Hoje é dia 27 de novembro, uma terça, eu já estava de férias,
eu só precisaria ir no próximo sábado fazer uma prova. Todos os meus amigos
estavam em aula, mas eu já tinha todos os pontos necessários para passar de ano
e ainda tinham algumas matérias que eu bati os pontos necessários e ainda bati
a cota maior de pontos, ou seja, já estava acumulando pontos pro ano que vem.
Tenho 14 anos, farei 15 em março. Dia 15. Meu nome? Carollina, mas todos me
chamam de Caroll. Sou bonita, cabelos ondulados escuros em cima e claros nas
pontas, pois adoro uma praia e um sol, já que moro no Rio de Janeiro. Meus pais
são separados e tenho uma irmã menor, Melissa, de 12 anos. Estou em plena crise
adolescência, ainda bem que meu pai é relax e realista, assim como eu. Meu pai
se chama Fernando, minha mãe Gabriella. Estava na casa do meu pai, em
Copaacbana, sozinha, já que minha irmã estava na casa do minha mãe na escola
ainda e meu pai estava trabalhando. Eu estava sozinha, até a campainha tocar.
Até quando meu pai vai deixar a chave dele comigo e ainda reclamar que fica
“nu” sem a chave dele? Odeio isso. Levantei, eu estava com uma camisa grande e
uma calcinha “cuequinha” como a Melissa chama. Abri a porta, ele entrou e eu
falei:

-Pai, são uma da tarde.

-Não estou a fim de trabalhar.

-Então é assim, não está a fim e simplesmente não vai?

-Sim.

Bom, meu pai é o gerente, então ele faz o que quer... Voltei
para a minha cama, deitei e coloquei meu notebook no colo de novo e coloquei
meu fone, que tocava minha música preferida They don’t know about us, One
Direction (ui, me julguem, sou directioner com orgulho u.u). Daqui a pouco meu
pai chega, com uma bermuda, uma camisa, com o chapéu dele, o óculos escuros em
mãos, o colocando na blusa e mochila nas costas e falou:

-Bora?

Tirei o fone:

-Fazer?

-Andar de bicicleta e subir o Morro da Urca.

(Para quem não sabe, é o primeiro morro que sobe antes do Pão
de Açúcar, dá para subir ele a pé)

-Ok.

Levantei e fui até meu quarto, peguei um short preto completamente
cheio de spikes na frente, uma blusa roxa, um tênis de cano médio roxo da mesma
cor da blusa e uma bolsa pequena preta. Papai pegou a bicicleta dele e eu
peguei meu skate, que era cheio de caveiras em baixo e fomos, quando começamos
a subir vi que seria muito difícil, apesar de eu subir aquilo todo fim de
semana, havia chovido no dia anterior e estava tudo enlameado.  Para minha sorte eu havia levado toalhinha de
papel para limpar meu tênis, odeio sujar meus bebes... Enfim, subimos, quando
chegou lá em cima falei:

-Pai eu quero picolé.

-Ok, eu quero uma salada de fruta, compra pra gente.

Ele me deu o dinheiro, já sabia as frutas que ele gostava de
por mesmo, então eu nem perguntei. Peguei o picolé e a salada de fruta, quando
fui pagar chegou um menino e falou: