Capítulo 19

Parte 1 – Caroline Forbes

-Caroline, não vou esperar mais um dia para ouvir a tua decisão – disse o meu pai, enquanto pegava nas chaves do meu carro.

-E eu já disse que a minha decisão já está tomada: eu não vou para os Hampton. Se esta não era a resposta que esperavas ouvir, lamento.

-Pensa racionalmente, Car – pediu ele e eu mordi o lábio com força, tentando não interromper-lhe o discurso. – Lá existem ótimas escolas. Muito melhores do que as de aqui. Podes ir para uma das Universidades da Ivy League.

-Mas eu não quero, está bem? – falei alto. – Estou atrasada para a escola.

Saí de casa e guiei até à escola, pensando nas conversas que eu e o meu pai já tivemos. Sempre a falar sobre o mesmo assunto. Eu já estava cansada de falar no assunto e ele insistia em querer levar-me com ele para os Hampton, onde é só riquinhos e intrigas. Bem, aqui também não era muito diferente, mas lá a coisa era em grande.

O meu telemóvel deu sinal de mensagem e eu suspirei. Só iria ler a mensagem quando chegasse ao estacionamento, mas não tinha dúvida nenhuma em como era mais uma daquelas estúpidas mensagens anónimas, que me moíam o juízo. Se eu necessitasse de um motivo para ir viver com o meu pai, este seria sem dúvida, um deles.

Estacionei ao lado do carro de Bonnie, mas ao lado do da minha melhor amiga estava o de Rebekah. O que tinha acontecido a Elena?

Saí do carro e abri a mensagem.

Kennett: verdade ou mentira? Tirem as vossas próprias conclusões – XOXO

Que raios? Kennett? Qual era o ship? E verdade ou mentira? Mas que mensagem tão estranha, sem imagem nem nada.

-Olá, Caroline.

Isto não era bom sinal. Rebekah nunca falava comigo. Virei-me e lá estava ela, com April ao seu lado.

-Olá, Rebekah – seria de muito mau tom não responder.

-Onde está Elena? – a sua voz denotava falsa preocupação. – Bem, não interessa. Vemo-nos no almoço.

Passou por mim, com April atrelada a ela. Era necessário puxar aquela pequena para o nosso lado. Não havia nenhuma espia no mundo de Rebekah e isso era necessário.

Bonnie aproximou-se de Rebekah e deu um beijo no rosto da loira. Abri a boca de espanto. Kol aproximou-se delas e beijou os lábios de Bonnie apaixonadamente. O que tinha eu perdido nestes dois dias de fim de semana?!

Parte 2 – Klaus Mikaelson

-E então ela beijou o teu irmão! Kol! Ela beijou Kol! – concluiu Caroline, chocada.

Fiz um meio sorriso.

-Para o mundo! Eu conheço esse sorriso torto! O que sabes que eu não sei, Niklaus?

Ela usou o meu nome completo, o que significava que ela não estava a gostar muito deste mistério.

-Eu sei que Kennett é falso. Bem, um falso com um fundo meio verdadeiro, porque aqueles dois sempre se amaram e sempre se vão amar.

-Mas quem são os Kennett?!

Contive uma gargalhada.

-Caroline, pensa: Kol e Bonnie.

-Urgh – ela enrugou a testa e recostou-se no sofá com a caneca de café quente a fumegar nas suas mãos. – Que raio de nome para ship. O nosso é muito melhor.

Desfiz o meu sorriso.

-Desculpa – apressou-se ela a dizer. – Não nesse sentido, mas… ah, tu sabes! És meu amigo e também há ships de amizade.

Acenei com a cabeça.

-O que eu te ia dizer é que essa amizade entre e Bonnie e a Rebekah também é falsa. Elas estão juntas, com o meu irmão, Elijah e até eu, para desvendarmos quem é o autor das mensagens.

Caroline arregalou os olhos e engasgou-se com o café.

-Como é que é?

-É isso mesmo, Caroline: a caça ao autor mistério das mensagens começou.

©AnaTheresaC