Sentimentos Incompreendidos escrita por Anny Starlight


Capítulo 5
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal!!! Como estão vocês?
Estou eu aqui mais uma vez essa semana para postar outro capítulo... Talvez um capítulo especial, vamos dizer assim: o beijo foi a faísca, e esse capítulo traz o início do incendio... (Ok, isso foi ridículo, mas valeu!)
Veremos mais pelo ponto de vista do Fred aqui já que a Catarina sabe bem o que sente e ele... Começou a desenvolver isso agora.
Ok, parei de tagarelar...
Enjoy it!!



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Frederico havia acabado de voltar da faculdade, a aula foi mais uma vez esplêndida; os alunos participavam de forma natural, cada um acabava expondo seu ponto de vista. Os debates foram muito inteligentes, os tópicos motivaram-os exatamente como ele queria.

Ele teve de admitir que não parou de pensar em Catarina durante as discussões, lembrava dos argumentos e fatos para jogá-los de forma que fossem analisados pelos alunos; e teve de admitir também que ela era muito mais inteligente do que muito marmanjo de faculdade...

Sentia-se cansado, exausto na verdade... Eram 19h00min e a única coisa que ele queria era tomar um banho para depois poder dormir até tarde.

Jogou seu material em cima da cama casal e foi logo tirar o sapato, jogou-o em qualquer lugar, ele sabia que Ana odiava isso, mas ela devia estar trancada naquela sala estudando, então que se dane, estava cansado e tinha o direito de deixar seu sapato onde quisesse em seu quarto.

Os quartos eram no andar de cima, se localizavam no corredor logo ao fim da escada. O de Frederico e Ana era oposto ao de hospedes que Catarina utilizava. No meio do corredor havia um banheiro consideravelmente espaçoso e aconchegante.

Entre o banheiro e o quarto do casal estava a sala em que Ana se trancava para estudar, e entre o quarto de hospedes e o banheiro estava o escritório de Frederico.

Ele colocou seu chinelo e pegou uma toalha no armário... Finalmente, um banho quente!

Saiu do quarto e foi em direção ao banheiro; agora que já estava mais confortável notou que a sala de Ana estava com a porta fechada, sim, ela sem duvidas estava estudando. Ele sabia que devia ir cumprimenta-la ou algo do tipo por ser seu marido, mas, sinceramente, não tinha a mínima vontade de ir, ele sabia que ela se irritaria por ele “desconcentra-la” e já estava cansado. Só queria relaxar a partir de agora...

Olhou para o fim do corredor, a porta da Catarina também estava fechada; ela devia estar lá, lendo um livro ou algo do tipo...

E então, finalmente, Frederico chegou ao banheiro, cuja porta também estava fechada... Ele achou estranho, então bateu... Nada. Assim, virou a maçaneta e verificou que a porta não estava trancada.

Abriu-a por alguns centímetros para verificar se havia alguém ali dentro quando o ar quente bateu em seu rosto... Era uma temperatura reconfortante. E então escutou o barulho do chuveiro ligado... Porém, como um reflexo, também olhou para a direção do som e viu o que não queria ver... Ou talvez quisesse, afinal, ele não conseguiu pensar em nada... Apenas observar.

No fim do banheiro havia um Box cinza fosco, onde estava o chuveiro, e onde naquele momento estava uma silhueta feminina muito... Tentadora.

Frederico não distinguia detalhes ou cores no corpo, apenas a forma... Uma forma que fez com que ele ficasse ali a observando em vez de ir embora.

Ele sabia quem era, pois notou os cabelos compridos sendo lavados...

Catarina... Não! Ele não podia... De jeito nenhum...

Alguma parte ainda consciente de seu cérebro gritava, mas ele não conseguia escutar, ou talvez não quisesse... Afinal, como já dito, nem ele conseguia pensar!

Dessa forma ele olhou, sem repressões, sem culpa, apenas... Admirou.

Ela tinha um corpo curvilíneo, maldita adolescência que fazia a cabeça dele dar voltas e voltas... Aquelas curvas tão jovens e delineadas, tão definidas nos quadris, nas pernas... Nos seios...

Ele já foi um adolescente, sabia como era uma menina nessa fase... Atinge o máximo em... Em sua sensualidade. A pele macia e cheirosa, a inocência implorando para ser violada... Aquele jeito de menina com um corpo de mulher, sim, elas eram... Lindas.

Por muito tempo ele havia esquecido isso, dessas sensações, desses pensamentos... Dos desejos. Ele não sabia mais o que era se sentir atraído por alguém, pensar em alguém e até desejar alguém... E assim, de repente, uma imagem dessas surge em frente aos seus olhos.

Ele chegava a escutar seu coração batendo acelerado... Era estranho, ele não entendia. Estava receoso sim de ser pego olhando, mas era outra coisa também...

E então a silhueta pegou algo e começou a se esfregar.

Aquilo foi demais para os olhos de um homem adulto... Ele se perdeu em visões, visões reais ou imaginárias de uma pele macia e jovial, de curvas sinuosas, de gotas de água deslizantes... De um corpo naquela temperatura que banhava seu rosto.

Logo a silhueta guardou o que estava em suas mãos e entrou em baixo do jato de água... Mais uma vez ele acompanhou as mãos deslizando por toda a extensão do corpo... Daquele corpo...

Ele continuava a observar, não raciocinava corretamente... Apenas admirava. Olhava sem males alguns, eles viriam com certeza quando ele realmente se desse conta do que estava fazendo, mas por enquanto... Nada. Apenas olhava...

Foi quando algo o despertou, percebeu que ela havia desligado o chuveiro e puxava uma toalha de cima do Box.

Retomando a consciência ele fechou a porta cuidadosamente e foi em direção ao seu quarto ainda atônito. Escutou a porta do banheiro abrindo bem quando fechou a sua... Não podia evitar que o arrependimento viesse agora.

–O que foi que eu fiz? – Sussurrou para si mesmo enquanto sentava. – Merda!

Apoiou os cotovelos nos joelhos e a cabeça nas mãos.

E imagem da silhueta dançou em sua cabeça sem permissão, ele não queria, mas ela apareceu e ficou.

Não entendia, estava confuso e extremamente arrependido... se arrependimento matasse.

Por que ele simplesmente não fechou a porta quando percebeu que tinha alguém? Por que ele não conseguiu desviar os olhos? Por se sentiu tão estranho? Como não se repreendeu?

Céus, aquela era Catarina, sua cunhada de 16 anos... Uma menina ainda... Com corpo de mulher, suas lembranças acrescentaram.

Não, ele não podia pensar isso... Não sobre ela.

Mas... Mas que garota... Como nunca notou isso antes?... Talvez não tivesse realmente reparado... Porque nunca deveria realmente reaparar! Não era certo... Mas não conseguia se impedir; ele era um homem, sim, um homem e com isso vinham suas necessidades... E uma delas era apenas olhar e admirar.

–Não, não, não... Isso foi um erro... – Sussurrou para si mesmo. - Um erro que não vai mais se repetir... Não pode se repetir...

E assim Frederico jurou para si mesmo que iria esquecer de tudo que havia visto, ele iria tomar um banho, descansar e esqueceria...

Mas sua mente foi mais traiçoeira do que ele previu e as lembranças surgiram logo que entrou no banheiro, e contra a sua vontade a imaginação se revelou logo que entrou em baixo da água... Céus, aquela menina...




Catarina havia acabado de se trocar e procurava seu livro para continuar a ler... Ela tinha tomado um banho muito relaxante onde fez questão de se manter com a cabeça em baixo da água para eliminar qualquer vestígio de existência do mundo fora do banheiro acolhedor.

Ela estava tentando muito isso nesses dois dias, afinal, ela sabia que logo que saísse ele estaria lá... Na casa, nos cômodos, nos pensamentos...



A única coisa que ela não sabia é que ele esteve também em seu banho, admirando-a mais do que algum dia ela pudesse sonhar em ser admirada.


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Notas finais do capítulo

Entonces? O que acharam?
Próximo capítulo a coisa começa a ficar ligeiramente mais física...
Ah, tenho uma pergunta para vocês... Por acaso sabem quem é o homem da foto da Fic?
Beijoos, reviews?