Minha melhor amiga escrita por SraWeasleyPhelpsDiAngelo


Capítulo 13
XII


Notas iniciais do capítulo

Eu gostaria de pedir desculpas sinceras e desesperadas a todos! Eu tive que viajar e não deu pra postar onde eu estava! E eu nunca abandonaria essa história, porque eu amo meus leitores e minha história! Mas eu estou aqui com mais um capítulo onde eu tentei colocar coisas interessantes pra vocês leitores, mas, sinceramente, está um tédio! Mesmo assim, gostaria que lessem e dessem as opiniões de vocês! Muitos beijos e pedidos de desculpas!
Ótima Leitura!!!



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O vestido que Nana usara estava completamente rasgado e minha roupa, também. Eu apenas teria que rezar pra minha mãe não dar falta daquilo.

        “Filha, já que não foi à cidade ontem... Você acha que ainda gostaria de ir hoje?” mamãe me perguntou na hora do almoço.

        Depois de um longo tempo que eu passara beijando Nana – e era um beijo muito bom –, notei que já estava sentada em cima dela, enquanto ela acariciava minhas costas, procurando tirar minha camiseta, já que já se livrara do meu casaco. Porém, ouvi batidas na porta e caí no chão assustada e ofegante. O que eu estava fazendo ali?

        “Quem é?” respondi às batidas, assustada.

        “Ahn... Mamãe falou pra você descer daqui uns dez minutos pra almoçar...” a voz de      Luck me respondeu.

        “Certo. Já desço.” Respondi e escutei passos se distanciando.

        Cinco minutos depois eu já estava de casaco novamente meu cachecol estava arrumadinho no meu pescoço. Desci e fui almoçar sem conseguir olhar para Nana; eu estava muito constrangida. Então, na cozinha, mamãe me perguntou aquilo.

        “Bom, acho que... Sei lá...” eu não sabia mesmo se gostaria de ir à cidade.

        “Olha, você pode ir sozinha. Seu pai e eu organizamos o dia do filme com seus irmãos!” ela sorriu, muito empolgada – ao contrário dos meus irmãos, que pareciam achar aquilo tudo um tédio.

        “Se é assim... Eu posso ir sim.” respondi, muito sorridente.

        Almocei feliz da vida e voltei ao meu quarto quase dançando.

        “Nana, vamos à cidade hoje!” cantarolei, enquanto trancava a porta do quarto.

        Ela estava sentada no parapeito da janela, como sempre, e não virou-se para responder-me.

        “Ah... Que legal!” foi o que ela disse, mas eu não senti tanta firmeza em suas palavras.

        “Bom, toda a minha família vai ficar aqui em casa... Podemos nos divertir de verdade.” Falei.

        Dessa vez, ela virou-se.

        “Puxa vida! Isso é realmente legal!” ela falou e eu senti um pouco de sinceridade na voz dela.

        Depois de termo-nos trocado, saí pelo corredor e olhei pela escada: Mamãe no jardim com papai. Meus irmãos deviam estar em seus quartos. Fui verificar. Coloquei o ouvido na porta do quarto de Martin... Escutei a voz dele recitando algo do tipo: “Então, os fungos não são vistos inteiramente em lugares como...”

        Não precisava escutar mais pra saber que ele estava ali. Aproximei-me da porta de Luck e escutei um solo de guitarra. Ele tocava; com certeza estava ali.

        Era a vez de verificar Drake... Ele parecia estar falando ao telefone em alto-falante. Pude ouvi uma parte da conversa. Ele parecia estar falando com uma garota.

        -Que ótimo que você gostou de almoçar comigo.

        -Gato, achei perfeito! Quando a gente pode repetir?

        -Acho que na sexta eu posso. É que ando meio ocupado.

        -Mesmo que eu queira te mostrar uma coisa na minha casa?

        A partir dali, resolvi parar de escutar... Meu irmão era mesmo um garanhão! E eu não tinha orgulho dele por isso.

        Bom, o caminho estava livre. Mamãe e papai continuavam no jardim. Voltei ao meu quarto.

        “Nana, assim que você me escutar conversar com meus pais, você corre da escada pro caro e se esconde atrás dele que eu já vou, certo?” eu dava as instruções.

        “Certíssimo.” Ela garantiu.

        Eu saí na frente e vinha fazendo sinais com a mão para que ela me seguisse. Ela ficou parada no final da escada e eu corri ao jardim.

        “Mãe, pai” eu quase gritei só pra ter certeza de que Nana escutaria “eu já vou indo, certo?”

        “Ótimo, querida!” mamãe falou, enquanto dava-me beijos nas duas bochechas.

        “Cuidado, garota!” papai me lembrou.

        “John, ela sabe se cuidar.” Mamãe censurou.

        “Eu sei que sabe, só estou...” papai começou a dizer, mas mamãe o interrompeu.

        “Tanto faz! Despede-se logo da Miss, que ela quer ir!” ela falou.

        Papai beijou minha bochecha e mandou-me tomar cuidado mais uma vez. Saí ouvindo mamãe repetir que eu sabia me cuidar...

        Cheguei ao carro e Nana estava agachada ao lado dele. Abri a porta e ela entrou no banco do passageiro, enquanto eu estrava no do motorista. Saí logo com o carro antes que fosse impedida por alguma coisa.

        Depois de algum tempo, cheguei à cidade. Não estava muito cheia nem nada. Eu levava algum dinheiro comigo e estacionei o carro em frente a uma loja de CDs. Nós duas entramos e eu fui procurar alguma coisa que gostássemos. Lembrei-me de um pequeno detalhe: Nana não falava holandês.

        “Olha, eu vou ter que usar o holandês aqui, certo?”

        “Claro que sim, Miss. Como você vai se comunicar com os outros?” Nana me respondeu.

        “Bom, talvez eles falem inglês e você pode se comunicar muito bem.” Sorri.

        Olhamos as prateleiras e mais prateleiras de CDs e eu descobri um do Red Hot Chili Peppers que eu ainda não tinha. Paguei no caixa e nós saímos da loja. Resolvi estacionar o carro numa vaga na rua para não ter que estacionar em todo lugar que fôssemos. Andamos um pouco e encontramos uma loja cujas vitrines eram ocupadas por bandanas maravilhosas.

        “Miss, o que você acha dessa?” Nana perguntou-me, segurando o lenço preto cheio de estrelinhas brancas.

        “Muito lindo!” fui sincera “Mas...” eu ergui um vermelho de caveirinhas bancas “Acho que vou ficar com esse pra mim!”

        Ela fez uma expressão que me deu a certeza de que eu fizera a escolha certa. Fomos ao caixa pagar. O garoto do outro lado do balcão era alto, branco, tinha cabelos intensamente alaranjados e olhos muito verdes. Eu tinha a impressão de já tê-lo visto antes. Ele começou a passar o código de barras da etiqueta de uma das bandanas pelo leitor, mas não parecia estar dando muito certo.

        “Droga! Essas máquinas nunca funcionam!” ele falava inglês e deu um soquinho no balcão. Então, olhou para Nana e, depois para mim “Desculpem-me.”

        “Tudo bem.” Falei, quase rindo.

        Ele começou a discar os vários números dos códigos das bandanas no computador.

        “Miss, o que acha se passarmos naquela loja da vitrine cheia de vestidos?” Nana sugeriu.

        “Tudo bem.” Respondi “Também gostei de alguns.”

        “Ahn... São quarenta...” o garoto falou.

        “Ah, claro.” Eu disse, entregando-lhe o dinheiro.

        Eu estava me virando para sair da loja, enquanto Nana pegava a sacola com as bandanas, quando ouvi a voz do garoto.

        “Espera!”

        Virei-me abruptamente e encarei-o.

        “Ahn... Quero dizer, com licença, mas...” ele fez uma pausa; estava meio hesitante “Ela te chamou de Miss e eu gostaria de saber... Você se chama Misty?”

        Franzi o cenho. Que pergunta era aquela? Mas eu respondi.

        “Sim.”

        “Cara, você não é Misty Daves, é?” ele perguntou e eu quase engasguei.

        “Quê? Como sabe?” perguntei.

        “Sou eu... Brad Smith... Estudei com você, quando morava aqui.” Ele sorria.

        Então, eu me lembrei de um garoto sardento e esquisito que estudava comigo. O garotinho que nunca ajudava a me zoar e nunca me defendia, também. O babaca indiferente.

        “Ah... Brad... Quase me esqueci de você.” Sorri de volta.

        “Eu nunca me esqueci de você... O aparelho de dentes, as marias-chiquinhas, e aquele seus óculos fundo-de-garrafa.” Ele continuava a sorrir.

        Nana olhava dele pra mim e vice-versa.

        “Uau. Como você tem boa memória.” Falei, sem emoção.

        Notei pessoas chegando para pagar coisas no caixa.

        “Olha, acho que você tem gente pra atender. Mas foi bom te reencontrar. Tchau.” Eu disse.

        “Espera, me passa seu número, por favor...” ele pediu.

        Eu suspirei.

        “Está bem...” falei, enquanto ele me passava papel e caneta. Anotei o número do meu celular e fui embora.

        “Quem era aquele cara?” Nana quis saber assim que saímos da loja.

        “Brad Smith, o Babaca Indiferente.”

        “Ainda não esclareceu minha dúvida.” Nana disse.

        “Um garoto que estudou comigo aqui na Holanda e que não me zoava nem me defendia, sabe... Indiferente.” Eu falei, bruscamente.

        “Pois é, você não gosta mesmo do seu passado.”

        “Você também não ia gostar se estivesse no meu lugar...” eu disse, enquanto atravessávamos a rua em direção à loja de vestidos.

        Compramos um vestido cada uma e começamos a andar sem rumo.

        “Sabe, Nana, você foi a única pessoa que me aceitou, sabia disso?” indaguei.

        “Miss, você também foi a única pessoa que me aceitou... Não é porque não me zoavam que eram meus amigos. Você é minha amiga. Você me ajudou e me compreendeu desde quando nos conhecemos. Ninguém ali era compreensivo comigo. Nunca contei um segredo meu a ninguém, a não ser você. Você foi a única que me entendeu de verdade... A única que me ama de verdade e a única que eu amo de verdade...” ela parecia ter desabafado algo que estava preso há muito tempo.

        Fiquei calada por um longo tempo, enquanto caminhávamos; não tinha nada pra falar.

        “Vamos... voltar pra casa?” sugeri.

        “Vamos...” ela concordou.

        Ficamos num longo silêncio dentro do carro, o que não foi exatamente bom, porque os problemas começaram a rodear meus pensamentos. Claro que uma hora teríamos que pensar nisso, mas... Eu estava ficando muito nervosa com tudo. Aquele garoto idiota que ressurgira do nada e se lembrara de mim! Ainda não podia esquecer o fato de que Nana era uma morta e tentar imaginar como seriam os dias de amanhã... Nã era nada fácil. E , por mais que eu tentasse pensar positivo, eu não conseguia, porque sabia que tudo não ia dar certo!

        “Ei...” Nana me tirou dos meus devaneios, fazendo-me perceber que eu já estava chorando.

        “Desculpe-me.” Falei, limpando minhas lágrimas com uma das mãos, enquanto guiava o volante com a outra.

        “Miss, por favor... Acho que não poderemos ignorar os fatos, não é mesmo? Você foi exposta e... Bom, acho melhor conversarmos na sua casa...” ela falou.

        Apenas balancei a cabeça, concordando. Olhei-me no espelhinho do carro para garantir que não estava com cara de choro, antes de entrar em casa.

        Mamãe estava fatiando um tomate na cozinha, quando eu abri a porta, sem que ela percebesse. Fiz sinal para que Nana corresse ao meu quarto, sem ser notada, também. E fui falar com mamãe.

        “Que bom que gostou da cidade, querida.” Mela falou, quando fingi que amei minha ida ao local.

        Sorri.

        “Pois é, muito legal aqui. Havia me esquecido... Mas eu vou subir pra guardar minhas compras.” Falei.

        “Está bem. Estou preparando o jantar, enquanto seu pai não volta do supermercado com seus irmãos.” Ela disse “Logo, eu te chamo pra comer.”

        Subi as escadas e corri direto ao meu quarto. Não fora fácil fingir pra mamãe que tudo estava bem. Assim que tranquei a porta, me joguei na minha cama, abraçando os travesseiros para esconder minhas lágrimas de Nana, mas os soluços me denunciaram...

        Ela, vagarosamente, aproximou-se e fez seu colo ter a mesma função dos meus travesseiros. Logo, eu estava agarrada à ela.

        “Miss, eu sei, eu sei... Eu também estou muito preocupada e não consigo parar de pensar nisso um minuto sequer.”

        Nana... Percebi como ela devia estar sofrendo, também. Estávamos, as duas, muito ferradas, por assim dizer.

        Ela voltara e eu estava muito feliz com a presença dela, mas ainda tínhamos muito a enfrentar e seria juntas! Pelo menos, até certo ponto...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham apreciado! Opiniões, por favor! Obrigada a todos por lerem!



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