Quando Nada Mais Faz Sentido escrita por Liran Rabbit


Capítulo 21
Capítulo 20




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Alexandra

Não podia ser... Aquilo era bem impossível de realmente acontecer... Os cavalos de areia relincharam assustados quando a luz brilhava intensamente nos primeiros segundo e os medonhos que atacavam também deram um grito terrível de agonia, como se lamentassem a morte de alguém. Quando a luz tinha recuado, no lugar onde estava havia dois corpos ao chão.

Um tinha a cor laranja avermelhada sobre o rosto e o outro com uma mancha vermelha no casaco azul. Senti minhas entranhas se contorcerem e o pânico cutucar minha cabeça e agi por impulso, corri até a beirada e antes que eu pulasse para chegar até lá, alguém teve que me segurar.

— Fique aqui! – Coelhão olhava assustado para a mesma cena que eu via. – Não ouse e desobedecer Alex, pode ser perigoso.

— E perder você e aquela ruiva da qual é minha amiga? Ficou maluco? Eu vou si e eu não tenho que obedece-lo! – Falei ríspida e me aproximei-me mais dele, enlaçando meu braço nele e mantendo-me firme.

— Teimosa...! – Riu secamente e pulamos em direção aos dois corpos caídos.

Minha visão ficou um pouco embasada, mas a ignorei e corri ao corpo de Lizzie. Virando-o, pude ver que estava leve como uma pluma e pálida como nunca a vi antes.

Olhei para a direção onde o Coelhão deveria estar, ajoelhado e pelo pouco que eu ouvia e via, sacudia um pouco Jack e chamando o seu nome, senti um aperto no coração só de imaginar o que teria acontecido.

— O que você aprontou nanica...? O que vocês fizeram? – Murmurei e senti uma mão pulsar em meu ombro, Sandman. – Ei Sandy, ela vai ficar bem, não é?

Um sinal de interrogação surgiu em sua cabeça e ele balançava a cabeça, parecendo lamentar não saber me dará resposta.

Não podia, isso nem devia ter acontecido!

Sentei-me no chão e coloquei sua cabeça em meu colo, mexendo devagar em seu rosto, estava tão frio e seus lábios roxos. Suas mãos tinham o vermelho que poderia ter causado tudo isso.

— Ela não fez isso...! – Olhei em direção ao Coelhão, em sua pata estala algo que ele tinha tirado do corpo de Jack. – É o colar da Lizzie!

— Eu acho que eu o já vi, mas o que ele...

— Estava encravado perto da nuca do Frost...! Ela tentou mata-lo...! – Sua voz saia agoniada, em pausa e mesmo assim, eu não consegui digerir direito o que tinha acontecido.

Mata-lo? Mas ele é imortal e, além disso, ela o ama, cometeu a loucura de tentar para-lo e é essa conclusão que o canguru me dá? Que ela simplesmente queria mata-lo?!

Sentia que a mão de Sandy não estava mais em meu ombro e o vi ficar ao lado de Coelhão, pegando de sua pata o tal colar e o analisando. Aquela coisa me dava arrepios, imaginar e tentar absorver o que ele me disse já é demais.

Parecia que ela fez isso por um motivo que poderia ser explicado, mas pelo visto... Olhei para Jack, antes louco e com a aparência diferente e agora, tinha voltado ao normal, não haviam vestígios do que ele foi antes e... Não há nada do que ele era como um louco! É isso!

— Ela não o matou... – Sussurrei, chamando a atenção dos olhares para mim.

— O que quer dizer? – North perguntou, arqueando a sobrancelha e se ajoelhando ao meu lado.

— Como não o matou? Olhe só o colar, ele deu a ela no natal! E como era o único objeto capaz de ferir alguém, ela o usou para outra coisa! - Um nó em minha garganta se formou, não sabia se seria correto falar minha teoria.

— Como se mata alguém imortal? Como se livrar de um espirito? Hein?

Não houve resposta.

— Pois então eu lhes digo que ela não o matou! Lizzie amava Jack Frost que daria sua vida pela dele, mesmo que tal não tivesse do que viver – Sentia mais lágrimas descer meu rosto, caindo sobre e então pele branca de Elizabeth.

— O que você está se referindo pequena?

— Tem maneiras de se livrar de um guardião? – Perguntei.

— Uma vez, Sandy sumiu por ter sido atingido por uma flecha negra de Breu – Coelhão falou, confuso.

— E como você voltou, Sandy?

— O que era sua crença o fez voltar. Jaime, o amigo de Jack e Lizzie se opôs a areia negra de Breu e ela se transformou nas areia douradas de Sadman.

— Eu estou pensando comigo aqui, Breu atingiu Sandy com uma flecha negra acabando com ele. Quando uma pessoa tocou a areia negra, teve um efeito reverso.

— E isso significa?

— Olhem a nossa volta. Os pesadelos não foram embora ainda, continuam aqui, esperando ordens ou seu líder – Ambos olharam para o palácio, Fada rodeou o lugar e quando voltou, seu olhar era de surpresa com um misto de medo – Jack deu um colar de presenta para Lizzie, ela o usou. Depois isso, ela o atingiu quando estava possuído por Black. Tudo que vai, volta...

— Então ele...?

— Não está morto. Ela o atingiu com o que restou de seus poderes e o que poderia trazê-lo novamente a si. O colar de Lizzie.

— Mas ele não deveria estar em pé agora? – Coelhão olhava pensativo, parecia que tinha já levado em conta a minha explicação. Pensei que ele iria me questionar.

— Deve ser um efeito demorado...

— Mas enquanto a Lizzie? – Fada perguntou.

— O fogo mingando de sua pele já se desfez e sua pele fria agora como a neve se fez – A cada palavra, o nó em minha garganta ficava pior.

— Então ela já perdeu sua luz clara não é? – North perguntou, sua voz parecia abalada.

— Se Jack voltar... – Fada falou – Ira enlouquecer, mais do que estava...

Não, pensei. Ele não ira enlouquecer e sim se trancar para todos, mas desta vez sem sorrisos, brincadeiras e dias de neve para encobrir sua tristeza.


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