Quando Nada Mais Faz Sentido escrita por Liran Rabbit
"Ela o chama 'guardião', por que você não faz nada? Hein?"
— Saia da minha cabeça sua aberração!
"Eu sou você gênio, faça algo por ela. Me guie até ela e só então, nunca mais ela se sentirá sozinha"
— Mentiras e mais mentiras! Me deixe!
O esconderijo da qual já se mantinha desde que as sombras o tomaram e as duas personalidades batalham dentro de si, a única coisa que Jack pode fazer e esperar. Esperar por algo ou um milagre. Uma cura, mas a cima de tudo, a segurança de Lizzy. Esse é o motivo para ele estar ali, a segurança dela.
Não ia deixar que duas entidades a machucassem e inda por cima usando seu corpo. Lizzy, a ruiva sendo machucada e vendo que seu agressor era ele.
"Com medo?"
— De você? Nunca...
"Sinto alguma coisa, parece ser... Uma memória! Tem alguém fusando suas memorias! A pequena Lizzy, por que tão danada?"
Não, não, não! Por que agora? Faltava pouco...
O beco escuro a luz do luar. Lua cheia. O homem da Lua o observara.
Jack pedia ajuda, mas ele não o respondia, como sempre estava por conta própria.
"Levante-se seu imprestável! Você ira me guiar até onde ela esta!
— NÃO!
"Me obedeça!"
— Vai pro inferno...!
"Se eu for, você vem junto"
Sem notar, seu corpo movia e ele não podia fazer nada para impedir. Mas vendo um lado bom, se é que ainda pode ter um, Jack Black não sabia a localização dela. Ficaria voando dia e noite, e ainda sim Lizzy estaria segura, apenas esperando por ele.
"Palácio das Fadas, lugar bom. . . Mas não o suficiente!"
— Tolo, você não sabe onde é, nem eu. Da ultima vez que eu fui, não foi voando até lá e sim pelo globo do Norte e pelo que eu saiba, você não tem um. - jack riu da estupidez do seu lado negro, Jack Black era mais tolo que Jokul.
"É apenas seguir direitinho onde suas memorias foram ativadas, príncipe branco."
Elizabeth
A noite já tinha caído e mesmo assim, as fadinhas não paravam de voar, uma hora pegando moedas de vários países e outrora colocando dentes e caixinhas de suas respectivas crianças.
Lizzy começavam a ficar com sono, mas logo sacudiu a cabeça espantando o belo mundo fantasioso e feliz que a aguardava. Não podia dormir sem pensar nele, perguntando como Jack estavam.
— Ainda preocupada não é? Por que não dorme um pouco, eu fico do seu lado. - Alex sentou-se ao lado dela, pousando a mão em seu ombro.
— Não posso, preciso estar acordada para quando ele chegar.
— Não pode espera-lo com essa cara. - A voz dela saiu com cautela, parecia preocupação.
— Fala logo Alex...
— Como você...?
— Você que falar algo e parecia esta se preparando para isso, notei que você e o Coelhão decidiam entre vocês sobre qual iria falar comigo. - Esfregando os olhos e dando um bocejo, ela estica seus braços numa tentativa de ficar acordada até terminar de ouvir o que a morena tinha para lhe falar.
— Não foi apenas eu e ele, a Fada entrou no assunto também. Estávamos falando na total recuperação do Jack...
— E...?
— O assunto ainda esta em debate. - Falou.
O silêncio podia ser absoluto se não fosse pelo bater das pequenas asinhas.
— Como você conheceu o Coelhão?
A atenção pousou sobre Lizzy quando falou o nome do Coelhão.
— Eu estava indo para a casa da minha prima quando eu tinha visto um enorme buraco no quintal perto da casa dela, curiosa do jeito que eu sou, me aproximei e cai. Quando me dei conta vi como era lindo o lugar e acabei encontrando o Coelhão. - Seu olha virou-se para seu coelho da páscoa, que quando notou o olhar da amada, sorriu para ela.
— Quando acontece algo de errado com ele, um de seu buraco ficam abertos e é um desastre.
— É mas, graças a esse desastre estamos juntos. Todos nós. - Sorrindo, Alex levantou e estendeu a mão para Lizzy, ajudando-a a levantar.
Caminharam rumo a Fada e ao Coelho que ainda pareciam conversar algo serio, mas quando as viram e notaram a sonolência de ambas, Fada as guiou até os seus aposentos da qual nunca usara.
— Espero que descansem bem meninas, amanhã vamos precisar da ajuda de vocês.
— Nossa ajuda?
Mas não ouve resposta.
O quarto era lindo, o dourado e as cores se destacavam pelo lugar e havia apenas uma cama e um sofá divã.
— Eu durmo no divã e você pode se esbaldar com aquela king size. - Lizzy se sentou no sofá, se acomodando e recebendo algumas almofadas para não ficar desconfortável.
— Mas então... E você e o picolé? - Alex já estava deitada.
— Eu tinha acabado de me mudar e ia passar a tarde toda no parque com meu irmão. Estava nevando um pouco e a neve cobria tudo como um cobertor. Foi ai que eu o vi, afastado de algumas crianças e sorrindo para elas.
— Você acredita neles desde pequena não é?
— Sempre acreditei. E não deixarei eles sem a minha crença. - Lizzy se encolheu, só de pensar que perderia o amado algum dia só por deixar de acreditar nele a deixava apavorada.
— Eu também. Boa noite, Lizzy.
— Noite, Alex.
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