- SANDMAN! – Gritou Jack, após a fada ter contado a história. –Cara. E eu achando que a minha história era triste.

- Sim, sim. É ele. – Concordou a Fada.

- Mas na realidade eu queria saber a sua história. – Disse Jack olhando para Fada.

- Eu até te mostraria meus dentes mas... Sabe como é! A fada dos dentes sou eu! Não tinha ninguém para coletá-los para mim. – Ela explicou dando de ombros.

- Você lembra da sua história?

- Sim. – Ela olhou para a pirâmide aos seus pés – Em todos os detalhes.

Frost não quis insistir mais. Ou talvez... Mais uma pergunta.

- Fada... – Jack olhou para os olhos dela. Seu tom era sério e ela retribui o olhar. – Você era dentista?

Ela o empurrou rindo.

- Não Jack Frost. Eu não era dentista!

- Calma! Calma! Era só isso que eu queria saber. Curiosidade, ué.

- Está bem. Agora, eu finjo que acredito.

 Ele se aproximou da Fada novamente. Foi por um segundo que eles quase se beijaram novamente. Mas um pequeno chiado fez com que eles vissem uma fadinha que estava vindo. Ela cochichou algo para Fada.

 – Oh não! – A Fada olhou triste para Jack.

- O quê aconteceu?

- As Fadinhas... Se confundiram nos dentes. Eu tenho que ir lá arrumar isso. – Ela se aproximou de Jack e deu um beijo na bochecha dele. – Talvez eu possa ficar mais um... NÃO. Ai... Eu tenho que ir Jack. Desculpa!

Ele observou as duas irem voando rapidamente até sumirem no horizonte. Sua pequena fadinha, Nix, saiu do bolso e se sentou no ombro de Frost.

- Oi pequena. – Ele disse animado. – O que você me sugere para fazermos agora?

Ela colocou a mão na barriga e fez uma risada forçada.

- Certo... Ou você está com fome – Ela balançou a cabeça negativamente – Ou você quer rir – Repetiu o movimento – Ou você quer visitar certo cara, lá do norte.

Ela levantou voou e deu uma cambalhota meio desajeitada no ar.

 - Eu proponho... UMA CORRIDA! – E Jack saiu voando, deixando pequenas raspas de gelo para trás. Elas rapidamente derreteram. A fadinha saiu voando rápido também, só que fazendo gestos não muito educados para Frost, insinuando que ele tinha roubado.

Após uma longa jornada, eles chegaram na casa do Norte. Jack se surpreendeu ao ver Coelhão na cozinha tentando apagar um pequeno incêndio.

- Jack! – Ele o chamou – Você poderia nos dar uma mãozinha? Tipo, agora?

- O que eu vou ganhar com isso? – Perguntou Jack, o provocando.

- O que você vai ganhar?! Ora essa! Um soco na sua cara se essa casa pegar fogo.

Jack fez uma cara pensativa e continuou a falar:

- Não... Não gostei... Tem que ser algo mais produtivo, sabe?

- VENHA LOGO JACK! – Gritou Coelhão nervoso.

- Okay... Okay... Já que você me pede com taaanto carinho, eu faço esse favor para meu grande amigo. – Coelhão então resmungou algo para Jack, Frost ficou feliz por não ter entendido.

Com seu cajado ele fez o fogo ir diminuindo, até ter minúsculos cristais de gelo em cima do fogão e da bancada. Uma Yeti entrou correndo e bateu com um rolo de macarrão na cabeça de dois duendes que gritavam e giravam em círculos desesperados.

Bateu também na de Coelhão.

- Ei! Foram eles! – Ele exclamou.

- Yhshihgfd. – Foi o que ela disse. Pelo menos o que  Jack entendeu. A Yeti então saiu, levando um livro que Frost julgou ser de receitas.

- Não vou nem perguntar o que aconteceu por aqui. – Começou Frost. – Onde está Norte?

- No quarto dele. Eu sugiro que você não entre lá agora. Ele quer ficar sozinho.

- O grande Norte? – Disse Jack debochando – Eu duvido.

Se dirigiu  então para o escritório de Noel. Quando estava prestes a entrar, a porta se abriu, dando um susto em Jack.

- Ei, Jack. – Cumprimentou Norte. – O que faz aqui uma hora dessas?

-Visitando. Estou incomodando?

- De jeito algum. Logo Coelhão deverá nos trazer alguma coisa para comer, quer entrar? – Veio na mente de Jack a imagem do fogão pegando fogo, mas ele nada disse a respeito disso.

- Claro. Porque não?

Sandman olhou para Lua.

Ele era extremamente grato a ela. Ele tinha o melhor “trabalho” do mundo graças a ela.

A ideia dos guardiões fora fantástica.

Vendo a sua areia voar a sua voltar, Sand estremeceu, lembrando-se de quando Breu a tinha roubado. Era dever dele agora tentar se fortalecer. A alternativa de sofrer aquilo de novo...

Mas não.

Se voltar acontecer um ataque como aquele, os Guardiões estavam preparados.

Seu olhar voltou para Lua.

Ela estava excepcionalmente perto esses dias. Como se algo estivesse errado. Ele procurava por todos os cantos. Nada.

Não. Deveria ser algo na cabeça dele.

Tudo estava certo.