Quando Nada Mais Faz Sentido escrita por Liran Rabbit
Ter uma voz em sua cabeça não era uma coisa muito agradável, manda-lo fazer coisas que você nem sonharia e por mais que o ódio pela pessoa fosse enorme, não o faria. Essa sensação não era boa para Jack, não era apenas uma voz o controlando ou uma personalidade, tinha mais uma. Jack Black. Se desse para comparar o Jokul com o Jack Black, Jack Black era bem pior.
As vozes deles sussurravam sem parar em sua cabeça, mas o que era estranho é que ele não assumia o controle dele, apenas Jokul Frosti fazia isso e Jack temia que alguma loucura maior acontecesse. Saber da segurança de Lizzy era seu animo e motivo para ter consciência e sanidade.
"Por favor, que ela esteja a salvo."
"Temos de mata-la, minha sede por morte só aumenta!"
"Não quero mata-la, quero ela longe de você, o máximo que puder!"
"Não conte com isso príncipe branco. Ela é a chave para eu destruir o imprestável do Jokul e assumir esse seu corpo."
Elizabeth
O palácio das fadas era como Coelhão o descreveu o caminho todo, lindo e se mantinha longe de olhares curiosos. O palácio da Fada se mantinha em algum lugar da Ásia, e u deduzi isso por causa dos detalhes do lugar.
Fadinhas voavam de um lado para o outro, parecendo colocar dentes em caixas e outras esperando moedas para poderem trocar por dentes. Até agora nenhum sinal da Fada.
— Vou ver se consigo acha-la, fiquem aqui. - Coelhão saiu deixando apenas Alex e eu no lugar, algumas da fadas que não faziam as mesmas coisas que as outras, voaram em nossa direção o que era engraçado e fofo. Algumas parecia não fazer nada além de admirar o rosto dela e cutucar sua boca para que ela abrisse e mostrasse seus dentes. Enquanto em mim elas apenas me trouxeram uma caixinha e nela continha o rosto de Jack, só que ele estava com a cor dos cabelos e dos olhos diferentes.
— Vocês chegaram cedo. — Virei em direção a voz, era Fada.
— Coelhão estava a sua procura. - Falei.
— É eu sei, ele esta vindo e volta para cá. . . São os dentes dele sabe. . . — Olhei novamente para a caixinha dourada. - As memórias dele estão bem ai. Se quiser pode vê-las.
— Eu posso mesmo? - Ela concordou serenamente vindo em minha direção.
— Só precisa tocar assim. - Ela pegou minha mão fazendo com que eu tocasse de leve na caixinha.
Sabe quando você flash de memórias? Quando vê o vidro colorido da igreja e uma luz passar por ele? A sensação de quando é ano novo e os fogos de artificio preenchem o céu é uma coisa maravilhosa, imagine agora essas três sensações juntas. Fui assim que eu vi as memórias de Jack.
Ele parecia tão feliz e vivo, como ser ele tivesse o maior tempo do mundo para fazer as coisas chatas só depois das divertidas. Tão alegre, até o momento em que ele evita com que a garotinha do lago cai e morra na água gélida. Mas em consequência ele fez com ele mesmo caísse.
Quando voltei a mim eu estava ofegante e suada, olhei para os lados nervosa e vi que Coelhão já estava lá, abraçando Alex que chorava em seus braços.
— O que aconteceu? - Me direcionei a Fada que parecia triste.
— Ela pediu para ver as lembranças do Coelhão, mas a maior parte delas sua amiga não ia querer ver.
— Tipo...
— Tipo quando a toca dele foi atacada, várias de seus conhecidos se foram naquele dia.
— Deuses. E Alex...?
— Quando ele chegou aqui, o máximo que ela fez foi ficar abraçada a ele.
Voltei a olhar para os dois juntos, pelo menos agora ele está feliz e tem alguém ao seu lado.
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