Dente Gelado escrita por Bia Mello


Capítulo 12
Armada dos Guardiões


Notas iniciais do capítulo

Capítulo Anterior:
- História de Norte.
- Em busca de algo há muito tempo perdido.



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Estavam em um quarto branco. Uma forte luz no teto iluminava todos os cantos. Não era um lugar muito grande, tinha o tamanho de 4m x 4m. Ao centro se encontrava uma mesa quadrada com uma cadeira em cada lado. Três dessas estavam ocupadas. O tempo era marcado por alguém que estava sentado, batendo impacientemente o dedo na mesa.

Foi quando uma porta, bem discreta, se abriu e um garoto com os cabelos brancos entrou, arfando. Todos da sala olharam para ele assustados.

- Cheguei. Desculpa a demora.

Ninguém respondeu. O menino se sentou e o barulho que marcava o tempo cessou.  Tendo toda a atenção para si, o garoto começou a falar:

- Vocês todos sabem o porquê de estarem aqui. Não posso dar nada em troca, a não ser uma grande dose de agradecimento. E lembrar que, se alguém quiser sair ou tem algum plano para isso, saia agora.

A sala continuou parada. Todos ouvindo com atenção, não mexendo nem ao menos um músculo. Vendo isso continuou:

- Então, vamos para o nosso primeiro tópico. – A tensão aumentava – Precisamos de um nome.

- Dentes saudáveis! – Gritou escandalosamente uma menina com asas e uma pele escandalosamente colorida. – Dentes Saudáveis!

O menino respirou fundo e respondeu:

- É... Não. Mas algum? – A garota pareceu magoada.

- A Lebre e as Tartarugas. – Falou o que marcava o tempo. – Chega a lembrar dos clássicos.

- Você não é um coelho? – Perguntou a garota.

- Lebre é mais imponente.

- Você nos chamou de tartarugas? – Perguntou o garoto.

- Continua sendo um clássico e... – O coelho de mais de dois metros de altura colocou uma cenoura na boa – Foi com todo o respeito.

- Como dizer? Não. Você? – O menino olhou para um homenzinho dourado, que até agora continuava calado. – Alguma ideia? – O dourado balançou a cabeça negativamente e apoiou as mãos na testa como se pensasse. – Certo... Eu tenho uma ideia. O GRANDE FROST E SEU EXÉRCITO!  - Ele se levantou entusiasmado.

A menina balançou a cabeça e sussurrou algo como “isso não vai dar certo”.

- A LEBRE E AS TARTARUGAS! – Gritou o coelho se levantando.

- O GRANDE FROST E SEU EXÉRCITO!

- Cavaleiros, sejamos razoáveis. É só um nome. – Disse a garota.

- Isso não vem ao caso. Se não entrarmos em concordância com o nome, com o quê entraremos? – Perguntou o coelho bravo. – Vamos Jack. Desista. Não vamos por o nome de ninguém aqui e, aliás, não me lembro de que você seja o líder. Todos temos que entrar de acordo com o nome. Fada? Qual você prefere? E por favor, não escolha nenhum que envolva dentes e derivados.

Entre tantas discussões, ninguém percebeu o pobre homenzinho dourado que levantará a mão a um bom tempo. Ele sacudia e se levantará – mesmo que não fizesse muita diferença, pois ele era muito pequeno – mas ninguém olhava para ele.

- Eu não sei... Eu gostei do seu Jack, mas... Acho que o das Lebres e Tartarugas ficou melhor. Mesmo que nenhum me chamasse muita atenção.

- Isso. Fica do lado do Coelhão. É dele que estamos falando agora não é? É disso que se trata.

- Não é nada disso Jack Frost! – A garota se levantou brava – E você sabe muito bem. Para de ser egoísta.

- Ela está certa, Jack. Todos nós sabemos que meu nome era melhor!

- Fica quieto, Coelhão! – gritou a garota e o menino juntos.

- Então vão se juntar contra mim?! Depois de tudo o que EU estou fazendo? – Perguntou bravo o coelho.

Foi quando o som de uma vuvuzela fez todos ficarem quietos. Sendo um quarto sem muitos móveis e não muito grande, o som ecoava facilmente. Os olhares caíram no homenzinho dourado, com uma expressão muito brava, que tinha uma frase escrita com areia em cima da cabeça dele.

“ARMADA DOS GUARDIÕES”.

O garoto leu, respirou fundo e continuou:

- Certo, temos o nome. Próximo tópico?

Jack podia jurar que a Lua o observava. Não que isso fosse algo difícil. Ela estava bem próxima. Estava em seu lago, deitado e descansando.  A reunião que ocupou sua manhã fora... Cansativa. Passou a tarde procurando por pistas ou algo que lembrasse- ou levasse- A uma mulher que há quase 300 anos estava desaparecida. Não era de se esperar que nada acontecesse.

A Fadinha saiu do seu bolso e olhou para ele, como se pudesse ler sua mente.  Fez uma cara consoladora e deitou no ombro de Frost.

- E você Fadinha? Alguma ideia de onde podemos começar?

Ele olhou para ela que agora fechava os olhos, pensando.

- O que?  Você se lembra de alguma coisa?

Sua boca fez que ia falar, mas balançou a cabeça, como se dissesse não.

- Uma pena. Mas eu sei onde vamos começar. Vamos ter que roub... não. Emprestar uma caixa que o Coelhão entregou para Norte há alguns dias. Tinha uma carta. Eu preciso dela.

A Fadinha parou diante os olhos do Jack, e como por telepatia, Frost entendeu sua pergunta.

-Sim. Nós vamos invadir o Polo Norte.  


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Notas finais do capítulo

Sim. Não avançou muito essa capítulo. Mas vou postar um outra daqui a pouco. Não me apressem! u.u
Eu tenho problema com frases de efeito. Sempre gosto de colocá-las no final. Tipo "Nós vamos invadir o Polo Norte" - E daí aparece uma bruxa e da uma risada maligna.
Enfim. '-'
O que vocês acharam?
" djbiusdhbigngn " <--- nota cultural: eu rio assim. Não liguem.
Reviews? :3 <---- nota cultural (2) : um dia me disseram que esse emoticom tem uma bunda na boca.
Enfim. Me entusiasmei.
XOXO