Raios De Luz escrita por Noderah


Capítulo 2
Cega pela Luz?


Notas iniciais do capítulo

Olá olá olá!!
Então, mesmo tendo leitores fantasma, eu vou continuar a postar a história regularmente. Espero que gostem :D



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Não me pergunte por que as coisas acontecem quando elas acontecem. Mas eu queria, por apenas um minuto, ter um Padrinho Mágico. Eu pediria a ele para recomeçar o dia, fazer meu professor de filosofia desaparecer, criar asas ou pediria um bolinho...

- Fox...? – O professor me chamou de novo

Levantei a cabeça e o encarei.

- Turma, quietos. Fox venha comigo. – O professor de filosofia abriu a porta da sala e esperou eu passar.

Levantei e peguei minha bolsa. Passei por ele enquanto a turma se perguntava o que tinha acontecido.

- O que você está fazendo aqui?

- Por que você está aqui? – Disse dando um passo para trás.

Hans tinha me procurado em todo o lugar. Foi com ele que tudo começou. Eu nunca contei para minha mãe que fora perseguida por um homem, mas aconteceu. Eu dava muita sorte e ele nunca conseguiu tocar em mim.

- Eu?! Eu não sabia que você estava aqui! – Ele protegeu o peito com a prancheta.

- Então se manda!

- O que?! Eu já tenho uma vida aqui, é você que tem que fugir de mim!

Dei alguns passos para trás.

Eu sabia que de certo modo ele era inofensivo, afinal nunca conseguiu fazer nada a mim. Mas eu sabia que ele tinha amigos.

- Eu deixei aquela vida para lá. Sou uma nova pessoa. – Ele deu de ombros.

- Você acha que eu vou acreditar, Hans? – Ri.

- Faça o que quiser...

Hans, um homem de trinta e poucos anos; cabelos um pouco compridos, passando dos ombros; olhos verdes bem claros; um corpo em plena forma e alto. Um cara bonitão para um perseguidor.

Suspirei, eu não podia fazer nada. Se fosse fugir, teria que dar uma desculpa para minha mãe. E não podia contar para ela tudo o que eu passei, pelo menos não podia contar para ela sabendo que mamãe envolveria a polícia. E atenção é tudo o que eu não quero.

Eu não queria mais fugir. Ficar atenta era tudo o que eu podia fazer.

“Merda”.

- Eu estou de olho em você.

Passei por ele e entrei na sala. Hans entrou atrás de mim.

- Bom, classe, abram seus livros na página 109.

Hans prosseguiu com a aula como se nada tivesse acontecido. Às vezes ele olhava para mim, mas não mantínhamos contato.

A hora do recreio foi normal. Eu sentei sozinha e comi o que comprei lá. A comida da escola era muito ruim, e as pessoas tinham seus grupinhos já formados. Aquela garota com quem eu esbarrei me encarava às vezes, quando ela via que eu estava olhando, desviava o olhar.

Comecei a observa-la também. Ela parecia à típica garota popular. A chata.

Só teve um movimento estranho dela. Quando um garoto passou por ela. Não era “um” garoto, era “o” garoto. Não apenas por ele ser muito bonito, mas por ele ser o único capaz de despertar aquele tal olhar da garota popular. Eles se olharam com tanto... Ódio. Parecia que iam se bater bem ali.

Mas eu fui a única a perceber.

O sinal bateu e eu peguei a bolsa, pronta para subir rumo a sala de aula. Mas uma mão forte e quente me segurou pelo braço e me puxou para uma sala escura. Eu nem tive tempo de gritar, foi muito rápido. Acenderam as luzes e pude ver minha sequestradora, a garota popular.

Ela colocou o dedo indicador sobre os lábios.

- O que você quer? – Sussurrei.

- Porque está aqui? – Ela sussurrou de volta.

- Por que minha mãe quis. – Não pareceu uma resposta muito satisfatória para ela nem para ninguém.

A garota sentou em uma das carteiras.

- Você provavelmente não sabe o que é.

- O que eu sou? Do que você está falando?

Ela suspirou e riu baixinho.

- Meu nome é Hiver. Sou sua guardiã. – Ela estendeu o braço para apertar minha mão.

- Foxie. Você é minha... O que? – Apertei a mão dela.

- Vou te explicar tudo, mas não aqui. É perigoso. Me encontre no Dennie’s. – Ela tirou uma carteira da bolsa e me entregou um cartão.

- A comida é melhor que a daqui.

Sorri nervosa.

- Te vejo lá...

- Ah, não conte a ninguém que me conhece.

Ela estava legal de mais para ser verdade...

- Pode deixar... – Coloquei o cartão do bolso de trás do jeans.

Ela sorriu, parecia a loira chata e popular, e saiu pela porta. Esfreguei o braço, “Como ela tinha tanta força?”, pensei.

...

Não me importei de ir a pé para o tal restaurante que Hiver tinha me chamado, eu precisava pensar.

“Será que as respostas que ela vai me dar são confiáveis? Será que ela é confiável?”, era nisso que eu pensava quando um garoto veio para o meu lado.

Ele caminhava ao meu lado como se nos nós conhecêssemos. Ele tinha olhos verdes lindos, olhos verdes escuros; cabelo preto bem liso e que parecia ter sido cortado com navalha a um tempo atrás já, pois estava grande, mas ele continua lindo. O cabelo caindo em mechas grossas pelo rosto e quase tapando os olhos brilhantes e escuros. Ele estava vestindo um jeans escuro, uma camisa em V e uma jaqueta de algodão preto por cima. O garoto era alto e em forma, parecia um modelo da Calvin Klein.

- Posso ajuda-lo?

- Não. Mas eu posso ajuda-la.

- O que? – Sussurrei.

- Hiver não é confiável. Ela não vai te contar a verdade, nem vai te contar nada. Venha comigo, eu sou seu guardião, você é a caça dela. – Ele disse em um sopro só.

Encarei o garoto. Parei de andar, ele parou também e me encarou de volta.

- Sou Falkon. Venha comigo, Foxie.



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Notas finais do capítulo

Gostou? Não gostou? Comente nesta sexy caixinha embaixo ;)
Amore ♥



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