Capítulo três

Vampiros? Como assim vampiros? Primeiro eles afirmam que sou uma bruxa, e depois eles afirmam que precisam de mim. Por quê afinal, vampiros iriam precisar de uma bruxa? Eles não são os predadores mais perigosos da Terra?

–Olha, não estou entendendo nada eu estou...

Eu estava me sentindo muito mal, ouvia vozes, me dizendo coisas horríveis, eu corri dali, corri e corri. Mas eles eram mais rápidos que eu, e me alcançaram, Andrew tampou a minha boca e desde desse momento minha vida ia mudar.

Uma música horrível dos anos 70 tocava no carro, espera... Eu estava em um carro?

–Onde estamos? Perguntei meio zonza.

–Até que fim Bela Adormecida, bons sonhos? Andrew "respondeu".

–Sonhos? Perguntei confusa.

–É... Nós tivemos que dar uma coisinha para você dormir, ai, que estresse você estava em? Saiu correndo feito louca! Por isso odeio a escola, ela te deixa maluquinha. Não vamos de machucar, não, florzinha. Disse Andrew.

Eu simplesmente odiava, quando me chamavam por apelidinhos, por mais que fosse carinhoso.

–Assim vai deixa-la realmente estressada Andrew. Disse Nicholas.

–Olha só, eu tenho família ok? Anny precisa de mim para suas atividades na escola, e minha mãe vai ficar muito preocupada, e vocês não podem me tirar do país, estou sem nada, sem minhas roupas, sem minhas roupas intimas, nada de higiene pessoal, não dá!

–Meia família você tem, e nós podemos te tirar do país sim mocinha. Aiai abusada a garota em? Disse Andrew.

–Toma ai suas coisas, pegamos na sua casa. Disse Nicholas, jogando uma mala imensa para o banco de trás onde eu estava sentada, e onde quase fui atingida por uma sacola de umas 2 toneladas.

–Mexeu nas minhas coisas? Perguntei irritada.

–Sim, problemas? Perguntou Nicholas.

–Acontece que, não estou acostumada a mexerem nas minhas coisas.

–Melhor se acostumar. Disse Nicholas.

–Relaxa, Nicholas não está falando sério, não somos tão abusados em mexer nas suas coisas como se aparenta! Disse Andrew, tomando um liquido vermelho dentro de um saquinho... de hospital... Aquilo era sangue!

–Isso ai é sangue! Você rouba do hospital?

–Eu não roubo! Eu peço com jeitinho... Disse Andrew.

–Você hipnotiza as pessoas? Não é?

–Olha ai... Está ficando esperta! Gostei... Disse Nicholas.

Tínhamos parado em um hotel, não muito chique, na beira da estrada! -O que nós vamos fazer aqui? Perguntei.

–Ora bolas... Vamos dormir, tomar banho, comer, escovar os dentes, ver TV, e outras coisinhas queridinha. Disse Andrew.

Aquilo estava me irritando...

Assim que chagamos no quarto, fui tomar banho, jantamos, quer dizer... eu jantei, e fui dormir.

–Ai... Que sono... Disse bocejando.

–Acorda, logo! Temos um longo dia pela frente! Disse Andrew.

–Onde está Nicholas?

–Ele foi cuidar de uns papeis... Respondeu Andrew.

–Que papeis?

–Nada de importante.

–Ok...Eu estou com fome, será que podemos passar em alguma lanchonete?

–Podemos sim, vou lhe dar um tempo para se arrumar.

Depois que me arrumei, fui direto para a lanchonete, Andrew estava sentado em uma mesa, me sentei junto a ele.

–Como você foi transformado? Perguntei.

–Ah, foi uma longa história... Você sabia que existem caçadores de sobrenaturais?

–Não, sobrenaturais, tipo bruxas, vampiros, lobisomens, fantasmas, e até demônios...?

–Exatamente, bem eu e Nicholas éramos uns deles, nós éramos ótimos, ganhávamos todas!

–Wow, isso parece ser fantástico!

–E era... Bem, não dá pra caçar mais, sendo que eu e Nicholas somos sobrenaturais não é verdade?

–Sim... -Peça qualquer coisa, afinal você estava com fome.

Não demorou muito para que a comida chegasse, quando me dei conta já estávamos no carro de novo. Só que dessa vez estávamos no estacionamento do aeroporto.

Eu estava mais tranquila, Andrew e Nicholas estavam sendo bem legais comigo, tenho certeza que não me machucariam.

–Nós vamos viajar mesmo? Disse.

–Sim, estamos precisando de você. Disse Nicholas.

–Vamos para onde?

–Vamos para Lakewood. Disse Nicholas.

–Vocês estão loucos? Isso fica na Califórnia sabia?

–Sim. Respondeu Andrew.

–Vamos logo. Disse Nicholas.

–Espera, estou sem meus documentos. Disse.

–Relaxa, nós preparamos tudinho hoje de manhã. Disse Nicholas.

–É só você fazer tudo o que a gente mandar, e vai sair tudo certo. Disse Andrew.

–Está bom então.

Eu não tinha provas, ainda achava que aquele negocio de seres sobrenaturais, bruxas e vampirismo era tudo loucura, eu ia viajar com dois loucos, isso sim. E eu só conseguia pensar agora na Emily, Hanna, Minha mãe e na Anny, eu estava prestes a sair do país... Eu não poderia... Eu iria fazer o que eu tinha que fazer, e que não deu muito certo da última vez!

Não esperei muito, assim que os dois se distraíram na fila do check in eu corri bastante como da última vez.

–Nicholas, aonde está a Ester?

–Relaxa, vou achar ela rapidinho.

Eu estava saindo do aeroporto, mas ele conseguiu me alcançar e segurar o meu braço.

–O que estava tentando fazer? Disse Nicholas.

–Ah, então você não sabe? Fugir é claro, afinal eu ia viajar com dois psicóticos que acham que são vampiros.

–Então você acha que eu não sou um vampiro?

–Claro.

–Escolha uma vítima, e eu te provo.

–São pessoas inocentes Nicholas.

–Ah, agora está com medo? Eu sou um psicótico lembra? Você mesma disse.

–Ok...

Uma vítima... Não queria escolher ninguém mas, assim que olhei pro lado, vi um homem roubando a bolsa de uma mulher, não pensei duas vezes.

–Anda, escolha, o lugar não está tão movimentado aqui fora, escolha! Disse Nicholas bravo.

–Aquele homem de casaco de couro. Disse.

–Hum...

Em menos de um segundo ele já estava mordendo o pescoço do moço, seus dentes eram bastantes afiados, e sua boca estava suja de sangue. Depois de uns 10 segundos, ele largou o homem, ele ficou... caído no chão...

–O meu Deus, você matou ele.

–Acredita em mim agora?

–Acredito.

–Ótimo. Disse Nicholas, mordendo seu pulso e dando seu sangue, para o moço, olhando para os lados com pressa.

–O que está fazendo?

–Ele vai ficar bem. Agora vamos voltar para a fila do check in.

–Olha, você tem que fingir que não conhece a gente ok? Vá para a lanchonete e compre alguma coisa, depois vá direto para o avião, estaremos lá! Disse Andrew.

–Tudo bem. Disse.

Eu fiz tudo direitinho, afinal, minhas fugas não deram certo.