Minha melhor amiga escrita por SraWeasleyPhelpsDiAngelo


Capítulo 27
Xxvi


Notas iniciais do capítulo

Gente, há quanto tempo não posto um capítulo? Sinto muito por isso! Vou ser bem sincera contando o que houve, pra quem se interessa, nas notas finais. Obrigada :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/301696/chapter/27

Meu desmaio não durou muito tempo.

Abri meus olhos, alguns segundos após ter desmaiado. Não sei o que aconteceu. Acho que foi um apagão em meu peito. E, então, reacordei, cheia de energia.

Nana continuava em pé, na minha frente, completamente monstruosa. Olhei para trás novamente. Brad Smith realmente estava ali; não era alucinação. Foi nesse momento que recobrei todos os sentidos. Levantei-me, bruscamente, e entrei no elevador, procurando algum botão. Eu estava muito assustada com o que via e, por isso, apertei a primeira coisa que meus dedos encontraram, sem esperar Nana entrar.

Sim, foi medo. Só isso. Eu a amava, e muito. Conhecendo-a como conheci, poderia afirmar que ela não gostaria de matar Brad ou eu. Naquele momento, senti que ela poderia fazer alguma dessas coisas. Isso fez com que me alertasse.

Assim que o elevador começou a se mexer, minhas lágrimas rolaram. Escutei alguns gemidos atrás de mim. Virei-me e vi Brad chorando. Sua calça estava ensanguentada em uma das pernas. Seu rosto estava sujo. Afinal, o que ele fazia ali? Era algo surreal.

Sem saber o que mais poderia fazer, estiquei minha mão a ele, ainda chorando. Ele levantou sua mão - que tremia muito - e segurou a minha. Envolvi seus dedos com os meus, tentando mostrar força. Algo despertara em mim. Algo me dizia que o "Babaca Indiferente", não era tão indiferente assim.

O que vou fazer?

As portas do elevador, finalmente, se abriram. Vislumbrei um céu negro. Que merda de botão eu apertara? Claro, o de subir. Precisávamos descer, mas... Como sairíamos?

"Misty, não desça...." Brad me surpreendeu, ao falar "Aquele... Homem acordou. Ele vai nos matar."

Perfeito!, pensei.

Queria perguntar a ele o que fazia ali, mas não havia como fazer isso naquele momento. Apenas respirei fundo e sugeri:

"Consegue se levantar?"

Ainda estávamos de mãos dadas; eu, de pé e, ele, sentado. Deu de ombros e soltou minha mão. Tentou fazer impulso para se levantar, apoiando as mãos no chão. Não deu certo. Estendi minha mão novamente. Ele a segurou e o ajudei a se levantar.

Havia um grande ferimento em sua perna. Minha ficha, então, caiu. "Você foi mordido?"

Ele me olhou e, em seus olhos, encontrei a responta antes que ele a pronunciasse.

"Sim."

Não queria aterrorizá-lo ainda mais, porém, em minha mente, sabia que precisávamos tirar o veneno da perna dele. Não precisava de mais um transformado. Nem que fosse preciso arrancar o membro fora.

"Vamos sair daqui antes que alguém aperte o botão em algum outro lugar." Sugeri.

Ele assentiu e começamos a nos mover. Conseguimos pisar fora do elevador, no chão rochoso da montanha. Era difícil dar apoio a ele, mas consegui.

Olhando direito seu ferimento, notei que um filete de sangue ainda escorría dali.

"O que fazemos agora, Misty?" Ele perguntou, como se eu soubesse a resposta.

"Primeiro" comecei, estupidamente bem "precisamos estancar o sangue da sua perna."

"Depois... Não pensa em descer... Isso. Pensa?" Ele falou, referindo-se a descer a montanha.

Na verdade, era exatamente o que eu pensava. Sentei Brad naquele chão gelado e terminei de rasgar sua calça, onde estava a ferida. Despi sua perna e fiquei com a tira de pano em mãos. Já vira isso muito em filmes e programas de TV. Talvez fosse realmente útil. Então, enrolei a tira algumas vezes em volta da mordida de Brad, com certa força. No fim, amarrei uma ponta da tira à outra, com um daqueles nós que aprendera a fazer com livros do meu irmão. Assim, ficaria tampado e o sangue estancaria - pelo menos era o que eu esperava que acontecesse. Funcionou bem.

Nesses minutos em que cuidava de Brad, apaguei Nana completamente da cabeça. Foi algo realmente estranho, já que eu estava ali por ela - e, ela, por mim. Não soube direito o que acontecera naquela sala. Apenas fiquei com medo e me joguei à primeira escapatória que encontrei.

Atrás de Brad e de mim, o elevador começou a se mover. Alguém o estava chamando. Precisávamos sair dali logo. Ou não.

Brad me olhou, preocupadíssimo.

"Miss, precisamos descer... Não é?" Ele fez uma pausa "Mesmo com isso" apontou o ferimento "eu consigo!"

Apenas o olhei. Ele não chorava mais como um bebê. Agora, estava no ápice do desespero. Ele abraçava minha ideia estúpida.

Comecei a mover a cabeça, negativamente, bem devagar.

"Brad" falei, baixo "nossa ajuda está chegando."

"Miss, você está louca? Eles vão nos matar! Eu vi, há mais de um! Precisamos..."

"Eu sei, são três." Eu o interrompi "Mas, um deles... Aliás, uma, é minha amiga. Ela vai nos ajudar, Brad!"

Minha cabeça rodava. A esperança voltou a me invadir. Nana devia ter voltado ao normal e estava nos buscando. Era ela que ia aparecer no elevador. Ela nos salvaria!

"Misty! Por favor, não enlouquece agora!" Brad começou a gritar "Vamos embora, logo! Me ajuda a levantar!" Olhei-o. Comecei a ajudá-lo a se levantar e, vagarosamente, caminhamos pela rocha acidentada, em direção à borda. Definitivamente, estava confusa. Acho que, na verdade, enlouqueci.

Ao ver a escuridão sem fim abaixo de nós, dei passos para trás e sussurrei, não mais para Brad, mas pra mim:

"Ela está vindo..." O elevador fez barulho atrás de nós.

"É ela!" Falei, virando-me o máximo que consegui com Brad se apoiando em mim.

Então, as grades do elevador foram para o lado. Gardenn saiu de lá, vindo em nossa direção. Fiquei estática. Estávamos há cerca de cinco metros da margem. O vampiro seguia até nós, cheio de ódio. Brad se contorcia, pois eu o segurava. Ele já gritava comigo, mas eu não ouvia o que ele dizia.

Apenas vi as grades do elevador se fecharem novamente e ele descer. Alguém o chamava, mais uma vez.

Ela realmente estava vindo. Tudo ficaria bem. Sempre ficava com ela por perto.

Gardenn segurou Brad pela blusa e o empurrou para o lado. Prendi a respiração quando ele segurou minha cintura e me levantou. "Louis foi meu irmão, entende?" Ele estava... Sofrendo? É claro que não! "Ele me ajudou. Não estou triste por qualquer baboseira que você estaria, mas ele fazia parte do bando!"

Dei-me conta de que ele já vira o que Nana fizera com Louis. Aquilo me fez perceber que, muito provavelmente, ele já vira Nana, também.

"O que fez com ela?" Perguntei, desesperada.

"Você está brincando comigo? Eu vou te matar, garota!"

Eu não duvidava de qualquer ameaça dele. Porém, me preocupava mais com ela.

"Onde ela está?" Esperneei.

"Só não jogo você dessa montanha agora, porque vai ser muito melhor abusar aos poucos!" Ele sorriu, deliciado com a ideia.

Voltei a chorar. Se ele tivesse passado por Nana, quem teria chamado o elevador? Louis não estava morto?

De repente, vi fumaça subindo pelo poço do elevador. O que estava havendo? E, então, a cabine reapareceu. Pude ver alguém atrás das grades, que se abriram.

Ao ver meu olhar, Gardenn virou-se também.

Dessa vez, Nana saiu de lá. Em sua mão esquerda, uma cabeça humana sangrava.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

A fic não é nem nunca foi movida a reviews. Porém, parei de postar ao perceber que as pessoas não se importavam em comentar, já que teriam capítulo da mesma forma. Isso foi um pouco triste porque, depois, acabei perdendo o interesse, de verdade, em escrever essa fic. Esses dias, acabei relendo umas coisas aqui e percebi que não poderia, de forma alguma, abandona-la. Voltei a escrever, enfim. Não estou esperando comentários, como já fiz muitas vezes. Estou escrevendo porque gosto e prometi que nunca abandonaria a fanfic. Mesmo assim, se puder, comente. Não receber comentários deixa um autor muito triste, às vezes.
Onrigada :) Beijos e abraços!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Minha melhor amiga" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.