Pov Peeta

– Não o deixe beber nada batizado, não deixe as putas se jogarem em cima dele e não o perca de vista! Estou confiando em você. Você está me ouvindo bem Peeta?!- praticamente grita Clove.

– Sim, Clove.- respondo.

– Obrigada pela confiança em mim...- murmura Cato chegando a sala da sua casa onde eu estava sendo encurralado por Clove e, impressionantemente, Foxface.

– Não é questão de não confiar.- diz Fox.- Eu confio no Marvel e a Clo confia em você, maninho, mas nós não confiamos nas piranhas que vão estar por lá.

– Principalmente a piranha anfitriã!- diz Clove e é quase impossível conter o riso.

Meu celular vibra no meu bolso e consigo escapar delas. Antes mesmo de atender já sei quem é, Delly, mais uma vez...

– Oi Dell.- atendo.

– Peet, vocês já estão vindo? preciso da sua ajuda em alguns detalhes da decoração e já já a festa vai começar e...

– Eu disse que ia chegar mais cedo não disse?- a corto.- Já estamos saindo. - digo andando para a cozinha a procura de Marvel.

–Você sabe o quanto essa festa é importante para mim, afinal a Glimm é minha bff!– declara com sua voz fina.

– Eu sei, vai dar tudo certo! Eu estarei ao seu lado para te ajudar a..- falo, mas me interrompo quando me viro e vejo Katniss parada atrás de mim. Sua expressão é séria, será que ela ouviu alguma coisa da conversa e entendeu mal?

– Peet? Ainda está aí?

– Oi Del..ly. - digo evitando usar o apelido de Dell na frente de Katniss que ainda me encara e percebo que ela se segura para não revirar os olhos. Devo ficar feliz com isso?- Estou só procurando o Marvel para podermos ir.

–Espero por você! Milhões de beijos!

– Tchau, Delly.- digo simplesmente e desligo o telefone.- Olá, Katniss.

– Oi.- ela diz.

– Er.. Você viu o Marvel por aí?

– Não, eu estava procurando a Mad... Você a viu?

– Também não.- digo e um silêncio incomodo se instala entre nós e isso me entristece.- Sabe, não precisa ter esse clima desconfortável entre nós. Achava que havíamos combinado que agora iria ficar tudo bem entre nós.

– Não há clima algum e está tudo bem entre nós, fazemos parte da vida um do outro e não podemos evitar nos ver... Já falamos sobre isso.- diz séria.- Enfim, acho que o Marvel está lá na sala com o pessoal já só esperando por você para ir a festa.

– Er.. Obrigado então. Boa...- tento me referir ao que elas vão fazer, mas percebo que não sei.

– Noite das garotas.

– Noite das garotas para vocês. Comam muita besteira e falem mal dos caras enquanto assistem um filme água com açúcar! Se bem que esse programa não é tão a sua cara assim...- digo fazendo uma careta engraçada e vale a pena a tentativa, pois ela abre um pequeno, mas lindo, sorriso.

– O importante é me divertir com minhas amigas!- alega.- Boa festa para você. Devem está te esperando por lá já.- diz e sai antes que eu possa dizer mais alguma coisa.

Vou para a sala e lá estão os dois casais em meio a uma pequena reunião sobre regras e avisos dados pelas meninas. Acho que terei que bancar a babá do Marvel e do Cato direitinho se não quiser entrar na mira dessas namoradas enciumadas!

***

Quando finalmente conseguimos sair da casa de Cato só faltava meia hora para o começo da festa e precisamos correr para podermos chegar a tempo de ajudar em algo. Mal desci do carro de Cato e Delly já foi me puxando para ajudar com um problema na iluminação, como se eu entendesse o mínimo de eletricidade...

A casa se encheu rapidamente e tive que me esforçar para me livrar de Delly e continuar "de olho" em Cato e Marvel, que não iam muito além do bar e da mesa de salgadinhos. Sei que eles não vão fazer nenhuma besteira, mas antes das meninas me liberarem elas me fizeram prometer e agora tenho que cumprir.

Glimmer estava linda em seu vestido vermelho, admito que um pouco curto demais. Ela desceu quando a festa já estava bem agitada e começou a cumprimentar a todos, recebendo alguns presentes que ela repassava para Delly, que não parava de correr de um lado para outro.

– E aí? - digo quando chego onde meus amigos estão.

– Comendo e bebendo de boa aqui!- diz Marvel.- Bebendo refrigerante!- apressasse em dizer quando abro a boca para lhe repreender.

– O Marvel foi bem adestrado pela minha irmã!- diz Cato e rimos.

– Você está bebendo o que?- pergunto ao vê-lo virar seu copo.

– Água com gás.- diz e Marvel explode em uma gargalhada.

– Parece que não sou o único "adestrado"!- brinca Marvel.

– Vocês por acaso já viram a coleção de facas da Clove?- diz ele parecendo realmente assustado, o que só nos fez rir mais.- Acho que vou falar logo com a Glimmer, não quero ficar mais que o preciso aqui.- diz e sai pelo aglomerado de pessoas a procura de Glimmer.

– Peet!- grita Delly ao praticamente brotar no chão ao meu lado. De onde essa garota saiu?- Vem me ajudar, por favor!- diz começando a puxar o meu braço.

Olho suplicante para Marvel, mas esse simplesmente dá de ombros e ergue seu copo de refrigerante como se estivesse me desejando sorte. Belo amigo que eu tenho!

– O que temos que fazer agora, Delly?- pergunto desanimado.

– Me ajuda a levar esses presentes lá pro quarto da Glim, por favor! - diz e aponta uma pilha de presentes amontoados e se aproxima mais de mim.- Porque sabe, você é tão forte...-diz correndo as mãos pelos meus braços enquanto tendo me desviar.

– Eu ajudo.- digo e saindo de perto dela e agarrando o maior número de caixas que consegui e subindo as escadas.

~~ minutos depois ~~

Perdi as contas de quantas caixas e sacolas já subi para levar para o quarto de Glimmer, mas parecia que elas se multiplicavam cada vez q eu descia! Quando estou subindo novamente olho por sobre a multidão de pessoas que dançavam ao som da agitada música procurando meus amigos. Vejo Marvel com um prato de salgadinhos na mão e não muito longe de onde estava quando eu o deixei a minutos atrás, ele falava com alguns caras que reconheci como sendo conhecidos do colégio. Procuro por Cato por mais algum tempo quando o vejo apoiado em uma Glimmer bem felizinha, que estranho. Cato perecia está bêbado pois tinha um sorriso idiota no rosto e por sorte não caiu quando Glimmer o guiou para a cozinha.

– Peeta! Sobe logo! Tem mais presentes se acumulando aqui!- diz Delly no final da escada.

Revirei os olhos para não lhe dar uma resposta mal educada e terminei de subir as escadas. Se Cato tiver mesmo bebido Clove vai matar tanto a ele como a mim! Mas vou me livrar logo de Delly para poder ir procurá-lo, no estado que o vi ele deve precisar de ajuda, sei que Glimmer estava com ele, mas não sei se isso é bom ou ruim... Só espero que ela não o estupre!

Pov Glimmer

Eu não poderia está mais feliz! Além de ser o meu aniversário, estou vendo o meu melhor presente vir na minha direção e o melhor, sem aquela anã a tira colo.

– Parabéns, Glimmer!- diz Cato quando chega aonde estou.

– É só isso que ganho?- digo manhosa.- Nem um abraço pelos velhos tempos, nem tão velhos assim?!

– Ah! Claro.- diz parecendo um pouco envergonhado e me envolvendo em um abraço, que na minha opinião muito curto, mas ao menos pude sentir seu inebriante perfume.

– Bem melhor! Vamos comigo até a mesa de bebidas, por favor, estou com sede depois de falar com tanta gente.- digo já o levando comigo para o local onde as bebidas estavam sendo servidas.

– Está mesmo muito movimentada a festa, você convidou toda a escola?

– O que posso fazer se sou popular?- digo e pelo canto do olho vejo Delly já arrastando Peeta escada a cima com alguns dos meus presentes. Ótimo, menos um!- O que vai querer beber?

– Só um refrigerante mesmo.- diz ele desconfortável, tenho certeza que tem dedo da "namoradinha" nisso.

– Por que? Tem tanta opção aqui... Coquetéis deliciosos!

– Não vou beber hoje.- diz simplesmente.

– Só um pouquinho não vai fazer mal!- persuado.

– Pede o que você quiser para você e um sem álcool pra mim, por favor.- diz exatamente o que eu esperava.

Me aproximo do balcão e peço para o barmen que contratei preparar dois coquetéis com álcool, Cato não ia sequer ter tempo de pensar em protestar. Recebi os coquetéis e muito discretamente tiro do meu bolso o vidrinho com um pozinho que consegui com meus contatos e sem que ninguém perceba o misturo com a bebida de Cato.

– Prontinho!- digo entregando o de Cato e já bebendo o meu "distraidamente" enquanto ele coloca o canudo naquela boca linda e começa a tomar o seu .

– Tá com um gosto estranho, de que é?

– Pitanga!- digo a primeira fruta que me vem a cabeça, não havia pensando nessa parte.

– Não tinha outro não?- diz ele reclamando, mas mesmo assim tomando mais da metade do copo.

– Esse era o mais rápido...- comento correndo meus olhos pela enorme sala da minha casa e encontrando Marvel distraído comendo, para variar.- Cato, você está bem?

– Estou, só... Já te falei que a iluminação da sua festa está incrível?- diz ele sorrindo bobamente, ótimo, está começando a funcionar.

– Não disse. Você gostou mesmo?

– SIM! Adorei as músicas também e... Até esse drinque tá muito bom... - ele fala quase gritando, animado e o melhor já está mais lerdinho que o normal, demorando para formar e concluir suas frases.

– Cato, meu amor. Vamos ali na cozinha comigo?

– Fazer o que? Aqui está tão legal!

– Mas aqui não tem a surpresa que eu preparei para você!- digo já pegando sua mão.

– Surpresa?! Eu adoro surpresa! Me fala o que é!

– Vem comigo que eu te dou!

Ele parecia uma criança de tão inocente e ingênuo que parecia enquanto tomava até a última gota da sua bebida lindamente batizada por mim. No caminho para a cozinha ele começou a perder o equilíbrio e se apoiar totalmente em mim, foi um milagre chegarmos inteiros na cozinha comigo carregando Cato em cima de saltos tão altos como os que usava.

– Cadê.. a minha.. surpresa?!- diz Cato quando eu o deixo em uma das cadeiras.

– Calminha, vou pegar. Espera sentadinho aí!- digo e vou até onde deixei escondido o enorme pedaço da torta favorita de Cato e o gravador.- Aqui está!

– Oba! Adoro essa torta!

– Eu sei, eu sei tudo de você, meu amor!- digo sentando do seu lado e ligando o gravador.

– Não me chama de meu amor!.. Só a... Clove tem esse direito!- diz um pouco irritado, mas logo voltando sua atenção para o pedaço de torta.- E.. pra quê esse gravador?

– É para...- pensa Glimmer, pensa!- Para você fazer uma declaração pra Clove.- digo o nome da vadia com um pouco de dificuldade.

– Ahhhh.. Eu gosto muito dela... Eu amo...

– Você me ama?

– Você.. não!.. A Clove sim, sempre...- diz e enche a boca de torta.

– Mas ela é uma idiota!- não me contenho.

– Você que... é uma idiota! Não fala assim... dela.

– Tudo bem, desculpe.- me recomponho, pois sei que poderei usar bem as palavras de Cato em um futuro próximo.- Mas Cato, me diz uma coisa, você esqueceu mesmo só dela quando perdeu a memória?

– Eu nunca poderia esquecer... ela! Eu a amo tanto...- diz abrindo um sorriso, que seria fofo se não fosse dedicado aquela baixinha retardada.

– Então você mentiu?- digo saboreando as palavras e as pronunciando para que ficassem bem claras na gravação.

– Menti... Mas... Eu queria uma chance de ficar com ela... Agora estamos juntos... Ela me ama...- diz e volta a comer.

– Não vai falar a verdade? Ela não desconfia de você?

– Ela não tem porque desconfiar... Eu sei fazer as coisas... Ela confia em mim cegamente!- declara e abre outro sorriso.- Tem mais torta?

– Não tem não, sinto muito amorzinho.- digo parando a gravação e escondendo o gravador bem quando Peeta entra na cozinha.

– Aí está você!- diz ele preocupado, mas logo vira para mim com um sorriso disfarçando.- Oi Glimmer, parabéns!- diz e dá um beijinho em cada lado do meu rosto.

– Acabou a torta...- diz Cato triste.

– Que torta? Cato, você bebeu?- questiona Peeta.

– Eu bebi?- diz o coitadinho confuso.

– Você não devia ter deixado ele beber!- diz Peeta para mim.

– Eu acho que ele já tem tamanho o suficiente para tomar suas próprias decisões!

– Eu tô com sono!- diz Cato.

– Você pode dormir aqui!- ofereço abrindo um sorriso.

– Pode deixar, Glimmer. Marvel vai me ajudar a levar ele para casa.- diz já mandando uma mensagem para Marvel.

Não demorou muito para Marvel chegar e eles, com um pouco de esforço levarem Cato pela porta dos fundos para dentro de seu carro, onde ele adormeceu quase que instantaneamente no banco de trás. Os meninos se despediram de mim um pouco envergonhados e foram embora.

Eu estava mais radiante do que o comum, pois a minha vingança estava começando! Curti o resto da minha festa e quando meus convidados já estavam indo embora, abordei o meu nerd favorito que estava sentado conversando com o barmen.

– Então, Beetee, vamos começar o trabalho?!- digo abrindo um sorriso maligno.

– Claro, o que eu não faço por você, meu bem!- diz o mané se fingindo de galanteador na frente do barmen.

– Te espero no meu quarto.- digo não aguentando aquela ceninha e subindo as escadas. Eu estava exausta, mas não via a hora de poder mandar o meu presentinho para a diaba de meio metro!

Pov Clove

Já passava do meio dia e nada desses meninos aparecerem! Eu já devo ter ligado tantas vezes para Cato que a operadora nem completa mais, já manda direto para a caixa de mensagens, na qual a secretária eletrônica já virou minha nova melhor amiga!

– Clo, você vai furar o chão.- diz Madge um pouco cautelosa.

– COMO EU VOU FICAR CALMA SE AQUELA VADIA PODE TER VOADO NO PESCOÇO DO MEU NAMORADO ONTEM?!!!

– Ela é uma piranha, não uma vampira.- diz Katniss e tenho ri de sua piada idiota.

– Que seja, só não sei porque eles não chegaram ou porque não dormiram em casa ou onde dormiram...

– Pois já vai poder saber, o carro de Cato ta parando aí na frente.- diz Fox saindo de perto da janela.

Os garotos entram sem fazer muito barulho, mas quando passam dá porta dão de cara comigo e com Fox de braços cruzados com aquela cara que diz "você estão ferrados".

– Oi raposinha..- diz Marvel indo dar um selinho em Foxface que desvia o rosto.- Qual o problema?

– Onde vocês dormiram?- pergunta Fox.

– Na casa do Peeta.

– Por que?- digo tentando manter a calma enquanto Cato me encara com cara de cachorro que caiu da mudança.

– Desculpem meninas,- se pronuncia Peeta.- eu acabei bebendo um pouco demais e os caras me levaram para casa e acabaram ficando por lá mesmo... E só acordamos agora... Foi mal.

– E por que você não atendeu o celular?- questiono Cato.

– Tava descarregado, amor.- diz e se aproxima devagar.

–Parado aí, já que chegou, me leva em casa. No carro conversamos.- digo o olhando séria.- Tchau meninas, depois fazemos uma conferência!- digo me despedindo de cada uma.

Peguei minhas coisas e segui calada ao lado de um Cato silencioso, o que não era comum. Me doía desconfiar, ter essa insegurança, esse medo todo, mas quando se trata daquela vadia de quinta eu não consigo me controlar. Só de pensar lembro da deles no ano novo, deles saindo juntos... Nunca perguntei para Cato o que ele teve realmente com a Glimmer, mas a sequer menção do nome dos dois na mesma frase me embrulha o estômago.

Seguimos em silêncio até que quando percebi Cato já parava o carro na frente da minha casa. Agora não haveria mais escapatória, teria que falar tudo o que eu queria saber, não conseguiria guardar isso dentro de mim por mais tempo. Meu medo é que acabemos brigando seriamente.

– O que aconteceu ontem a noite?- pergunto sem olhar para ele.

– Eu fui a festa, parabenizei a Glimmer, bebi água com gás ou refrigerante e fomos para a casa de Peeta.- diz e vejo-o estender a mão para tocar a minha.

– A Glimmer deu em cima de você?

– Bem..

– Responde.

– Ela tem aquele jeito atirado... Mas não me lembro de nada muito ruim.

– Como assim "não lembra"?- digo me virando no banco para encará-lo.

– Pequena, confia em mim! Não aconteceu nada!- diz olhando nos meus olhos com o rosto bem próximo ao meu.- Eu estou com saudades de você... do seu beijo..- diz como se fosse um segredo enquanto aproxima mais nossos rostos até colar nossos lábios.

Não fiquei muito mais tempo "fazendo as pazes" com Cato, já que meus pais me esperavam para almoçar e eu já estava atrasada. Entrei em casa muito mais aliviada e até mesmo feliz por saber que meu namorado é fiel a mim e me ama.

– Oi, mãe! Cheguei.- digo entrando na cozinha e lhe dando um beijo na bochecha.

– Estou vendo.- diz brincalhona.- Ah! Deixaram um pacote para você não faz nem meia hora..

– Um pacote? Quem deixou?

– Não conheço, mas acho que deve ser algum colega seu. Não tinha cara de carteiro.

– Tudo bem, vou ver o que é.- digo e curiosa subo correndo para o meu quarto onde encontro um pacote de cor parda em cima da minha cama.

Pulo na cama e abro desastradamente a caixa. Não havia nenhum cartão, nenhuma assinatura, nada além de um pendrive. Pego meu notebook e o ligo rapidamente enquanto analiso o pendrive, não há nada demais nele, chega a ser um bem comum, eu mesma tenho alguns parecidos. Quando o computador liga eu coloco o pendrive, nele aparece somente uma pasta, na verdade um áudio. Que coisa mais estranha! Aperto o play e é quando minha tortura começa.

"Eu amo... Você!

Cato, me diz uma coisa, você esqueceu mesmo só dela quando perdeu a memória?

Eu nunca poderia esquecer...

Então você mentiu?

Menti. Agora estamos juntos... Ela me ama...

Não vai falar a verdade? Ela não desconfia de você?

Ela não tem porque desconfiar... Eu sei fazer as coisas... Ela confia em mim cegamente! A Clove sim...sempre... é uma idiota!"

Não foi difícil reconhecer a voz de Cato e de Glimmer naquele áudio, e sequer foi isso que me fez escutar diversas vezes seguidas enquanto lágrimas desciam silenciosamente por meu rosto. Eu não podia acreditar naquilo, mas eu estava ouvindo claramente a voz daquele que eu pensei que me amasse... dizendo que ama outra, que mentiu para mim e que eu sou uma idiota...

Sinceramente não sei como reagir, só quero chorar até que não haja mais lágrimas dentro de mim, até que essa dor passe e que eu descubra que tudo não passou de um pesadelo, mas não parece que isso vai acontecer tão fácil, pois isso tudo não é um sonho ruim, isso é real!

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