Acordei suada. Minha posição tinha se invertido. Eu estava com a cabeça no peito de Falkon e ele abraçava a minha cintura.

     Senti muito calor e me desvencilhei de seu abraço. As sobrancelhas de Falkon se eriçaram e lentamente foram voltando ao normal. Sentei-me na cama e me espreguicei.

     Levantei bem devagar e fui procurar algum pijama. Só achei as camisolas de seda extremamente reais. Uma delas era bem mais curta e com uma fenda ao lado. Ela parecia meio perdida ali no meio daquelas outras camisolas longas, essa parecia ter sido esquecida de ter sido avaliada com seu decote fundo de renda e comprimento desproporcional perto das outras. Tirei o vestido rápido e o joguei perto da porta do armário, passei a camisola preta pela cabeça e tirei o cordão do pescoço. Coloquei no criado mudo e chequei as horas, eram 4 horas da manha. Passei pela cama e fui para a sacada.

     Do lado de fora estava frio e escuro. Eu via os seguranças andando pelo jardim lentamente, mas eles não me notavam. As Luas no céu se tornavam uma ao se juntarem uma por cima da outra.

     Voltei para o quarto e me enrolei no roupão felpudo. Retornei a sacada e devo ter ficado meia hora lá fora só encarando a Lua e vendo-a se mover lentamente. Estava tendo uma conversa com Eio, algo sobre Falkon, lembro-me, mas nada importante.

     - Foxie? – Uma voz rouca e devagar chamou.

     Virei para o quarto e Falkon estava passando pelo portal com o cabelo totalmente despenteado e concertando os óculos.

     - Oi. – Dei um pequeno sorriso.

     - O que faz aqui? Por que não esta na cama? – Ele cruzou os braços e encostou-se ao portal.

     - Eu acordei e vim para cá. Pensei que não fosse sentir a falta.

     - Claro que eu sinto.

     Ele estendeu as mãos para mim e eu estendi as minhas para ele. Abracei sua cintura e ele meus ombros, me dando um abraço de urso. Separei-me dele e virei de costas, olhando para a Lua.

     Senti suas mãos na minha cintura, na altura de meu umbigo. Suas mãos abertas davam a volta na minha cintura e uma estava na frente e a outra nas minhas costas. Dei um passo para trás e puxei meu cabelo para o ombro.

     - Não olhe por muito tempo. – Ele disse.

     Encarei o chão antes de virar para ele e encostar o quadril no parapeito da sacada. Procurei seus olhos atrás das lentes, mas estava muito escuro para que eu pudesse tentar enxergar algo.

     - Falk... Deixe-me ver... – Levantei os braços para o rosto dele.

     - Fox... – Ele segurou minhas mãos e passou a língua nos lábios.

     - Por favor.

     Falkon tirou suas mãos de meus pulsos, hesitante.

     Passei a língua nos lábios também e olhei para minhas mãos. Deslizei a haste de seus óculos pela sua pele, seus olhos estavam fechados. Guardei os óculos no bolso do meu roupão e passei os dedos pelo seu rosto. Falkon abriu os olhos lentamente.

     Era a coisa mais linda que eu já tinha visto. Mais bonito que a Lua, que as aureolas e até que os Sois. As íris de seus olhos eram profundamente vermelhas, como sangue. A luz era tão forte que um pouco abaixo de seus olhos, estava iluminado. Apesar da bela visão que seus olhos tinham, eles estavam preocupados e tristes.

     Resisti a tentação de cobrir a boca com as mãos e em vez disso, cobri minha boca com a dele.

     Fiquei na ponta dos pés e choquei minha boca contra a dele. Falkon demorou um pouco para reagir, mas assim que percebeu, passou as mãos por dentro do roupão e puxou a minha cintura. Não adiamos o inevitável, logo sua língua tocava a minha e nos nós remexíamos tentando achar uma posição mais confortável. Eu só conseguia concentrar minhas mãos nos ombros dele, puxando sua camisa em minhas mãos e sentindo todos os locais do meu corpo formigar.

     As mãos de Falkon se remexiam nas minhas costas. Ora no meu quadril, ora na minha cintura e ora nas costas, onde a camisola não alcançava e eu sentia suas mãos frias. O tecido escorregava para cima e para baixo e a sensação de tudo aquilo era ótima.

     Falkon me afastou bruscamente e soltei sua camisa. Minhas mãos na mesma linha que minha boca, meus dedos fechados onde o tecido deveria estar e meus olhos expressivos. Nossas respirações estavam aceleradas e meu coração batia rápido.

     Ele ainda mantinha suas mãos em meu quadril, me mantendo longe para respirar.

     - Onde... Onde conseguiu isso? – Ele perguntou sem folego.

     - Um item esquecido no armário.

     Ele sorriu e me comprimiu contra o parapeito de pedra. Puxou meu rosto contra o dele e segurou meu queixo, fazendo-nos voltar a nos beijar. Tudo ao mesmo tempo.

     Gemi em sua boca ao me chocar contra o parapeito. Falkon subiu sua mão do meu quadril para a minha cintura. Sua mão desceu do meu queixo para meu ombro e apertou a carne. Passou do ombro para minha garganta e para o colo. Desceu os dedos pelo meio dos meus seios, provocando meu gemido em sua boca, sem mal ter me tocado. Ele se separou para soltar o ar entrecortado pelos lábios. Voltei a beija-lo e sua mão estava na lateral da minha cintura, como a outra. Falk me levantou e me colocou em cima do parapeito.

     Abracei seu pescoço com força, agora da mesma altura que ele. Abri as pernas e Falk ocupou o lugar entre elas. Eu podia sentir cada musculo dele tremer e relaxar e contrair. Prestei atenção a cada movimento que eu fazia, analisando os movimentos de seu corpo. Desgrudei meus lábios dos dele e os desci para o seu pescoço.

     Falkon Lovejoy

     Fox desceu os lábios para o meu pescoço e começou a beija-lo. Sua língua trabalhava na minha clavícula e suas mãos bagunçavam meu cabelo.

     Parei de reprimir meus gemidos e comecei a gemer conforme ela intensificava as pequenas mordidas e os beijos. Desci minhas mãos de sua cintura até seu quadril, seguida pelas suas pernas. Passei os dedos bem lentamente por suas coxas, até chegar aos seus joelhos e girar os dedos.

     Enquanto isso, Fox gemia e tremia em meu pescoço. Ela chupava com mais força e puxava meu cabelo com mais intensidade. Seus pelos finos e claros se eriçavam conforme meus dedos passavam pela sua pele.

     Subi as mãos pelas pernas de Fox, movendo os dedos e sentindo cada vibração de seu corpo e cada centímetro de sua pele.

     Ao chegar às coxas, espalmei a mão e continuei a subir, meu dedão na parte interna de sua perna. Fox levantou a cabeça do meu pescoço para gemer no meu ouvido e suspirar. Rolei os polegares para fora da parte interna de sua perna e os desci pela parte externa, ainda subindo as mãos, até chegar ao elástico de sua calcinha e enfiar meus dedos ali, segurando seu quadril.

     Fox se contorceu e jogou o corpo para trás, segurei-a com os braços, enquanto minhas mãos ainda estavam na sua calcinha. Subi os dedos pelo elástico da calcinha, até estarem em suas costas. Tirei meus dedos da lingerie e os subi para suas costas, tocando em sua pele nua.

     Sua anatomia formada uma fenda em suas costas quando ela se esticava, algo que eu gostaria de ver mais tarde...

     Apoiei meus lábios em sua clavícula e Fox estremeceu. Cheguei até o meio de suas costas antes de voltar descer as mãos e beijar sua clavícula. Fox jogou o corpo para trás mais uma vez, expondo sua pele e eu fui obrigado a retirar meus lábios de seu corpo para segura-la com mais força.

     Puxei Fox contra o meu corpo e a levantei mais uma vez, colocando seus pés no chão. As pálpebras de Fox tremiam, mas não abriam. Abaixei até seus ombros e passei meus braços pela dobra de seus joelhos e outro pela sua cintura, levantei-a do chão e caminhei até o quarto enquanto Fox beijava meus lábios. Eu lutava para manter os olhos abertos e achar a cama no meio do quarto escuro.

     Coloquei Fox no chão e ela agarrou minha camisa com seus dedos longos. Tateei a procura da cama até achar o cobertor, sentei na cama e Fox nos separou, nossas bocas emitindo um som.

     Apoiei-me em meus braços. Nos dois respirando com dificuldade. Foxie passou a mão no cabelo e tirou o roupão dos ombros, jogando no chão e empurrando meus ombros para a cama.

     Meus olhos já haviam se acostumado com a escuridão e eu via Fox perfeitamente. Ela colocou o corpo em cima do meu, uma das pernas dela entre as minhas. Fox voltou a me beijar com força, puxando-me pela camisa.

     Levantei as costas da cama, levantando-a junto comigo, e levantei os braços.

     Fox se separou de mim, parecendo entender. Ela olhou para os meus olhos, confusa entre qual dos olhos ela encarava mais. Colocou as mãos no meu quadril e segurou a barra da camisa, puxou bem devagar e depois jogou no chão. Desci até a cama lentamente. Ela ainda encarava meu abdômen.

     Antes, colocou o cabelo atrás da orelha, então começou a passar seus dedos pelo meu corpo. Os arrepios correndo pela minha pele quente.

     Fechei os olhos com força quando ela foi descendo os dedos abaixo do umbigo chegando ao cos do jeans e movimentando os dedos em círculos. Soltei o ar e gemi, Fox voltou a subir os dedos e passa-los pela minha clavícula.

     Puxei Fox para mim e joguei-a ao meu lado, subindo em cima dela e beijando-a com força. Suas mãos passeavam apressadamente pelas minhas costas e desciam até o final, para tornar a subir. Depositei meu corpo em cima do dela, entre suas pernas.

     Foxie gemeu quando encostei entre suas pernas. Agarrei o cobertor com a mão direita e com a esquerda, puxei para cima sua perna direita, para perto do meu corpo. Ela virou a cabeça para o lado e gemeu alto.

     Lentamente, encontramos os olhos um do outro. Ficamos nos olhando, na mesma posição, durante alguns minutos. Nossas respirações se misturavam. Os lábios de Fox estavam vermelhos e suas bochechas profundamente coradas do esforço.

     - Falk. – Ela implorou.

     Com cuidado para não provocar mais nenhuma reação em Foxie, girei em cima dela e a cobri com os lençóis. Fox me observava com seus lindos olhos azuis, deitei ao seu lado e a abracei. Fox se encolheu em meu peito e suspirou.

     Esperei ela dormir – o que não demorou – para fechar os olhos e me concentrar na respiração de Fox.

     Tive um sonho com ela.