Uma Verdadeira História De Amor (parte2) escrita por Linayra Castro


Capítulo 8
Capítulo 8




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Sempre tive curiosidade da morte, de como é sentir vontade de morrer, mas será isso que estou sentindo? Na verdade não sei. Avisto um prédio bem alto e tomo uma decisão, onde poucos teriam coragem de toma-la, entro no prédio correndo para ninguém tentar me impedir, vou para o elevador chorando muito, agora estou na cobertura, meus pés estão por um triz do precipício. Abro os braços, fecho os olhos, lembro-me de todas aquelas coisas que Harry falou, doe muito, sinto uma brisa gelada de chuva que estar por vim, o tempo está fechado para chover.

-Lina, nãooooooooooooooooooo, não faça isso. –Reny grita alto, ela está atrás de mim, mas não tão perto.

Na verdade nem ligo para ela, estou determinada a dar continuidade ao ato. Por que a minha dor é tão forte que a vontade que tenho é mergulhar de cima ao chão, olho para baixo e vejo as pessoas bem pequenininhas, não estou comedo, não sei o que vem depois, não sei para onde vou depois que estiver esmagada no chão, e as pessoas estiverem ao redor de meu corpo ensanguentado.

-É agora! –Falei em voz baixa.

Mas de repente vem em minha mente a minha mãe, minha tia, e Reny, e tudo que já aconteceu de bom em minha vida e não valeria apena fazer isso. Vou até Reny correndo e abraço ela.

-Lina, mas o que foi que aconteceu? Por que você saiu correndo? E por que você iria fazer aquilo?

-Reny, Harry terminou comigo de uma forma tão cruel, e não sei por que.

-Lina, vamos para casa? –Reny passa suas mãos em meus ombros tentando me conformar.

-Não Reny, eu não quero ir agora.

-Lina, mas olha o seu estado? Você quase se matou.

-Reny, vou ficar bem! Não se preocupe.

-Pois vamos sair daqui?

Eu e Reny saímos abraçadas. Ela tenta me conformar de todas as formas, mas nada que ela disser vai passar essa dor.

-Lina, já estou indo para a universidade, vou ver se ainda dá tempo de assistir alguma aula, olha e não se preocupe, não falarei nada á ninguém.

Que bom que Reny me entendia, acho que em outra vida nós éramos irmãs, gosto tanto dela.

-Muito obrigada Reny.

Começa á chover, Reny já foi de volta para a universidade. Fico pensando por que Harry fez isso comigo, nunca tinha o visto falar assim. Estou vagando pelas ruas, à chuva está forte, estou chorando e levando as mãos à cabeça e me sentindo inútil, sinto uma coisa me sufocando por dentro, algo inexplicável que parece estar me matando, todas as pessoas que passam por mim, ficam me olhando. Estou me sentindo sem direção. Na hora que Harry falou aquilo para mim, sentir em seu olhar que não queria falar aquilo, parece que estava sendo obrigado.

Decido ir para a casa, quando entro minha mãe ver o meu estado.

-Filha, mas o que é isso? O que foi que aconteceu?–Minha mãe me olha de baixo para cima.

-Eu não sei! –Abraço ela.

Mas ela não entende por que estou desse jeito.

-Filha Harry veio aqui deixar suas coisas, mas ele não falou nada, vocês brigaram?

-Não, mãe, agente não brigou. Na verdade não sei o que aconteceu.

-Filha, tem que trocar de roupa, você está toda ensopada da chuva e pode pegar um resfriado.

-Meire, leve sua sobrinha para o quarto, vou fazer um chá.

-Sim. Vamos Lina.

Estou tão abatida, não solto nenhuma palavra com ninguém, quando entro no quarto,vejo as minhas coisas que Harry deixou, estou tomando banho, fico horas debaixo do chuveiro, sentada no chão com a cabeça nos joelhos, troco de roupa, fico olhando para espelho, odiando minha própria imagem, me sentindo tão inútil, tiro o anel que Harry me deu e o colar, fecho a porta na chave, fico chorando como nunca tinha chorando antes, meus olhos estão inchados, minha mãe pede para que abra aporta.

-Filha, abra a porta? Converse comigo?

-Não, mãe me deixa sozinha?

-Tá bem filha, depois volto.

A minha vontade é de não ir mais á universidade, não quero ver o rosto de Harry e nem de Taylor, não suportaria em vê-los. Três dias depois ainda não havia comido nada e nem bebido, estava ainda trancada dentro do quarto, todos fizeram de tudo para que abrisse a porta, mas nada adianta, não quero falar com ninguém, meu sofrimento é tão grande que não sinto vontade de comer e muito menos de beber, para falar a verdade estava me matando aos poucos e queria continuar assim.

Liguei por várias vezes para casa de Harry, mas a Senhora Anne sempre dizia que ele não estava, liguei também para o celular dele, mas nunca atendia.

Durante esse tempo, Reny na universidade, via Taylor sorridente com  Harry, mas o olhar dele era sempre para baixo parece estar muito infeliz, Taylor beija Harry, mas ele a ignora. Reny não tem coragem de ir até ele e perguntar o que foi que aconteceu realmente entre mim e ele.

No fundo Harry está sofrendo, mas ele disse aquilo só para mi proteger, proteger da Taylor, do mal que ela cometeria se ele não me deixasse.

Harry está sofrendo tanto que chega a se alto multilar, seus pulsos estão feridos e para esconder, usa relógio e pulseiras de borracha coloridas. Eu não sabia nada disso.

-Meu deus, não queria falar aqueles absurdos com a Lina, eu a amo muito. –Harry pensando em seu quarto.

No meu quarto decido abrir a porta, finalmente como alguma coisa, mas não comi muito.

-Filha, pelo amor de deus, estávamos preocupados com você, vai á onde?

-Mãe, cadê a Reny?

-Ela está se aprontando para ir à universidade? Por quê? Você vai?

-Mãe, eu tenho que ir, faltei três dias e não quero faltar mais.

Reny e eu chegamos á universidade, no meio do caminho para a sala de aula, Harry e Taylor passam por mim, ele finge que não me viu, noto que seu semblante está triste e percebo que em volta de suas pulseiras de borracha á um vermelhamento parece que seus pulsos estão machucados, Taylor olha para mim e rir, rir muito. Corro para o banheiro chorando.

-Lina, não fique assim.

-Mas, Reny, como você queria que eu ficasse?

-Olha, vamos para a sala de aula?

Enxugo as lagrimas e lavo meu rosto.

-Vamos Reny.

-Você vai ficar bem?

-Vou sim.


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