Juntos, Até O Fim escrita por Milady Sara


Capítulo 4
Nas garras do gato - parte 2


Notas iniciais do capítulo

Seguinte povo, fiz esse cap sem um pingo de inspiração então acho que ficou um grande pedaço de bosta :/.
Mms assim, espero que megustem ;3



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45 coisas que toda garota quer, mas não pede:

11. Sorria com ela

12. Tire fotos com ela

13. Puxe-a para seu colo

14. Quando ela disser que te ama mais, negue. Discuta com ela

15. Quando os amigos dela disserem que a amam mais do que você, negue. Discuta com eles e a abrace, para que ela não chegue até eles, isso a fará se sentir amada

Ravena POV

A semana que se seguiu foi a mais frustrante possível.

Graças a Besta, era quase impossível pegar Censhire. A única coisa que era quase boa, é que Besta não via distinção entre amigo e inimigo. Era Censhire e não-Censhire, então ele acabou com muitos bandidos enquanto agia. O que nos favoreceu um pouco.

Aparentemente não conseguiríamos resgatar Gar sem ajuda então recorremos a medidas desesperadas. Chamar Jinx e Kid Flash. Pode parecer que ia haver uma terceira guerra mundial, mas, Jinx reagiu muito bem, especialmente por estar com Ciborgue e Kid Flash era na verdade uma substituição. Queríamos Ricardito, que já tinha... Tido um caso com Censhire.

O plano era um pouco falho. Todos distrairiam Besta, eu tentaria entrar na mente de Censhire para descobrir a localização do esconderijo, e depois Kid Flash ia checar e... Bem, essas duas etapas tinham que dar certo primeiro.

Robin considerou um rastreador, mas achava que Censhire descobriria rapidamente.

Nesse momento, estávamos todos espalhados pela cidade esperando que Censhire aparecesse, o que não demoraria, já que ela ficara muito presunçosa e saia quase três vezes por dia.

Eu estava no terraço de um prédio examinando a rua. Não nego que andava muito quieta ultimamente (mais do que de costume), mas... Sabendo que Censhire poderia estar fazendo quantas experiências quisesse com Gar... Não poderia estar diferente.

Meu broche começou a piscar e a voz de Jinx soou.

Ela tá aqui. Loja de eletrodomésticos. Acho que ela não tem computador ainda.

- Estou indo. – disse puxando o capuz sobre meu rosto e indo em direção à loja. Logo, Estelar voava ao meu lado e pude ver Kid Flash indo pelo chão.

Quando pude ver a loja, Robin, Jinx e Ciborgue já distraíam Besta.

- Vai esperar Censhire e nós cuidamos dele. – disse Estelar antes de descer numa guinada para se juntar aos outros. Me transformei numa sombra e cheguei até a loja pelos prédios do outro lado da rua de modo que Besta não pudesse me ver.

Voltei a minha forma normal e fui para a frente da loja. Com um movimento da mão, explodi todos os aparelhos lá dentro. Logo, Censhire apareceu pela porta, com suas garras de aço e com alguns arranhões pelo corpo.

- Depois dessa, eu faço questão de acabar com esse seu rostinho. – ela disse apontando aquelas garras para mim.

- Será que consegue? – disse flutuando e olhando para ela fixamente. Ela realmente estava de mau humor. Avançava contra mim como um bicho, mas, eu a impedia com meus poderes. Não queria um conflito direto, só deixa-la irritada o suficiente para conseguir entrar em sua mente.

Isso deu certo por alguns minutos, mas, como tudo sempre pode piorar, algo deu errado com o pessoal e Besta me viu. E ao me ver “lutando” com sua mestra... Não ficou nem um pouco feliz. Com um acesso de fúria ele rapidamente se livrou de Jinx, Robin e Estelar e veio até mim. Justamente na hora em que eu estava quase conseguindo entrar na mente de Censhire. Sem escolha, aprisionei Besta em um cubo feito de minha energia escura. Sinto muito Gar...

Eu precisava entrar na mente dela agora. Mas quem dera fosse tão simples. Não conseguia manter Besta preso e tentar entrar na mente de Censhire ao mesmo tempo. No fim, perdi a concentração por um segundo e ela me acertou um chute. Resultado: Censhire fugiu e eu fiquei no chão com a boca sangrando.

Enquanto ela corria, ouvi Besta se soltar e vir até mim. Suspirei e me virei ainda no chão com a mão levantada. Besta parou um segundo, seus olhos ficaram borrados e ele desmaiou quase aos meus pés. Em menos de um segundo os outros vieram até mim ao mesmo tempo em que Gar voltava à forma humana.

Tínhamos pegado ele de volta, mas...

Nos entreolhamos com rostos indecisos.

~*~

Estávamos na enfermaria, Gar desmaiado numa cama com os batimentos cardíacos sendo monitorados.

- O que fazemos? – disse Estelar.

- Ele ainda tem essa coisa doida que faz parecer um cachorrinho da Censhire. - disse Jinx.

- Quando acordar... Vai voltar correndo pra ela... – disse Ciborgue.

- Exatamente. – eu disse com um lampejo no cérebro. – Quando ele acordar vai voltar correndo pra ela...

- E assim achamos o esconderijo. – completou Robin.

- Mas não vai ser bonito quando ele acordar. – disse Kid Flash.

- Vamos estar prontos. – afirmou Robin.

~*~

Gar ainda dormia, mas com certeza não por muito tempo. Estava sentada ao seu lado enquanto ele dormia. Beijei sua testa e saí da enfermaria.

~*~

Estávamos numa sala escondida da Torre, vendo a enfermaria por uma câmera.

Os batimentos de Gar aumentaram, ele se contorceu e voltou à forma de Besta. Cheirou o ambiente e fugiu pela janela. Esperamos alguns segundos.

- Kid Flash. – disse Robin e Kid saiu correndo, seguindo Gar. Depois de uma hora ele deu notícias. Mandou as coordenadas e chegamos a uma espécie de prédio abandonado.

- E agora? – perguntou Estelar.

- Meninas, pela ventilação. – disse Robin apontando para mim, Estelar e Jinx. – Kid pelos fundos, o braço de Ciborgue vai pela ventilação com vocês e o resto dele e eu vamos tentar alguma coisa pelo terraço.

Eu, Jinx e Estelar conseguimos nos espremer nos dutos de ventilação. A parte ruim era tentar não fazer barulho. Engatinhamos devagar, virando algumas vezes conforme o braço de Ciborgue detectava alguma coisa. Estelar ia à frente, depois eu e Jinx. Parecíamos engatinhar infinitamente até chegarmos ao que procuramos.

Podíamos ver o cômodo pela abertura da ventilação, estávamos do outro lado da parede e era uma visão meio diagonal.

Censhire conduziu Gar, que estava de novo em forma humana, para uma espécie de gaiola. Ele suava e arfava.

- Ainda bem que conseguiu fugir. – ela disse o colocando no chão. – O que eu faria seu meu bichinho? – ela observou enquanto ele suava. – Melhor dar outra dose para você. – foi até uma pequena mesa, pegou uma seringa e voltou até ele. Puxou o braço e injetou alguma coisa na veia dele, que sorriu levemente. – Melhor assim. – Censhire se levantou e voltou para a mesa.

Logo, vi um borrão amarelo e Kid estava atrás de uma coluna a alguns metros da gaiola de Gar e algum tempo depois, Robin estava no teto, somente observando.

- É horrível não poder conversar com você. – disse Censhire. – Só se parasse de injetar a droga que deixa você sobre meu controle e usasse outra coisa. – só então percebi que ela estava sem máscara, o braço de Ciborgue com certeza tinha batido fotos do rosto dela. – Será que se eu injetasse ocitocina em você, com um pouco do meu DNA, você se apaixonaria por mim? Isso facilitaria as coisas além de trazer algumas vantagens... – eu vou acabar com essa vadia.

Ouvimos um som no terraço. Um baque surdo. Maravilha Ciborgue. Censhire ficou tensa, não se movia, só escutava e nós continuamos em silêncio. Não ia demorar para atacarmos, todos já tínhamos estabelecido o alvo. Depois de cinco longos minutos, Censhire se convenceu de que não havia nada com que se preocupar.

Robin assentiu para nós. Jinx esticou o braço e as luzes apagaram.

O se seguiu foi uma cena muito confusa, no escuro, apesar de Censhire ser mais rápidas, nós também tínhamos vantagem. Houveram diversos barulhos e quando as luzes voltaram, Censhire estava na gaiola junto com Gar, e nós a cercávamos. Seus olhos passaram por cada um de nós, como se fizesse um plano de fuga.

Ela tinha uma seringa em mãos. Opa. Sem esperar nada, ela injetou o que quer que seja na nuca de Gar, e ele se transformou em Besta e avançou para nós. Estelar, Jinx e eu éramos responsáveis por cuidar dele. Com duas flutuando e uma no chão era fácil mantê-lo ocupado.

Censhire tocou a cintura, procurando suas garras, mas não tinha nada ali.

- Procurando por isso? – perguntou Kid Flash mostrando as garras em suas mãos como se fossem cartas.

- Admita, você perdeu. – disse Robin.

- Não tão cedo. – disse Censhire entredentes. Os dois entraram em uma luta corpo a corpo, e é claro, com armas, Robin ganhou facilmente e ele e Kid prenderam Censhire na gaiola. – Eu ainda tenho minha arma secreta. – ela disse presunçosamente e assobiou. Besta olhou em sua direção, e exatamente como aconteceu quando ele me viu lutando com ela, ficou furioso.

Robin logo foi arremessado contra uma parede e Kid foi socorrê-lo. Em seguida, Besta tentou quebrar as barras da gaiola, mas aquilo aparentemente era feito para detê-lo então não era tão simples.

Sem mais nada para fazer, Estelar, Jinx e eu quebramos o teto em cima da cabeça dele para chamar sua atenção, o que infelizmente funcionou e a fúria dele foi dirigida a nós, mais especificamente a mim.

Eu não conseguiria machuca-lo de verdade. Simplesmente não dava. Andei para trás até encostar na parede. Ele me atacava continuamente, mas eu tinha criado um escudo com meus poderes. Mas é claro, duvidava que fosse aguentar muito.

- Gar! Você sabe quem eu sou! Sabe quem nós somos! Só precisa se lembrar! – gritei para ele, que só atacou cada vez mais forte. – Você sabe que não é um monstro então pare! – ele quebrou o escudo e avançou para mim, fechei os olhos esperando o ataque. – GARFIELD! – continuei de olhos fechados, mas o ataque não veio. Ele parou e ficou me olhando, um pouco agachado. Toquei seu rosto levemente. Todos estavam parados, como se a qualquer momento eu fosse ser devorada. – Por favor... – pedi enquanto ele exibia um olhar triste, voltou à forma humana e desmaiou, caindo em meus braços.

Depois daquilo, tudo foi até muito calmo. Ciborgue enviou as pesquisas de Censhire para os Titãs do Oeste, e Kid Flash ia leva-la.

~*~

Era tarde da noite, Jinx tinha ido para casa e eu e os outros estávamos sentados no chão do lado de fora da enfermaria ouvindo os gritos de Gar. Ele estava amarrado na cama, e se contorcia e gritava furioso.

- Não pode fazer nada Ciborgue? – perguntou Estelar.

- Não. Ele tem que se desintoxicar. Mas eu não imaginava que a abstinência fosse ser assim... O máximo que eu posso fazer é dar soro. – ele falou olhando para o teto.

Desnecessário dizer que aquilo era incrivelmente doloroso para mim. Eu não podia fazer nada.

- Melhor ir dormir. – disse Robin. – Ficar aqui não vai ajudar... – ficamos de pé, mas... Eu não queria sair dali... Robin e Estelar foram para o quarto e Ciborgue entrou na enfermaria para colocar mais soro.

Ali da porta, podia ver Gar amarrado na cama, suando frio e se debatendo. Baixei os olhos e fui para meu quarto.

- Ra... vena. – me virei um segundo. Não... – Rave... na. – voltei para a enfermaria e sim, Gar estava me chamando em arquejos. Ciborgue estava sentado do lado dele e lançou um curto sorriso quando pegou uma cadeira para mim também.

Sentada ali, ao lado dele, era pior que ouvir os gritos do lado de fora. Ele me olhava arquejando, como se implorasse para que eu o soltasse. Ele respirava rápido e se debatia quase derrubando a cama. Ciborgue o olhava triste.

Devagar, estiquei minha mão até onde a de Gar estava presa e a apertei por cima do punho que ele mantinha. Ele disse meu nome, mas algumas vezes.

- Tudo bem. – sussurrei segurando o choro. – Vai ficar tudo bem.

Foi mais uma semana de agonia. Ele só parava quando cansado, dormia. Acordado dava para ouvir seus gritos por toda a Torre.

Agora, ele estava dormindo e eu estava sentada na ponta da cama o observando. Tudo culpa daquela vaca. Suspirei e olhei para baixo.

- Rae? – não... Olhei para cima e Gar estava me encarando, muito abatido. Ele deu um sorriso que me quebrou por dentro. Todo o choro que tinha segurado saiu e eu o abracei, o que não era tão simples com ele estando preso na cama.

Pouco tempo depois, os outros chegaram e Estelar deu longos gritos enquanto Ciborgue o soltava e Robin deixava claro o trabalho que ele tinha dado para todos. Finalmente, depois de empurrarem muita comida pela garganta de Gar, nos deixaram sozinhos. Ele continuava deitado passando a mão em meu cabelo, e eu agarrada a ele.

- Você me deixou muito preocupada sabia? – disse baixinho.

- Eu não fiz de propósito. – ele afastou a capa do meu braço e viu as cicatrizes que haviam ali. – Nem isso...

- Tudo bem. – disse olhando em seus olhos. – Não foi nada.

- Duvido muito.

- Não parece você mesmo sendo tão triste. – falei me sentando. – Acabou, você está de volta e é isso que importa.

- Isso pareceu uma frase de filme sabia?

- Mesmo?

- Uhum. Você adora um clichê né? – sorri para ele.

- Por isso você me ama. – me inclinei e o beijei levemente. – Agora descansa.

- Você já vai? – ele disse com uma voz manhosa. Esse é o Gar que conhecemos e amamos.

- Amanhã você recebe alta, então melhor dormir. – disse saindo da enfermaria.

~*~

Era noite, estávamos no meu quarto, e eu com a cabeça deitada no peito nu de Gar enquanto ele acariciava meu cabelo (ele tem alguma fixação com isso). Respirei fundo, me deitei por cima dele e o beijei.

- Ei... O que é isso? – ele perguntou.

- Você não tinha tanta pressa?

- Exatamente. Eu, não você.

- Eu quase perdi você para aquela vadia. E... Pensa bem... Nossas vidas não são exatamente estáveis. Isso pode acontecer outra vez, e talvez comigo.

- Como se eu fosse deixar...

- Eu não quis que acontecesse com você e aconteceu. Admita, é muito imprevisível. E eu só... Não queria mais perder tempo. Amanhã pode acontecer algo pior e... – ele me calou com um beijo.

- Acho que entendi, mas... Tem certeza? – ele perguntou.

- Absoluta. – disse voltando a beijá-lo.

Logo o beijo foi aprofundado e ele começou a subir devagar a minha camisola. Inverteu as posições ficando por cima e foi para meu pescoço o beijando enquanto eu arranhava suas costas levemente, e logo voltou a me beijar.

Foi a melhor noite da minha vida.


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Notas finais do capítulo

Final breeeeeeeeeeeeeeeeega!
Mandem reviews!!
Img original - http://emilhansen444444.deviantart.com/art/RxBB-Best-Night-Ever-284297436