei. Cortei sua mão e joguei sua espada para cima. Eu
estava com a espada dele em mãos. Eu sorri e entreguei o cabo para ele. Ele
curou a própria mão e pegou a espada. Sorri e ele falou:
–Melhor do que da última vez.
–A última vez não conta!
Ele riu:
–Ok...
Coloquei a espada em posição. Ele veio e dessa vez tentou
acertar minha garganta, cheguei para trás e coloquei minha espada no lugar da
minha garganta, nossas espadas se chocaram, eu logo retirei e rapidamente
joguei no braço dele, ele aparou, rodou minha espada, puxei ela com força, e
coloquei na posição. Nos olhamos, sapecas e ele tentou no braço, achei que ele
fosse acertar no direito, numa tentativa de fazer com que a espada caia, mas
não, ele foi no esquerdo, ou seja, eu fiquei com um corte, já que eu fui para
trás antes um pouco de ele desferir o golpe. Eu coloquei a mão no machucado e
gemi. Luke veio e jogou água. Meus machucados não podem ser curados. Pois eles
falam que os meus machucados me instigam a tentar algo melhor, a me lembrar que
eu me machuquei e fazer com que na próxima luta o mesmo não aconteça. Luke
jogou água e colocou um pano. Não era um corte profundo, mas era grande. Pegava
mais da metade do contorno do braço. Quando ele tirou o pano, que havia parado
de sair sangue eu fiz uma careta. Logo estávamos lutando de novo. Nessa luta eu
consegui além desse corte, mais dois cortes. Um na coxa direita, bem no começo
dela e outro na parte de trás do joelho esquerdo. Bom, vou ter dificuldades de
escolher o vestido do casamento da Hope... Sentei no chão após a décima luta,
eu estava ofegante. Luke chegou e me ajudou a levantar, subi no Vailor e fomos
até o Bíre. Um dos poucos lugares ao ar livre em Ginésmer. Lá tem flores e
plantas. Normalmente eu sento lá e fico tentando ouvir vários sons até que eu
não ouça mais nada. Sentei lá, era a quarta vez que eu fazia aquilo. Fechei os
olhos, havia um rio passando atrás de mim, uma coruja piando em uma árvore
próxima, peixes nadando, abelhas zunindo, borboletas batendo as asas, sapos
pulando na água, nozes caindo de esquilos que estavam nas árvores, esquilos se
comunicando, um jacaré em um mangue distante e ele acabou de comer um castor.
Ouvi um menino fugindo de um urso e logo o urso caiu e quebrou a pata direita,
fazendo ele voltar a sua toca e nada mais chegava aos meus ouvidos. Voltei para
onde Luke estava, falando algumas coisas para Jay, que tentava fazer fogo. Ela
ainda não havia conseguido soltar nem uma faísca... Quando cheguei, sentei e
observei, já que Luke ainda não havia me visto. Logo vejo ela em posição para
lutar com Vailor. Logo penso: Oba, isso vai ser emocionante...
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