Cullens Ou Volturis? - Alice e Demetri Volturi escrita por Beatriz Ferreira


Capítulo 18
Perigo eminente




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"...-Consegue sentir? – perguntei a Demetri

—Apenas o cheiro, não consigo rastrear, é como se tivesse bloqueando todos os meus sentidos. – O cheiro ficou mais intenso indicando que o ser se aproximava de nós...."

Uma mistura de medo e ansiedade cobria o ar. A brisa sobrava forte os galhos das árvores, as ondas quebravam com força nas pedras em baixo de nós. Foi quando então eu os vi. Saindo da floresta fechada atrás da casa da ilha. Um homem de meia idade, tão branco como nós, seus olhos tão vermelhos como rubi. Um sorriso ameaçador permanecia em seus lábios enquanto se aproximava. Logo atrás, lá estava ele, o mesmo cabelo dourado de sempre, as mesmas cicatrizes que por tanto tempo me fascinaram. Sua expressão era de surpresa misturado com uma tristeza tão grande em seu olhar que eu jamais havia visto antes. Quando seus olhos cruzaram os meus senti meu corpo se retrair, estavam tão vermelhos quanto o do mais velho em sua frente.

— Vejam só quem eu encontrei. General Volturi, a quanto tempo não nos encontrávamos. – disse o mais velho – E quem é a sua amiga? – seus olhos desviaram para mim por um breve instante e voltaram novamente para Demetri, que continuava em minha frente.

—Alice, o que você está fazendo aqui? – Jasper sussurrou. Seus olhos surpresos desviaram entre eu e Demetri tão rápido que um humano jamais perceberia.

— Jasper eu... – dei um passo a frente em sua direção e parei em seguida. Demetri olhou pra mim e voltou a olhar para os vampiros em sua frente.

— Ora, parece então que todos se conhecem por aqui? Encontrei esse jovem perdido rumo a Veneza e então resolvemos seguir viagens juntos até aqui. Então essa é a doce Alice que você tanto me falou. – Ele sorriu – Confesso que não esperava que ela fosse tão espetacular assim. – o mais velho olhava fixamente para mim. – Veja Jasper, parece que estamos atrapalhando alguma coisa. – ele desviou o olhar para Demetri ainda com um sorriso nos lábios.

Toda aquela cena era confusa demais para mim; Por que Jasper estava na Itália? Quem era aquele homem com ele? Por que ele havia voltado? Por que eu não consegui ter nenhuma visão sobre ele? Meus pensamentos passavam tão rápido pela minha cabeça que era difícil distinguir ao certo.

— Alice, eu gostaria de conversar com você. – Jasper falou olhando diretamente pra mim. Demetri chegou mais perto de mim e rosnou para Jasper em uma postura protetora

—Não. – Demetri respondeu ríspido

—Alice, por favor – Jasper suplicou olhando para mim e ignorando a presença de Demetri ao meu lado. Eu sentia meu coração apertar cada vez que Jasper repetia o meu nome. O vento sobrava em seus cabelos dourados escondendo o seu rosto atrás da cortina loira de fios.

Em um gesto rápido, confirmei com a cabeça e corri floresta a dentro, ouvindo Demetri protestar atrás de mim. Mas não importava, eu precisava ouvir o que Jasper tinha a me dizer, eu precisava de um motivo para tudo aquilo estar acontecendo agora. Precisava sanar as minhas dúvidas. Jasper me seguia em silêncio, enquanto corríamos para longe do píer.

Demetri p.o.v

Vi Alice correr floresta a dentro com Jasper logo atrás. Minha mente se recusava a processar que ele estava aqui, que a pessoa que a havia machucada a minha pequena branca de neve estava de volta. Meu corpo estava completamente paralisado pelo medo do que poderia acontecer. Voltei a atenção para o que acontecia quando o vampiro mais velho se aproximou.

— Acho que consegui me esconder bem de vocês dessa vez, não é mesmo? – Kalleed falou caminhando em minha direção.

— O que você quer aqui, Kalleed? Aro jamais aceitaria a sua presença em Volterra novamente e seria um prazer enorme para mim arrancar a sua cabeça agora.

Kalleed van Houser, havia sido transformado por Heidi após a morte de sua irmã Celine. Ele nunca perdoou os Volturis por aquilo e jurou vingança antes de desaparecer completamente do nosso radar. Kalleed nunca aceitou meu relacionamento com sua irmã, mesmo sem saber o que eu era. Quando Aro invadiu a Romênia atrás dela, Kalleed tentou protegê-la mas foi em vão e acabou sendo mordido por Heidi. Kalleed tem um dom único; ele consegue ser imune a todos os nosso poderes e sentidos, não consigo rastrear, assim como Alice também não conseguia ver nada sobre ele na cidade, além de ser capaz de criar falsas realidade em nossa mente, nos torturando com o nosso maior medo. Ele também consegue induzir falsas sensações, então era alguém muito perigoso que queríamos manter o mais longe possível.

— Por mais que você queira, general, sozinho você não é nada. Eu jurei a vocês que eu voltaria e cumprirei a promessa que fiz no leito de morte da minha jovem irmã. – suas palavras eram cheias de dor e eu sabia que precisava ser cauteloso com ele, mas meus pensamentos estavam voltados a tentar localizar a presença de Alice. – Não adianta tentar localiza-la agora, general. Estou bloqueando todos os seus sentidos no momento. - ele riu de forma sádica. Meus músculos enrijeceram em preocupação.

Alice p.o.v

Corri o mais longe possível parando do outro lado na ilha, olhando o mar a minha frente. Jasper parou logo atrás. Sentia seus olhos fixos em mim e uma dor preenchia o meu peito.

— Alice, o que você está fazendo aqui? – Jasper repetiu a pergunta anterior. – meus punhos se fecharam em ódio. Virei para ele fitando os seus olhos.

— O que eu estou fazendo aqui, Jasper? Acho que eu que deveria te perguntar isso, não é mesmo? Você foi embora, me deixou alegando que a vida ao meu lado era monótona e agora você está aqui querendo falar comigo? – as palavras saíam sem que eu conseguisse conter o meu ressentimento. Senti quando Jasper tentou me enviar uma onda de calma. – Pare. Não quero que você influencie nas minhas emoções, Jasper. – não consegui conter quando caí em um choro silencioso.

— Eu não sabia que você estaria aqui, justo aqui em Volterra. Encontrei Kalleed em Veneza e ele me disse que estava vindo para cá, pensei em vim me certificar de que estava tudo bem por aqui com relação a Reneesme e aos Cullens. Foi quando acabei aqui. Eu sentia que você estava por perto mas tenho sentido isso todos os dias que achei que fosse só mais uma alucinação da minha cabeça, Alice. Ainda mais que os sentimentos que vinham de você..  – Jasper deixou as palavras de perderem por alguns segundos-... luxúria, desejo, paixão, tudo aquilo me atingiu em cheio quando me aproximei da ilha. Quando eu te vi, foi como se eu tivesse sido jogado a uma realidade que eu não estava preparado. Eu não queria te deixar, Alice, mas não podia te afastar da sua família, não poderia suportar viver sabendo que te separei da família que você sempre procurou. Mas nos últimos meses eu percebi que não consigo viver sem você. Fiz escolhas, tomei decisões que você jamais concordaria mas te ver hoje me fez perceber o quanto eu preciso de você ao meu lado. – ouvi tudo que ele estava me dizendo atônita. Cada palavra que saía dos seus lábios me atingiam em cheio. Ele me viu, me sentiu ali com Demetri, ele sabia o que estava acontecendo e mesmo assim me queria junto com ele. Meu corpo vacilou por um momento, a vontade de correr até ele e me jogar em seus braços gritava. Foi quando ouvi Demetri gritar e um som de membro sendo arrancado me alertou. Comecei a correr em direção ao píer novamente e Jasper segurou meu braço.

— Alice não vá. Você não pode ir até lá, você precisa me dizer alguma coisa. – puxei meu braço rapidamente e ignorei suas palavras. Demetri estava em perigo e precisava de mim naquele momento. Voltei a correr em direção ao píer e deixei Jasper parado atrás de mim, ele não me seguiu, pelo contrário, começou a correr para a água e ouvi quando o outro vampiro se juntou a ele. Encontrei Demetri encostado ao lado da árvore em frente a casa, seus olhos estavam escuros e pareciam desconexos. Olhei ao redor e encontrei seu braço na areia. Me ajoelhei em sua frente e tentei colocar seu braço no lugar. Rasguei um pedaço do meu vestido e o amarrei ao tronco de Demetri torcendo para que o nosso veneno o curasse de volta. Como não havia sido queimado, conseguiria se curar perfeitamente. Segurei seu rosto em minhas mãos.

—Demetri por favor, fale comigo. Demetri por favor. – Era como se ele estivesse sido desligado, seus sentidos estavam bloqueados, eu não conseguia mais vê-lo em minhas visões.

— Alice... – ele sussurrou – Alice por favor.. – suas palavras sumiram no ar.

— Eu estou aqui. Eu estou aqui com você – o abracei com força não conseguindo conter o choro – Demetri o que aconteceu?

Senti quando ele me abraçou de volta e ficamos assim por longos minutos.

— Você saiu correndo. Kalleed usou seu dom contra mim e eu perdi completamente os meus sentidos, na hora eu estava em outro lugar, uma realidade tão terrível. Eu vi você morrer na minha frente várias e várias vezes seguidas. Eu fiquei com tanto medo mas não conseguia me mexer. Foi então quando ele começou a me atacar – Demetri mostrou as marcas de mordidas em seus braços, peito, pescoço, várias partes do seu corpo estavam marcados por novas cicatrizes. E então ele arrancou o meu braço, como um aviso para que Aro soubesse que ele estava de volta. Foi quando ele ouviu você vir e saiu correndo em direção ao mar. Eu estava tão preocupado com você que não consegui me concentrar no que estava acontecendo bem aqui na minha frente. – Demetri se levantou e caminhou afastando-se de mim. Ele continuou andando e parou encarando o céu.

— Eu estava com tanto medo de que algo acontecesse que não fui capaz de me proteger e se algo realmente tivesse acontecido eu não poderia te ajudar. Mais uma vez eu coloquei alguém em perigo por causa dos meus sentimentos. Agora kalleed sabe de você e muito provavelmente irá atrás de você. Eu não queria que você tivesse que passar por isso novamente. – Demetri evitava a todo custo olhar para mim e sua expressão era impossível de decifrar.  

— A culpa não foi sua Demetri, não tínhamos como saber. Vamos, precisamos contar ao Aro o que aconteceu aqui, e do perigo que talvez se aproxima. – levantei e caminhei em sua direção. Demetri concordou com a cabeça e seguiu sem olhar para mim. Voltamos correndo para Volterra, os primeiros raios de sol começavam a bater em nossa pele quando entramos no palácio.

— É melhor você ir para o seu quarto. Eu converso com Aro. – Demetri falou com rispidez.

— Te vejo mais tarde então? – mas ele já tinha desaparecido pelos corredores do castelo.

Entrei no meu quarto e não consegui conter as lágrimas, caí em choro profundo deitada na cama. Eu não acreditava que tudo aquilo tinha acontecido.


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