Diário De Uma Virgem escrita por Annie Meddina


Capítulo 5
Capítulo Cinco


Notas iniciais do capítulo

Hey guys' sorry a demora, mais enfim é tanta coisa...

Boa Leitura!



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Edward caminhava a passos lentos,  o sol se escondia entres as nuvens que soprava uma brisa gelada.  O resultado seria talvez  mais tarde uma das suas costumeiras tempestades.

Ele ia Chutando pedrinhas enquanto andava absorto na estrada que serpenteava em direção ao penhasco, a trilha era íngreme e ele foi reduzindo seu ritmo. Ao longe ele podia ouvir o barulho inconfundível das ondas, a brisa trazia o cheiro da maresia umedecendo o ar.

Antes de chegar ao lugar desejado ele a viu.

Ela estava na beirada do penhasco, que descia abruptamente centenas de metros até o cintilante oceano. As ondas viajavam em direção do pequeno pedaço de praia aos pés do penhasco. Ela olhava absorta em direção das ondas.  Hipnotizada.  

Ela estava linda, nada de roupa escura e sóbria. Ela vestia um vestido florido, jovial.

O vento  fazia seu vestido ondular em um redemoinho ao redor de suas pernas. E que pernas.

Ele ficou ali, admirando sua beleza singela, da mesma garota que havia se apossado dos seus pensamentos.

Ela não lembrava aquela garota confusa e vulnerável. Ali se encontrava uma mulher, uma deusa em beleza.

Ele tinha medo de se aproximar e perceber que ela era uma miragem.

Ele ficou um bom tempo parado reverenciando sua beleza quando a viu abraçar a si mesma e curvar-se em seguida como se seu sofrimento pesasse em seus ombros.

Ela chorava implacavelmente e ele não pôde mais se conter.

Ele se aproximou dela com cautela e no estante seguinte olhava enervado para aqueles olhos que o fascinava e o levava para longe.

O olhar dela o sugava, fazia-o mergulhar num lago profundo, era uma sensação de vertigem.

Mais naquele dia seus olhos transmitia outro sentimento, uma tristeza profunda.

Sua vontade era correr e pegá-la nos braços e dizer que tudo ficaria bem.

Não resistindo ele se aproximou, não eram necessárias palavras.

Ele a tomou em seus braços, seu corpo pequeno e tremulo preencheu o vazio entre seus braços, num encaixe perfeito.

— Chore querida, sempre alivia.

Como se só esperasse pelo seu comando ela desatou em pequenos soluços.

— Eu sou uma pessoa má... Eu. — exclamou Bella entre soluços.

Edward tomou seu delicado rosto nas mãos e o levantou. Seus polegares secavam os últimos vestígios do seu pranto.

— Não, você é incrível, Forte e corajosa... Só estar muito confusa.

— Não... Eu...

Mas Bella se calou, o que poderia dizer, só de imaginar que ele soubesse de seu suposto passado sujo a fazia estremecer.

Ao vê-la estremecer ele a abraçou mais forte sua fina cintura, Bella deitou sua cabeça em seus grandes ombros e deixou-se ficar ali. Sentia-se protegida nos braços fortes dele, era como se nada mal no mundo pudesse atingi-la.

O silencio mutuo se estendeu entre os dois, Edward vibrava por dentro, em saber que poderia confortá-la.

 Ele tinha um senso elevado de proteção em relação a ela, só de imagina-la sofrendo o quebrava por dentro.

Bella foi a primeira a se desvencilhar, ela estava envergonhada de ter perdido o controle.  É que ele tinha o dom de despertar sua vulnerabilidade.

— Desculpe- me por isso, eu...

— Não se desculpe... Eu que peço desculpa por te ver chorar e não poder fazer mais do que oferecer meus ombros e meu conforto. — Bella... —ele continuou seus rostos muito próximos. — Eu não posso imaginar ver você sofrendo, eu sofro também... Eu quero que me prometa que quando estiver precisando de um ombro amigo, me procure.  Eu sinto uma necessidade imensa de protegê-la.

— Eu... Eu prometo... —Disse Bella gaguejante, ela olhou para cima, o rosto de Edward estava a alguns centímetros do seu e ela sentiu a boca secar.

Seus olhos cristalinos a fazia despencar do alto, em uma queda livre e infinita. Eles transmitiam carinho e algo mais.

Por um longo e tentador segundo, sustentou o olhar enquanto sentia a respiração quente acariciar seus lábios. A estranha sen­sação de que a pele necessitava do toque dele perturbou-a, e soube no mesmo instante que ele iria beijá-la.

Ele foi se aproximando e quando sentiu seus lábios tocarem os seus, ela soube que era certo, que estava o esperando à vida toda. Num reflexo, Bella fechou os olhos ao contato.

 A fragrância masculina invadiu seus sentidos, enquanto o toque úmido e quente imobilizou todos os resquícios de duvidas que povoavam sua mente. Sem que pudesse reprimir o ímpeto, passou os braços ao redor do pescoço de Edward, receptiva ao beijo apaixonado. Entregando-se à urgência que crescia dentro dela. Era como se seus corpos se conhecessem, se reencontrassem depois de muito tempo.

 Para Bella só importava aquele momento, e ela esperava nunca terminar.

O contato dos lábios doces e firmes propiciou uma deliciosa combinação de direito e entrega que a encheu de prazer. Quando ela permitiu ele deslizar sua língua na sua boca, Bella soube que jamais experimentara tal sensação como aquela.

O contato íntimo provocou um sobressalto em Bella. Ela abriu os olhos, receando. Mais o que viu fora Edward com seus próprios olhos fechados, entregue.

E o fogo da paixão a impediu de raciocinar, e ela foi tomada por uma onda sensual que dissipou todos os vestígios da razão e se entregou ao momento.

Um gemido abafado escapou dos lábios de Edward quando ele afastou a cabeça para estudá-la. Encostou sua testa contra a dela.

— Não devo pedir desculpas por isso, não é?

—  Não! Eu... eu queria... Que dizer, eu quero que me beije... Eu...

Os dedos possessivos mergulharam em seus cabelos para tirá-los do rosto, e Bella encostou o queixo nos ombros dele envergonhada.

Edward acariciou-lhe as costas, e o calor das palmas atravessou o tecido do vestido.

Inebriada, ela respirou a fragrância máscula que se desprendia da pele dele e foi invadida pela urgência de tocá-lo. Com mo­vimentos vagarosos, correu os dedos ao longo dos músculos que ela guardara na memória no dia em que o vira no hospital, debruçado sobre ela.

Ele ergueu o rosto para beijá-la mais uma vez, e o contato terno se transformou em um beijo carregado de paixão selvagem. Ao sentir os braços enlaçando-o pelo pescoço, aumentou a pressão do abraço, intensificando o contato entre os corpos.

Incapaz de impedir que seus instintos básicos aflorassem, Bella acariciou os músculos lisos do abdome até que a respiração ofegante de Edward indicasse que havia atingido uma região sensível.

Percebeu a intensidade do desejo que o consumia, assustada por seu próprio corpo corresponder com a mesma força.

De súbito, a noção de que estava fazendo  a fez hesitar. Poderia deixar os acontecimentos seguirem, quando ela tinha um passado sujo e terrível?

Imagens difusas dos testos do seu diário ocuparam sua mente, A ideia de que ele pudesse descobrir a paralisou.

Bella se afastou dele e ele entendeu errado.

— Desculpe-me, se eu a assustei.

— Não, eu só estou confusa... Eu gostei que me beijasse.

—Eu nem disse como estar bonita hoje, quer dizer... Você é linda.

— Obrigada, eu mudei meu guarda-roupa... As roupas antigas eram... Estranhas para mim.

— Eu entendo.

— Preciso ir, minha tia deve estar ficando louca de preocupação.

— Eu te acompanho.

— Não será preciso, eu to bem em ir sozinha.

— Eu quero Bella.

— Tudo bem então.

Bella agora olhava para o grande e pesado portão de ferro da sua casa, se virou e não sabia o que fazer. Eles tinham se beijado e fora maravilhoso, ela sabia que estava a um passo de se apaixonar perdidamente pelo seu médico e colega de profissão.

Ela o viu se aproximar e dar-lhe um selinho e ela não se opôs.

— Hoje é minha folga, quer jantar comigo?

— Você estar me convidando pra sair? – Tipo, um encontro?

—  É eu acho que sim.

—Eu...  Não sei... Eu. — Bella se viu dizendo, seria um encontro de verdade e ela o ansiava por isso.

— Só como amigos, vamos nos divertir.

— Ok. — Disse ela por fim.

— Te pego às 7, tudo bem?

— Sim, claro.

Bella ficou ali o vendo se afastar, ainda estava sob o efeito dos beijos dele, e não viu que era observada.

~~

Ele tinha um olhar assassino, ele sabia que tinha que tomar as devidas providencias. Ela o pertencia e estava na hora dela sabê-lo.


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Notas finais do capítulo

Comentem, comentem para que eu termine mais rapido u.u bjs a todos as fofas que comentam e vcs fantasminhas apareçam, eu não mordo, só na lua cheia.